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288-2009-Jun-Set

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3º TRIMESTRE • 2009 • Nº 288
Quem é Quem é Quem é 
JJJ
Quem é 
J
Quem é Quem é Quem é 
J
Quem é 
J
Quem é 
J
Quem é Quem é Quem é 
J
Quem é esusesusesusQuem é esusQuem é Quem é Quem é esusQuem é esusQuem é esusQuem é Quem é Quem é esusQuem é ???
Estudos baseados no 
evangelho de João
Untitled-1 1 08/05/2009 01:05:48
MISSÃO DA ESCOLA BÍBLICA
Transformar as pessoas 
em discípulas de Cristo, 
através do ensino e da prática 
da palavra de Deus.
——— ——— ——— ——— ——— ——— ——— ———— ———
Copyright © 2009 – Igreja Adventista da Promessa
Revista para estudos na Escola Bíblica. É proibida a reprodução parcial 
ou total sem autorização da Igreja Adventista da Promessa.
REDAÇÃO
Jornalista responsável Elias Pitombeira de Toledo
 MTb. 24.465
Redação e produção Alan K. Pereira Rocha, Eleilton 
William de Souza Freitas, Eu-
doxiana Canto Melo, Genilson 
S. da Silva, José Lima de Farias 
Filho, Valdeci Nunes de Oliveira, 
Virginia Ronchete David.
Revisão de textos Eudoxiana Canto Melo
Editoração Farol Editorial e Design 
 com foto da StockXpert
Capa Marcorélio Murta
Seleção de hinos Silvana Azevedo de Matos 
Rocha
Leituras diárias Alan K. Pereira Rocha e Eleilton 
William de Souza Freitas
Atendimento e tráfego Geni Ferreira Lima 
 Fone: (11) 2955-5141
Assinaturas Informações na página 96
Impressão
Gráfica Regente 
Av. Paranavaí, 1146 – Maringá, PR – Fone: (44) 3366-7000
expediente
REDAÇÃO – Rua Boa Vista, 314 – 6º andar – Conj. A – Centro – São Paulo – SP – CEP 01014-030
Fone: (11) 3119-6457 – Fax: (11) 3107-2544 – www.portaliap.com – secretariaiap@terra.com.br
BÍBLICAS
REVISTA PARA ESTUDOS NAS ESCOLAS BÍBLICAS3º TRIMESTRE – 2009 – Nº 288
LI
ÇÕ
ES
depARtAMentO de edUCAÇÃO CRiStà 
 Diretor Genilson S. da Silva
 Conselho Editorial Adelmilson Júlio Pereira 
 Aléssio Gomes de Oliveira 
 Ednei Rodrigues Brito 
 Genilson S. da Silva 
 Irgledson Irvison Galvão 
 José Lima de Farias Filho 
 Manoel Lino Simão 
 Manoel Pereira Brito 
 Otoniel Alves de Oliveira 
 Sebastião Lino Simão 
 Valdeci Nunes de Oliveira
de originais
Jesus: Aquele que Intervém 7
Jesus: Aquele que Transforma 14
Jesus: Aquele que Surpreende 20
Jesus: Aquele que Fortalece 27
Jesus: Aquele que Satisfaz 33
Jesus: Aquele que Ampara 40
Jesus: Aquele que Pastoreia 47
Jesus: Aquele que Ressuscita 54
Jesus: Aquele que Ministra 60
Jesus: Aquele que Encoraja 66
Jesus: Aquele que Capacita 72
Jesus: Aquele que Intercede 79
Jesus: Aquele que Restaura 86
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
APRESENTAÇÃO 5
ABREVIATURAS 4
SUMÁRIO
ÍBLICAS
Estudos baseados no 
Evangelho de João
ABREVIATURAS DE LIVROS DA BÍBLIA
UTILIZADAS NAS LIÇÕES
ABREVIATURAS DE TRADUÇÕES E 
VERSÕES BÍBLICAS UTILIZADAS NAS LIÇÕES
ANTIgO TESTAmENTO
Gênesis Gn
Êxodo Ex
Levítico Lv
Números Nm 
Deuteronômio Dt
Josué Js
Juízes Jz
Rute Rt 
I Samuel I Sm 
II Samuel II Sm
I Reis I Re
II Reis II Re
I Crônicas I Cr 
II Crônicas II Cr
Esdras Ed 
Neemias Ne
Ester Et
Jó Jó
Salmos Sl
Provérbios Pv
Eclesiastes Ec
Cantares Ct
Isaías Is
Jeremias Jr
Lamentações Lm
Ezequiel Ez 
Daniel Dn
Oséias Os
Joel Jl
Amós Am
Obadias Ob 
Jonas Jn
Miquéias Mq
Naum Na
Habacuque Hc
Sofonias Sf
Ageu Ag
Zacarias Zc
Malaquias Ml
NOVO TESTAmENTO
Mateus Mt
Marcos Mc
Lucas Lc
João Jo
Atos At
Romanos Rm
I Coríntios I Co
II Coríntios II Co
Gálatas Gl 
Efésios Ef
Filipenses Fp 
Colossenses Cl 
I Tessalonicenses I Ts 
II Tessalonicenses II Ts
I Timóteo I Tm
II Timóteo II Tm
Tito Tt
Filemon Fm
Hebreus Hb
Tiago Tg
I Pedro I Pe
II Pedro II Pe
I João I Jo
II João II Jo
III João III Jo
Judas Jd
Apocalipse Ap
BLH – Bíblia na Linguagem de Hoje
RA – Revista e Atualizada
RC – Revista e Corrigida
nVi – Nova Versão Internacional
BV – Bíblia Viva
BJ – Bíblia de Jerusalém
teB – Tradução Ecumênica da Bíblia
ntLH – Nova Tradução na Ling. de Hoje
APRESENTAÇÃO
Temos a alegria de passar às mãos de todos que fazem parte da Es-
cola Bíblica mais uma série de lições bíblicas, que tem como título uma 
pergunta: Quem é Jesus? A sua base é o Evangelho de João, o evange-
lho do eterno Filho de Deus. 
Ao longo das treze lições que virão pela frente, vamos ver que Jesus 
é aquele que intervém (Jo 1), transforma (Jo 2), surpreende (Jo 4), forta-
lece (Jo 5), satisfaz (Jo 6), ampara (Jo 9), pastoreia (Jo 10), ressuscita (Jo 
11), ministra (Jo 13), encoraja (Jo 14), capacita (Jo 15), intercede (Jo 17) 
e restaura (Jo 21). 
No total, cada lição contém 15 parágrafos, distribuídos da seguinte 
maneira: 01 para a introdução, 10 para a primeira parte (“Olhando para 
Jesus”), 3 para a segunda parte (“Olhando para você”) e 1 para a conclu-
são. Na verdade, desde a série “No Princípio”, este tem sido o padrão. 
A novidade é que, desta vez, estamos oferecendo, no portal IAP (www.
iapro.com.br), um comentário adicional. Cremos que este modesto re-
curso, que pode ser baixado ou impresso, de alguma maneira, o auxiliará, 
quando estiver estudando ou ministrando a lição bíblica.
Somos gratos a Deus pela a vida daqueles que contribuíram com a 
produção desta série. Que o Senhor os guarde do mal. Os seus nomes, 
desta vez, encontram-se alistados no expediente. Ao Rei eterno, sejam 
dadas a honra e a glória, para todo o sempre! Amém.
Pr. Genilson S. da Silva
Diretor do Departamento de Educação Cristã
6 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2009
TEXTO BÁSICO: E o verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de 
graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do 
Pai. (Jo 1:14)
INTRODUÇÃO: Prego, martelo, machadinha, plaina, formão, esqua-
dro, todas essas ferramentas eram bem comuns para ele. Em Nazaré, era 
conhecido apenas como um carpinteiro. “Ele não é melhor do que nós”, 
diziam. “É apenas um carpinteiro, o filho de Maria” (Mc 6:3 – BV). Se eles 
soubessem! Se tivessem ao menos ideia de quem estava diante deles. 
Era o próprio Deus! Ele se fez gente, se humilhou, se tornou semelhante 
aos homens (Fp 2:7), participou da história humana como um humano. A 
encarnação de Jesus é uma das doutrinas básicas da fé cristã. É sobre ela 
que discorreremos na lição de hoje.
I – OLHANDO PARA JESUS
Mais de dois mil anos se passaram, desde a primeira vinda de Cristo 
à terra e, ainda hoje, há quem duvide: Será mesmo que Deus se fez 
gente? Já houve alguns que negaram a encarnação de Cristo, dizendo 
que ele não passava de um fantasma, tinha aparência de homem, mas 
Mostrar ao estudante o que a 
Bíblia diz sobre a encarnação 
de Jesus, a fim de que 
este entenda o valor desta, 
que exemplifica virtudes a 
serem buscadas, atitudes a 
serem tomadas e ensinos 
a serem praticados.
4 JUL 2009
Aquele que Intervém1
LEITURA DIÁRIA OBJETIVO
Hinos sugeridos: 129 BJ • 403 CC / 77 BJ • 37 CC
Domingo, 28 de junho: Jo 1:1-5
Segunda, 29: Jo 1:6-9
Terça, 30: Jo 1:10-18
