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Pronunciamento Técnico CPC 31 - Ativo Não Circulante

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94
Unidade II
Unidade II
5 PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 31 – ATIVO NÃO
Circulante mantido para venda e operação descontinuada
O Pronunciamento Técnico CPC 31 – Ativo Não Circulante para Venda e Operação Descontinuada 
tem por objetivo determinar a contabilização de ativos não circulantes mantidos para venda, bem como 
a apresentação e divulgação de operações descontinuadas.
Todavia, o CPC 31 (CPC, 2009h) traz como exigência critérios específicos para satisfazer a categorização 
de mantidos para a venda:
 
(a) mensurados pelo menor entre o valor contábil até então registrado 
e o valor justo menos as despesas de venda, e que a depreciação ou a 
amortização desses ativos cesse;
(b) apresentados separadamente no balanço patrimonial e que os resultados 
das operações descontinuadas sejam apresentados separadamente na 
demonstração do resultado (CPC, 2009h, p. 1).
A classificação e a apresentação inclusas no pronunciamento CPC 31 são aplicáveis a todos os 
ativos não circulantes reconhecidos e a todos os grupos de ativos mantidos para a venda pela entidade. 
Porém, excetuam-se certos ativos que deverão receber a mensuração por meio de pronunciamentos 
específicos. São eles:
 
(a) imposto de renda diferido ativo (CPC 32 – Tributos sobre o Lucro);
(b) ativos provenientes de benefícios a empregados (CPC 33 – Benefícios 
a Empregados);
(c) ativos financeiros no alcance do CPC 48 – Instrumentos Financeiros; 
(Alterada pela Revisão CPC 12)
(d) ativos não circulantes que sejam contabilizados de acordo com o valor 
justo nos termos do CPC 28 – Propriedade para Investimento;
(e) ativos não circulantes que sejam mensurados pelo valor justo menos as 
despesas estimadas no ponto de venda, de acordo com o Pronunciamento 
Técnico CPC 29 – Ativo Biológico e Produto Agrícola;
95
CIÊNCIAS CONTÁBEIS INTEGRADA
(f) direitos contratuais de acordo com contratos de seguro tal como definido 
no CPC 11 – Contratos de Seguro (CPC, 2009h, p. 2-3).
Conforme estabelece o Pronunciamento Técnico CPC 26-R1 – Apresentação das Demonstrações 
Contábeis, os ativos classificados como não circulantes não deverão receber reclassificação para ativos 
circulantes enquanto estes não satisfazerem os critérios como “mantidos para venda” conforme o 
CPC 31 (CPC, 2011b).
A entidade, ao classificar ativos designados para a revenda, não deverá classificá-los como circulantes 
a não ser que satisfaçam os critérios de classificados como mantidos para a venda de acordo com as 
diretrizes contidas nesse CPC (CPC, 2009h).
Geralmente, a entidade dispõe à venda um grupo de ativos em conjunto com alguns passivos 
associados diretamente em uma única transação. Diante da existência de um grupo de ativos mantido 
para a venda, pode-se estar diante de um grupo de unidades capazes de gerar caixa, uma unidade 
geradora de caixa, ou ainda, uma parte de uma unidade capaz de gerar caixa (CPC, 2009h).
Nesse sentido, o pronunciamento CPC 31 traz a seguinte observação:
 
Contudo, uma vez que se espera que os fluxos de caixa do ativo ou grupo de 
ativos resultem principalmente da venda e, não, do uso contínuo, estes se 
tornam menos dependentes dos fluxos de caixa resultantes de outros ativos, 
e o grupo de ativos mantido para venda que fez parte da unidade geradora de 
caixa torna-se uma unidade geradora de caixa individual (CPC, 2009h, p. 2).
A composição de um grupo de ativos pode contar com quaisquer ativos e passivos da entidade, 
incluindo ativos circulantes, passivos circulantes e ativos excluídos, os quais já foram apresentados. No 
caso de um ativo não circulante alcançado pelos requisitos de mensuração deste pronunciamento fazer 
parte do grupo de ativos mantido para venda, os requisitos de mensuração pertinentes a esse CPC serão 
aplicados ao grupo de ativos como um todo, de modo que o grupo de ativos receba a mensuração pelo 
valor menor comparando o seu valor contábil e o valor justo menos a despesa de venda (CPC, 2009h).
O item 5A do CPC 31 discorre que:
 
A classificação, a apresentação e a mensuração requeridas neste 
Pronunciamento Técnico aplicáveis a ativo não circulante (ou grupo de 
ativos) classificado como mantido para venda também se aplicam a ativo 
não circulante (ou grupo de ativos) que seja classificado como destinado a 
ser distribuído aos sócios na sua condição de proprietários (mantido para 
distribuição aos proprietários) (CPC, 2009h, p. 3).
Especificamente acerca das divulgações requeridas, esse pronunciamento abarca os ativos não 
circulantes ou grupos de ativos, classificados como mantidos para venda ou operações descontinuadas. 
96
Unidade II
As divulgações exigidas por outros pronunciamentos técnicos não se aplicam a esses ativos ou grupo de 
ativos, a não ser que esses pronunciamentos exijam:
 
(a) divulgação específica a respeito dos ativos não circulantes (ou 
grupos de ativos) classificados como mantidos para venda ou operações 
descontinuadas; ou
(b) divulgação sobre mensuração de ativos e passivos de grupo de ativos 
mantidos para venda que não estejam dentro do alcance das exigências 
de mensuração deste Pronunciamento Técnico e que essas divulgações 
não estejam já disponíveis em outras notas às demonstrações contábeis 
(CPC, 2009h, p. 3).
A realização das divulgações adicionais acerca dos ativos não circulantes ou grupos de ativos 
classificados como mantidos para a venda ou sobre operações descontinuadas poderá ser necessária para 
atender os requisitos gerais do Pronunciamento Técnico CPC 26-R1 – Apresentação das Demonstrações 
Contábeis, itens 15 e 125 (CPC, 2009h).
Inicialmente, precisamos compreender o conceito da classificação de ativo não circulante como 
mantido para venda. Essa classificação se dá quando o valor contábil vai ser recuperado, especialmente 
mediante uma transação de venda em vez do uso contínuo por parte da entidade (CPC, 2009h).
Para se enquadrar nessa condição, o ativo ou o grupo de ativos mantido para a venda deve estar 
disponível imediatamente para venda em suas condições atuais, ou seja, precisa estar sujeito aos termos 
que sejam habitualmente presentes para a venda desses ativo. Em outras palavras, a venda deve ser 
altamente provável. Para tanto, os gestores devem ter um compromisso direto com o plano de venda 
do ativo, além de um plano estratégico definido em busca do potencial comprador para concluir a 
transação de venda (CPC, 2009h).
Ainda com relação a esse processo, há uma determinação quanto ao intervalo de tempo decorrido: 
o esperado é que a venda seja concluída em até um ano a partir da data de sua classificação. Mas isso 
com exceção ao que é permitido e consta no item 9 desse pronunciamento, descrito a seguir.
 
