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INSTITUTO FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
DIRETORIA ACADÊMICA DE RECURSOS NATURAIS 
DISCIPLINA DE ECOLOGIA DO SEMIÁRIDO 
 
 
 
 
 
 
 
FRANCISCO CANINDÉ DA SILVA 
MAYRA ISABEL NASCIMENTO SOARES 
TAIZE GOMES DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
LUIZ EDUARDO LIMA DE MELO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O SEMIÁRIDO BRASILEIRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NATAL/RN 
2020 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
1.1 Considerações gerais sobre o semiárido brasileiro 
 Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE), o semiárido é uma 
região delimitada pela Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE) 
considerando condições climáticas dominantes de semiaridez, em especial a precipitação 
pluviométrica. Como reflexo das condições climáticas, a hidrografia frágil, em seus 
amplos aspectos, sendo insuficiente para sustentar rios caudalosos que se mantem perenes 
nos longos períodos de ausência de precipitações. Constitui-se exceção o rio São 
Francisco. Devido às características hidrológicas que possui, as quais permitem a sua 
sustentação durante o ano todo, o rio São Francisco adquire uma significação especial 
para as populações ribeirinhas e da zona do sertão. 
 De acordo com a Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA), o semiárido é um 
espaço com grande concentração de terra, da água e dos meios de comunicação, que 
historicamente sempre estiveram nas mãos de uma pequena elite. Essa situação gera 
níveis altíssimos de exclusão social e de degradação ambiental e são fatores determinantes 
da crise socioambiental e econômica vivida na região. 
 As contradições e injustiças sociais que permeiam a região podem ser percebidas 
inclusive no acesso à renda, que reflete também uma forte desigualdade de gênero. 
Segundo dados do IBGE (Censo Demográfico 2000), metade da população no Semiárido, 
ou mais de oito milhões de pessoas, não possui renda monetária ou tem como única fonte 
de rendimento os benefícios governamentais, a maioria (59,5%) são mulheres. Os que 
dispõem de até um salário mínimo mensal somam mais de cinco milhões de pessoas 
(31,4%), sendo 47% mulheres. Enquanto isso, apenas 5,5% dispõe de uma renda entre 
dois a cinco salários mínimos, a maioria (67%) homens, e dos 0,15% com renda acima 
de 30 salários mínimos apenas 18% são mulheres (ASABRASIL, 2018). 
 
 
 
 
 
 
 
2 REVISÃO DA LITERATURA 
 
2.1 Aspectos Geográficos 
 O semiárido brasileiro é uma região que ocupa cerca 12% do território nacional, 
1,03 milhões de km², e abrange 1.262 municípios brasileiros, considerando a delimitação 
atual divulgada em 2017 pela (resolução 115, de 23 de novembro de 2017), da Sudene. 
 Aproximadamente 27 milhões de brasileiros, 12% da população brasileira, vivem 
na região, segundo informação divulgada pelo Ministério da Integração Nacional. Um 
dado interessante com relação à população do Semiárido é que se encontram nele cerca 
de 81% das comunidades quilombolas de todo o Brasil. A maior parte do Semiárido 
situa-se no Nordeste do país e também se estende pela parte setentrional de Minas Gerais 
no Norte mineiro e o Vale do Jequitinhonha, ocupando cerca de 18% do território do 
estado. No Nordeste, dos seus nove estados, metade tem mais de 85% de sua área 
caracterizada como semiárida, sendo o Ceará o que possui a maior parte de seu território 
com esse perfil. Em número de municípios, os estados com maior quantidade são Bahia 
(278), Paraíba (194), Piauí (185), Ceará (175), Rio Grande do Norte (147) e Pernambuco 
(123). O Maranhão passou a fazer parte do Semiárido Legal em 2017 (ASABRASIL, 
2018). 
 Mapa de Delimitação do Semiárido 
 
 As diversas tentativas de definir limites para a zona seca/xérica do Brasil conhecida 
no passado como Polígono das Secas e atualmente como Semiárido Brasileiro – SAB ou 
Região Semiárida – RSA sempre foram motivo de críticas pela não inclusão de diversos 
municípios e estados, o que sempre acarretou o não acesso as benesses fiscais e 
econômicas e de infraestrutura. Definidos critérios mais técnicos a partir de 2005 e 
endossados a partir de 2017, onde o Semiárido passou a englobar 1.262 municípios de 10 
estados e 02 regiões geográficas totalizando uma área de 1.128.697,397 km2 segundo a 
Sudene. Entretanto, verificou-se que ao acessar no banco de dados oficial do IBGE a área 
territorial dos municípios abrangidos e comparado com o banco de dados da Sudene 
houve grandes distorções de áreas municipais o que pode vir a computar como prejuízo 
em termos de territorialidade, diagnose, planejamento e gestão (SOUZA et. Al, 2019). 
 O Semiárido brasileiro possui uma nova configuração e conta com mais 73 
municípios distribuídos em sete estados: Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, 
Pernambuco e Piauí. A medida foi aprovada no dia 23 de novembro, pelo Conselho 
Deliberativo (CONDEL) da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste 
(SUDENE), presidido pelo ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho. Com o 
acréscimo das novas localidades, o mapa do Semiárido atualmente passou a ter 1.262 
municípios e uma população total de 27.870.241 habitantes, com densidade demográfica 
de 25 hab/km². O diretor do INSA, Salomão de Sousa Medeiros, afirma que “as novas 
dimensões do Semiárido brasileiro reforçam o desafio da Ciência, Tecnologia e Inovação 
nas áreas sociais, econômicas e ambientais para construção de uma sociedade mais 
igualitária. Dos municípios acrescentados no Semiárido 09 se encontram na Bahia, 10 no 
Ceará, 02 no Maranhão, 06 em Minas Gerais, 24 na Paraíba, 01 em Pernambuco e 21 no 
Piauí. 
 
