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Amenorreia e Anomalias do cromossomo X

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GENÉTICA MÉDICA- AMAMEORREIA E ANOMALIAS DO CROMOSSOMO X DANIEL DUARTE MED79
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Amenorreia e Anomalias do cromossomo X
Amenorreia consiste na manifestação clinica de ausência da menstruação, ela pode ser primária ou secundária.
· A. Primária Caracterizada pela falta da menstruação, nunca houve a menarca.
· A. Secundária Caracteriza-se pela interrupção da menstruação, ou seja, a paciente menstruava, mas após um tempo parou.
Esse quadro de amenorreia está presente em 3% a 4% das mulheres e é fisiológico em três situações, são elas: Gravidez, Amamentação e menopausa. Além disso, ela pode apresentar causa de disfunções endócrinas, gonadais e genéticas.
Quanto às causas genéticas, acredita-se que elas representem de 16%-64% dos casos de A. Primária e de 4%-44% dos casos de A. Secundária. Boa parte das causas genéticas tem origem de alterações no cromossomo X, as quais podem ser numéricas ou estruturais.
As alterações do cromossomo X vão ser representadas clinicamente por:
· Digenesia gonadal com falência ovariana Hipogonadismo Hipergonadotrófico na puberdade.
· Baixa estatura Gene SHOX no braço curto de X.
RESULTADOS
Na pesquisa em questão, a maioria dos casos foi de amenorreia primária (101 das 141) sendo de alterações genéticas 41. A maioria apresentava S. de Turner, mas em um caso existia a deleção parcial do cromossomo X (22q-28). Entretanto, a maioria das apresentavam alterações no braço curto do cromossomo X.
Já os casos de amenorreia secundária são bem menores, em torno de 11, e eles apresentam as seguintes causa:
· Monossomia do X isolada ou mosaico
· Deleções nas porções distais de Xq
· Trissomia do cromossomo X isolada ou em mosaico.
Normalmente, essas pacientes apresentaram uma menarca entre 9 a 15 anos e uma falência ovariana entre 15 a 20 anos.
DISCUSSÃO
A ausência do cromossomo Y já pressupõem o diferenciação da gônoda em ovário. Porém, para isso acontecer, é necessário que a mulher apresente os dois cromossomos X completos, a fim de permitir a completa diferenciação. A ausência de parte ou de um cromossomo X faz com que seja formada um estrutura branca e fibrosa em forma de fita, localizada na posição do ovário.
Há duas regiões cromossômicas relacionadas com a falência ovariana, são elas
· A falência ovariana prematura um (FOP1) localizada em Xp26-ter.
· A falência ovariana prematura dois (FOP2) localizada em Xp 13.3-22.
Os casos de mosaicismo do tipo 45,X/46,XY apresenta relação maior com a formação da estrutura fibrótica e em fita apena unilateral e com a formação de um testículo disgenético contralateral. Além de, normalmente, apresentar uma genitália ambígua.
Nessas pacientes, deve-se ter cuidado com o desenvolvimento de malignidade gonadal, o qual aos 30 anos chega a ser de 27%. Para evitar isso, faz-se a gonadectomia profilática.
TIPOS DE ALTERAÇÕES E SUAS MANIFESTAÇÕES
Isocromossomo X no braço longo (46,X,i(Xq)):: essas pacientes vão apresentar, na maioria dos caso, uma amenorreia primária, podendo apresentar um estatura menor que as com monossomia do X, além de que esse tipo pressupõem maior risco para hipotireoidismo (tireoidite de Hashimoto).
O cromossomo X em anel [46,X,r(X)]: Apresentam amplo espectro de manifestações, podendo chagar até ser a forma mais grave de turner. Acredita-se nisso, uma vez que esse cromossomo em anel apresenta um gene, XIST, localizado na região Xq13.2, o qual está relacionado com a expressão desse cromossomo.
Deleções do cromossomo X apresentam fenótipos variáveis, dependentes diretamente da região acometida neste cromossomo. Pacientes com deleções do braço curto [46,X,del(Xp)], tanto isoladas como em mosaico com uma linhagem 45,X, geralmente apresentam um quadro de disgenesia gonadal com estigmas da síndrome de Turner.
Em contraste, pacientes com deleções do braço longo do cromossomo X [46,X,del(Xq)] dificilmente apresentam baixa estatura ou mesmo outros achados da síndrome de Turner.
DELEÇÃO DO FOP1 E FOP2
FOP1 São deleções mais terminais caracterizam-se por falência ovariana precoce, de inicio entre 24 e 29 anos, além de infertilidade.
FOP2 Grandes deleções próximas a região Xq13, as principais manifestações são de amenorreia primária de início entre os 16 a 21 anos.
ARTIGO CâNCER DE MAMA
Quanto ao caráter hereditário do câncer de mama, há dois genes, o BRCA1 e o BRCA2, de alta penetrância, os quais também sofrem uma influência de fatores externos. Então, esses genes são altamente influenciadas por fatores, como genes modificadores, respostas ao dano no DNA e por questões ambientais. Mais de 2000 mutações foram isoladas até o momento.
BRCA 1 Presente no cromossomo 17q21. Ele atua a partir do reparo da quebra da dupla fita de DNA e da ativação de checkpoint no ciclo celular, antes do prosseguimento da mitose.
Apresenta 22 éxons e 80 Kb.
BRCA 2 Presente no cromossomo 13q. Ele atua a partir do reparo da quebra da dupla fita de DNA mediado pela replicação.
Apresenta 27 éxons e 10.4 Kb.
Mutação nesses dois genes (BRCA1/2) em células germinativas cria predisposição ao desenvolvimento da síndrome hereditária de câncer de ovário/mama (HBOC). Elas seguem um padrão de herança recessiva.
Além desses dois genes, há outro gene que apresenta influencia no desenvolvimento do câncer de mama, a mutação 1100delC em CHEK2. Essa mutação vai aumentar as chances do desenvolvimento do câncer de mama em ambos os sexos. 
· Em mulheres: 2 vezes maiores, representa 1% dos casos de câncer de mama nesse sexo.
· Em homes: 10 vezes maiores, representa 9% dos casos de câncer de mama nesse sexo.
EPIDEMIOLOGIA 
A prevalência de portadores dessa mutações é de 1:300 a 500. Em algumas população é possível perceber o efeito fundador relacionado com esse gene, sobretudo, nos Judeus asquenazes, os quais apresentam uma frequência de 1:40.
Câncer de mama relacionado com a Mutação de BRCA1 apresenta um caráter triplo negativo, ou seja, sem receptores de progesterona, sem receptores de estrógeno e sem amplificação de receptores para fator de crescimento epidérmico. Essas mutações são encontradas em 1 a cada 4 mulheres com câncer de mama (25% dos casos).
Abaixo temos uma tabela com alguns dados sobre a influência desses genes no desenvolvimento de alguns tipos de câncer.
	
	Mutação BRCA1
	Mutação BRCA2
	Risco de câncer de mama aos 70 anos.
	57%
	49%
	Idade de diagnóstico do câncer de mama
	43 anos
	47 anos
	Risco de câncer de mama contralateral
	- 3% ao ano
	Risco de câncer de mama em homens
	?
	80 a 100 vezes maior (15% dos casos)
	Risco de câncer de ovário
	25% a 65%
	15% a 20%
	Risco relativo de câncer de pâncreas
	2.26
	3.51
	Risco de câncer de próstata
	?
	20 vezes maior quando acima dos 65 anos
AVALIAÇÃO DO RISCO
Para analisar o risco, devemos colher algumas informações, são elas: 
· Colher a história do indivíduo e da família
·

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