Acontecimentos ou circunstâncias podem estender o período de conclusão 
da venda para além de um ano. A extensão do período durante o qual se 
exige que a venda seja concluída não impede que o ativo seja classificado 
como mantido para venda se o atraso for causado por acontecimentos ou 
circunstâncias fora do controle da entidade e se houver evidência suficiente 
de que a entidade continua comprometida com o seu plano de venda do 
ativo. Esse é o caso quando os critérios do Apêndice B forem satisfeitos 
(CPC, 2009h, p. 4).
97
CIÊNCIAS CONTÁBEIS INTEGRADA
O apêndice B trata da extensão do período exigido pelo pronunciamento para a conclusão da 
transação de venda. Conforme mencionado, há um período determinado pelo pronunciamento, porém, 
diante de atraso ocorrido por meio de acontecimentos ou condições fora do controle da entidade e 
desde que haja indícios substanciais sobre a entidade permanecer engajada na transação de venda.
Quanto ao período mencionado, de um ano, algumas situações podem implicar exceção representada 
pelo atraso. São elas:
(a) na data em que a entidade se compromete a planejar a venda de 
ativo ou grupo de ativos não circulantes mantido para venda, ela espera, 
razoavelmente, que outros (não o comprador) imponham condições 
à transferência do ativo ou do grupo de ativos que estendam o período 
exigido como objetivo de que a venda seja concluída, e:
(i) as ações necessárias para responder a essas condições não podem ser 
iniciadas antes do compromisso firme de compra ser obtido; e
(ii) um compromisso firme de compra é altamente provável dentro de um ano.
(b) a entidade obtém um compromisso firme de compra e, como resultado, 
o comprador ou outros compradores impõem inesperadamente condições 
à transferência do ativo não circulante anteriormente classificado como 
mantido para venda que irão estender o período exigido para que a venda 
seja concluída, e:
(i) foram oportunamente tomadas as ações necessárias para 
responder às condições; e
(ii) espera-se uma solução favorável dos fatores que causaram o atraso.
(c) durante o período inicial de um ano, surgem circunstâncias que foram 
anteriormente consideradas improváveis e, como resultado, o ativo não 
circulante ou grupo de ativos anteriormente classificado como mantido 
para venda não foi vendido até ao final desse período, e:
(i) durante o período inicial de um ano, a entidade envidou as ações 
necessárias para responder à alteração nas circunstâncias;
(ii) o ativo ou o grupo de ativos não circulante mantido para venda está sendo 
oferecido a um preço que é razoável, dada a alteração nas circunstâncias;
(iii) foram satisfeitos os critérios dos itens 7 e 8 (CPC, 2009h, p. 14).
98
Unidade II
 Lembrete
Os itens 7 e 8 referem-se ao ativo (ou grupo de ativos) estar disponível 
para venda imediata em condições atuais e ao comprometimento da gestão 
em realizar a venda, respectivamente.
Referente à dilação do prazo mencionado, deve-se observar o abandono do plano de venda mediante 
alguma evidência que o justifique, ou seja, da mesma forma que precisa ser constatado mediante o 
atraso no prazo estabelecido que os motivos ou circunstâncias não implicam necessariamente de que 
a venda não acontecerá, é preciso também que a entidade se certifique sobre o oposto, por meio de 
evidências de que a venda não ocorrerá mais (CPC, 2009h).
Segundo o CPC 31(CPC, 2009h), são classificadas como vendas as trocas de ativos não circulantes 
por outros ativos não circulantes quando essa troca possuir características que impliquem substância 
comercial conforme estabelecido pelo CPC 27 – Ativo Imobilizado.
Na aquisição de um ativo não circulante ou de um grupo de ativos com presunção de futura 
alienação, ou seja, futura transferência de um bem ou direito a outro, incluindo o caso de ativo que 
foi recebido em transação e troca e na dação de pagamento (que se trata da concordância por parte 
do credor em que o devedor pague a obrigação mediante a entrega de um bem no lugar de dinheiro), 
a entidade só deverá classificar esse ativo ou grupo de ativos como mantido para venda na data de 
aquisição se o requisito do prazo de um ano for satisfeito, observando-se a dilação desse prazo e se os 
demais requisitos são satisfeitos (sendo as condições para a venda e o comprometimento da entidade 
com esta transação) (CPC, 2009h).
No caso desses itens 7 e 8, estar disponível para venda nas condições atuais em que se encontram 
os ativos ou grupo de ativos, além do empenho por parte da entidade em realizar as vendas desses 
elementos ser satisfeito após a data do balanço, não se deve classificar o ativo não circulante ou 
o grupo de ativos mantido para a venda de tal forma nas demonstrações contábeis quando forem 
divulgadas (CPC, 2009h).
No entanto, a entidade deverá fazer menção nas notas explicativas, antes da autorização para 
emissão das demonstrações contábeis, quando esses critérios forem satisfeitos após a data do 
balanço patrimonial.
Uma outra situação que poderá ocorrer e que está prevista no pronunciamento é a distribuição 
aos proprietários. O ativo não circulante ou grupo de ativos poderá ser classificado como mantido 
para a distribuição aos sócios quando houver tal compromisso definido para com os proprietários da 
entidade (CPC, 2009h).
De maneira análoga às condições sobre a venda, a classificação de distribuição aos sócios se dará 
mediante o preceito de que os ativos estejam disponíveis para imediata distribuição e que seja condição 
99
CIÊNCIAS CONTÁBEIS INTEGRADA
altamente provável. E, para que atinja a característica de “altamente provável”, deve-se constatar 
que ações foram iniciadas para completar a distribuição com uma expectativa de que seja realizada 
completamente dentro do período de um ano a partir da classificação (CPC, 2009h).
Se, porventura, forem solicitadas ações para a realização completa da distribuição, indica-se não ser 
provável que mudanças de caráter significativo na distribuição sejam feitas ou, ainda, que a distribuição 
ocorrerá. Assim sendo, haverá a necessidade de uma aprovação por parte dos sócios, seja de forma 
legal, estabelecida em lei, ou de maneira estatuária (ou seja, prevista no estatuto social da entidade). 
Tal aprovação deverá ser atribuída como certificação de ser a distribuição passível da classificação de 
“altamente provável” ou não (CPC, 2009h).
Nesse momento, observamos uma situação na qual a análise dos sócios será de fundamental 
importância, diante do dispositivo regulatório em lei com previsão estatutária, no sentido de 
classificar o ativo (ou grupo de ativos) como altamente provável para a efetivação de distribuição aos 
sócios (CPC, 2009h).
Em tal contexto, volto a chamar sua atenção para a importância da transparência e da postura 
imparcial, a fim de se fazer cumprir o atendimento correto estipulado pelo CPC 31 na possível distribuição 
aos sócios e ao que tange justamente o interesse desses. Em outras palavras, o interesse particular 
de acionistas, sócios e proprietários não poderá se sobrepor ao que determina o pronunciamento, a 
lei e o estatuto.
A imparcialidade empregada nessa avaliação de condição “altamente provável”, além da necessidade 
de os ativos estarem disponíveis nas condições atuais para que a distribuição seja realizada, será quesito 
imprescindível, pois a entidade e as diretrizes do pronunciamento não podem ser colocadas em segundo 
plano em decorrência de interesses individuais e particulares.
 Lembrete
Como vimos em outro momento, em algumas situações faz-se 
necessária, além da observância do pronunciamento técnico, a avaliação 
do profissional contador. No caso explicitado anteriormente, mostra-se de 
grande importância a observação dos sócios.
Acerca de ativo não circulante cuja destinação compreenda ser baixado, a entidade não deverá 
classificá-lo como mantido para a venda, tendo em vista que o seu valor contábil acaba por ser 
recuperado especialmente por meio da utilização de forma contínua desse ativo (CPC, 2009h).
No entanto, se esse grupo de ativos classificado como mantido para a venda que será baixado 
satisfizer os critérios constantes no item 32, a entidade deverá apresentar tanto os fluxos de caixa quanto 
os resultados do ativo mantido para venda como operações descontinuadas, conforme as determinações 
contidas nos itens 33 e 34 desse pronunciamento, na data que seu uso cessar (CPC, 2009h).
100
Unidade II
O item 32 (CPC, 2009h) esclarece que se considera como uma operação descontinuada um 
componente da entidade que foi baixado ou está classificado como mantido para venda e:
 
(a) representa uma importante linha separada de negócios ou área 
geográfica de operações;
(b) é parte integrante de um único plano coordenado para venda de uma 
importante linha separada de negócios ou área geográfica de operações; ou
(c) é uma controlada adquirida exclusivamente com o objetivo da revenda 
(CPC, 2009h, p. 9).
No item 32 podemos observar aspectos que se relacionam às atividades operacionais da entidade, 
além de se tratar da aquisição de outra entidade para a revenda. Nesse sentido, novamente encontramos 
particularidades contempladas pelo pronunciamento, que tem por objetivo apresentar o tema abordado, 
no caso do CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido para a Venda e Operação Descontinuada, de maneira 
global, permeando todas as situaçõespossíveis de ocorrência nas entidades.
O item 33 (CPC, 2009h, p. 9-10) indica que a entidade deve evidenciar:
 
(a) um montante único na demonstração do resultado compreendendo:
(i) o resultado total após o imposto de renda das operações descontinuadas; e
(ii) os ganhos ou as perdas após o imposto de renda reconhecidos na 
mensuração pelo valor justo menos as despesas de venda ou na baixa de 
ativos ou de grupo de ativos(s) mantidos para venda que constituam a 
operação descontinuada.
(b) análise da quantia única referida na alínea (a) com:
(i) as receitas, as despesas e o resultado antes dos tributos das 
operações descontinuadas;
(ii) as despesas com os tributos sobre o lucro relacionadas conforme exigido 
pelo item 81(h) do Pronunciamento Técnico CPC 32 – Tributos sobre o Lucro;
(iii) os ganhos ou as perdas reconhecidas na mensuração pelo valor justo 
menos as despesas de venda ou na alienação de ativos ou de grupo de ativos 
mantidos para venda que constitua a operação descontinuada; e
(iv) as despesas de imposto de renda relacionadas conforme exigido pelo 
item 81(h) do Pronunciamento Técnico CPC 32.
101
CIÊNCIAS CONTÁBEIS INTEGRADA
Essa análise poderá ser apresentada tanto nas notas explicativas quanto no resultado. Se ocorrer 
na demonstração do resultado, deverá receber uma identificação de seção, estando relacionada às 
operações descontinuadas (em outras palavras, separadamente das operações em continuidade). 
Ressalta-se que a análise não é obrigatória para grupos de ativos mantidos para venda que sejam 
recém-adquiridos e que satisfaçam os critérios de classificação como destinados à venda no momento 
da aquisição (CPC, 2009h).
 Lembrete
Essa condição retoma, de certa forma, o que tratamos sobre a presunção 
futura de alienação do ativo e a classificação como mantido para venda na 
data de aquisição.
Ainda sobre o item 33, vejamos os subitens (c) e (d) (CPC, 2009h, p 10).
 
(c) os fluxos de caixa líquidos atribuíveis às atividades operacionais, de 
investimento e de financiamento das operações descontinuadas. Essas 
evidenciações podem ser apresentadas nas notas explicativas ou nos 
quadros das demonstrações contábeis. Essas evidenciações não são 
exigidas para grupos de ativos mantidos para venda que sejam controladas 
recém-adquiridas que satisfaçam aos critérios de classificação como 
destinadas à venda no momento da aquisição (ver item 11);
(d) o montante do resultado das operações continuadas e o das operações 
descontinuadas atribuível aos acionistas controladores. Essa evidenciação 
pode ser apresentada alternativamente em notas explicativas que 
tratam do resultado.
 Observação
O item 11 trata da alienação do ativo e da sua classificação como 
mantido para venda na data de aquisição.
Sequencialmente, o item 33A (CPC, 2009h) alerta para que, se, porventura, a entidade apresentar 
a demonstração do resultado como uma demonstração separada, deve-se manter ainda uma seção 
identificada como “Relacionada às Operações Descontinuadas” nessa demonstração, conforme indicado 
no item 10A no Pronunciamento Técnico CPC 26.
 