Quarta, 1 de julho: Jo 1:19-28
Quinta, 2: Jo 1:29-34
Sexta, 3: Jo 1:35-42
Sábado, 4: Jo 1:43-51
www.portaliap.com | 7
era uma mera simulação.1 Difícil para estes é explicar as palavras de 
João, que cintilam verdade, exalam alegria: Eu mesmo o vi com meus 
próprios olhos e o ouvi falar. Eu toquei nele com as minhas próprias mãos 
(I Jo 1:1 – BV). Ele esteve entre nós! Consideremos, a partir de agora, 
quatro aspectos dessa verdade.
1. O agente da intervenção: Nos primeiros cinco versículos do ca-
pítulo 1 do Evangelho de João, temos algumas informações preciosas 
sobre Jesus, o agente da intervenção. Em primeiro lugar, João aponta a 
eternidade de Jesus: No princípio era o Verbo (...). Ele estava no princípio 
com Deus (Jo 1:1a,2). Esses versículos mostram que Cristo sempre existiu! 
Ele não “se fez” Verbo, no princípio; ele “era” o Verbo no princípio.2 Não 
percamos de vista que João vai tratar da encarnação no versículo 14; 
entretanto, desde os primeiros versículos, já fica bem claro que o agente 
da intervenção é eterno. Ele não começou a existir a partir dela, não foi 
criado, como alguns têm afirmado.
Em segundo lugar, João revela a identidade de Jesus: ... e o Verbo 
estava com Deus, e o verbo era Deus (Jo 1:1b).Ele estava com Deus, ou 
seja, “existia na mais estreita comunhão possível com o Pai”.3 Ele era 
Deus, aquele que se tornou carne; o agente da intervenção era com-
pletamente divino! Além da identidade, João, em terceiro lugar, mostra 
a capacidade de Jesus. Dois pontos são ressaltados. Primeiro, ele é o 
criador de todas as coisas. Todas as coisas foram feitas por meio dele... 
(Jo 1:3a). Segundo, ele é o doador de toda a vida: A palavra era a fonte 
da vida... (Jo 1:4a – NTLH). 
2. O preparo da intervenção: Para muitos, a palavra “intervenção” 
soa como algo desorganizado, sem preparação prévia. Por isso, depois 
de ter meditado sobre o agente da intervenção, pensemos um pouco 
em seu preparo. No final do versículo 4, Jesus é chamado de a luz dos 
homens (Jo 1). Essa luz brilhava desde a criação; todavia, no versículo 
9, João diz que a luz, uma vez vinda ao mundo, ilumina a todo homem. 
João está se referindo à intervenção. Através da sua presença no meio 
dos homens, Jesus traria uma iluminação superior àquela proporciona-
da antes da sua vinda.4 Do versículo 6 até o versículo 9 e também no 15, 
João mostra que a intervenção foi preparada.
1. Essa teoria é chamada de docetismo (Macleod, 2007:167).
2. Pfeiffer & Harrison (1980:177). 
3. Hendriksen (2004:101).
4. Pfeiffer & Harrison (1980:178).
8 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2009
Em primeiro lugar, o texto nos informa o nome da pessoa escolhi-
da para anunciar a respeito da luz: ... chamava-se João; este veio (...) 
para dar testemunho da luz (Jo 1:6-7). É bom lembrarmos que o autor 
do evangelho não está se referindo a si mesmo, mas a outro João, o 
Batista, um homem preocupado com a luz, enquanto a maioria vivia 
em trevas. Além do nome, em segundo lugar, o texto nos informa o 
conteúdo da mensagem anunciada: João testifica a respeito dele e ex-
clama: (...) O que vem depois de mim tem primazia porque foi primeiro 
do que eu (Jo 1:15). João veio como testemunha. Sua única mensa-
gem era a luz dos homens: Jesus.5 
3. A maneira da intervenção: João falou do agente e do preparo da 
intervenção. O texto continua e, no versículo 14, ele mostra a maneira. 
Leia o texto com atenção: O Verbo se fez carne, e habitou entre nós (Jo 
1:14a – grifo nosso). É isso mesmo! Você não leu errado. Jesus se fez 
homem. Aquele que criou o mundo, que existia antes do mundo, veio 
participar da história do mundo. Entretanto, ele se fez. Aqui, há um sen-
tido especial. O texto afirma que Jesus se tornou uma pessoa humana 
histórica e real, mas não sugere que ele deixou de ser o que era antes.6 
Jesus abriu mão da sua posição e não da sua divindade (Fp 2:5-6). Ele era, 
ao mesmo tempo, Deus e homem.7
O fato de Jesus assumir a natureza humana, sem deixar de lado a divi-
na é um enigma que já tirou o sono de muitos.8 Como isso foi possível? 
Tudo começou com o nascimento virginal de Jesus (cf. Mt 1:18). Deus en-
trou no mundo como um bebê. Cresceu como uma criança judia normal. 
“Se o líder da sinagoga em Nazaré soubesse quem estava ouvindo seus 
sermões...”.9 Durante sua vida, sentiu o que sentimos. Derramou lágrimas 
(Jo 11:35), sentiu medo (Lc 22:42), teve sede (Jo 19:28), fome (Mt 4:2), 
cansou-se (Jo 4:6). Não viveu numa “separação elevada”, mas “conosco”, 
como um de nós, no meio das multidões, ocupado, assediado.
4. O objetivo da intervenção: Qual a razão de o Filho de Deus morar 
entre nós? A Bíblia responde. A intervenção de Jesus, o Verbo encarnado, 
tem objetivos bem definidos. O primeiro deles está relacionado com a 
5. Allen (1983:257).
6. Hendriksen (2004:118).
7. Bruce (1987:45).
8. Para mais informações, leia as lições 2, 3 e 5 da série: Jesus: Vida e Obra, publicada pela 
IAP (Nº 281 – Edição de Out/Dez 2007).
9. Lucado (1998:24).
www.portaliap.com | 9
“salvação”: Veio para os que eram seus, mas os seus não o receberam, mas 
a todos os que o receberam, àqueles que crêem no seu nome, deu-lhes o 
poder de serem feitos filhos de Deus. Jesus se fez gente para que a salva-
ção se tornasse possível ao ser humano! Paulo concorda com essa verda-
de, quando afirma: Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores (I 
Tm 1:15). Se, por um homem, entrou o pecado, a graça de Deus, por um só 
homem, Jesus Cristo, abundou para muitos (Rm 5:15).
O segundo motivo pelo qual Deus se fez gente está relacionado com 
“identificação”. Se traduzida, literalmente, do grego para o português, a 
expressão habitou entre nós (Jo 1:14) significa “armou barraca entre nós”. 
Jesus veio morar conosco para que um dia nós possamos morar com 
ele!10 Se existe uma pessoa que pode ser tomada como exemplo de ver-
dadeira empatia, esse alguém é Jesus. Deus se fez gente para identificar-
se com o ser humano. O Verbo encarnado enfrentou os mesmos dilemas 
que enfrentamos, tais como: amargura (Lc 22:4), compaixão (Mt 9:36), ira 
(Mc 3:5), angústia (Jo 12:27), rejeição (Mt 26:69-74). 
Se você já enfrentou qualquer um dos sentimentos já descritos, lem-
bre que Jesus, aquele que intervém, já os experimentou. Todos nós temos 
tirado proveito das ricas bênçãos que ele nos trouxe, bênçãos sobre bên-
çãos amontoadas sobre nós! (Jo 1:17 – BV). A partir de agora, depois de 
havermos considerado sobre o agente, o preparo, a maneira e o objetivo 
da intervenção, mudemos o nosso foco. O que nós podemos aprender 
para a nossa vida dessa tão importante doutrina cristã? É isso que iremos 
ver, na segunda parte desta lição, intitulada: Olhando para você.
1. Após ler Jo 1:1-5 e o item 1 do comentário anterior, responda: Quais são 
as informações sobre o agente da intervenção contidas nesse texto? 
 