2.2 Aspectos Demográficos da População 
 
 Em relação aos aspectos demográficos, no ano de 2007, a comunidade nordestina 
era ao que se pode compara a 28,0% da população do país, estimada em cerca de 
51.507.545 habitantes segundo o IBGE (2007). Quando estudado o período de 2000 a 
2007, é possível observa que esta população se manteve estável, visto que em 2000, a 
região nordeste do Brasil contava com 28,1 da população brasileira. Ainda segundo dados 
do IBGE semiárido Brasileiro, no ano de 2000, apresentava 20.877.925 habitantes, o que 
representa 42,8% de todo região nordeste. 
 Se em 1970 a população do semiárido setentrional representava 32,5% da 
população Nordestina e 54,6% das UFs que têm seus territórios incluídos no semiárido, 
em 2010 essa participação reduziu-se para 26,7% e 46,6%, respectivamente. De fato, 
desde a criação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE) em 
1959, a dimensão demográfica se colocava como um desafio a ser enfrentado. Ou seja, 
como apontado por Furtado (1959), a densidade demográfica do semiárido seria 
incompatível com o desenvolvimento econômico da região (OJIMA; FUSCO, 2016). 
 Sendo um dos mais populosos do mundo o Semiárido brasileiro, abriga a parcela 
mais pobre da população podemos associa estas características as condições climáticas 
que apresenta altas temperaturas (entre 25 °C e acima de 28°C), resultando na baixa 
umidade do ar, além de longos períodos de estiagem, com chuvas escassas e mal 
distribuídas, correlacionados aos outros fatores históricos, geográficos e políticos que 
remontam centenas de anos. (NORDESTE, 1999). 
 
2.3 Aspectos Físicos 
 
Clima 
 Na região semiárida, as temperaturas médias anuais variam entre 23 ºC e 27 ºC, com 
desvio médio mensal menor que 5 ºC e variações diárias entre 5 ºC e 10 ºC. A umidade 
relativa média é de 50% e o período de insolação atinge valores de 2.800 h. ano. A 
evapotranspiração potencial - ETP oscila entre 1.500 mm. ano e 2.000 mm. Ano 
(SUDENE, 1985), sendo esta faixa de variação relativamente estável para todo o 
Semiárido (MENEZES; SAMPAIO, 2000; SALCEDO; SAMPAIO, 2008). 
 Nas regiões das caatingas, o tipoclimático é o BSh de Köppen, ou seja, semiárido 
muito quente, com predomínio de precipitações pluviométricas médias anuais entre 400 
mm e 650 mm (JACOMINE; CAVALCANTE, 1989), com chuvas irregulares e 
concentradas em 2 a 3 meses do ano, ocorrendo, por vezes, chuvas intensas (120 mm a 
130 mm) num período de 24 horas. O período seco varia de 6 a 8 meses, podendo atingir 
até 11 meses sem chuvas nas áreas de aridez mais acentuadas (JACOMINE, 1996). Em 
algumas áreas, verifica-se a ocorrência dos tipos climáticos Aw e As, segundo Köppen, 
podendo também ocorrer precipitações mais elevadas, com médias anuais entre 650 mm 
e 800 mm ou mais. 
 