10A. A entidade pode, se permitido legalmente, apresentar uma única 
demonstração do resultado do período e outros resultados abrangentes, com 
a demonstração do resultado e outros resultados abrangentes apresentados 
em duas seções. As seções devem ser apresentadas juntas, com o resultado 
102
Unidade II
do período apresentado em primeiro lugar seguido pela seção de outros 
resultados abrangentes. A entidade pode apresentar a demonstração do resultado 
como uma demonstração separada. Nesse caso, a demonstração separada 
do resultado do período precederá imediatamente a demonstração que 
apresenta o resultado abrangente, que se inicia com o resultado do período 
(CPC, 2011b, p. 7).
No item 34 (CPC, 2009h), temos o esclarecimento acerca de se apresentarem novamente as 
evidenciações contidas no item 33 sobre períodos anteriores aos apresentados nas demonstrações 
contábeis de modo que sejam ressaltadas as correlações em todas as operações que foram descontinuadas 
na data do balanço correspondente ao último período apresentado.
Há duas observações importantes sobre os ativos a serem baixados, explicitadas a seguir (CPC, 2009h).
•	 Estão inclusos nos ativos não circulantes a serem baixados ativos que devem ser usados até o final 
da vida econômica correspondente que precisam ser fechados em vez de vendidos;
•	 O ativo não circulante que foi retirado de serviço de forma momentânea não deve ser 
contabilizado como baixado.
5.1 Mensuração de ativo não circulante como mantido para venda
Como já visto, a mensuração do ativo não circulante ou grupo de ativos classificados como 
mantidos para venda será pelo menor valor quando se faz a comparação entre o seu valor contábil e 
o valor justo subtraindo as despesas de venda. Trataremos agora das demais mensurações estipuladas 
pelo pronunciamento.
O item 15A do pronunciamento (CPC, 2009h) discorre que a mensuração do ativo não circulante ou 
grupo de ativos mantido para a distribuição aos sócios será pelo valor menor comparando o seu valor 
contábil ao valor justo subtraindo-se as despesas de distribuição, as quais, segundo o próprio CPC, são 
despesas incrementais diretamente atribuíveis à distribuição, excluídos as despesas financeiras e os 
tributos sobre o lucro.
O Pronunciamento Técnico CPC 31, mais precisamente no item 16, declara:
 
Se o ativo ou o grupo de ativos recém-adquiridos satisfizer aos critérios 
de classificação como mantido para venda (ver item 11), a aplicação do 
item 15 resultará em que o ativo ou o grupo de ativos seja mensurado no 
reconhecimento inicial pelo valor mais baixo entre o que seria seu valor 
contábil, caso não tivesse sido assim classificado (por exemplo, o custo), e o 
valor justo menos as despesas de venda. Se o ativo ou o grupo de ativos for 
adquirido como parte de combinação de negócios, ele deve ser mensurado 
pelo valor justo menos as despesas de venda (CPC, 2009h, p. 5).
103
CIÊNCIAS CONTÁBEIS INTEGRADA
Quando a expectativa da venda for de mais de um ano, as despesas deverão ser mensuradas pelo 
valor presente. Sobre a passagem do tempo, deve-se destacar ainda que, se houver qualquer aumento 
no valor presente decorrente desse fato, tal aumento deverá ser apresentado no resultado como 
despesa financeira, aplicando as disposições que constam no Pronunciamento Técnico CPC 12 – Ajuste 
a Valor Presente.
 Saiba mais
Acesse o CPC 12 para conhecer com mais detalhes as diretrizes mencionadas.
CPC. Pronunciamento Técnico CPC 12 – Ajuste a Valor Presente, 2008b. 
Disponível em: http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/219_CPC_12.
pdf. Acesso em: 7 out. 2020.
Antes de proceder com a classificação inicial do ativo ou grupo de ativos como mantido para venda, 
os correspondentes valores contábeis de todos os ativos e passivos devem ser mensurados mediante os 
pronunciamentos técnicos aplicáveis.
 Observação
O alerta feito pelo próprio CPC relaciona-se com a importância 
de o fato gerador de qualquer ativo ou passivo ser registrado, pois já 
existe na entidade.
Somente após o registro inicial no momento do fato gerador que comprova a existência desse ativo 
ou passivo na entidade, é que demais ocorrências e circunstâncias ocorrerão e serão avaliadas para 
novas mensurações que sejam pertinentes às novas condições desses ativos e passivos (CPC, 2009h).
Portanto, o reconhecimento e mensuração se dão mediante as operações/transações que ocorrem 
dia a dia. Muitos são os acontecimentos que implicam novas condições e circunstâncias aos quais 
ativos e passivos vão se submetendo de maneira constante na entidade, com cada uma dessas etapas 
recebendo a mensuração adequada para aquele momento.
Exemplo de aplicação
Logo no início de nosso estudo, foi dito que a ciência contábil era classificada como uma ciência 
social aplicada: social aplicada porque se modifica, se realiza por meio de ações humanas. Reflita sobre 
cada um dos aspectos e determine se concordaou discorda das afirmações a seguir.
104
Unidade II
1. Em uma reunião no Departamento de Custos de uma empresa, foi decidido que haverá o aumento 
de quantidade de matéria-prima adquirida para os dois próximos meses devido aos quatro novos clientes 
que surgiram e realizaram pedidos recentemente.
Afirmativa: a decisão de aumento na quantidade de matéria-prima a ser adquirida é uma decisão 
humana que foi tomada pela equipe que cuida dos custos dessa empresa.
( ) Concordo ( ) Discordo
2. Na última venda realizada em agosto/20XX, para um dos melhores clientes da empresa, o prazo 
de pagamento, que habitualmente está entre 30 e 45 dias da data de compra, foi ampliado para 60 e 90 
dias. Esse fato se deu em razão de dificuldades financeiras pelas quais o cliente passa especificamente 
no mês citado devido a um dispêndio financeiro que não estava previsto.
Afirmativa: a concordância de dilação de prazo de pagamento e solicitação para que o prazo de 
pagamento fosse aumentado, em razão de um imprevisto financeiro recente, representa decisões 
humanas: uma partindo do cliente, que pede aumento no prazo e o justifica por gasto imprevisto, e 
outra pelo agente que realiza a venda aceitando a solicitação do cliente.
( ) Concordo ( ) Discordo
3. Habitualmente, na Empresa XTA o gozo de férias é atribuído em 30 dias para todos os setores e 
cargos. Porém o funcionário Venceslau Rufino, operador de máquina do departamento de prensa, fez a 
seguinte requisição ao departamento pessoal: a divisão do período de férias em dois períodos de 15 dias 
cada, conforme previsto em Lei Federal n. 13.467/2017 pela Reforma Trabalhista, por motivos pessoais 
envolvendo providências a serem tomadas em duas localidades distintas: (i) a título da resolução sobre 
um terreno que está à venda em uma localidade; e (ii) de promover auxílio a familiares que necessitam 
de sua presença em outra localidade; providências as quais devem ser cumpridas em meses distintos. 
Devido à necessidade de se ausentar da localidade em que mora e na qual a empresa está situada, 
Venceslau Rufino reservou o período de férias para resolver tais pendências. Após o período de avaliação 
da solicitação, o Departamento Pessoal enviou-lhe um comunicado concordando com a divisão das férias.
Afirmativa: as situações apresentadas são decisões humanas, a do funcionário que conhece as 
políticas empresarias sobre as férias e solicita um atendimento diferenciado mediante os motivos que 
têm; e a concordância por parte do Departamento Pessoal em contribuir com o funcionário, tendo em 
vista que há previsão legal para tal feito.
( ) Concordo ( ) Discordo
Análise das afirmativas
Agora, vamos a algumas considerações úteis para o assunto tratado. Abarcamos, nas três situações 
descritas, três cenários distintos: tratamos de custos, de vendas e de relações trabalhistas. Em todas 
as situações observamos ações humanas por meio das decisões tomadas, as quais resultaram em 
105
CIÊNCIAS CONTÁBEIS INTEGRADA
consequências. Essas ações e reações devem ser mensuradas nos momentos oportunos, ou seja, nos 
momentos em que ocorrem e mediante as disposições dos pronunciamentos técnicos que se aplicam 
a cada ocorrência em cada situação e a cada período de tempo em que acontecem. Portanto, as ações 
e reações (e novas ações) são concretizadas e a equipe contábil deve reconhecê-las e mensurá-las de 
maneira assertiva, contemplando a forma mais adequada em cada ação, cada reação e cada período 
temporal. Nesse sentido, podemos constatar que a evolução das empresas se dá mediante os seus 
acontecimentos, os quais precisam ser apresentados adequadamente.
 Saiba mais
Acerca da Reforma Trabalhista, conheça outros aspectos relevantes 
acessando o documento indicado a seguir.
BRASIL. Lei n. 13.467, de 13 de julho de 2017. Altera a Consolidação 
das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei n. 5.452, de 1º de 
maio de 1943, e as Leis n º 6.019, de 3 de janeiro de 1974, 8.036, de 11 
de maio de 1990, e 8.212, de 24 de julho de 1991, a fim de adequar a 
legislação às novas relações de trabalho. Brasília, 2017. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/l13467.
htm#:~:text=Altera%20a%20Consolida%C3%A7%C3%A3o%20
das%20Leis,%C3%A0s%20novas%20rela%C3%A7%C3%B5es%20
de%20trabalho. Acesso em: 7 out. 2020.
Voltemos ao CPC 31 (CPC, 2009h) para dar continuidade ao assunto da mensuração.
No momento da mensuração subsequente de grupo de ativos mantido para venda, os valores 
contábeis de quaisquer ativos e passivos que não estejam nas condições previstas nos pronunciamentos 
que deveriam ter sido aplicados, mas ainda assim estejam figurando no grupo de ativos classificados 
como mantidos para venda, precisarão ser remensurados mediante as diretrizes do pronunciamentos 
que lhes sejam aplicáveis antes do valor justo menos as despesas de venda do grupo de ativos mantido 
para a venda ser remensurado (CPC, 2009h).
Sabendo que as práticas contábeis são realizadas em etapas mediante as ocorrências, conseguimos 
entender a disposição anterior no sentido de uma estrutura contábil que ocorra sequencialmente ao 
seguir os quesitos estabelecidos nos pronunciamentos.
Outro elemento importante é o reconhecimento de perda por redução ao valor recuperável e reversão 
segundo o Pronunciamento Técnico 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos. Qualquer redução 
do ativo ou do grupo de ativos mantido para venda, seja inicial ou posterior, ao valor justo menos as 
despesas de venda, além de qualquer outra perda que tenha sido reconhecida independente do momento 
em que ocorreu, deverá ser reconhecida. Por outro lado, deverá a entidade também reconhecer qualquer 
106
Unidade II
ganho ou aumento que tenha ocorrido posteriormente no valor justo menos as despesas de venda de 
um ativo já reconhecido mediante o que dispõe o CPC 31 ou ainda o CPC 01 (CPC, 2009h).
Os critérios a serem observados acerca do reconhecimento de ganho ou qualquer aumento posterior 
no valor justo menos as despesas de venda de grupo de ativos mantido para venda são:
 