 
2. Leia Jo 1:6-9,15 e o item 2 do comentário anterior e responda: O 
que esses versículos dizem sobre o preparo da intervenção? 
 
 
10. Kepler (2008:3).
10 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2009
3. Após ler Jo 1:14; Mt 1:18 e todo o conteúdo do item 3 do 
comentário anterior, comente sobre a maneira da intervenção. 
 
 
 
4. Leia Jo 1:10-13,17-18 e o item 4 do comentário anterior, comente 
a frase: “A intervenção de Jesus tem objetivos bem definidos”. 
Quais são?
 
 
 
 
II – OLHANDO PARA VOCÊ
1. A intervenção de Jesus exemplifica virtudes que devem ser buscadas. 
Jesus pensava no outro: Mas, para que não os escandalizemos... (Mt 
17:27). Jesus tinha amigos: Digo-vos amigos meus (Lc 12:4). Jesus se 
sensibiliza com a dor alheia: ... vendo-a chorar, e também chorando os 
judeus que com ela vinham, comoveu-se profundamente (Jo 11:33). Je-
sus entendia o valor do serviço humilde: ... qualquer que entre vós quiser 
ser grande, será o que vos sirva (Mc 10:43). Jesus amava o próximo: ... 
amou-os até o fim (Jo 13:1). A Bíblia diz: Não atente cada um somente 
para o que é seu (...); haja em vós o mesmo sentimento que houve em 
Cristo Jesus (Fp 2:4, 5).
5. Tendo lido a primeira aplicação, comente algumas virtudes 
demonstradas por Cristo que devem ser buscadas por nós. 
 
 
 
 
2. A intervenção de Jesus exemplifica atitudes que devem ser imitadas.
Em sua primeira carta, Pedro, de forma magistral, ressaltou algumas 
atitudes tomadas por Jesus, enquanto viveu entre nós: Ele não cometeu 
www.portaliap.com | 11
pecado algum, e nenhum engano foi encontrado na sua boca. Quando 
insultado, não revidava; quando sofria, não fazia ameaças, mas entregava 
àquele que julga com justiça (I Pe 2:22-23). Esse texto é lindo de se ler; 
entretanto, não foi escrito apenas para ser lido. No versículo anterior, 
está escrito: Cristo sofreu no lugar de vocês, deixando-lhes exemplo, para 
que sigam os seus passos (I Pe 2:21). Essas atitudes descritas são algumas 
das muitas tomadas pelo nosso Salvador, enquanto viveu neste mundo. 
A ordem para segui-las continua!
6. Tendo lido a segunda aplicação, comente algumas atitudes tomadas 
por Cristo que devem ser imitadas por nós. 
 
 
3. A intervenção de Jesus exemplifica ensinos que devem ser pra-
ticados.
Qual o valor que você dá ao ensino de alguém que não vive o que 
prega? Que diz: “ame”, mas não ama; que diz:“perdoe”, mas não perdoa? 
Você já parou para pensar que o Jesus que disse: “ame o seu próximo” 
(Mc 12:30) é o mesmo cujos vizinhos queriam matar? (Lc 4:29) Você já 
meditou em que o Jesus que desafiou seus seguidores a deixarem suas 
famílias em favor do evangelho (Mc 10:29) é o mesmo que deixou sua 
família, por causa do evangelho? (Mc 3:31-35) Você já considerou que 
a ordem: “orem pelos que os perseguem” (Mt 5:44) veio dos lábios de 
alguém que, logo, estaria suplicando perdão para os seus assassinos? (Lc 
23:34)11 Essa é a beleza da encarnação. Jesus ensinou coisas que podem 
e devem ser praticadas; afinal, ele as viveu!
7. Tendo lido a terceira aplicação, comente alguns ensinos proferidos 
por Cristo que devem ser praticados por nós. 
 
 
 
11. Lucado (1998:25).
12 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2009
CONCLUSÃO: Pela graça e para a glória de Deus, estamos chegan-
do ao fim do nosso primeiro estudo desta nova série de lições bíbli-
cas. Diante de tudo o que foi considerado, você consegue entender 
a importância de saber que Jesus viveu entre nós? Se a resposta for 
sim, parabéns! “Ninguém me entende” não será uma frase usada por 
você, pois você sabe que, quando estiver alegre por uma promoção 
alcançada, por uma boa notícia, por uma data especial, ou quando 
estiver triste por qualquer motivo, Jesus, aquele que intervém, o com-
preende. Ele já foi um de nós. Amém!
www.portaliap.com | 13
TEXTO BÁSICO: Tendo o mestre-sala provado a água transformada em 
vinho (não sabendo donde viera, se bem que o sabiam os serventes que 
haviam tirado a água), chamou o noivo. (Jo 2:9)
INTRODUÇÃO: A Palestina, antiga terra de Canaã, onde se desenvolve-
ram os mistérios da redenção, era, nos dias de Cristo, constituída por três 
divisões principais: Judeia, Samaria e Galileia. A Judeia ficava ao sul; Samaria, 
ao centro, e a Galileia ao norte. Jesus nasceu em Belém da Judeia (Lc 2:4-7), 
mas foi criado em Nazaré, que pertencia à Galileia (Lc 2:39). Ao atingir a 
maioridade legal (Nm 4:3), ali ele iniciou o seu ministério (Lc 4:14-16, 31); 
ali chamou os seus primeiros discípulos e realizou o seu primeiro milagre: a 
transformação da água em vinho (Jo 2:1-11). A presente lição trata do poder 
transformador de Jesus. 
I – OLHANDO PARA JESUS
É no Evangelho de João (2:1-11) que encontramos o registro do pri-
meiro milagre (ou sinal) realizado por Jesus, ao iniciar seu ministério. Este 
fato aconteceu durante uma festa de casamento, em Caná da Galileia, 
e a narração começa assim: Três dias depois, houve um casamento em 
Mostrar ao estudante o 
poder transformador de 
Jesus exemplificado na 
transformação da água em 
vinho feita por ele naquela 
festa de casamento realizada 
em Caná da Galileia.
11 JUL 2009
Aquele que Transforma2
LEITURA DIÁRIA OBJETIVO
Hinos sugeridos: 138 BJ • 15 HC / 56 BJ • 111 HC
Domingo, 5 de julho: Jo 2:1-5
Segunda, 6: Jo 2:6-12
Terça, 7: Jo 2:13-17
Quarta, 8: Jo 2:18-25
Quinta, 9: Jo 3:1-8
Sexta, 10: Jo 3:9-21
Sábado, 11: Jo 3:22-36
14 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2009
Caná da Galiléia, achando-se ali a mãe de Jesus. Jesus também foi convi-
dado, com os seus discípulos, para o casamento, (Jo 2:1-2). A análise desse 
episódio revela-nos os sentimentos de sociabilidade e solidariedade de-
monstrados por Jesus, assim como sua sabedoria e seu poder. 
1. Olhando para a sociabilidade de Jesus: Participando daquela fes-
ta como convidado, Jesus teve a oportunidade de revelar o lado social do 
evangelho. Portanto, com base nesse exemplo de Cristo, nenhum cristão 
está impedido de participar de eventos sociais, desde que neles prevale-
çam a decência, a ordem e os bons princípios. Jesus sempre esteve pre-
sente em ajuntamentos, desde que neles pudesse fazer algo para a glória 
do Pai. Esteve em jantares (Jo 12:1 e 2); velórios (Lc 7:12-15); sinagogas 
(Mt 4:23; 9:35), festas de casamento (Jo 2:1-11), e até nas praias (Mt 13:2; 
Mc 4:1; Lc 5:3, etc.).
As festas de casamento entre os judeus, naquela época, costumavam 
durar até uma semana. Em razão disso, todos os preparativos deveriam 
ser feitos com antecedência e levando-se em consideração o tempo de 
duração da festa e o número dos convidados. A anfitriã, nestes casos, a 
família do noivo, era a responsável pelas despesas e pela organização 
geral, de modo a proporcionar aos convidados o melhor atendimento 
possível. Havia um mestre-sala e serventes na prestação desse atendi-
mento. Um detalhe: o vinho de boa qualidade não podia faltar à mesa, 
enquanto durasse a festa. 
2. Olhando para a solidariedade de Jesus: Enquanto a festa se de-
senrolava, Maria, mãe de Jesus, percebeu que o vinho que estava sendo 
servido aos convidados se acabara, e, embora os convidados de nada 
soubessem, nos bastidores, isto já não era mais segredo. Os responsáveis 
pela festa, preocupados, não sabiam o que fazer. O clima entre eles era de 
desapontamento. Ciente disto, Maria, discretamente, confidenciou a Je-
sus: Eles não têm mais vinho (Jo 2:3). A atitude tomada por sua mãe revela 
que ela cria firmemente numa solução do problema por parte de Jesus.
A informação dada a Jesus por Maria teve o significado de um pedi-
do de socorro. Foi como se ela dissesse: Faze alguma coisa por eles. A 
resposta de Jesus foi: Ainda não é chegada a minha hora (Jo 2:4). Não 
queria prevalecer-se de sua autoridade como Filho de Deus e nem queria 
chamar para si a atenção dos circunstantes, principalmente porque, se-
gundo ele, o momento certo ainda não era chegado. Sua mãe também 
não insistiu; ao informar-lhe, retirou-se, depois de ter recomendado aos 
serventes: Fazei tudo quanto ele vos disser (Jo 2:5). Jesus, porém, no seu 
íntimo, solidarizou-se com aquela família e decidiu ajudá-la. 
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3. Olhando para a sabedoria de Jesus: Havia ali seis talhas feitas 
de pedras, daquelas que eram usadas pelos judeus em seus rituais 
de purificação. Jesus, pois, determinou aos serventes que as enches-
sem de água até à borda. Feito isto, o milagre aconteceu! Jesus havia 
transformado em puro vinho a água colocada nas talhas pelos ser-
vente. Disse-lhes Jesus: Tirai agora, e levai ao mestre-sala. E levaram. 
Ao experimentar a água transformada em vinho, o mestre-sala cha-
mou ao esposo e disse-lhe: Todo homem põe primeiro o vinho bom, 
e, quando já tem bebido bem, então o inferior; mas tu guardaste até 
agora o bom vinho (Jo 2:9-10).
Considerando a observação feita pelo mestre-sala, o vinho resul-
tante da transformação da água, comparado ao que antes tinha sido 
servido aos convidados, era-lhe superior em qualidade. Assim mani-
festou Jesus a sua sabedoria não só por usar o momento certo, mas 
também a maneira certa de agir. E, nisto, Deus, o Pai, foi glorifica-
do. Seus primeiros discípulos, André, Simão Pedro, Felipe e Natanael, 
eram apenas iniciantes na caminhada ao lado de Jesus, mas, ao pre-
senciarem esse extraordinário milagre, creram em Jesus, convencidos 
de que ele era, de fato, o Filho de Deus.
4. Olhando para o poder de Jesus: A transformação da água em 
vinho marcou o início de uma longa série de milagres que Jesus realizou 
na terra, durante sua estada entre os homens. Com este milagre, mani-
festou a sua glória e o seu poder. Porém, o que fez ali em Caná da Ga-
lileia, há cerca de dois mil anos, apenas ilustra o que continua fazendo 
em outros tempos, envolvendo situações, lugares, ambientes, pessoas, 
etc. Começando com a transformação da água em vinho, Jesus continua 
transformando trevas em luz (Mt 4:16); tristeza em alegria (Jo 16:22); 
morte em vida (Jo 5:24; 11:25-26), e fraqueza em força (II Co 12:10).
Sobre o poder transformador de Cristo, leia: I Co 15:51-52; II Co 
3:18; Fp 3:21. Muitos foram curados; outros foram libertos do poder 
do inimigo; outros, ainda, entre os que estavam escravizados pelo 
pecado, foram libertados e transformados em servos de Deus (Rm 
6:20-22). Paulo é um dos melhores exemplos de alguém que foi trans-
formado por esse poder de Jesus (At 9:21,26). Sua vida mudou como 
daágua para o vinho (At 22:12-21). Hoje, assim como no passado, o 
mundo está necessitando da realização de milagres verdadeiros, que 
manifestem a glória de Deus no meio do seu povo.
Estamos falando de milagres verdadeiros. Milagres que, uma vez rea-
lizados, concorram para o engrandecimento do nome de Deus, ou seja, 
16 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2009
milagres que induzam à glória de Deus, milagres que levem as pessoas 
a se converterem a Cristo, a renunciarem os prazeres do mundo e a se 
submeterem aos sãos ensinos do evangelho (cf. At 4:32-33; 5:12-16). 
Hoje, muitos estão em busca de sinais que redundem em glória para si 
mesmos. Isso contraria o espírito do verdadeiro evangelho. Na segunda 
parte deste nosso estudo, temos os passos que precisamos dar para 
que o milagre da transformação aconteça em nossas vidas.
1. Leia Jo 2:1-10, a introdução, o item 1 do comentário e responda: 
Em que consistiu o primeiro milagre de Jesus, onde e em que 
circunstância o realizou? 
 