Hidrografia 
 No nordeste brasileiro, 28% da população do país tem potencial médio de água 
doce nos rios de 186,2 km³/ano, possuindo míseros 3%, 2/3 dos quais localizados na bacia 
do rio São Francisco. A indagação a ser feita é se 1/3 restante representa volumes 
suficientes para o atendimento das demandas hídricas da população do Semiárido, 
estimada, atualmente, em 28 milhões de pessoas. Na avaliação subsequente, chega-se à 
conclusão de que esse volume é mais do que suficiente para esse atendimento 
(SUASSUNA, 2012). 
 Dos estados nordestinos, pertencentes ao Semiárido, apenas o Piauí está em situação 
confortável, sendo um estado rico em ofertas hídricas, pelo fato de fornecer volumes 
superiores a 5.000 m³/habitante/ano, fato este advindo de riqueza significativa de água 
em seu subsolo e da existência de um grande rio perene, o Parnaíba , que faz fronteira 
com o estado do Maranhão. O estado da Bahia, em situação limite em termos de oferta 
hídrica, com fornecimentos volumétricos superiores a 2.500 m³/habitante/ano, chega a ter 
mais água do que o estado de São Paulo, por ser beneficiado por aquelas do Rio São 
Francisco e possuir áreas sedimentares esparsas, mas significativas, em seu território 
(SUASSUNA, 2012). 
 De acordo com Suassuna (2012), A situação dos demais estados é preocupante, 
pobres em água, pelo fato de fornecerem volumes inferiores a 2.500 m³/habitante/ano), 
destacando-se, entre eles, Paraíba e Pernambuco como estados campensíssimos em baixa 
oferta hídrica para seus habitantes, cabendo, a este último, o fornecimento de apenas 
1.320 m³/habitante/ano). Apesar da pobreza hídrica reinante, vale destaque nessa classe 
de disponibilidade, o fato de o estado do Ceará, com 2.436 m³/habitante/ano, ter mais 
água do que a Alemanha, que só consegue disponibilizar 2.000 m³/habitante/ano. 
 
Geologia 
 A geologia no ambiente semiárido é bastante variável, porém com predomínio de 
rochas cristalinas, seguidas de áreas sedimentares. Em menor proporção, encontram-se 
áreas de cristalino com cobertura pouco espessa de sedimentos arenosos ou 
arenoargilosos (CUNHA et al, 2010). 
 Além do clima, a geologia e o material de origem exercem grande papel na 
formação dos solos do Semiárido, em função da grande diversidade litológica. Segundo 
Brasil (1974) e Jacomini (1996), destacam-se na região: áreas do cristalino, com 
predomínio de gnaisses, granitos, magmáticos e xistos e áreas do cristalino recoberto por 
materiais arenosos ou argilosos; áreas sedimentares com sedimentos aluviais recentes, 
relacionados ao período Holoceno; sedimentos predominantemente arenosos e calcários 
relacionados ao período cretáceo ou mais recente; sedimentos arenosos e arenoargilosos 
e capeamentos de materiais da mesma natureza relacionados ao Terciário; arenitos e 
mistura destes com sedimentos mais argilosos relacionados ao Devoniano médio e 
inferior e ao Siluriano. 
 Em consequência da diversidade de material de origem, de relevo e da intensidade 
de aridez do clima, verifica-se a ocorrência de diversas classes de solo, os quais se 
apresentam em grandes extensões de solos jovens e, também, solos evoluídos e profundos 
(REBOUÇAS, 1999; CUNHA et al., 2008). Quatro ordens de solo (Latossolos - 19%; 
Neossolos Litólicos - 19%, Argissolos -15% e Luvissolos - 13%), de um total de 15 tipos 
de solo, ocupam 66% das áreas sob caatinga, embora estejam espacialmente fracionadas 
(SALCEDO; SAMPAIO, 2008). 
 
Relevo 
 
 Topograficamente, a região semiárida é bastante variável, caracterizando-se por 
apresentar relevo variando de plano a forte ondulado. A altitude média varia entre 400 m 
e 500 m, podendo atingir 1.000 m, como, por exemplo, no planalto da Borborema. 
Também, podem ser verificadas outras superfícies de menor extensão, como bacias 
sedimentares (Jatobá-Tucano) com relevo suave ondulado; superfícies cársticas (Irecê, 
chapada do Apodi, norte de Minas Gerais e sul da Bahia); superfícies dissecadas (Vale 
do Rio Gurgueia); tabuleiros costeiros com relevo plano ou suave ondulado; baixadas 
aluviais, maciços, serras, serrotes e inselbergues dispersos na região (JACOMINE, 1996). 
Cerca de 37% da área é de encostas com 4% a 12% de declive e 20% das encostas 
apresentam inclinação maior do que 12%, determinando presença marcante de processos 
erosivos nas áreas antropizadas (SILVA, 2000). 
 