(a) na medida em que não tenha sido reconhecido de acordo com o item 19; mas
(b) não além da perda por redução ao valor recuperável acumulada que 
tenha sido reconhecida, seja de acordo com este Pronunciamento Técnico ou 
anteriormente de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 01 - Redução 
ao Valor Recuperável de Ativos, nos ativos não circulantes que estejam 
dentro do âmbito dos requisitos de mensuração deste Pronunciamento 
(CPC, 2009h, p. 6).
O item 19 do Pronunciamento Técnico CPC 01 esclarece que:
 
Nem sempre é necessário determinar o valor justo líquido de despesas de 
venda de um ativo e seu valor em uso. Se qualquer um desses montantes 
exceder o valor contábil do ativo, este não tem desvalorização e, portanto, 
não é necessário estimar o outro valor (CPC, 2010a, p. 10).
Tanto a perda por redução ao valor recuperável quanto qualquer ganho posterior reconhecidos 
para um grupo de ativos mantido para venda deve reduzir ou aumentar o valor contábil dos ativos 
não circulantes do grupo de ativos que esteja dentro do que contempla o escopo de requisitos de 
mensuração no item 99, além do item 117, constantes no Pronunciamento Técnico CPC 01 – Redução 
ao Valor Recuperável de Ativos. Vejamos:
 
O mais recente cálculo detalhado, feito em período anterior, do valor 
recuperável de uma unidade geradora de caixa à qual o ágio por expectativa 
de rentabilidade futura (goodwill) tenha sido alocado pode ser utilizado 
no teste dessa unidade no período corrente, desde que todos os critérios 
abaixo sejam atendidos:
(a) os ativos e os passivos que compõem a unidade não tenham sofrido 
mudanças significativas desde o cálculo mais recente do valor recuperável;
(b) o cálculo mais recente do valor recuperável tenha resultado em valor que 
ultrapasse o valor contábil de uma unidade por uma margem substancial; e
(c) com base na análise de eventos que tenham ocorrido, e circunstâncias 
que tenham mudado desde o cálculomais recente do valor recuperável, 
a probabilidade de determinação corrente de valor recuperável de uma 
107
CIÊNCIAS CONTÁBEIS INTEGRADA
unidade geradora de caixa ser inferior ao valor contábil corrente seja remota 
(CPC, 2010a, p. 26-27).
Quanto ao item 117, temos que:
 
O aumento do valor contábil de um ativo, exceto o ágio por expectativa 
de rentabilidade futura (goodwill), atribuível à reversão de perda por 
desvalorização não deve exceder o valor contábil que teria sido determinado 
(líquido de depreciação, amortização ou exaustão), caso nenhuma perda por 
desvalorização tivesse sido reconhecida para o ativo em anos anteriores 
(CPC, 2010a, p. 31).
Porém, ainda que o ganho ou a perda não tenha sido reconhecido em momento anterior à venda 
de ativo não circulante ou de grupo de ativos mantido para venda, deverá receber o reconhecimento na 
data da baixa. Para tanto, os requisitos referentes são:
 
(a) nos itens 67 a 72 do Pronunciamento Técnico CPC 27 - Ativo Imobilizado; e
(b) nos itens 112 a 117 do Pronunciamento Técnico CPC 04 - Ativo Intangível, 
relacionados a ativos intangíveis (CPC, 2009h, p. 6).
No quadro a seguir você tem uma descrição dos itens mencionados.
Quadro 17 – CPC 27 – Ativo Imobilizado: itens 67 ao 72
Item Conteúdo
67
O valor contábil de um item do ativo imobilizado deve ser baixado:
(a) por ocasião de sua alienação; ou
(b) quando não há expectativa de benefícios econômicos futuros com a sua utilização ou alienação.
68
Ganhos ou perdas decorrentes da baixa de um item do ativo imobilizado devem ser reconhecidos no 
resultado quando o item é baixado (a menos que o CPC 06 – Arrendamentos exija de outra forma em 
operação de venda e leaseback). Os ganhos não devem ser classificados como receita de venda. 
68A 
Entretanto, a entidade que, durante as suas atividades operacionais, normalmente vende itens do ativo 
imobilizado que eram mantidos para aluguel a terceiros deve transferir tais ativos para o estoque pelo 
seu valor contábil quando os ativos deixam de ser alugados e passam a ser mantidos para venda.
69
Existem várias formas de alienação de item do ativo imobilizado (por exemplo, venda, arrendamento 
financeiro ou doação).
A data da alienação do item do imobilizado é aquela em que o recebedor obtém o controle desse 
item de acordo com os requisitos do CPC 47 que determinam quando a obrigação de cumprimento é 
satisfeita. O CPC 06 aplica-se à alienação em operação de venda e leaseback. 
70
Se, de acordo com o princípio do reconhecimento previsto no item 7, a entidade reconhecer no valor 
contábil de um item do ativo imobilizado o custo de substituição de parte do item, deve baixar o 
valor contábil da parte substituída, independentemente de a parte substituída estar sendo depreciada 
separadamente ou não. Se a apuração desse valor contábil não for praticável para a entidade, esta 
pode utilizar o custo de substituição como indicador do custo da parcela substituída na época em que 
foi adquirida ou construída. 
108
Unidade II
Item Conteúdo
71 Os ganhos ou perdas decorrentes da baixa de um item do ativo imobilizado devem ser determinados pela diferença entre o valor líquido da alienação, se houver, e o valor contábil do item.
72
O valor da contrapartida da alienação de item do ativo imobilizado deve ser estabelecido de acordo 
com os requisitos para determinar o preço de transação nos itens 47 a 72 do CPC 47.
As alterações subsequentes ao valor estimado da contrapartida incluído no ganho ou na perda devem 
ser contabilizadas de acordo os requisitos para alterações no preço de transação no CPC 47 (Alterado 
pela Revisão CPC 12). 
Adaptado de: CPC (2009e).
Quadro 18 – CPC 04 – Ativo Intangível: itens 112 a 117
Item Conteúdo
112
O ativo intangível deve ser baixado:
(a) por ocasião de sua alienação; ou
(b) quando não são esperados benefícios econômicos futuros com a sua utilização ou alienação.
113
Os ganhos ou perdas decorrentes da baixa de ativo intangível devem ser determinados pela 
diferença entre o valor líquido da alienação, se houver, e o valor contábil do ativo. Esses ganhos ou 
perdas devem ser reconhecidos no resultado quando o ativo é baixado (a menos que o CPC 06 venha 
a requerer outro tratamento em uma venda e lease back), mas os ganhos não devem ser classificados 
como receitas de venda.
114
Existem várias formas de alienação de ativo intangível (por exemplo, venda, arrendamento financeiro 
ou doação). A data da alienação do ativo intangível é a data em que o recebedor obtém o controle 
desse ativo de acordo com os requisitos para determinar quando a obrigação de cumprimento é 
satisfeita no CPC 47. O CPC 06 deve ser aplicado à baixa por meio da venda e de lease back.
115
Se, de acordo com o princípio de reconhecimento de ativo intangível previsto no item 21, a entidade 
reconhecer no valor contábil de ativo o custo de substituição de parte de ativo intangível, deve 
baixar o valor contábil da parcela substituída. Se a apuração desse valor contábil não for praticável 
para a entidade, esta pode utilizar o custo de substituição como indicador do custo da parcela 
substituída na época em que foi adquirida ou gerada internamente.
115A
No caso de reaquisição de direitos por meio de uma combinação de negócios, se esses direitos forem 
subsequentemente revendidos a um terceiro, o correspondente valor contábil, se existir, deve ser 
utilizado para determinar o ganho ou a perda na revenda.
116
O valor da contrapartida a ser incluído no ganho ou perda resultante da baixa de ativo intangível 
deve ser estabelecido de acordo com os requisitos para determinar o preço de transação nos itens 47 
a 72 do CPC 47. 
117
A amortização de ativo intangível com vida útil definida não termina quando ele deixa de ser 
utilizado, a não ser que esteja completamente amortizado ou classificado como mantido para venda, 
de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda e 
Operação Descontinuada.
Adaptado de: CPC (2009e).
 Observação
O leaseback é um tipo de leasing em que a entidade vende um ativo seu 
e, posteriormente, aluga tal ativo de volta para uso.
109
CIÊNCIAS CONTÁBEIS INTEGRADA
Enquanto o ativo ou o grupo de ativos não circulantes estiver classificado como mantido para venda, 
ele não deve ser depreciado ou amortizado. Ainda assim, os juros e demais gastos atribuíveis aos passivos de 
grupo de ativos classificado como mantido para venda devem continuar sendo reconhecidos (CPC, 2009h).
Há possibilidade de alteração no plano de venda ou no plano de distribuição aos proprietários. Se 
o ativo ou grupo de ativos classificado como mantido para venda já não atender mais os requisitos 
para ambas as situações, conforme já vimos ao longo deste livro-texto, a entidade deverá deixar de 
usar a respectiva classificação (CPC, 2009h). Nessa condição, a entidade deve mensurar o ativo não 
circulante que deixar de ser classificado como mantido para venda ou como mantido para distribuição 
aos proprietários pelo valor mais baixo entre:
 