 
 
2. Leia Jo 2:3 e 4, o item 2 do comentário e responda: O que levou 
Maria a interceder pelos promotores da festa e o que podemos 
aprender com a resposta de Jesus? 
 
 
 
3. Leia Jo 2:7-11, o item 3 do comentário e responda: Como 
manifestou Jesus sua sabedoria e seu poder, na transformação da 
água em vinho, e para que contribuiu, ao realizar esse milagre? 
 
 
 
4. Leia I Co 15:51-52; II Co 3:18; Fp 3:21, o item 4 do comentário e 
responda: Começando com a transformação da água em vinho, o 
que mais Jesus é capaz de transformar? 
 
 
 
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II – OLHANDO PARA VOCÊ
1. Se você deseja transformação, procure a intervenção de Jesus.
A presença de Jesus em qualquer lugar é sempre importante porque 
é a garantia de solução para qualquer problema existencial, Jo 11:32. 
Porém, muitas pessoas, mesmo contando com a presença de Jesus no 
ambiente onde se encontram, estão passando apertos ou necessidades 
(Mt 8:23-27). É que não decidiram ainda revelar-lhe o tipo de problema 
que as aflige e o que esperam de sua parte como solução. O milagre de 
Caná aconteceu como resultado da intervenção de Jesus.
5. Leia Mt 8:23-27, a primeira aplicação e responda: O que devemos 
fazer para que a transformação que desejamos aconteça? 
 
 
 
2. Se você deseja transformação, respeite o cronograma de Jesus. 
É sempre bom saber que Jesus pode atender nossos pedidos e so-
lucionar nossos problemas, quando por estes somos afligidos. O que 
muitos não sabem é ter paciência suficiente para esperar o momento 
certo para o Senhor agir. As coisas nem sempre acontecem quando e 
como queremos que aconteçam. O nosso tempo nem sempre coincide 
com o tempo de Deus. Por isso, nunca devemos deixar de falar com ele 
sobre as nossas necessidades, mas sem nos esquecermos de respeitar 
o seu cronograma.
6. Leia Sl 40:1; Hb 10:36, a segunda aplicação e responda: Por que a 
transformação que desejamos nem sempre acontece? 
 
 
 
3. Se você deseja transformação, obedeça à orientação de Jesus.
Quando os serventes, sem nada questionarem, fizeram o que Jesus 
lhes mandou, enchendo as talhas de água, o milagre aconteceu (Jo 2:7-
18 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2009
10). A lição que precisamos aprender, aqui, está associada à atitude de 
obediência daqueles serventes. Jesus está sempre pronto a satisfazer 
as nossas necessidades, quando a ele recorremos, mas espera de nossa 
parte que estejamos também dispostos a seguir a orientação que ele 
nos dá, fazendo o que ele nos manda. Um gesto de obediência e sub-
missão pode mover o coração de Deus a nosso respeito. 
7. Leia Jo 2:5 e 7, a terceira aplicação e responda: Que exemplo nos 
deixaram os serventes daquela festa de casamento em Caná da 
Galileia? 
 
 
 
CONCLUSÃO: De acordo com a lição que acabamos de estudar, 
concluímos que, onde quer que Jesus esteja, há sempre a possibilida-
de de acontecer algum milagre. Para que isso aconteça, precisamos 
buscá-lo cientes do que estamos necessitando. Mas só pedir a sua 
interferência não basta. Em alguns casos, precisamos pedir e esperar 
pelo tempo certo de ele agir. Deus quer nos abençoar, mas é sobera-
no em suas decisões. Por isso, nem sempre responde no tempo e do 
modo como desejamos. Precisamos aprender a condicionar o nosso 
desejo ao tempo e à vontade do Senhor.
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TEXTO BÁSICO: Cansado da viagem, assentara-se Jesus junto à fonte, 
por volta da hora sexta. Nisto, veio uma mulher samaritana tirar água. 
Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber. (Jo 4:6b-7)
INTRODUÇÃO: Um percurso contraditório, uma mulher excluída, um 
poço e um diálogo, tudo o que Jesus precisou para ensinar sobre seu ca-
ráter, a adoração perfeita e nossa missão aqui na terra. Por meio de um 
encontro surpreendente, Jesus restaura a vida de uma mulher samaritana 
que evitava encontrar-se com qualquer pessoa, preferindo tirar água de 
um poço distante de sua cidade, no período mais quente do dia, diferente-
mente das outras mulheres.1 Segue-se uma sequência de surpresas, para a 
mulher, para os discípulos e para nós, que revemos a história hoje. Vejamos 
o quanto esta visita divina a Samaria pode nos surpreender e nos ensinar.
 
