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Conselhos Municipais de Educação no Brasil

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- -1
GESTÃO ESCOLAR: TEORIA E PRÁTICA
CONSELHOS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO NO 
BRASIL
- -2
Olá!
Nesta aula, você irá:
1. Compreender o que são os Conselhos Municipais de Educação.
2. Reconhecer a importância dos Conselhos Municipais de Educação no processo de Gestão Democrática.
1 Introdução
Nesta aula, trataremos dos Conselhos Municipais de Educação no Brasil, abordando as diretrizes legais,
conceitos e constituições desses Conselhos. Tomaremos conhecimento de algumas legislações pertinentes aos
Conselhos Municipais de Educação, para percebermos quais as suas atribuições legais no contexto da educação
municipal.
2 Conselhos Municipais de Educação no Brasil
Inicialmente, é necessário que procuremos entender o que são os Conselhos Municipais de Educação. Os
Conselhos são caracterizados como órgãos consultivos e deliberativos do Ministério e das secretarias de
educação. Embora, entre suas funções importantes, constem as de elaborar normas e interpretar a legislação
educacional, sua atuação se esgota no âmbito da estrutura de gestão do executivo, ou seja, não são dotados de
natureza legislativa ou judiciária.
A efetivação dos Conselhos Municipais de Educação tem como ponto de partida a promulgação da Constituição
da República de 1988, que é a nossa lei maior e que prevê a gestão democrática do ensino público – os Conselhos
Municipais de Educação nasceram do desejo dos movimentos sociais, especialmente presentes na Constituinte
de 1988, pela participação democrática na formulação e gestão das políticas públicas. Assim, nos Conselhos
Municipais, mais próximos do cidadão, onde a possibilidade da democracia participativa é mais viável, outras
atribuições se fazem presentes, como: a mobilizadora e de controle social.
Como discutimos em aulas anteriores, a gestão democrática requer mudanças na dinâmica das escolas e se faz
necessária a participação efetiva dos envolvidos no processo de aprendizagem. Vimos também que os problemas
não são somente da gestão do ensino especificamente, mas sim de todo o grupo, que envolvem a gestão, a equipe
técnica escolar, os professores, os funcionários, os pais, os alunos e a sociedade em geral.
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A gestão democrática constitui pilar fundamental de uma educação básica com qualidade social. Ela está prevista
na Constituição Federal, em seu art. 206, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB 9.394/96, em
seu art. 14, como um dos objetivos e prioridades do Plano Nacional de Educação – PNE. Para fomentar o
cumprimento dessa legislação, surge a permanência de estimular a implantação e o fortalecimento dos
Conselhos Municipais de Educação, bem como de capacitar seus membros para que possam oferecer uma
contribuição efetiva à qualificação da educação.
A principal função atribuída aos Conselhos de Educação, no âmbito nacional e estadual, ao longo da história, foi a
de colaborar com os respectivos Ministros ou Secretários de Educação na definição das políticas educacionais,
tarefa essencialmente consultiva. Gradativamente, foram assumindo mais fortemente a função de elaborar
normas para os respectivos sistemas de ensino, como estratégia de efetivação das políticas. Paralelamente, a
função “credencialista”, de caráter mais cartorial, foi se impondo como função mais demandada aos Conselhos,
como estratégia de controle sobre a autorização e o funcionamento das instituições de ensino. Inicialmente, os
Conselhos Municipais de Educação tinham uma função meramente consultiva, porém, ao longo do tempo, outras
funções foram agregadas a estes Conselhos.
Tomamos como exemplo para explicitar estas outras funções um texto contido no documento “Conselhos
Escolares: uma estratégia de gestão democrática da escola pública”, publicado no ano de 2004. Vamos ao texto?