(a) o seu valor contábil antes de o ativo ou o grupo de ativos ser 
classificado como mantido para venda (ou como mantido para distribuição 
aos proprietários), ajustado por qualquer depreciação, amortização ou 
reavaliação (se permitida legalmente) que teria sido reconhecida se o ativo 
ou o grupo de ativos não estivesse classificado como mantido para venda 
(ou como mantido para distribuição aos proprietários); e
(b) o seu montante recuperável à data da decisão posterior de não vender 
ou distribuir aos proprietários.
(*) (Alterado pela Revisão CPC 08)
(*) Se o ativo não circulante fizer parte de unidade geradora de caixa, o seu 
montante recuperável é o valor contábil que teria sido reconhecido após 
a alocação de qualquer perda por redução ao valor recuperável resultante 
dessa unidade geradora de caixa de acordo com o Pronunciamento Técnico 
CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos (CPC, 2009h, p. 7-8).
O resultado deve evidenciar qualquer ajusteexigido no valor contábil de ativo não circulante que 
deixe de ser classificado como mantido para a venda ou mantido para distribuição aos proprietários no 
período em que os critérios para a classificação não estiverem mais satisfeitos (CPC, 2009h).
A entidade deverá promover alteração às demonstrações contábeis referentes aos períodos em que 
há alteração dos ativos que não são mais classificados como mantidos para venda ou mantidos para 
a distribuição aos proprietários, desde que seja controlada, operação em conjunto, empreendimento 
controlado em conjunto, coligada, parcela de participação em empreendimento controlado em conjunto 
ou em coligada. Esse ajuste deve ser apresentado na mesma linha da demonstração de resultado usada 
para evidenciar o ganho ou perda, caso ocorra (CPC, 2009h).
Deve-se observar também que, no caso de esse ativo ser um imobilizado ou intangível que tenha 
recebido a reavaliação de acordo com os Pronunciamentos Técnicos CPC 04 – Ativo Intangível ou 
CPC 27 – Ativo Imobilizado antes da classificação como mantido para venda, o ajuste deverá ser 
caracterizado como acréscimo ou decréscimo da reavaliação (CPC, 2009h).
110
Unidade II
A entidade, tendo classificado um ativo como mantido para venda ou mantido para a distribuição 
aos proprietários, porém observando que os critérios para ambas as situações já não são mais satisfeitos, 
deverá deixar de classificar o ativo ou grupo de ativos nas condições como mantido para venda ou para 
distribuição aos proprietários, exceto quando se aplica o item 26A constante no CPC 31, explicitado no 
quadro a seguir.
Quadro 19 – Item 26A do CPC 31
Itens Conteúdo
26A
Se a entidade reclassificar um ativo ou grupo de ativos diretamente de mantido para venda 
para mantido para distribuição aos proprietários, ou promover ação inversa: diretamente de 
mantido para distribuição aos proprietários para mantido para venda, então, a mudança na 
classificação deve ser considerada como uma continuação do plano original de alienação. 
Assim, a entidade deverá atender os requisitos a seguir:
(a)
não deve seguir a orientação dos itens 27 a 29 para contabilizar essa mudança. A entidade 
deve aplicar os requisitos de classificação, apresentação e mensuração deste pronunciamento 
aplicáveis ao novo método de alienação;
(b)
deve mensurar o ativo não circulante (ou grupo de ativos), seguindo os requisitos do item 15 
(se reclassificado como mantido para venda) ou 15A (se reclassificado como mantido para 
distribuição aos proprietários) e deve reconhecer qualquer redução ou aumento do valor justo 
menos as despesas de venda ou de distribuição do ativo não circulante (ou grupo de ativos), 
seguindo os requisitos dos itens 20 a 25;
(c)
não deve alterar a data da classificação, de acordo com os itens 8 e 12A. Isso não impede a 
extensão do período necessário para concluir a venda ou a distribuição aos proprietários, se 
forem atendidas as condições do item 9.
Adaptado de: CPC (2009h).
Com relação ao quadro anterior, observa-se a possibilidade de uma transação direta, em outras 
palavras, de um ativo ou grupo de ativos que esteja classificado como mantido para venda passe a ser 
classificado como mantido para distribuição aos proprietários, bem como a possibilidade do inverso, 
com um ativo ou grupo de ativos classificado como mantido para distribuição aos proprietários passar 
a ser classificado como mantido para a venda. Para essas situações, o item 26A menciona quais as 
medidas que a entidade deverá tomar (CPC, 2009h).
Os itens mencionados no requisito (b) do item 26A, os itens 15, 15A, e do 20 ao 25 já foram tratados 
no livro-texto, conforme a indicação do próprio subitem quanto aos assuntos pertinentes a tais itens. 
Da mesma forma, os itens 8, 12A e 9 também já foram abordados ao longo de nosso estudo.
 Lembrete
O item 8 relaciona-se com o comprometimento da gestão com a venda; 
o item 12 A trata do comprometimento para a distribuição do ativo aos 
proprietários; já o item 9 aborda a questão da extensão no prazo de um 
ano para a venda.
111
CIÊNCIAS CONTÁBEIS INTEGRADA
Vejamos agora os itens do 27, 28 e 29 mencionados no requisito (a).
Quadro 20 – CPC 31 Item 27 do CPC 31
Item Conteúdo
27
A entidade deve mensurar o ativo não circulante (ou grupo de ativos) que deixar 
de ser classificado como mantido para venda ou como mantido para distribuição 
aos proprietários (ou deixar de ser incluído em grupo de ativos classificado como 
mantido para venda ou como mantido para distribuição aos proprietários) pelo valor 
mais baixo entre:
(a)
o seu valor contábil antes de o ativo ou o grupo de ativos ser classificado como 
mantido para venda (ou como mantido para distribuição aos proprietários), ajustado 
por qualquer depreciação, amortização ou reavaliação (se permitida legalmente) 
que teria sido reconhecida se o ativo ou o grupo de ativos não estivesse classificado 
como mantido para venda (ou como mantido para distribuição aos proprietários); e
(b) o seu montante recuperável à data da decisão posterior de não vender ou distribuir aos proprietários. (*)
(*) Se o ativo não circulante fizer parte de unidade geradora de caixa, o seu montante 
recuperável é o valor contábil que teria sido reconhecido após a alocação de qualquer perda 
por redução ao valor recuperável resultante dessa unidade geradora de caixa de acordo com o 
Pronunciamento Técnico CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos.
Adaptado de: CPC (2009h).
Conforme pode ser observado, o item 27 trata do aspecto de valor pelo qual será feita a classificação 
e quais são os requisitos estabelecidos individualmente.
 Saiba mais
Para conhecer o Pronunciamento Técnico CPC 01-R1 Redução ao Valor 
Recuperável de Ativo acesse o link indicado a seguir.
CPC. Pronunciamento técnico CPC 01-R1 – Redução ao Valor 
Recuperável de Ativos. [s.d.] Disponível em: http://static.cpc.aatb.com.br/
Documentos/27_CPC_01_R1_rev%2012.pdf. Acesso em: 7 out. 2020.
A seguir o item 28 do CPC 31 (2009h):
Quadro 21 – Item 28 do CPC 31
Item Conteúdo
28
Qualquer ajuste exigido no valor contábil de ativo não circulante que deixe 
a condição e classificado como mantido para venda ou como mantido para 
distribuição aos proprietários(*) nas operações em continuidade no período 
em que satisfaçam os critérios dos itens 7, 9 ou 12A de maneira respectiva 
não mais satisfeitos deve ser incluído no resultado.
112
Unidade II
Item Conteúdo
28
Desde o momento da classificação como mantido para venda ou mantido 
para distribuição aos proprietários, para as demonstrações contábeis relativas 
aos períodos correspondentes, estas deverão ser alteradas no caso do ativo 
não circulante que deixar de ser classificado como mantido para venda ou 
como mantido para distribuição aos proprietários quando for: (i) controlada; 
(ii) operação em conjunto; (iii) empreendimento controlado em conjunto; 
(iv) coligada; ou (v) parcela de participação em empreendimento controlado 
em conjunto ou em coligada.
Esse ajuste deverá ser apresentado na mesma linha da demonstração do 
resultado usada para apresentar o ganho ou a perda, caso exista reconhecida 
em conformidade com o item 37 deste pronunciamento.
(*) A não ser que o ativo seja um imobilizado ou um intangível que tenha sido reavaliado (se 
permitido legalmente) de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 04 ou CPC 27 antes da 
classificação como mantido para venda, quando o ajuste deve ser tratado como acréscimo ou 
decréscimo da reavaliação.
Adaptado de: CPC (2009h)
O item 28 menciona novamente os itens 7 e 9 e ainda estabelece a forma como os ajustes ocorrerão 
no caso de mudança de condição na classificação de mantido para venda ou mantido para distribuição 
aos proprietários.
O item 37 desse pronunciamento refere-se ao ganho ou à perda referente à operação em continuidade.
 