I – OLHANDO PARA JESUS
Jesus sabia que a sua notoriedade era ameaçadora para os fariseus 
(Jo 4:1-2). A fim de não provocar disputas, ele sai da Judeia, que era o 
1. Spangler (2003:304)
Mostrar ao aluno que 
Jesus pode orientar seus 
relacionamentos, restaurar 
sua adoração e afirmar 
sua missão.
18 JUL 2009
Aquele que Surpreende3
LEITURA DIÁRIA OBJETIVO
Hinos sugeridos: 254 BJ • 164 HC / 126 BJ • 119 CC
Domingo, 12 de julho: Jo 4:1-6
Segunda, 13: Jo 4:7-18
Terça, 14: Jo 4:19-26
Quarta, 15: Jo 4:27-30; 39-42
Quinta, 16: Jo 4:31-38
Sexta, 17: Jo 4:43-50
Sábado, 18: Jo 4:51-54
20 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2009
Estado principal do Judaísmo, e vai para a Galileia, que se localizava na 
periferia espiritual, um lugar longe do centro da religião.2 Samaria ficava 
entre os dois locais, e sua população era composta por judeus misci-
genados, o que os fez perder sua pureza racial e, consequentemente, 
religiosa. Jesus decide fazer essa trajetória, não por ser o caminho mais 
curto, mas por um encargo divino3 (Jo 4:4). Analisemos o quão surpre-
endentemente Jesus aparece no capítulo 4 de João.
1. Jesus surpreende pela sua humanidade: Sedento (Jo 4:7), exaus-
to (v.6), faminto (v.8) e sozinho, Jesus procura um lugar para se reclinar. 
Por volta do meio-dia, ele descansa à beira de um poço. Observe a 
fragilidade de Jesus. Não tinha caneca, balde e corda. Olhe sua pobre-
za. Jesus despiu-se de toda sua glória, a fim de tornar-se um homem 
(Fl 2:7). A humanidade genuína do nosso Salvador é evidenciada aqui.4 
Mesmo sendo igual a nós, devido à vulnerabilidade física, mesmo de-
pendendo de outros para matar sua sede e sua fome (vv. 7-8), Jesus não 
era comum. Ele sabia que, em Samaria, um lugar marginalizado, havia 
uma mulher que carecia de sua atenção. 
Como homem, Jesus poderia escolher o caminho mais curto. Sendo 
Deus, ele o escolheu pensando na salvação dos samaritanos. Este é 
um dos capítulos que melhor apresentam a humanidade e a divinda-
de de Jesus. Ele se mostra, ao mesmo tempo, como Filho do homem 
e Filho de Deus. Somente como Deus e como homem, Jesus poderia 
compreender a carência afetiva e espiritual daquela mulher. Em con-
traste com sua natureza humana e seu pedido simbólico, Jesus ofere-
ce à mulher algo duradouro e verdadeiro.
2. Jesus surpreende pelo seu comportamento: Vejamos a estra-
tégia usada por Jesus para apresentar a possibilidade de uma nova 
vida. Ele pediu água à mulher samaritana. Parece um pedido simples, 
e que, ao atendê-lo, ela faria uma cortesia habitual. Contudo, três fa-
tores impediam aquela situação de ser corriqueira. Em primeiro lugar, 
Jesus era judeu e ela, samaritana. Veja a explicação: ... os judeus não se 
dão bem com os samaritanos (Jo 4:9-NVI). Naquela época, um judeu 
nunca partilharia o mesmo prato de um samaritano,temendo uma 
contaminação (devido à impureza racial e religiosa). Em segundo lu-
gar, na cultura judaica, um homem não poderia falar com uma mulher 
2. Bíblia de Estudo Conselheira (2008:14).
3. Arrigton (2003:509)
4. Bruce (2009:1717)
www.portaliap.com | 21
em público, mesmo sendo de sua família. Em terceiro lugar, ela era 
pecadora, pelas várias ligações amorosas que tivera.5 
Diante de três fatores relevantes, Jesus fez o que não era aceitável. Ele 
surpreende por romper com as convenções sociais. Jesus era destituído 
de qualquer tipo de preconceito. Ele não discriminava pessoas por conta 
da etnia ou do gênero. Foi ele quem estabeleceu os padrões morais; por-
tanto, as convenções sociais segregadoras pouco lhe importavam. Jesus 
não seguia as tradições acrescentadas à palavra de Deus, mas priorizava 
as pessoas. Se a tradição excluía, Jesus a renunciava, pois amava e respei-
tava as pessoas como eram (Ef 5:2). 
3. Jesus surpreende pela sua onisciência: Em seguida, Jesus parte de 
uma pergunta simples para o plano da sede existencial, oferece-lhe água 
viva. Com uma perspectiva superficial, a mulher pede aquela água (Jo 4:15). 
Jesus conduziu o diálogo de modo a fazê-la entender a necessidade que ela 
tinha de salvação. Ele a surpreende mais uma vez ao mostrar que conhecia 
sua vida. Ele sabe seus desejos, seus pensamentos, e toca justamente no 
ponto vulnerável dela. Jesus pede que ela chame seu marido. A mulher 
se esquiva com uma resposta evasiva: Não tenho marido (v. 16). Jesus, po-
rém, conhecia as minúcias de sua vida e as desvenda (v. 17, 18). Frustração, 
amargura e decepção eram o resultado da sua história de vida. 
Jesus expõe o pecado que ela fazia questão de omitir. Mas não faz 
para envergonhá-la. Ela, como os demais samaritanos, estava desorien-
tada espiritualmente. Então, Jesus, em resposta a um questionamento 
sobre adoração, responde: ...os verdadeiros adoradores adoraram ao Pai 
em espírito e em verdade (v. 23). Devido à hostilidade judaica os sama-
ritanos construíram um templo em Gerizim, já que não podiam adorar 
em Jerusalém.6 Jesus esclarece que o importante não é o lugar onde se 
adora, mas, sim, como se adora. Essa adoração somente é possível à luz 
do conhecimento de Cristo e em virtude da regeneração.7 
4. Jesus surpreende pela sua revelação: À medida que a conversa 
evolui, a samaritana compreende que ele não era um homem comum. 
De um simples judeu, passa a profeta ou talvez ele fosse o tão espera-
do Messias. Em qualquer outro contexto, Jesus hesitaria em revelar sua 
identidade, mas, aqui, não. Ele assume: Eu o sou (v. 26), referindo-se ao 
Messias. O interesse de Jesus era fazer-se conhecido a todos os samari-
5. Stott (1921:174)
6. Allen (1987:298)
7. Bruce (2009:1718)
22 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2009
tanos. Diante de tal declaração, a mulher corre a cidade para avisar aos 
seus compatriotas o que lhe acontecera. Seu testemunho simples con-
duziu os samaritanos a Jesus Cristo. Ela deixou o cântaro junto ao poço, 
simbolizando que já estava satisfeita espiritualmente.8 
Os discípulos se surpreenderam com a cena incomum que viram. Ne-
nhum ousou questionar sobre o assunto; apenas insistiram em que Jesus 
se alimentasse. Ele revelou que certas necessidades são satisfeitas so-
mente no âmbito espiritual (Mt 4:4). Vendo o embaraço dos discípulos 
para compreenderem (v.33), explicou-lhes que seu alimento era fazer a 
vontade do Pai. Para ele, era fundamental atender as necessidades espi-
rituais daquele povo. Usa, então, a metáfora de uma seara, para explicar 
aos discípulos a missão deles. Jesus apresenta-se como o semeador e diz 
que veriam muitos frutos da conversa que tivera com a samaritana. Os 
discípulos, portanto, deveriam colher os frutos. 
Muitos samaritanos creram em Jesus, por intermédio do testemunho 
simples daquela mulher. Insistiram em que Jesus permanecesse algum 
tempo com eles. Ele ficou mais dois dias com os samaritanos. Disseram 
os samaritanos: Agora cremos (Jo 4:42-NVI). Primeiro creram nas pala-
vras da mulher, que expressavam o poder de Jesus; depois, creram na 
pessoa de Jesus. Isso proporcionou o reconhecimento de que ele era 
o Salvador do mundo.9 Jesus teve paciência em ensinar a verdade à 
mulher samaritana porque seu desejo é que a salvação sempre esteja 
disponível a todos que crerem. 
1. Com base no item 1 do comentário e em João 4:6-8, responda: Qual 
verdade sobre a natureza de Jesus é evidenciada? 
 
