Buscar

Trabalho Imunologia médica

Prévia do material em texto

Discentes: Fernanda Hidalgo, Gustavo Caldeira, Isabella Freires, Lais Boynard e Wendell Faria.
Docentes: João Neto e Larissa Gomes.
Relato de caso
Paciente feminina, 59 anos, parda, portadora de insuficiência renal crônica avançada;
Iniciou programa regular de hemodiálise e investigação para transplante renal;
Após um ano de hemodiálise, foi transferida para diálise peritoneal ambulatorial contínua, por dificuldade de acesso vascular;
Recebeu transplante de rim de cadáver. 
Recebeu indução com globulina antitimocítica e manutenção com tacrolimus, micofenolato mofetil e prednisona;
Necrose ureteral – anastomose da pelve + “Duplo J”;
Pielonefrite do enxerto - E. faecalis – vancomicina.
Três meses pós-transplante, relatou manchas escuras na coxa esquerda, negando outros sintomas;
Placas eritemato-violáceas de aspecto infiltrativo, levemente dolorosas.
A ocorrência de reativação da doença de Chagas em pacientes imunodeprimidos mostra que o parasita está presente na fase crônica da doença, mesmo na forma indeterminada, provavelmente em forma latente, sob constante vigilância imunológica. Durante a imunodepressão, a ruptura da vigilância imunológica acarretaria intensa proliferação do parasita e invasão tissular, de forma semelhante ao que ocorre na fase aguda. 
4
Iniciou benzonidazol por 60 dias;
Após 30 dias de uso do benzonidazol, apresentou febre e sinais clínicos de peritonite;
Simultaneamente, apresentou pancitopenia e e antigenemia positiva para citomegalovírus;
Completando um ano e três meses de pós transplante foi internada com aneurisma dissecante de aorta no pós operatório imediato.
Doença de Chagas
Doença parasitária - Trypanosoma cruzi - “Barbeiro”;
Transmissão: Pela picada, contato direto com fezes com triatomíneo bem como ingestão dos mesmos com alimentos e líquidos;
Pacientes transplantados em uso de imunossupressores podem desenvolver formas graves da doença. 
-(AGUDA ALTA PARASITEMIA/CRONICA BAIXA) POR VEZES A AGUDA é geralmente assintomática ou com sintomas brandos e inespecíficos, como febre, hepatoesplenomegalia ou linfadenopatia que são típicos de muitas infecções e dificultam o diagnóstico) A CRONICA CARACTERIZASE POR UMA BAIXA PARASITEMIA SANGUINEA ONDE OS TRIATOMINEOS ENCONTRAM-SE LATENTES.)
-
6
Doença de Chagas – Fase aguda
Parasita circulante na corrente sanguínea;
Febre, cefaleia, adenomegalia, palidez, dispneia, dor abdominal ou torácica e eventualmente causa óbito;
Detecção: Métodos parasitológicos ou  presença de anticorpos no soro.
AGUDA ALTA PARASITEMIA! POR VEZES A AGUDA é assintomática ou com sintomas brandos e inespecíficos, como febre, hepatoesplenomegalia ou linfadenopatia que são típicos de muitas infecções e dificultam o diagnóstico.
7
Doença de Chagas – Fase crônica
Inicialmente assintomática, mas pode evoluir para acometimento cardíaco, digestivo e neurológico;
30% apresentam alterações cardíacas e até 10% têm alterações digestivas, neurológicas ou combinadas;
Paniculite: Inflamação do tecido adiposo por reativação da doença de Chagas crônica. 
CARACTERIZASE POR UMA BAIXA PARASITEMIA SANGUINEA ONDE O PARASITO AMASTIGOTA ENCONTRA-SE EM MULTIPLICAÇÃO INTRA CELULAR .)
8
Imunossupressão
Ato de reduzir a atividade ou eficiência do sistema imunológico;
Utilização de transplantes também desencadeia uma resposta imune;
Transplantado inicia um protocolo de imunossupressão;
As estratégias e as ferramentas dos imunossupressores vão ser a diminuição dos linfócitos CD4 e CD8.
Reativação da Doença de Chagas
IgG positivo para Tripanossoma cruzi X IgM negativo; 
Parasito oportunista com queda do sistema imune, se esquivando das barreiras da imunidade inata e adaptativa;
Imunossupressores reativaram a fase aguda da doença.
Discussão
A doença de Chagas crônica pode ser reativada em uso de imunossupressores;
A maioria dos casos é relacionada a transplante renal ou cardíaco;
A doença de Chagas determina elevada morbimortalidade em tais condições;
Estudos em humanos não encontraram alterações na distensibilidade da aorta e na função endotelial em pacientes com doença de Chagas.
Trypanosoma cruzi pode determinar vasculite com envolvimento da aorta;
13
Doença de Chagas em transplantados
A ocorrência de doença de Chagas em doentes que realizaram transplantes de diferentes órgãos é mais frequente em casos de transplantes de rim;
O transplante cardíaco tem sido utilizado como modalidade terapêutica para o tratamento de pacientes chagásicos;
Alguns pacientes com miocardiopatia chagásica submetidos a transplante cardíaco, demonstraram quadro compatível com reativação da infecção pelo T. cruzi.
Doença de Chagas em transplantados
 
O diagnóstico de reativação da doença de Chagas em transplantados cardíacos;
O tratamento antiparasitário utilizando benzonidazol ou nifurtimox nos doentes que adquiriram a doença de Chagas tem sido em geral efetivo.
 Obrigado (a)!
Referências
Paniculite chagásica pós-transplante renal: relato de caso;
http://chagas.fiocruz.br/diagnostico/;
http://chagas.fiocruz.br/sessao/doenca/; 
Matteucci, Kely C. and K. Bortoluci. “Papel de NLRP3 no controle da autofagia durante a infecção pelo Trypanosoma cruzi.” (2018). Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0001-37652001000400008&lng=en&nrm=iso
Doença de chagas e imunossupressão. Disponível em: http://books.scielo.org/id/nf9bn/pdf/dias-9788575412435-22.pdf
https://agencia.fiocruz.br/fiocruz-distribui-medicamento-para-transplantados-no-sus
 ABBAS, A. K. ; LICHTMAN, A. H. & POBER, J.S. Imunologia celular e molecular. 5a ed., Rio de Janeiro, Elsevier, 2005.
file:///C:/Users/ferna/Downloads/58991-Texto%20do%20artigo-75782-1-10-20130718.pdf

Continue navegando