Qualquer ganho ou perda relativa à remensuração de ativo não circulante 
classificado como mantido para venda que não satisfaça à definição de 
operação descontinuada deve ser incluídonos resultados das operações em 
continuidade (CPC, 2009h, p. 11).
 Saiba mais
Acesse os endereços indicados a seguir para conhecer mais 
detalhadamente os Pronunciamentos Técnicos CPC 04 – Ativo Intangível e 
CPC 27 – Ativo Imobilizado.
CPC. Pronunciamento Técnico CPC 04-R1 – Ativo Intangível, 2010c. 
Disponível em: http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/187_CPC_04_
R1_rev%2014.pdf. Acesso em: 7 out. 2020.
CPC. Pronunciamento Técnico CPC 27 – Ativo Imobilizado, 2009e. 
Disponível em: http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/316_CPC_27_
rev%2014.pdf. Acesso em: 7 out. 2020.
113
CIÊNCIAS CONTÁBEIS INTEGRADA
A seguir as diretrizes contidas no item 29, que trata das possíveis remoções que a entidade 
pode desenvolver e como deve ser o atendimento nesses casos, segundo o Pronunciamento 
Técnico CPC 31 (2009h):
Quadro 22 – Item 29 do CPC 31 
Item Conteúdo
29
 Se a entidade remover um ativo ou um passivo individual de um grupo de ativos 
classificado como mantido para venda, os ativos e os passivos restantes do grupo 
de ativos a ser vendido devem continuar a ser mensurados como um grupo de 
ativos apenas se o grupo satisfizer aos critérios dos itens 7 a 9. 
Se a entidade remover um ativo ou um passivo individual de um grupo de 
ativos classificado como mantido para distribuição aos proprietários, os ativos e 
passivos restantes do grupo de ativos a serem distribuídos devem continuar a ser 
mensurados como grupo apenas se o grupo atender aos critérios do item 12A. 
De outro modo, os ativos não circulantes restantes do grupo de ativos que 
satisfizerem individualmente aos critérios de classificação como mantidos 
para venda (ou como mantidos para distribuição aos proprietários) devem ser 
mensurados individualmente pelo menor valor entre os seus valores contábeis e 
os valores justos menos as despesas de venda (ou de distribuição) nessa data. 
Quaisquer ativos não circulantes que não satisfaçam aos critérios para serem 
mantidos para venda devem deixar de ser classificados como mantidos para 
venda, de acordo com o item 26. 
Os ativos não circulantes que não cumpram com os critérios para serem 
mantidos para distribuição aos proprietários devem deixar de ser classificados 
como mantidos para distribuição aos proprietários, de acordo com o item 26.
Adaptado de: CPC (2009h).
 Lembrete
Conforme já vimos, os itens 7, 8 e 9 tratam de classificação, 
comprometimento para a venda e dilação do prazo; o item 12A versa 
sobre comprometimento para a distribuição aos proprietários; por sua vez, 
o item 26 aborda a questão da alteração de plano.
5.2 Apresentação e divulgação
O item 30 do pronunciamento trata da apresentação e da divulgação que “a entidade deve apresentar 
e divulgar informação que permita aos usuários das demonstrações contábeis avaliarem os efeitos 
financeiros das operações descontinuadas e das baixas de ativos não circulantes mantidos para venda” 
(CPC, 2009h, p. 9). Iniciemos pela apresentação de operação descontinuada.
Um componente da entidade corresponde a operações de fluxo de caixa que podem ser claramente 
distinguidas no âmbito operacional (e também para fins de divulgação) do restante da entidade nas 
demonstrações contábeis, ou seja, enquanto mantido em uso, um componente da entidade é uma 
unidade geradora de caixa ou, ainda, um grupo de unidades geradoras de caixa (CPC, 2009h).
114
Unidade II
Um componente da entidade que tenha sido baixado ou que tenha recebido a classificação como 
mantido para venda representa uma operação descontinuada. Além disso:
(a) representa uma importante linha separada de negócios ou área 
geográfica de operações;
(b) é parte integrante de um único plano coordenado para venda de uma 
importante linha separada de negócios ou área geográfica de operações; ou
(c) é uma controlada adquirida exclusivamente com o objetivo da revenda 
(CPC, 2009h, p. 9).
Assim, a entidade deverá evidenciar (CPC, 2009h, p. 10):
(a) um montante único na demonstração do resultado compreendendo:
(i) o resultado total após o imposto de renda das operações descontinuadas; e
(ii) os ganhos ou as perdas após o imposto de renda reconhecidos na mensuração 
pelo valor justo menos as despesas de venda ou na baixa de ativos ou de grupo de ativos 
mantidos para venda que constituam a operação descontinuada.
(b) análise da quantia única referida na alínea (a) com:
(i) as receitas, as despesas e o resultado antes dos tributos das operações descontinuadas;
(ii) as despesas com os tributos sobre o lucro relacionadas conforme exigido pelo item 
81(h) do Pronunciamento Técnico CPC 32 – Tributos sobre o Lucro;
(iii) os ganhos ou as perdas reconhecidas na mensuração pelo valor justo menos as 
despesas de venda ou na alienação de ativos ou de grupo de ativos mantidos para venda 
que constitua a operação descontinuada; e
(iv) as despesas de imposto de renda relacionadas conforme exigido pelo item 81(h) do 
Pronunciamento Técnico CPC 32.
A análise pode ser apresentada nas notas explicativas ou na demonstração do resultado. 
Se for na demonstração do resultado, deve ser apresentada em seção identificada e que 
esteja relacionada com as operações descontinuadas, isto é, separadamente das operações 
em continuidade. A análise não é exigida para grupos de ativos mantidos para venda que 
sejam controladas recém-adquiridas que satisfaçam aos critérios de classificação como 
destinadas à venda no momento da aquisição (ver item 11).
115
CIÊNCIAS CONTÁBEIS INTEGRADA
(c) os fluxos de caixa líquidos atribuíveis às atividades operacionais, de investimento e de 
financiamento das operações descontinuadas. Essas evidenciações podem ser apresentadas 
nas notas explicativas ou nos quadros das demonstrações contábeis. Essas evidenciações 
não são exigidas para grupos de ativos mantidos para venda que sejam controladas 
recém-adquiridas que satisfaçam aos critérios de classificação como destinadas à venda no 
momento da aquisição (ver item 11);
(d) o montante do resultado das operações continuadas e o das operações descontinuadas 
atribuível aos acionistas controladores. Essa evidenciação pode ser apresentada 
alternativamente em notas explicativas que tratam do resultado.
 Lembrete
O item 11 aborda a aquisição de um ativo não circulante ou um grupo 
de ativos que exclusivamente será destinado a alienação, conforme 
tratamos anteriormente.
O Pronunciamento Técnico CPC 32 refere-se aos tributos sobre o lucro.
 Saiba mais
Conheça as diretrizes dos tributos sobre o lucro acessando o documento 
indicado a seguir.
CPC. Pronunciamento Técnico CPC 32 – Tributos sobre o Lucro, 2009i. Disponível 
em: http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/ 
Pronunciamento?Id=63. Acesso em: 7 out. 2020.
No caso da demonstração de resultado ter sido apresentada como separada, conforme contempla 
o item 10A do Pronunciamento Técnico 26-R1 – Apresentação das Demonstrações Contábeis, deverá a 
empresa providenciar uma seção identificada correlacionada às operações descontinuadas (CPC, 2009h).
No item 33A consta:
 
A entidade pode, se permitido legalmente, apresentar uma única 
demonstração do resultado do período e outros resultados abrangentes, com 
a demonstração do resultado e outros resultados abrangentes apresentados 
em duas seções. As seções devem ser apresentadas juntas, com o resultado 
116
Unidade II
do período apresentado em primeiro lugar seguido pela seção de outros 
resultados abrangentes. A entidade pode apresentar a demonstração do resultado 
como uma demonstração separada. Nesse caso, a demonstração separada 
do resultado do período precederá imediatamente a demonstração que 
apresenta o resultado abrangente, que se inicia com o resultado do período 
(CPC, 2011b, p 26-27).
Essas evidenciações sobre a divulgação da entidade também valem para períodos apresentados 
anteriormente nas demonstrações contábeis, de modo que as divulgações correlacionem todas as 
operações que tenham sido descontinuadas na data do balanço referente ao último período apresentado(CPC, 2009h, p. 10).
Quanto ao período corrente, os ajustes realizados nos montantes que foram apresentados anteriormente 
nas operações descontinuadas que se relacionem diretamente à baixa de operação descontinuada do período 
anterior deverão ser classificados de maneira separada nas operações descontinuadas, com a divulgação da 
natureza e os respectivos montantes desses ajustes (CPC, 2009h).
Como exemplos de circunstâncias em que tais ajustes podem ser necessários, temos as 
seguintes situações:
 
(a) a solução de incertezas que resultem dos termos da transação de 
alienação, tais como a solução dos ajustes no preço de compra e das 
questões de indenização com o comprador;
(b) a solução de incertezas resultantes e que estejam diretamente relacionadas 
com as operações do componente antes da sua alienação, tais como 
obrigações ambientais e de garantia de produtos mantidas pelo vendedor;
(c) a liquidação das obrigações de planos de benefícios de empregados, 
desde que essa liquidação esteja diretamente relacionada com a transação 
de alienação (CPC, 2009h, p. 11).
Os itens 36 e 36A desse pronunciamento técnico apresentam alguns alertas importantes. Vejamos:
 
Item 36: se a entidade deixar de classificar um componente da entidade 
como mantido para venda, os resultados das operações do componente 
anteriormente apresentado em operações descontinuadas, de acordo 
com os itens 33 a 35, devem ser reclassificados e incluídos no resultado 
das operações em continuidade em todos os períodos apresentados. Os 
montantes relativos a períodos anteriores devem ser descritos como tendo 
sido novamente apresentados.
117
CIÊNCIAS CONTÁBEIS INTEGRADA
Item 36A: a entidade que esteja compromissada com plano de venda do 
controle de uma controlada deve divulgar as informações requeridas nos 
itens 33 a 36 quando a controlada for um grupo de ativos e passivos 
mantidos para venda dentro da definição de operação descontinuada 
conforme o item 32 (CPC, 2009h, p. 11).
 Lembrete
O item 33 trata das evidenciações e os itens 34 e 35 abordam as 
demonstrações contábeis.
A apresentação de ativo não circulante classificado como mantido para venda deve ocorrer de 
forma separada dos demais ativos no balanço patrimonial. No mesmo sentido, os passivos de grupo 
de ativos classificado como mantido para venda devem ser apresentados separadamente dos demais 
passivos no balanço. Tais ativos e passivos não deverão ser compensados ou apresentados em montante 
único (CPC, 2009h).
Separadamente, a entidade deverá também apresentar todas as receitas e despesas acumuladas 
reconhecidas diretamente no patrimônio líquido (outros resultados abrangentes) relacionada a um ativo 
não circulante ou a um grupo de ativos classificados como mantido para venda (CPC 31, 2009h).
Todavia, há uma exceção apresentada pelo item 39: no caso de uma entidade controlada recém-adquirida 
com grupo de ativos mantido para venda, a divulgação das principais classes de ativos e passivos não 
será exigida, isso desde que sejam satisfeitos os requisitos de classificação como destinada à venda no 
momento de aquisição (CPC, 2009h).
 Observação
Essa condição é pertinente à alienação, a qual representa a 
aquisição de um ativo não circulante com o intuito exclusivo de uma 
posterior transferência.
Quanto aos momentos de classificação do ativo como mantido para a venda, o item 40 informa:
 