2.4 Aspectos Bióticos 
 
 Caatinga é o nome dado ao tipo de vegetação dominante no nordeste do Brasil, que 
ocupa todos os estados da região Nordeste, com exceção do Maranhão, e o norte de Minas 
Gerais. Essa vegetação é constituída principalmente por árvores baixas e arbustos 
profusamente ramificados, frequentemente armados com espinhos ou acúleos, geralmente 
com folhas pequenas, entremeados com plantas suculentas, geralmente cactos, e um 
estrato herbáceo formado por plantas anuais, principalmente terófitos, bromélias 
terrestres e cactos rasteiros. Além disso, a vegetação é fortemente sazonal, apresentando 
um aspecto luxuriante na estação chuvosa, quando as árvores e arbustos apresentam 
folhas novas e flores em profusão. Isso contrasta fortemente com o aspecto desolador da 
estação seca, quando as plantas estão despidas da folhagem e quase não se nota sinal de 
vida (QUEIROZ et al. 2017). 
 A Flora da Caatinga é constituída principalmente por espécies arbóreas de porte 
baixo e arbustivas, muitas dessas espécies apresentam características peculiares 
para lidar com o período de estiagem como folhas pequenas, presença de acúleos 
e espinhos, deciduidade, xilopódios para armazenamento de água e caule verde para 
realização de fotossíntese (SENA 2011; FERNANDES; QUEIROZ, 2018). A 
Caatinga possui diferentes fisionomias, que se referem aos diferentes aspectos visuais 
da vegetação, que podem variar dependendo das chuvas e dos solos (LEAL et al. 2003). 
A Caatinga é uma das florestas secas com maior riqueza de espécies de plantas, nela 
ocorrem mais de 3.000 espécies de angiospermas pertencentes a 152 famílias botânicas, 
onde as mais representativas são Leguminosae, Euphorbiaceae (QUEIROZ et 
al.2017). As famílias que contêm espécies suculentas, Cactaceae e Bromeliaceae, são 
bem características da Caatinga e possuem metabolismo ácido das crassuláceas como 
estratégia para lidar com a aridez (FERNANDES; QUEIROZ, 2018) 
 A Fauna da Caatinga, além de ser altamente diversa, possui um alto nível de 
endemismo principalmente de répteis e anfíbios (GARDA et al.2018). Os dados sobre 
quantidade de espécies de vertebrados da Caatinga subiu bastante de 2003 até 2017 
saindo de 1060 para 1439 espécies descritas para todos os grupos de vertebrados, um 
aumento de quase 36% na riqueza de espécies conhecidas, comprovando a alta 
diversidade da região (GARDA et al.2018; LEAL et al. 2003). Além disso, é esperado 
ainda conhecer mais espécies deste ambiente, contudo o incentivo para estudos nesse tipo 
de ambiente ainda é escasso apesar de esse se mostrar um ambiente de grande potencial 
para novas descobertas principalmente devido a suas características ambientais. 
2.5 Aspectos CulturaisA região que abrange a Caatinga é uma das que está de maneira mais forte no 
imaginário da nação brasileira por possuir traços de identidade e simbolismo que refletem 
a história, a resistência e a tenacidade de sua população local. Cordel, emboladas, 
xilogravuras, romance regional, maracatu, artesanatos figurativos, bumba-meu-boi, 
cangaço, banda de pífanos, feiras, vaquejadas, festas juninas e rendas de bilro, compõem 
um portfólio de histórias, cenários e produtos que falam do e para o sertão brasileiro. 
 De acordo com Rodrigues (2013), não é de se admirar que o semiárido brasileiro 
seja o berço de muitas manifestações culturais genuinamente brasileiras e nordestinas. 
Personalidades como Jorge Amado, Ariano Suassuna, João Cabral de Melo Neto, Luiz 
Gonzaga e Alceu Valença são conhecidos nacionalmente por trazer a identidade do 
homem sertanejo, nordestino, em sua arte. Uma arte em que o artista fala do meio em que 
vive, da paisagem que vê de sua janela, que vai muito além do céu vasto e da terra seca 
com a vegetação causticada pelo sol. 
 Há também uma manifestação artística genuinamente nordestina com raízes na 
cultura popular, mas de caráter erudito: a poesia, a música, o teatro, a literatura e outras 
manifestações do Movimento Armorial, nascida em Pernambuco em meados da década 
de 1970, que tem Ariano Suassuna como seu principal idealizador (RODRIGUES, 2013). 
 No Sertão, vaqueiros mantêm o consumo de pratos simples e resistentes, feitos com 
carne de sol, mandioca, milho e feijão. O azeite de dendê, tempero presente em boa parte 
dos pratos típicos, assim como a pimenta malagueta, foram trazidos pelos africanos. O 
acarajé e o vatapá são frutos dessa mistura cultural. Trata-se de uma culinária rica em 
temperos e em criatividade (WOLLINGER, 2015). 
 Segundo Machado (2009), para lidar com o gado na caatinga cheia de galhos e 
espinhos é muito difícil, por isso o vaqueiro tem que usar uma roupa própria, com 
condições de enfrentá-la e que funcione como uma couraça ou armadura. A vestimenta 
do vaqueiro é caracterizada pela predominância do couro cru e curtido, geralmente, 
utilizando-se processos primitivos, o que o deixa da cor de ferrugem, flexível e macio 
 O gibão é enfeitado com pespontos e fechado com cordões de couro. O parapeito 
ou peitoral é seguro por uma alça que passa pelo pescoço. As perneiras que cobrem as 
pernas do pé até a virilha, são presas na cintura para que o corpo fique livre para cavalgar. 
As luvas cobrem as costas das mãos, deixando os dedos livres e nos pés o vaqueiro usa 
alpercatas ou botinas. O jaleco parece um bolero, feito de couro de carneiro, sendo usado 
geralmente em festas. Tem duas frentes: uma para o frio da noite, onde conserva a lã, 
outra de couro liso para o calor do dia. O chapéu protege o vaqueiro do sol e dos golpes 
dos espinhos e dos galhos da caatinga e, às vezes, a sua copa é usada para beber água ou 
comer (MACHADO, 2009) 
 