Alguns conceitos de organização hospitalar:
Função deliberativa
É assim entendida quando a lei atribui ao conselho competência específica para decidir, em instância final, sobre
determinadas questões. No caso, compete ao conselho deliberar e encaminhar ao Executivo, para que execute a
ação por meio de ato administrativo. A definição de normas é função essencialmente deliberativa. A função
recursal, também, tem sempre um caráter deliberativo, uma vez que requer do conselho competência para
deliberar, em grau de recurso, sobre decisões de instâncias precedentes. Só faz sentido a competência recursal
quando vem revestida de poder de mudar, ou confirmar, a decisão anterior.
Função consultiva
Tem um caráter de assessoramento e é exercida por meio de pareceres, aprovados pelo colegiado, respondendo
à consultas do governo ou da sociedade, interpretando a legislação ou propondo medidas e normas para o
aperfeiçoamento do ensino. Cabe ao Executivo aceitar e dar eficácia administrativa, ou não, à orientação contida
no parecer do conselho.
Função fiscal
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Ocorre quando o conselho é revestido de competência legal para fiscalizar o cumprimento de normas e a
legalidade ou legitimidade de ações, aprová-las ou determinar providências para sua alteração. Para a eficácia
desta função, é necessário que o conselho tenha poder deliberativo, acompanhado de poder de polícia. Embora
mais rara nos conselhos tradicionais de educação, esta função é atribuída cada vez mais fortemente aos
conselhos de gestão de políticas públicas, nas instituições públicas e na execução de programas governamentais.
Função mobilizadora
É a que situa o conselho em uma ação efetiva de mediação entre o governo e a sociedade, estimulando e
desencadeando estratégias de participação e de efetivação do compromisso de todos com a promoção dos
direitos educacionais da cidadania, ou seja: da qualidade da educação. (MEC, p. 36, 2004)
Quantas informações já adquirimos a respeito dos Conselhos Municipais de Educação. Percebemos que os
cidadãos que fazem parte destes Conselhos terão que aprofundar seus estudos da dinâmica dos Conselhos,
principalmente das suas funções específicas, que são muitas e que requerem conhecimentos educacionais na
área de legislação e políticas públicas.
Não basta ter o Conselho Municipal de Educação no município. É preciso que os representantes tenham
condições de atuar de maneira eficaz nos mesmos. Diante desta necessidade, o governo federal criou o Programa
Nacional de Capacitação de Conselheiros Municipais de Educação (Pró-Conselho).
• Programa (Pró-Conselho)
O programa estimula a criação de novos conselhos municipais de educação, o fortalecimento daqueles já
existentes e a participação da sociedade civil na avaliação, definição e fiscalização das políticas
educacionais, entre outras ações. O Pró-Conselho tem como principal objetivo qualificar gestores e
técnicos das secretarias municipais de educação e representantes da sociedade civil, para que atuem em
relação à ação pedagógica escolar; à legislação e aos mecanismos de financiamento e ao repasse e
controle no uso das verbas da educação. Os conselhos municipais de educação exercem papel de
articuladores e mediadores das demandas educacionais junto aos gestores municipais e desempenham
funções normativa, consultiva, mobilizadora e fiscalizadora.
Fonte: Pró-Conselho.
Tivemos a oportunidade, por meio desta aula, de entender como funcionam os Conselhos Municipais de
Educação nos municípios e qual a importância dos mesmos no processo de gestão democrática do ensino público.
Se precisarmos obter informações a respeito dos Conselhos Municipais de Educação nos municípios brasileiros,
poderemos fazer esta pesquisa por meio do “Sistema de Informações dos Conselhos Municipais de Educação” –
•
- -5
SICME – que são disponibilizadas pelo Ministério da Educação – MEC. No SICME, teremos acesso aos dados
referentes aos Conselhos existentes, como também informações referentes aos municípios que ainda precisam
implantar os Conselhos.
• Sistema de Informações dos Conselhos Municipais de Educação - SICME
O Ministério da Educação, por intermédio da Secretaria de Educação Básica, na perspectiva de construir
o perfildos Conselhos Municipais de Educação – CME - no Brasil desenvolveu o Sistema de Informações
dos Conselhos Municipais de Educação - SICME.