A entidade não deve reclassificar ou reapresentar montantes divulgados de 
ativos não circulantes ou de ativos e passivos de grupos de ativos classificados 
como mantidos para venda nos balanços de períodos anteriores para refletir 
a classificação no balanço do último período apresentado (CPC, 2009h, p. 11).
O pronunciamento CPC 31 também apresenta um item sobre as divulgações adicionais exigidas, 
disposto no quadro a seguir.
118
Unidade II
Quadro 23 – Divulgações adicionais
Item Conteúdo
41
A entidade deve divulgar a seguinte informação nas notas explicativas do período em que o ativo 
não circulante tenha sido classificado como mantido para venda ou vendido:
(a) descrição do ativo (ou grupo de ativos) não circulante;
(b) descrição dos fatos e das circunstâncias da venda, ou que conduziram à alienação esperada, 
forma e cronograma esperados para essa alienação;
(c) ganho ou perda reconhecido(a) de acordo com os itens 20 a 22 e, se não for apresentado(a) 
separadamente na demonstração do resultado, a linha na demonstração do resultado que inclui esse 
ganho ou perda;
(d) se aplicável, segmento em que o ativo não circulante ou o grupo de ativos mantido para venda 
está apresentado de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 22 – Informações por Segmento.
42
Caso se aplique o item 26 ou o item 29, a entidade deve divulgar, no período da decisão de 
alterar o plano de venda do ativo não circulante mantido para venda, a descrição dos fatos e das 
circunstâncias que levaram à decisão e o efeito dessa decisão nos resultados das operações para esse 
período e qualquer período anterior apresentado. 
Adaptado de: CPC (2009h).
 Saiba mais
Para conhecer o Pronunciamento Técnico CPC 22 – Informações por 
Segmento, acesse o documento indicado a seguir.
CPC. Pronunciamento Técnico CPC 22 – Informações por segmento, 
2009b. Disponível em: http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/292_
CPC_22_rev%2008.pdf. Acesso em: 7 out. 2020.
Novamente nos deparamos com a menção a outro pronunciamento técnico, incorrendo sobre o 
que já tratamos acerca da correlação das variadas temáticas contábeis que estão dispostas nos CPCs, 
o que nos exige, em muitas situações, observar a ocorrência da entidade com o intuito de atendê-la por 
meio da consulta de variados pronunciamentos, em vista que esses se completam e complementam, 
ofertando informações de maneira consolidada diante das correlações existentes.
O item 43 discute a disposição transitória.
 
A entidade pode aplicar retrospectivamente os requisitos do Pronunciamento 
Técnico a todos os ativos não circulantes ou a grupos de ativos que satisfaçam 
aos critérios de classificação como mantidos para venda e a operações que 
satisfaçam aos critérios de classificação como descontinuadas, desde 
que as avaliações e as outras informações necessárias para aplicar este 
Pronunciamento Técnico tenham sido obtidas no momento em que esses 
critérios foram originalmente satisfeitos (CPC, 2009h, p. 12).
119
CIÊNCIAS CONTÁBEIS INTEGRADA
Resumidamente, o item 43 possibilita a ação retrospectiva, mas isso com a condição de os critérios 
exigidos, dispostos no pronunciamento (e estudados aqui no livro-texto), serem atendidos.
Sobre o item 7, que trata da disponibilidade para venda imediata, para haver a classificação como 
mantido para venda, o ativo não circulante ou o grupo de ativos deve estar disponível para venda 
imediata na condição atual, sujeitando-se aos termos habituais para sua venda. Para tanto, um ativo ou 
grupo de ativos estará na condição de disponível para venda imediata se a entidade, oportunamente, 
tiver a intenção e a capacidade para realizar sua transferência a um comprador em sua condição presente.
Os exemplos que veremos a seguir estão contidos no CPC 31 (CPC, 2009h).
Exemplo 1: suponhamos que uma entidade está comprometida com o plano de venda do imóvel 
onde é a sua sede e iniciou uma busca com ações para a localização de um possível comprador. Vejamos 
as circunstâncias pertinentes a esse caso:
•	 A entidade pretende realizar a transferência do imóvel a um comprador somente após desocupá-lo, 
o que é bastante lógico. O tempo necessário para desocupar o prédio é usual e habitual para 
vendas desse tipo de ativo.
Nesse sentido, o critério no item 7 seria cumprido na data de adesão ao plano.
•	 A entidade continua a usar o prédio até que a construção de novo prédio para a sede seja 
concluída. A entidade não pretende transferir o prédio existente a um comprador até que a construção 
do novo prédio seja concluída (e ela, então, puder desocupar o prédio existente).
O atraso na transferência doprédio existente pela entidade (vendedor) demonstra que o prédio 
não está disponível para venda imediata. Nessas condições, o critério contemplado no item 7 não será 
cumprido até que a construção do novo prédio esteja concluída, mesmo diante do compromisso firmado 
de compra para a transferência futura do prédio existente (compromisso obtido antecipadamente).
Exemplo 2: a entidade se comprometeu com o plano de venda de instalação de fabricação e 
iniciou uma busca para localizar um possível comprador. Na data em que ocorreu a adesão ao plano, 
constatou-se uma encomenda de pedido de cliente que ainda não havia sido concluída. Observemos as 
circunstâncias condizentes à situação.
•	 A pretensão da entidade é que a venda contemple a instalação de fabricação com suas 
correspondentes operações. Quaisquer pedidos de cliente que não estejam concluídos na data 
de venda serão transferidos ao comprador; a transferência de pedidos não finalizados na data de 
venda não impactará no momento de transferência da instalação, assim, o critério do item 7 será 
cumprido satisfatoriamente na data de execução do plano de venda.
•	 A entidade tem a pretensão de venda da instalação de fabricação sem as operações, não 
pretendendo transferir a instalação a um comprador até que todas as operações se encontrem 
concluídas e sejam eliminados os pedidos não finalizados.
120
Unidade II
O atraso na transferência da instalação com a imposição mencionada incorre na constatação de 
que a instalação não está disponível para que a venda seja realizada imediatamente. Dessa forma, o critério 7 
não será cumprido até que as operações se concluam, ainda que um compromisso consistente de compra 
da instalação com previsão de transferência em um momento futuro da instalação tiver sido obtido de 
maneira antecipada.
Exemplo 3: a entidade, por meio da execução de uma hipoteca, adquire um imóvel que inclui terreno 
e edificações, os quais pretende vender. Analisemos as seguintes condições:
•	 Não existe pretensão por parte da entidade de transferir do imóvel a um comprador até que uma 
reforma, que objetiva elevar o valor de venda do imóvel, esteja concluída. O atraso no momento 
da transferência do imóvel é imposto pelo vendedor, ou seja, a entidade certifica que o imóvel não 
está disponível para a venda.
•	 Após a conclusão da reforma e a classificação como mantido para a venda, porém, antes de 
algum compromisso firmado de compra, a entidade tem conhecimento de que danos ambientais 
exigem providências corretivas. Ainda há a pretensão de venda, porém não há capacidade de 
transferência do imóvel a algum comprador até que tais providências tomadas sejam concluídas.
O atraso no momento de transferir o imóvel implica no não atendimento ao critério do item 7, uma 
vez que o imóvel não está disponível imediatamente para venda. Portanto, o imóvel seria reclassificado 
como mantido em uso, conforme previsto no item 26 do pronunciamento.
Agora vejamos um trecho do item 8 sobre o prazo de um ano para a conclusão de venda.
 
Para se qualificar para classificação como mantido para venda, a venda de 
um ativo não circulante (ou grupo de ativos) deve ser altamente provável 
(item 7) e a transferência do ativo (ou grupo de ativos) deve ser esperada 
para se qualificar para reconhecimento como venda concluída dentro de um 
ano (item 8). Esse critério não seria cumprido se, por exemplo:
(a) a entidade, que é uma empresa financeira e de leasing comercial, estiver 
mantendo para venda ou arrendamento equipamentos que deixaram de ser 
recentemente arrendados e a última forma de transação futura (venda ou 
arrendamento) ainda não foi determinada.
(b) a entidade estiver comprometida com o plano de “vender” um imóvel que 
esteja em uso e a transferência do imóvel será contabilizada como venda e 
retroarrendamento (leaseback) financeiro (CPC, 2009h, p. 16).
Todavia, conforme disposto no livro-texto, há exceções quanto ao prazo mencionado. Tais exceções 
se aplicam a situações em que eventos e condições além do controle da entidade exigem tal adiamento. 
Embora tais circunstâncias já tenham sido mencionadas neste livro-texto, o quadro a seguir organiza o 
tema e dá mais detalhes sobre o assunto.
121
CIÊNCIAS CONTÁBEIS INTEGRADA
Quadro 24 – Dilação de prazo: exemplos
Exemplo Situações e circunstâncias pertinentes
5
A entidade na indústria de geração de energia está comprometida com o plano de venda de 
grupo de ativos que representa parte significativa de suas operações regulamentadas. A venda 
exige aprovação regulamentar que pode prolongar o prazo necessário para concluir a venda 
além de um ano. As ações necessárias para obter essa aprovação não podem ser iniciadas até 
que um comprador seja conhecido e seja obtido um compromisso firme de compra. Entretanto, 
um compromisso firme de compra é altamente provável dentro de um ano. Nessa situação, as 
condições no item B1(a) para uma exceção ao requisito de um ano do item 8 seriam cumpridas.
6
A entidade está comprometida com o plano de venda de instalação de fabricação em sua 
condição atual e classifica a instalação como mantida para venda nessa data. Após ser obtido um 
compromisso firme de compra, a inspeção do imóvel pelo comprador identifica danos ambientais 
cuja existência não era conhecida anteriormente. A entidade é obrigada a reparar os danos, o 
que ampliará o período necessário para concluir a venda além de um ano. Contudo, a entidade 
iniciou ações para reparar os danos e a retificação satisfatória do dano é altamente provável. 
Nessa situação, as condições no item B1(b) para uma exceção ao requisito de um ano do item 8 
seriam cumpridas.
7
A entidade está comprometida com o plano de venda de ativo não circulante e classifica o ativo 
como mantido para venda nessa data.
(a) Durante o período inicial de um ano, as condições de mercado que existiam na data em que o 
ativo foi classificado inicialmente como mantido para venda deterioraram-se e, como resultado, 
o ativo não é vendido até o fim desse período. Durante esse período, a entidade solicitou 
ativamente, mas não recebeu nenhuma oferta razoável para comprar o ativo e, em resposta, 
reduziu o preço.
O ativo continua a ser ativamente negociado a um preço que é razoável, considerando as 
mudanças nas condições de mercado, estando, portanto, os critérios dos itens 7 e 8 cumpridos. 
Nessa situação, as condições no item B1(c) para uma exceção ao requisito de um ano do item 8 
seriam cumpridas. No final do período inicial de um ano, o ativo continuaria a ser classificado 
como mantido para venda.
(b) Durante o período seguinte de um ano, as condições de mercado se deterioram ainda mais e 
o ativo não é vendido até o final desse período. A entidade acredita que as condições de mercado 
melhorarão e não mais reduziu o preço do ativo. O ativo continua a ser mantido para venda, 
porém a um preço acima de seu valor justo atual. Nessa situação, a ausência de uma redução 
de preço demonstra que o ativo não está disponível para venda imediata, conforme exigido 
pelo item. Além disso, o item 8 também exige que um ativo seja negociado a um preço que seja 
razoável em relação ao seu valor justo atual. Portanto, as condições no item B1(c), para uma 
exceção ao requisito de um ano do item 8, não estão sendo cumpridas. O ativo seria reclassificado 
como mantido em uso de acordo com o item 26.
Adaptado de: CPC (2009h).
Sobre a determinação de abandono de um ativo, os itens 13 e 14 do pronunciamento detalham os 
critérios que definem quando se deve atribuir o tratamento de abandono.
Conforme um exemplo dado no CPC 31 (CPC, 2009h), suponhamos que a entidade cessa o uso de 
uma unidade de fabricação, pois a demanda de seu produto sofreu redução. Porém, espera-se que a 
demanda se eleve e a fábrica permanece em suas condições operacionais habituais. Nesse caso, a fábrica 
não deve ser considerada como abandonada.
O item 13 discorre sobre a proibição de se classificar como mantidos para venda os ativos que 
serão abandonados. Porém,se “os ativos a serem abandonados constituírem uma linha importante de 
negócios ou área geográfica de operações, eles serão reportados em operações descontinuadas, na data 
em que forem abandonados” (CPC, 2009h, p. 18).
122
Unidade II
O oitavo exemplo desse mesmo pronunciamento técnico (CPC, 2009h) apresenta a seguinte situação: 
em outubro de 20x5, uma entidade decide abandonar todas as suas fábricas de fiação de algodão, que 
constituem uma importante linha de negócios. Todos os trabalhos são paralisados nas fábricas durante o 
ano encerrado em 31 de dezembro de 20x6. Nas demonstrações contábeis do exercício encerrado em 31 de 
dezembro de 20x5, os resultados e os fluxos de caixa das fábricas de fiação de algodão são tratados como 
operações em continuidade. Nas demonstrações contábeis do exercício encerrado em 31 de dezembro de 
20x6, os resultados e os fluxos de caixa das fábricas de fiação de algodão são tratados como operações 
descontinuadas e a entidade faz as divulgações exigidas pelos itens 33 e 34 do Pronunciamento.
Outro tema tratado no pronunciamento é a alocação de perda por redução ao valor recuperável do 
grupo de ativos. Nessa situação, o item 23 exige que:
 