2.6 Atividades Econômicas 
 
 O semiárido é composto de uma economia de subsistência, com plantações 
isoladas, ou consorciadas. Isto significa, não existirem excedentes para exportações e, se 
alguém fizer, faz contra os princípios da própria economia. Um fato é que a economia 
semiárida importa muitos produtos que a produção local não consegue fabricar. Algumas 
produções mais expressivas não se encontram no semiárido, mas em regiões ricas e é 
nesta área que se dá um nível maior de exploração do trabalho humano (GONZAGA, 
2006). 
 Ainda de acordo com Gonzaga (2006), a economia do semiárido, não está só na 
agricultura, pois nos períodos sazonais, esses agricultores têm que procurar uma outra 
atividade para a sua sobrevivência e isto é feito nos trabalhos com couro, pago aos 
trabalhadores pela sua produtividade. A pequena produção nas cidades, ou até mesmo no 
campo, participa da sobrevivência do sertanejo, ou caririzeiro que, fora da agricultura ou 
pecuária, procura uma outra maneira de ganhar a vida. Para a região semiárida falta 
apenas uma política séria para tornar viável a vida no campo, como produção e atividade 
pertinente à sobrevivência daquele que nasceu e sobrevive do que existe em sua 
localidade, pois somente com condições de vida ao agricultor do semiárido, é que se fará 
uma região promissora. 
 A produção na região semiárida é estritamente de sobrevivência e em pequena 
escala, pois vasta área desta região é desertificada pelos efeitos das secas, que 
constantemente assolam toda esta área. Predominam grandes áreas improdutivas, em 
termos de agricultura, onde a pecuária é sua principal atividade. A intensificação do 
semiárido faz com que, áreas e áreas de terras secas só produzam palmas. Somente nas 
áreas de vazante é que se produzem capim e outras culturas dos tipos tomate e banana, 
mas o pouco que produz, não tem mercados satisfatórios e isto gera um preço baixo. Com 
os rios, tem-se uma pequena irrigação, que implementa uma produção, em escala maior, 
e aparece um outro problema, que é a falta de financiamento (GONZAGA, 2006) 
 
2.7 Estratégias humanas para convivência com a seca 
 As ações de combate à seca decorriam também de uma visão tecnicista das 
problemáticas do semiárido. A Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas (IOCS), órgão 
governamental de engenharia criado em 1909 para atuar na região, considerava que o 
combate à seca consistia, sobretudo no armazenamento de água (política de açudagem), 
esquecendo-se, no entanto, “que a água armazenada era, em grande parte, perdida pela 
evaporação, em um clima quente e seco” (ANDRADE, 1999). 
 Ao analisar essa forma de intervenção no semiárido, Aziz Ab’Sáber (1999), 
indica outras falhas de funcionalidade social dos grandes açudes que não foram 
concebidos para garantir melhoras na produção agrícolas. Alguns estavam localizados 
longe de várzeas irrigáveis e os que favoreciam a distribuição de água por gravidade para 
áreas irrigáveis atendiam a um número limitado de famílias. 
 A seca surge como empecilho natural, um elemento que deve ser combatido. Por 
isso a lógica do combate à seca é reducionista. Resulta na manutenção da miséria. 
Funciona como uma estratégia perversa de manutenção e controle de uma região que, a 
princípio, e com raras exceções, não cabe na lógica do modelo de desenvolvimento que 
predomina (SILVA, 2003). Em 1959, o Grupo de Trabalho para o Desenvolvimento do 
Nordeste (GTDN), alertava sobre a ineficiência do combate aos efeitos da seca: “Por 
motivos diferentes, nem as medidas de curto prazo nem as de longo prazo contribuíram, 
até o presente, para modificar fundamentalmente, os dados do problema” (GTDN, 1959, 
p. 70). 
 
2.8 Áreas Prioritárias Para Conservação e Pesquisa do Bioma Caatinga 
 
 Foram identificadas 82 áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade da 
Caatinga. Dessas áreas, 27 foram classificadas como de extrema importância biológica, 
12 como de muito alta importância, 18 como de alta importância e 25 como 
insuficientemente conhecidas, mas de provável importância. Além dessas, um corredor 
conectando áreas prioritárias em Minas Gerais e na Bahia também foi proposto (SILVA, 
et al. 2004). 
 Segundo Silva (2004), a proteção integral foi a ação mais recomendada para a maioria 
(54,8%) das áreas prioritárias. Indicou-se tal ação para 81% das áreas de extrema 
importância, para 75% das de muito alta importância, e para 72% das de alta importância. 
Em contrapartida, e como esperado, a principal ação proposta para a maior parte (96%) 
das áreas insuficientemente conhecidas foi a investigação científica. Sugeriu-se a 
realização urgente da ação recomendada para 43,9% das áreas, ou seja, para a maioria; a 
curto prazo para 30,5% delas; e a médio prazo para 25,6%. 
 As áreas de extrema importância localizam-se no entorno de alguns brejose de áreas 
montanhosas úmidas antes revestidas de florestas, tais como as do Planalto da Ibiapaba 
do Norte/Jaburuca, da Serra de Baturité, da Chapada do Araripe, da serra Negra e de 
Caruaru; as situadas ao longo do rio São Francisco, como, por exemplo, Bom Jesus da 
Lapa, Peruaçu/ Jaíba, Ibotirama, médio do rio São Francisco e Xingó; e bem como aquelas 
que estão no centro do estado da Bahia: Itaetê/Abaíra, Morro do Chapéu, Senhor do 
Bonfim e Raso da Catarina. Entre as áreas de extrema importância duas são dignas de 
nota: o Parque Nacional da Serra da Capivara e o médio rio São Francisco (SILVA et al. 
2004). 
 