O SICME é um sistema que fornece subsídios para caracterizar o perfil dos Conselhos Municipais de
Educação, bem como para estudos e pesquisas no campo da gestão democrática e da formulação da
política de Educação Básica. Também um instrumento que permite o aperfeiçoamento dos processos de
formação continuada para conselheiros municipais de Educação, a partir de informações atualizadas
sobre a organização e o funcionamento dos Conselhos. O sistema possibilita, ainda, o monitoramento do
Programa Nacional de Capacitação de Conselheiros Municipais de Educação - Pró-Conselho - quanto ao
seu impacto na criação e fortalecimento dos CME.
A participação de todos os municípios no cadastramento de informações no SICME vai contribuir
efetivamente para a definição de políticas públicas de Educação mais focadas nas necessidades locais,
tais como a definição de vagas para a formação continuada de Conselheiros Municipais de Educação, seja
por meio do Curso de Extensão a Distância, seja pela realização de Encontros Presenciais de Capacitação
de Conselheiros, dentre outras. Anualmente, os CME devem atualizar os dados informados no SICME,
sendo que, nos municípios onde ainda não existem Conselhos, a Secretaria Municipal de Educação é
responsável pelo preenchimento dos dados no Sistema.
Fonte: SICME.
3 Considerações finais
Finalizando este estudo, percebemos que os Conselhos Municipais de Educação são uma organização
democrática, com representatividade do Estado e da sociedade civil, que tem como função fazer a mediação
entre a sociedade e o governo, onde a constituição do mesmo respeitará as peculiaridades de cada estado ou
município, só havendo orientações quanto à sua implantação e constituição. Porém, conforme o que prevê uma
gestão democrática, cada Conselho Municipal de Educação terá singularidade própria.
•
- -6
O que vem na próxima aula
Na próxima aula, procuraremos entender como se dá a gestão da Educação Básica no Brasil e os mecanismos de
avaliação da mesma. Discutiremos como se constituem os Conselhos Escolares, quais os princípios legais e
filosóficos desses Conselhos. Que papel desempenha a gestão democrática da escola na dinâmica dos Conselhos
Escolares e qual o papel dos referidos Conselhos junto à Gestão Escolar.
Você terá a oportunidade de estudar os seguintes assuntos:
• Gestão da Educação Básica.
• Constituição dos Conselhos Escolares.
• Gestão e Conselhos Escolares.
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Entendeu como se constituem os Conselhos Escolares, e os princípios legais e filosóficos desses 
Conselhos. Que papel desempenha a gestão democrática da escola na dinâmica dos Conselhos Escolares e 
qual o papel dos referidos Conselhos junto à Gestão Escolar.
Referências
BRASIL. Lei 5.692 de 11/08/71. Fixa diretrizes e bases para o ensino de 1º e 2º graus e dá outras providências. D.
O.U. de 28/09/71.
_______. Lei 9.394 de 20/12/96. Fixa diretrizes e bases para o ensino de 1º e 2º graus e dá outras providências. D.
O.U. de 23/12/96.
_______. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA. Secretaria da Educação Básica. Conselhos Escolares: uma
estratégia de gestão democrática da escola pública. Brasília: DF, 2004. p. 35- 40.
_______. MEC. PDE. Plano de Desenvolvimento da Educação: SAEB: ensino médio: Matrizes de referência, tópicos e
descritores. Brasília: MEC, SEB; INEP, 2008.
BORDIGNON, Genuíno. Perfil dos conselhos municipais de educação/Genuíno Bordignon, Mauricio Rodrigues de
Araújo-2. Ed. - Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de educação básica, 2006.
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	Olá!
	1 Introdução
	2 Conselhos Municipais de Educação no Brasil
	Programa (Pró-Conselho)
	Sistema de Informações dos Conselhos Municipais de Educação - SICME
	3 Considerações finais
	O que vem na próxima aula
	CONCLUSÃO
	Referências

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