 
 
2. Leia o item 2 do comentário e responda: Qual era a prioridade de Jesus? 
 
 
 
8. Wiersbe (2007:387)
9. Alenn (1983:301)
www.portaliap.com | 23
3. A partir do item 3 do comentário e da leitura de João 4:16-18, diga 
o que Jesus precisou fazer para dar àquela mulher uma das maiores 
lições sobre adoração? 
 
 
 
4. Leia o item 4 do comentário e responda: Qual foi a revelação feita à 
mulher samaritana e a revelação feita aos discípulos? 
 
 
 
 
II – OLHANDO PARA VOCÊ
1. Deixe o surpreendente Jesus orientar seus relacionamentos. 
A mulher samaritana tentava suprir sua carência de forma descome-
dida, através de relacionamentos conjugais, mas nem ela se satisfazia, 
nem seus companheiros. Quando se encontrou com Jesus, ele lhe mos-
trou que não saciamos nossa sede existencial na dimensão humana, 
porque esta traz decepções¹ (v.13). Quando Jesus aponta-lhe o erro, ela 
tenta desviar o foco, mudando de assunto. Mas Jesus quer que assu-
mamos nossos erros, para haver conversão. Somente ele pode saciar o 
vazio da nossa alma (v.14). A possibilidade de salvação mostra o amor 
incondicional de Cristo e nos ensina a vivê-lo nas nossas relações afeti-
vas. Supra sua sede permanente de afeto em Jesus (Sl 42:1).
5. Com base na primeira aplicação, responda: Por que somente Jesus 
pode orientar nossos relacionamentos? 
 
 
 
24 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2009
2. Deixe o surpreendente Jesus restaurar sua adoração.
Jesus escolheu uma mulher excluída, devido suas más escolhas, seu gê-
nero e sua origem, para dar uma das maiores lições sobre adoração. Aque-
la mulher que se preocupava apenas com a satisfação da sua própria sede 
aprendeu que precisava partir de um desejo superficial para compreender 
as verdades espirituais. Jesus ensina-lhe sobre a necessidade de transpa-
rência na presença de Deus. Ele mostra que não precisamos de máscaras 
diante do Deus onisciente. A mulher apresentou o ritual, e Jesus, uma for-
ma de vida. Mais do que rituais de cultos vazios, frios e com pessoas que 
nem ao menos sabem o que adoram, Jesus nos quer com desejo genuíno 
de adorá-lo. E quer que busquemos comunhão constante com ele.
6. Com base na segunda aplicação, explique: Que verdade sobre a 
adoração Jesus nos ensina em João 4:21-23? 
 
 
 
3. Deixe o surpreendente Jesus afirmar sua missão. 
Jesus surpreende ao mostrar que uma pessoa improvável poderia tor-
nar-se uma testemunha eficiente.10 A água viva que Jesus lhe ofereceu 
dá-nos a ideia de movimento. Jesus afirma que seria como uma fonte a 
jorrar para a vida eterna. Jorrar dá o sentido de transbordar, inundar. Uma 
pessoa cheia do Espírito Santo deve anunciar a salvação que recebeu de 
Jesus Cristo. O testemunho dela foi superficial, mas bem intencionado, 
e tão eficaz que levou os samaritanos a crerem em Jesus (v.39). Mesmo 
diante de suas limitações, reconheça e cumpra sua maior missão como 
salvo em Cristo: proclamar as boas novas (Mc 16:15). 
 
7. Com base na terceira aplicação, diga: Qual é o dever dos crentes 
cheios do Espírito Santo? 
 
 
 
10. Bruce (1987:108)
www.portaliap.com | 25
CONCLUSÃO: Jesus pode identificar-se com a efêmera existência 
humana. Alivia-nos saber que ele compreende tudo o que passamos. 
Conhecendo o nosso interior repleto de pecados, frustrações e desilu-
sões, ele é capaz de preenchê-lo com seu infinito amor e a certeza da 
vida eterna. Deixe suas necessidades físicas e seus desejos egoístas em 
segundo plano e cresça no verdadeiro conhecimento deste surpreen-
dente Jesus. Adore-overdadeiramente, e obedeça ao chamado que ele 
faz para testemunhar a salvação.
26 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2009
TEXTO BÁSICO: Então, lhe disse Jesus: Levanta-te, toma o teu leito e 
anda. Imediatamente, o homem se viu curado e, tomando o leito, pôs-se 
a andar (Jo 5:8-9a)
INTRODUÇÃO: Jesus não ignora o fraco. A sociedade pode ignorar o 
fraco, mas ele não. A família pode ignorar o fraco, mas ele não. Até mes-
mo a igreja pode ignorar o fraco, mas ele não. Quando Jesus vê um fraco, 
um desclassificado, um excluído, um miserável, um pecador atirado no 
chão, prostrado no pó da terra, pisado por pés humanos, para, aproxima-
se, conversa, pergunta, abaixa e estende a mão para levantá-lo. Essa é 
uma das maiores belezas do caráter de Jesus Cristo. A lição de hoje, cuja 
base principal é João 5:1-14, mostra Jesus dando atenção a um homem 
fraco, um homem que não ficava de pé nem andava. 
I – OLHANDO PARA JESUS
 
