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Na série “Control Z”, produzida pela Netflix, retrata o drama vivido por estudantes, após terem seus dados pessoais expostos sem autorização na internet. Nesse contexto, a narrativa busca enfatizar as consequências negativas que esse crime proporcionou. Fora da ficção, é fato que, infelizmente, muitos indivíduos tem sido não só vítimas, mas também autores de crimes cibernéticos. Logo, faz-se necessário discutir os impactos dessa problemática que tanto prejudica na harmonia social. Em primeira análise, é importante ressaltar que, de acordo com Steve Jobs, co-fundador da Apple, “A tecnologia move o mundo”. Desse modo, com a globalização cravada socialmente no século XXI, o acesso as redes tecnológicas foram facilitadas, o que, de fato, modificou os paradigmas do mundo. Entretanto, nota-se que a internet é, hoje, infelizmente, o principal veículo de disseminação de preconceitos e ofensas enraizadas culturalmente. Isso porque, através dessa rede, é possível que o usuário pratique crimes, e não seja identificado, por meio do anonimato. Um exemplo da consequência desse impasse, é retratado em um episódio da série “Black Mirror”, em que, através de um site anônimo, o público “vota” em uma figura pública para ser assassinada. Assim, não há dúvidas que, por vezes, a “tecnologia que move o mundo”, tem resultado, tristemente, em transformações sociais problemáticas. Além disso, é válido salientar que, a falta de ética e respeito coletivo são fatores ligados à essa “nova” era digital. Um reflexo desse cenário caótico, foi revelado durante as eleições presidenciais em 2018, em que, houve uma série de casos de desrespeito e ofensas, em razão das divergentes posições políticas dos indivíduos. E, em consequência disso, nota-se a disseminação de notícias falsas, outro infeliz crime cibernético, como um mecanismo de veiculação de ódio entre os divergentes grupos políticos e, também, difamação, como foi retratado na série “Control Z”. Desse modo, é notório os impactos da bipolarização, que se mantem na contramão do respeito e liberdade individual, assegurados pela Constituição. Portanto, são imprescindíveis medidas atenuantes ao entrave abordado. Urge que o Estado, por meio de verbas públicas, crie nas redes sociais, campanhas e projetos, para abordar a questão dos limites cibernéticos e, como se “proteger” nas redes sociais, além de disponibilizar ajuda online com profissionais da área tecnológica, para indivíduos vítimas de ataques nas redes sociais. Com isso, será possível conscientizar e informar a população sobre os mecanismos online e, posteriormente, diminuir os casos de crimes virtuais, para que assim, a tecnologia tenha um papel positivo e, os impasses, como mostrado em “Control Z”, não pertença a realidade.
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