2.9 Unidades de conservação existentes no bioma caatinga 
 
 As unidades de conservação (UCs) são áreas de proteção ambiental, instituídas 
pelo poder público, com base na Lei no 9.985, de 2000, que criou o Sistema Nacional de 
Unidades de Conservação (SNUC). Estão divididas em dois grupos: as de proteção 
integral e as de uso sustentável. As unidades de proteção integral não podem ser habitadas 
pelo ser humano, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais em 
atividades como pesquisas científicas e turismo ecológico. Já as unidades de conservação 
de uso sustentável admitem a presença de moradores. Elas têm como objetivo 
compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável dos recursos naturais. 
 Atualmente existem 129 UCs que resguardam 7,5% do bioma, no qual 1,2% 
dessas áreas protegidas pertence ao grupo de proteção integral e 6,3% ao de uso 
sustentável, de acordo com o Cadastro Nacional de Unidades de Conservação 
(CNUC/MMA, 2015). O objetivo de criar unidades de conservação na caatinga vai além 
da conservação da biodiversidade, essas áreas representam uma oportunidade para frear 
ou diminuir os efeitos da degradação e desertificação de novas no bioma (BARBOSA, et 
al, 2005). 
 Em abril de 2018, as áreas de proteção ambiental da Caatinga foram ampliadas 
com a criação de duas novas unidades de conservação: o Parque Nacional do Boqueirão 
da Onça, com 3.450 km2, e a Área de Proteção Ambiental (APA) do Boqueirão da Onça, 
com aproximadamente 5.050 km2, ambas na Bahia. As novas áreas agregaram ao Sistema 
Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC) cerca de 8.500 km2. O Parna 
do Boqueirão da Onça é a segunda maior unidade de conservação de proteção integral do 
bioma Caatinga e sua criação vai facilitar a realização de estudos e coleta de dados da 
biodiversidade do bioma. (FUNDAJ, 2019). 
 Segundo a Fundação Joaquim Nabuco (2019), na Caatinga, atualmente, existem 
quatro categorias de unidades de conservação de proteção integral. Com base nos dados 
do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão 
responsável pela gestão das unidades de conservação no âmbito federal, as unidades de 
conservação de proteção integral são apresentadas no quadro abaixo. 
 
 Fonte: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio) 
Apesar das ameaças ao bioma Caatinga, a área de conservação de proteção integral das 
suas florestas remanescentes ainda é extremamente pequena. 
 
2.10 Geoparque Seridó 
 Geoparques são áreas geográficas únicas e unificadas, nas quais há locais e paisagens 
de significado geológico internacional, sendo gerados com um conceito holístico de 
proteção, educação e desenvolvimento sustentável. Para Farsani et al (2010), Geoparques 
são territórios com limites bem definidos e que apresentam um notável patrimônio 
geológico de importância internacional, nacional e regional, ligados a uma estratégia de 
desenvolvimento sustentável. Integra locais de interesse geológico de especial valor 
científico, mas também educativo e turístico, conhecidos como geossítios. 
 Estabelecido em uma área de 2.800 quilômetros quadrados, o Geoparque Seridó 
abraça os municípios de Cerro Corá, Lagoa Nova, Currais Novos, Acari, Carnaúba dos 
Dantas e Parelhas. Cada um desses lugares possui características muito específicas, 
culturas e comportamentos significativos para constituição dessa região maior, que é o 
Seridó potiguar (BAL et al, 2019). 
 
 Fonte: Portal UFRN, 2019 
 
 O Geoparque Seridó tem ainda 21 geossítios que imprimem, cada um deles, 
traços bastante singulares, são eles Serra Verde, Cruzeiro de Cerro Corá, Nascente do Rio 
Potengi, Vale Vulcânico, Mirante de Santa Rita, Tanque dos Poscianos, Lagoa do Santo, 
Pico do Totoró, Mina Brejuí, Cânions dos Apertados, Açude Gargalheiras, Poço do 
Arroz, Cruzeiro de Acari, Morro do Cruzeiro, Marmitas do Rio Carnaúba, Serra da 
Rajada, Monte do Galo, Xiquexique, Cachoeira dos Fundões, Açude Boqueirão e Mirador 
(BAL et al. 2019). 
 