Algum tempo depois de curar, de longe, o filho do oficial, Jesus subiu 
a Jerusalém (Jo 5:1b). Era um tempo de festa: havia uma festa entre os 
judeus. Esta deve ter sido uma das três festas da peregrinação: a Páscoa, 
o Pentecostes ou a festa dos Tabernáculos. O que levou Jesus a Jerusa-
Mostrar que somos 
fortalecidos por Jesus, 
quando buscamos a 
pessoa certa, fazemos a 
confissão certa e adotamos 
a conduta certa. 
25 JUL 2009
Aquele que Fortalece4
LEITURA DIÁRIA OBJETIVO
Hinos sugeridos: 74 BJ • 375 CC / 79 BJ • 367 CC
Domingo, 19 de julho: Jo 5:1-4
Segunda, 20: Jo 5:5-9
Terça, 21: Jo 5:10-15
Quarta, 22: Jo 5:16-23
Quinta, 23: Jo 5:24-29
Sexta, 24: Jo 5:30-38
Sábado, 25: Jo 5:39-47
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lém? Ele não foi até lá para participar da festa em si, mas para “curar um 
homem e usar o milagre como ponto de partida para um mensagem 
dirigida ao povo”.1 Tendo por base a narrativa desse milagre, olhemos 
para a percepção, a pergunta, a autoridade e a exigência de Jesus, aquele 
que fortalece. 
1. A percepção daquele que fortalece: Assim que chegou, Jesus 
se dirigiu não ao templo, mas ao tanque, chamado, em hebraico, de 
Betesda. Este é um nome de significado interessante: casa da miseri-
córdia. Ali, estava um homem que, há trinta e oito anos, vivia enfermo 
(Jo 5:5). Isso, porém, “não significa, certamente, que ele estivera ali 
por todo esse tempo”. O fato é que o Senhor enxergou aquele ho-
mem: E Jesus, vendo este deitado (Jo 5:6a). Sem dúvida, ele o olhou 
com um olhar de compaixão (Mc 8:3, 10:21). Jesus sabia que o homem 
estava naquele estado há muito tempo (Jo 5:6b). Ele pode ter obtido 
essa informação por meios naturais ou espirituais. 
Jesus percebia o sofrimento alheio. Ele via o sofrimento estampado no cor-
po, que causava deficiência física. Jesus percebeu as costas corcundas por 18 
anos da mulher encurvada (Lc 13.11), a pele doente dos dez leprosos (Lc 17:14) 
e os olhos baços do cego de nascença (Jo 9:1). Ele via também o sofrimento 
escondido na alma, que produzia desgastes emocionais. Jesus enxergou a 
dor daquela mulher que já havia perdido o marido e agora estava sepultan-
do o único filho (Lc 7:13), a tristeza do jovem rico (Lc 18:24) e as lágrimas da 
irmã e dos amigos de Lázaro, sepultado quatro dias antes (Jo 11.33).2 
2. A pergunta daquele que fortalece. Jesus se aproximou daquele que 
se achava enfermo (Jo 5:5). Perguntou-lhe: Queres ficar são? A pergunta 
parece absurda, mas não é. Ele podia mesmo não querer a cura. A cura 
lhe traria, por assim dizer, alguns prejuízos. Ele perderia a simpatia das 
pessoas e, consequentemente, o sustento pessoal. Além disso, não teria 
mais desculpas para seus fracassos pessoais.3 Enfim, seria preciso começar 
a vida outra vez! “É possível que, depois de tantos anos nesta condição, o 
homem preferiria não enfrentar os desafio de uma vida sadia normal”4 
Uma pergunta objetiva exige uma resposta objetiva. A resposta mais 
óbvia seria: “Sim, quero ser curado!” Mas não foi o que Jesus ouviu. O 
enfermo respondeu-lhe desta maneira: Senhor, não tenho homem algum 
1. Wiersbe (2007:391). 
2. César (2001:85)
3. Richards (2008:210)
4. Bruce (1987:115)
28 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2009
que, quando a água é agitada, me coloque no tanque; mas, enquanto eu 
vou, desce outro antes de mim (Jo 5:7). Não disse “sim” nem disse “não”. 
Disse apenas que não tinha quem o auxiliasse. Faltou-lhe a objetividade 
do cego de Jericó (Lc 18:35-43). Quando Jesus lhe perguntou: Que queres 
que te faça? Ele respondeu prontamente: Senhor, que eu veja. 
3. A autoridade daquele que fortalece: Após uma pergunta aparen-
temente estranha e uma resposta incrivelmetente imprecisa, veio uma ins-
trução grandemente intrigante: Levanta-te, toma tua cama e anda (Jo 5:8). 
Fazia quase quatro décadas que aquele homem não conseguia se levantar 
nem se locomover sozinho. Como, então, cumpriria a ordem dada por Je-
sus? Quem lhe deu a ordem, lhe deu o poder para cumpri-la: ...logo, aquele 
homem ficou são, e tomou a sua cama (Jo 5:9a). Ele recebeu poder para 
fazer o que, momentos antes, estivera bem aquém de sua capacidade.
O que ele fez depois de curado? Partiu (Jo 5:9b). Preste atenção nessa 
reação, por favor. Não faltou gratidão? Faltou! “Ficamos esperando que 
ele caia de joelhos ao ser milagrosamente curado, mas não faz isso”5. 
Também “esperamos que ele mostre certa curiosidade sobre a pessoa 
que o curou, mas ele mesmo sequer pergunta o nome de Jesus”6. A mul-
tidão que assistiu ao milagre igualmente permaneceu silenciosa. Os lí-
deres religiosos, em vez de se alegraram com o livramento maravilhoso7 
daquele homem, o censuraram e o condenaram, dizendo: É sábado, não 
te é lícitolevar a cama (Jo 5:10).8 
4. A exigência daquele que fortalece: Ao encontrar aquele homem, 
um pouco mais tarde, no templo, Jesus lhe fez uma afirmação e uma adver-
tência: Eis que já estás são não peques mais, para que te não suceda alguma 
coisa pior (Jo 5:14). Alguns acreditam que, aqui, Jesus está se referindo à 
condição passada daquele homem. “Isso sugere que Jesus via alguma co-
nexão, por indireta que fosse, entre esse caso de sofrimento e algum peca-
do de que o homem era culpado”.9 A coisa pior pode bem ser a morte. Pior 
do que ficar trinta e oito anos doente é morrer. Às vezes (mas nem sempre 
– cf. 9:2,3; II Sm 4:4; I Rs 14:4; II Rs 13:14), as doençeas são pena pelos peca-
dos cometidos pessoalmente (I Rs 13:4, II Rs 1:4, II Cr 16:12). 
5. Wolgemuth & Spangler (2004:379)
6. Idem. 
7. Wiersbe (2007:392). 
8. Os líderes religiosos haviam feito uma lista de 39 trabalhos que não poderiam ser reali-
zados no sábado, e levar uma carga era um deles. 
9. Bruce (2009:1720).
www.portaliap.com | 29
Outros entendem que, aqui, “Jesus está se referindo não ao que suposta-
mente aconteceu quase quarenta anos atrás, mas à condição presente des-
se homem”. Fisicamente, estava saudável, mas, espiritualmente, continuava 
adoecido. Ainda não havia feito as pazes com Deus. Continuava no pecado. 
Ele não deveria continuar naquela situação. Se não mudasse a sua condição, 
haveria guardada para ele uma coisa pior do que a doença da qual há pouco 
fora libertado, que pode ser a punição eterna. De fato, o tempo do verbo 
“pecar”, no grego, significa: Não mais continue ou prossiga no pecado. 
A ordem de Jesus: não peques mais, quer signifique “não repita o pe-
cado cometido”, quer “signifique não continue nele”, expressa a nova 
condição em que aquele homem deveria viver. Essa nova condição de 
vida é biblicamente denominada de santificação. Mas não devemos es-
quecer que a exigência não peques mais veio após a cura. O que deveria 
provocar o bom comportamento no homem que fora curado seria a for-
ça da gratidão. Quando é a gratidão que promove a mudança de vida, 
esta se torna mais fácil. O agraciado sente-se no dever de amar aquele 
que o curou, não só de palavras, mas também de atos. 
1. Leia Jo 5:6a e responda: O que esse texto nos ensina sobre Jesus? 
Leia também o item 1. 
 
 
 
2. Após ler Jo 5:6b e o item 2, responda: Comoentender e explicar a 
pergunta feita por Jesus ao homem enfermo? 
 
 
 
3. Com base em Jo 5:8, responda: O que esse texto ensina sobre a 
autoridade de Jesus? Recorra ao item 3. 
 
 
 
30 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2009
4. A expressão “não peques mais”, presente em Jo 5:14, pode ser 
explicada de duas maneiras. Quais são elas? Leia o item 4. 
 
 
 
II – OLHANDO PARA VOCÊ
1. Se você deseja ser fortalecido, busque a pessoa certa. 
Ao redor do tanque de Betesda, jazia grande multidão de enfermos (...) es-
perando o movimento das águas (Jo 5:3). As pessoas se ajuntam ao redor de 
qualquer coisa que parece prometer qualquer solução ou resposta para os 
seus problemas. Inúmeras pessoas procuram libertação através de objetos: 
a rosa ungida, ramos de arruda, sal grosso, oléo, água, vinho, pedrinhas tra-
zidas da “terra santa”, fitinhas, lenços. A nossa libertação não vem de objeto, 
mas de uma pessoa, e esta pessoa chama-se Jesus. É no Senhor Jesus que 
deve estar a nossa esperança. É dele que vem a nossa salvação (At 4:12). 
5. “Se você deseja ser fortalecido, busque a pessoa certa”. Como você 
explica essa expressão? 
 
 
 
2. Se você deseja ser fortalecido, tenha a resposta certa.
Vimos que a primeira coisa que Jesus fez com o paralítico de Betesda 
foi perguntar-lhe: Queres ficar são? (Jo 5:6). Se você está prestes a se 
separar, ele pergunta: “Quer que eu os ajunte outra vez?” Se você é um 
alcoólatra, ele pergunta: “Quer que eu o liberte do álcool?” Se você é um 
dependente de droga, ele pergunta: “Quer que eu o livre das drogas?” 
Se você é um homossexual, ele pergunta: “Quer que eu lhe restaure a 
identidade sexual?”10 Se você é um pecador, ele pergunta: “Quer que eu 
o perdoe?” Qual será a sua resposta? Diga “sim”, mas seja objetivo! 
10. César (2000:15).
www.portaliap.com | 31
6. Comente a resposta do homem enfermo à pergunta de Jesus. O que 
há de errado em sua resposta? Leia a segunda aplicação. 
 
 
 
3. Se você deseja ser fortalecido, adote a conduta certa. 
Não peque mais, disse Jesus ao homem curado. Ele diz o mesmo para 
você, hoje e agora: Não peque mais. Não volte a usar drogas, não volte 
a se refugiar no álcool, não volte para os braços da amante. Não peque 
mais. Não continue acessando site pornográficos, não continue a fazer 
sexo com pessoas do mesmo sexo, não continue abusando da misericór-
dia de Deus. Não peque mais. Você precisa tomar muito cuidado. Você 
corre o risco de ser duramente castigado. Não com doença ou morte. O 
castigo é outro, muito pior. É o castigo eterno. Não corra o risco da per-
dição eterna. Então, deixe de pecar e faça o que é certo (Dn 4:7). 
7. Com base na terceira aplicação, responda: Após sermos fortalecidos 
pelo Senhor, qual deve ser a nossa conduta em relação ao pecado? 
 