[...] uma perda por redução ao valor recuperável de ativos (ou qualquer 
ganho subsequente), reconhecida para um grupo de ativos, reduza (ou 
aumente) o valor contábil dos ativos não circulantes no grupo que esteja 
dentro do alcance dos requisitos de mensuração do Pronunciamento, na 
ordem de alocação definida pelos itens 104 e 122 (CPC, 2009h, p. 18).
O décimo exemplo do pronunciamento aborda a alocação de perda por redução ao valor recuperável 
de ativos em um grupo de ativos. Vejamos.
Tabela 7 
Valor contábil no final 
do período, antes da 
classificação como 
mantido para venda ($)
Valor contábil 
conforme remensurado 
imediatamente antes 
da classificação como 
mantido para venda ($)
Ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) 1.500 1.500
Imobilizado (escriturado por valores reavaliados) 4.600 4.000
Imobilizado (escriturado pelo custo) 5.700 5.700
Estoque 2.400 2.200
Ativos financeiros 1.800 1.500
Total 16.000 14.900
Fonte: CPC (2009h, p. 18).
•	 No exemplo apresentado, a entidade fez o reconhecimento de $ 1.100 ($ 16.000 - $ 14.900) 
imediatamente antes de classificar o grupo de ativos como “mantido para venda”.
•	 Há a estimativa de que o valor justo menos despesas de venda do grupo totalize $ 13.000, visto 
que a entidade mensura o grupo de ativos classificado como mantido para venda pelo menor 
valor comparando o seu valor contábil e o valor justo menos as despesas de venda – reconhecendo 
assim a perda por redução ao valor recuperável de ativos de $ 1.900 ($ 14.900 - $ 13.000) quando 
o grupo é incialmente classificado como mantido para venda.
123
CIÊNCIAS CONTÁBEIS INTEGRADA
•	 Todavia, a perda por redução ao valor recuperável de ativos é alocada a ativos não circulantes 
aos quais são aplicáveis os requisitos de mensuração constantes no pronunciamento. Nesse 
sentido, nenhuma perda por redução ao valor recuperável de ativos é alocada para estoque e 
ativos financeiros.
•	 Conforme tratamos, a perda deverá ser alocada a outros ativos, na ordem de alocação definida pelos 
itens 104 e 122 do Pronunciamento Técnico CPC 01-R1 Redução ao Valor Recuperável de Ativos.
 
A reversão de perda por desvalorização para uma unidade geradora de caixa 
deve ser alocada aos ativos da unidade, exceto o ágio por expectativa de 
rentabilidade futura (goodwill), proporcionalmente ao valor contábil desses 
ativos. Esses aumentos em valores contábeis devem ser tratados como 
reversão de perdas por desvalorização de ativos individuais e reconhecidos 
(CPC, 2010a, p. 32).
Nesse sentido, a alocação ficaria assim:
Tabela 8 
Valor contábil 
conforme remensurado 
imediatamente antes 
da classificação como 
mantido para venda ($)
Perda por 
redução do valor 
recuperável de 
ativos alocada ($)
Valor contábil após 
a alocação de perda 
por redução no 
valor recuperável 
de ativos ($)
Ágio por expectativa de rentabilidade 
futura (goodwill) 1.500 (1.500) 0
Imobilizado (escriturado por valores 
reavaliados) 4.000 (165) 3.835
Imobilizado (escriturado pelo custo) 5.700 (235) 5.465
Estoque 2.200 --- 2.200
Ativos financeiros 1.500 --- 1.500
Total 14.900 (1.900) 13.000
Fonte: CPC (2009h, p. 19).
Inicialmente, a perda por redução ao valor recuperável de ativos reduz qualquer valor correspondente a 
ágio (goodwill). Sequencialmente, a perda residual é alocada a outros ativos com base na proporcionalidade 
dos valores contábeis pertinentes a esses ativos (CPC 31, 2009).
 Observação
O ágio é a expectativa de rentabilidade futura; trata-se da diferença 
entre o valor da compra menos o valor justo do grupo de ativos.
124
Unidade II
Acerca da apresentação de operações descontinuadas na demonstração de resultado, o item 33 traz 
a exigência de que ocorra a divulgação em valor único para operações descontinuadas com menção nas 
notas explicativas ou, ainda, em uma seção na própria demonstração das operações em continuidade.
Vejamos o décimo primeiro exemplo, que tematiza o atendimento a essas condições (CPC, 2009h).
GRUPO XYZ – DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE 
DEZEMBRO DE 20X2
(ilustrando a classificação de despesas por função)
Tabela 9 
(em milhares de $) 20X2 20X1
Operações em continuidade
Receita X X
Custo dos produtos vendidos X X
Lucro bruto X X
Outras receitas X X
Despesas de distribuição X X
Despesas administrativas X X
Outras despesas X X
Participação no lucro de coligadas X X
Lucro antes das despesas financeiras X X
Despesas financeiras (X) (X)
Lucro antes dos tributos X X
Despesa de imposto de renda e contribuição social X X
Lucro do período proveniente de operações em continuidade X X
Operações descontinuadas
Lucro do período proveniente de operações descontinuadas(a) X X
Lucro líquido do período X X
Atribuível a:
Proprietários da controladora
 Lucro do período proveniente de operações em continuidade X X
 Lucro do período proveniente de operações descontinuadas X X
 Lucro do período atribuível a proprietários da controladora X X
Participação de não controladores
 Lucro do período proveniente de operações em continuidade X X
 Lucro de período proveniente de operações descontinuadas X X
 Lucro do período atribuível a participações não controladores X X
(a) A análise necessária seria dada nas notas explicativas.
Fonte: CPC (2009h, p. 19).
125
CIÊNCIAS CONTÁBEIS INTEGRADA
O item 38 do CPC 31 (CPC, 2009h) exige que a entidade faça a apresentação de ativo não circulante 
classificado como mantido para venda, bem como no caso de grupo de ativos mantido para venda, 
separadamente dos demais ativos no seu balanço patrimonial. Assim, como deve ocorrer também 
referente aos passivos de grupo de ativos cuja a classificação seja mantida para venda. Tais ativos e 
passivos não são compensados e apresentados como um valor único.
O exemplo 12 aborda exatamente tais requisitos.
No final de 20X5, a entidade LBX decide alienar parte de seus ativos e diretamente 
passivos associados. A alienação, que atende aos critérios dos itens 7 e 8 para ser classificada 
como mantida para venda, assume a forma de dois grupos de alienação, conforme a seguir:
Tabela 10 
Valor contábil após a classificação como mantido para venda
Grupo de ativos I ($) Grupo de ativos II ($)
Imobilizado 4.900 1.700
Ativo financeiro 1.400(a) ---
Passivos (2.400) (900)
Valor contábil líquido do grupo de ativos 3.900 800
(a) O valor de $ 400 relativo a esses ativos foi reconhecido em outros resultados abrangentes e acumulado no 
patrimônio líquido.
A apresentação no balanço da entidade dos grupos de ativos classificados como mantidos 
para venda pode ser mostrada conforme a seguir:
Tabela 11 
Ativos 20X5 20X4
Ativos circulantes
DDD X X
EEE X X
X X
Ativos não circulantes classificados como mantidos para venda 8.000 –
X X
Ativos não circulantes
AAA

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