 Fonte: Portal UFRN, 2019 
 
 Fonte: Portal UFRN, 2019 
 
 
2.11 Núcleos de Desertificação existentes no Semiárido 
 
 
 A desertificação é um problema de dimensões globais que afeta as regiões de clima 
árido, semiárido e subúmido seco da Terra, resultante de vários fatores que envolvem 
variações climáticas e atividades humanas (BRASIL, 2006). 
 O processo de desertificação quase sempre se inicia com o desmatamento e a 
substituição da vegetação nativa por outra cultivada, de porte e/ou ciclo de vida diferente. 
Assim, a vegetação arbustiva e arbórea da caatinga, dominante no semiárido é substituída 
por pastos herbáceos ou culturas de ciclo curto. O cultivo continuado, com a retirada dos 
produtos agrícolas e sem reposição dos nutrientes retirados, leva à perda da fertilidade 
(SAMPAIO ET AL., 2003; DUBEUX JR ET AL., 2005; PEREZ-MARIN ET AL., 2006). 
 Nas áreas irrigadas, por sua vez, o uso de águas com elevados teores de sais, o 
manejo inadequado dos ciclos de molhamento e a ausência de drenagem levam à 
salinização (CORDEIRO, 1988; FREIRE, ET AL. 2003A, 2003B; LEAL ET AT., 2008). 
Ademais, o uso de equipamentos pesados, em solos de textura pesada e com teores de 
água inadequados, dá lugar à compactação. Salinização e compactação do solo tipificam 
áreas degradadas. 
 Entre esses processos impactantes sobre o meio ambiente, a erosão é considerada 
o principal fator de degradação do solo no SAB. Trata-se de um processo por meio do 
qual as partículas mais finas e ativas do solo, no aspecto físico, químico e biológico, são 
deslocadas e removidas para outros locais pela ação da água ou do vento (GALINDO ET 
AL., 2005). 
 De acordo com o Portal do INSA, o Semiárido brasileiro possui seis núcleos de 
desertificação, 1º Cabrobó (PE), 2º Gilbués (PI), 3º Inhamus (CE), 4º Irauçuba (CE), 5º 
Jaguaribe (CE) e 6º Seridó (PB e RN), com 59 municípios inseridos no perímetro. No 
Ceará se localizam 12 municípios, na Paraíba 28, no Rio Grande do Norte 6, em 
Pernambuco 6 e no Piauí 7, contabilizando uma área total de 68.500 km², distribuída pelos 
cinco estados. 
 Núcleo de Gilbués 
 
 Está localizado no extremo sul do Estado do Piauí, dentro da região fitogeográfica 
Caatinga – Cerrado. Compreende uma área afetada de 6.131 km2, com 20 mil habitantes. 
Abrange os municípios de Gilbués, Monte Alegre do Piauí, Barreiras do Piauí, São 
Gonçalo do Gurgueia. A origem do processo de desertificação nesse núcleo está 
relacionada aos processos de erosão, que tem sua origem na formação, gênese e 
morfologia de seus solos e na relação solo-paisagem (PEREZ-MARIN et al. 2012) 
 
Núcleo de Irauçuba 
 
 Está localizado no oeste do Estado do Ceará, na região fitogeográfica dos 
Inhamuns. Compreende uma área afetada de 4.099,22 km2 envolvendo os municípios de 
Sobral, Forquilha e Irauçuba (PINTO ET AL., 2009), com população rural de 35 mil 
habitantes. Sua caracterização como Núcleo de Desertificação está particularmente 
relacionada à classe de solo predominante da região: Os Planossolos Haplicos solodicos 
e natricos.São solos minerais imperfeitamente ou mal drenados, que se caracterizam por 
apresentar um horizonte “A” de textura leve (arenosa), de pouca profundidade, que 
contrasta abruptamente, numa distância vertical de 2,5 cm com o horizonte “B”, de 
textura argilosa imediatamente subjacente, adensado, geralmente de acentuada 
concentração de argila dispersa, permeabilidade lenta ou muito lenta, constituindo, por 
vezes, um horizonte “pã” responsável pela detenção de lençol de água sobreposto, de 
existência periódica e presença variável durante o ano (PEREZ-MARIN et al. 2012). 
 
Núcleo do Seridó 
 Está localizado no centro do “Polígono das Secas”, em parte dos Estados do Rio 
Grande do Norte e da Paraíba, região fitogeográfica do Seridó. O Núcleo abrange os 
municípios de Currais Novos, Cruzeta, Equador, Carnaúba do Dantas, Acari, Parelhas, 
Caicó, Jardim do Seridó, Ouro Branco, Santana do Seridó e São José do Sabuji no RN, e 
na PB, Santa Luzia e Várzea. A área afetada é de 2.987 km2 com 260 mil habitantes. A 
desertificação neste núcleo está relacionada particularmente a fatores climáticos, 
processos pedogenéticos e intervenções antrópicas (PEREZ-MARIN et al. 2012) 
 
 
Núcleo de Cabrobó 
 
 O Núcleo está localizado no sul do Estado de Pernambuco, região fitogeográfica 
do Sertão Central, e abraça os municípios de Cabrobó, Orocó, Santa Maria da Boa Vista, 
Belém do São Francisco, Salgueiro, Parnamirim, Itacuruba, Petrolina, Afrânio, Ouricuri, 
Araripina e Floresta. A área afetada é de 4.960 km2 com 24 mil habitantes. O Núcleo está 
inserido na unidade geoambiental da Depressão Sertaneja, que representa a paisagem 
clássica do SAB, caracterizada por uma superfície de pediplanação bastante monótona, 
relevo predominantemente suave-ondulado, cortada por vales estreitos, com vertentes 
dissecadas (PEREZ-MARIN et al. 2012) 
 
Núcleo Cariris Velhos 
 
 Esse Núcleo está localizado na fração voltada ao sudoeste da Chapada da Borborema 
paraibana, região fitogeográfica dos Cariris Velhos, apresentando áreas de caatinga com 
índice xerotérmico, variando entre 150 e 300, com quatro tipos ou associações, 
predominantemente, de porte baixo, muitas vezes de baixa densidade e pobres em 
espécies arbustivo-arbóreas (SAMPAIO E RODAL, 2000) e com características de 
vegetação caducifólia espinhosa. Compreende os municípios de Juazeirinho, São João do 
Cariri, Serra Branca, Cabaceiras, Camalaú e municípios vizinhos. A área afetada é de 
2.805 km2 com 44.877 habitantes (IBGE, 2011). 
 
 Núcleo do Sertão do São Francisco 
 
 Está localizado no nordeste do estado da Bahia, na região fitogeográfica do Sertão 
do São Francisco, apresentando caatinga arbustiva hiperxerófila dominante, mas também 
com ocorrência de caatinga arbórea em inselbergues, e margeando o Rio São Francisco. 
Compreende uma área afetada de aproximadamente 34.254 km2, com 366.561 habitantes 
(IBGE, 2010) e com densidade de ocupação média de 10,7 hab./km2. Abrange os 
municípios de Uauá, Macururé, Chorrochó, Abaré, Rodelas, Curaçá, Glória, Jeremoabo, 
Juazeiro, Canudos e municípios vizinhos. Nessa região se insere uma área deprimida no 
relevo ondulado, denominada Raso da Catarina, conhecida por seu elevado estado de 
desertificação (OLIVEIRA E CHAVES, 2004). 
 
2.12 Indicadores de Desertificação 
 
 Em 2001, se iniciaram as atividades do Programa de Luta Contra a Desertificação 
e Mitigação dos Efeitos da Seca na América do Sul, com a participação de seis países: 
Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador e Peru. Este programa motivou a elaboração 
dos Programas de Ação Nacionais (PAN) e promoveu avanços nos temas prioritários 
estabelecidos pela Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas de Luta 
contra a Desertificação e a Seca, dentre eles, a harmonização e aplicação dos indicadores 
de desertificação existentes (SOARES, 2016) 
 Os indicadores de desertificação discutidos em oficinas realizadas nos seis países 
participantes do referido programa foram analisados e submetidos a um processo de 
seleção para consolidar o conjunto unificado de indicadores adotados (ABRAHAM, 
2006). Os indicadores de desertificação foram organizados em quatro grandes grupos: 
indicadores abióticos (relacionados ao clima, água e solo), indicadores bióticos (flora e 
fauna), indicadores sociais e econômicos, e indicadores institucionais e organizacionais. 
 
 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 O semiárido brasileiro apresenta altas taxas de insolação, com altas temperaturas e 
baixas amplitudes térmicas. A Pluviometria mesmo sendo umas das mais altas do 
ecossistema do semiárido, mesmo assim é considerada baixas em relação aos outros 
ecossistemas, por apresentar características irregulares e acontecer de forma concentrada 
em apenas alguns meses do ano. Além disso existe problemas associados a qualidade dos 
recursos hídricos que por vezes são de uso racionado. 
 O que também é possível destaca é que muitas vezes falta gestão pública de 
qualidade para atende essa população, gestão está que poderia trabalha de formas que 
possibilitasse a população do semiárido a viver de forma mais digna, respeitando as 
características próprias desse bioma. Diminuindo assim também as diferenças 
socioeconômicas que a população sofre. 
 Entretanto também se faz necessário mudar essa visão que o mundo tem do 
semiárido, onde a primeira imagem que vem à mente é uma terra seca e sem vida com 
carcaça de animais mortos em decorrência da falta de água, é bem verdade que a seca 
existe, mas também é notável que o semiárido desfruta de uma fauna e flora rica em 
biodiversidades com espécies endêmicas, o semiárido vai muito além. Aqui temos um 
povo forte e trabalhador que aprendeu sobre plantas e animais bem adaptados as 
condições naturais propostas pela natureza, mas que na maioria das vezes passa 
despercebidas por existir pouco interesse da comunidade acadêmica e cientifica deixando 
que essas espécies venham a se torna conhecidas. 
 
 
 
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