 
 
CONCLUSÃO: Talvez você seja igual ao paralítico: inválido, sem op-
ção. Está, há algum ou há muito tempo, deitado no chão, ferido e exaus-
to. Você quer levantar-se da tristeza, da angústia, do choro e não se 
levanta. Você quer levantar-se da ansiedade, da tensão, do medo e não 
se levanta. Você quer levantar-se das lembranças do passado, da ideia 
fixa, do trauma e não se levanta. Você quer levantar-se do desânimo, do 
pessimismo, da desesperança e não se levanta. Olhe para Jesus. Ouça, 
ele está dando uma ordem para você: Levante-se, pegue a sua cama e 
ande! (Jo 5:8 – NTLH). Com a força de Cristo, você pode levantar-se de 
qualquer situação (Fp 4:13).
32 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2009
TEXTO BÁSICO: Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que 
vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede. (Jo 6:35)
INTRODUÇÃO: Além da famosa frase: “O coração tem razões que 
a própria razão desconhece”, foi o conhecido físico e filósofo religioso, 
Blaise Pascal, quem também disse que existe um vazio em forma de Deus 
no coração de cada pessoa, e que somente ele (Deus) pode preenchê-lo.1 
Pascal tem razão. Todo ser humano precisa de Deus e nunca estará sa-
tisfeito sem ele. É isso que o estudo de hoje pretende mostrar. Com base 
no capítulo 6 do Evangelho de João, veremos que Jesus é a resposta para 
os nossos anseios mais profundos. Com nossa atenção voltada para ele, 
iniciemos o estudo desta lição. 
I – OLHANDO PARA JESUS
Assentado, como os mestres da época costumavam fazer, Jesus estava 
ensinando (Jo 6:3). O lugar era deserto. As horas iam se passando, minuto 
a minuto, segundo a segundo. O dia estava acabando, e toda a multidão 
1. Rogers (2000:94). 
Mostrar ao estudante da 
palavra de Deus que, mesmo 
diante de pessoas superficiais, 
de problemas repentinos 
e de recursos insuficientes, 
Jesus realmente satisfaz; ele 
é a resposta para os nossos 
anseios mais profundos.
1 AgO 2009
Aquele que Satisfaz5
LEITURA DIÁRIA OBJETIVO
Hinos sugeridos: 412 BJ • 156 MV / 178 BJ • 145 HC
Domingo, 26 de julho: Jo 6:1-21
Segunda, 27: Jo 6:22-59
Terça, 28: Jo 6:60-71
Quarta, 29: Jo 7:1-27
Quinta, 30: Jo 7:28-53
Sexta, 31: Jo 8:1-30
Sábado, 1 de agosto: Jo 8:31-59
www.portaliap.com | 33
que o havia seguido não tinha nada para comer. Os discípulos ficaram 
preocupados. Ao olharem para aquela circunstância, não lhes restaram 
dúvidas: aproximaram-se de Jesus e disseram: Manda embora o povo (Mc 
6:36). Essa era a vontade dos discípulos, não a de Jesus. Vejamos, neste 
capítulo, como ele age diante desse problema. Esse texto tem muito a 
nos ensinar sobre a prontidão, a avaliação, a provisão e a instrução de 
Jesus, aquele que satisfaz. 
1. A prontidão daquele que satisfaz: De seis meses a um ano2 depois 
de curar o paralítico do tanque Betesda (Jo 5), Jesus e seus discípulos 
atravessaram o mar da Galiléia (Jo 6:1) e foram para um lugar deserto, 
nas redondezas de uma cidade chamada Betsaida (Lc 9:10). Essa viagem 
tinha objetivos: descanso e reflexão. Os discípulos haviam acabado de 
retornar de uma viagem missionária; estavam “fisicamente exaustos”; 
precisavam descansar: Não tinham tempo nem de comer (Mc 6:31). Além 
disso, haviam acabado de receber a terrível notícia da morte de João Ba-
tista (Mt 14:12); estavam “emocionalmente abalados”. Era um dia triste, 
tanto para eles como para Jesus. 
Quando eles chegaram ao outro lado do mar, para o merecido mo-
mento de descanso e meditação, foram surpreendidos: uma grande 
multidão os havia seguido (Jo 6:2). E o que é pior, seguia de maneira 
superficial:3 ... porque tinham visto os sinais miraculosos que ele opera-
va (Jo 6:2). Como Jesus reagiu? Irritou-se? Mandou-os ir embora? Não! 
Longe de considerar isso uma perturbação, Jesus mostrou-se pronto a 
atender os anseios da multidão. Ele teve compaixão deles (...) passou a 
ensinar-lhes muitas coisas (Mc 6:34), ... curou os seus enfermos (Mt 14:14), 
e ainda faria muito mais (Jo 6:10-12). 
2. A avaliação daquele que satisfaz: A situação era crítica. O dia se 
findava e o lugar era deserto. Diante de quase cinco mil homens, famintos 
e cansados, Jesus tomou uma atitude, a princípio, estranha. Erguendo os 
olhos e vendo a grande multidão, disse a Felipe: Onde compraremos pão 
para toda essa gente comer? (Jo 6:5). Jesus pediu uma sugestão a Felipe. 
Todavia, não se engane: Ele estava experimentando Felipe (Jo 6:6a – BV). 
Jesus não precisa de conselhos para tratar de emergências, ele já sabia 
o que ia fazer (Jo 6:6). Jesus não estava “apenas” pedindo uma sugestão. 
Através dessa avaliação, queria experimentar a fé do discípulo.4
2. Hendriksen (2004:285).
3. Bruce (1987:130).
4. Pfeiffer & Harrison (1980:192).
34 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2009
Não foi só porque Felipe era de Betsaida (Jo 1:44), cidade mais 
próxima dali, que Jesus lhe dirigiu a pergunta. Felipe tinha de apren-
der a incluir Jesus nos seus planos. Diante do problema, a primeira 
coisa que lhe veio à mente foi o “dinheiro”: Duzentos denários não 
comprariam pão suficiente (Jo 6:7). Duzentos denários era o salário 
de 200 dias de trabalho! Eles não tinham esse dinheiro. Ele olhou 
para aquilo que lhes faltava,“em vez de ver aquilo que Deus poderia 
dar”.5 Felipe esqueceu que o poder de Jesus “ultrapassava qualquer 
cálculo que ele pudesse fazer”.6 Mas nem tudo estava perdido. O mé-
todo humano (de Felipe) era defeituoso; o divino (de Jesus), não. 
3. A provisão daquele que satisfaz: Depois de Felipe, André cha-
mou a atenção de Jesus para um rapaz que encontrara no meio da 
multidão: Está aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada pequenos 
e dois peixinhos (Jo 6:9a). Atente para os detalhes: pães “pequenos” 
e dois “peixinhos”. Esses detalhes enaltecem ainda mais o milagre! 
Agora, veja a continuação da frase: ...mas o que é isso para tantos? 
(Jo 6:9b). André não olhou para o “poder” de Jesus. Ele olhou a 
“escassez” dos recursos. André iria aprender, naquela ocasião, que, 
quando os recursos humanos se acabam, Jesus continua tendo po-
der suficiente para satisfazer as nossas necessidades. O pouco na 
mão dele é muito.
Jesus começa a agir: Manda o povo assentar-se (...). Então Jesus to-
mou os pães, deu graças, e repartiu-os com os que estavam assentados. 
E fez o mesmo com os peixes (Jo 6:11). O texto paralelo, no Evangelho 
de Marcos, diz que todos comeram e se fartaram (Mc 6:42); e não pa-
rou por aí: Os discípulos recolheram dozes cestos cheios de pedaços 
dos pães de cevada, que sobraram aos que haviam comido (Jo 6:13). 
Cristo realmente satisfaz! Esse episódio foi um exemplo para Felipe, 
para André, para toda a multidão presente e para nós, hoje: Em vez de 
nos queixarmos daquilo que não temos, devemos agradecer a Deus 
por aquilo que temos. Jesus pode multiplicar esses recursos.7
4. A instrução daquele que satisfaz: Depois do milagre, a mul-
tidão ficou extasiada, fascinada, maravilhada com o poder de Jesus, 
que, sabendo que viriam arrebatá-lo para o fazerem rei, tornou a 
retirar-se sozinho (Jo 6:15). Jesus partiu com seus discípulos, sem 
5. Swindoll (2008:146).
6. Hendriksen (2004:289).
7. Wiersbe (2006:399).
www.portaliap.com | 35
avisar a multidão (Jo 6:22). No outro dia, todos saíram à procura de 
Jesus (Jo 6:24). Dois grupos diferentes de pessoas saíram em busca 
dele; todavia, a motivação dos dois grupos era bem semelhante. O 
primeiro grupo era o dos barqueiros,8 que devem ter gostado bas-
tante dessa procura desesperada da multidão, afinal, representava 
um ótimo dinheiro para eles. 
O segundo grupo de pessoas é a própria multidão em si. Agora 
veja o que a motivou. Quando se encontraram com Jesus, ele lhes diz: 
O fato é que vocês querem estar comigo porque Eu lhes dei de comer, 
e não porque crêem em mim (Jo 6:26 – BV). A motivação da multidão 
não era razoável. “Ele lhes dera o jantar no dia anterior, e agora, pas-
sada a noite, eles queriam tomar café”.9 Eles não buscaram Jesus por 
quem ele era, mas pelo que ele podia dar. Além do milagre, eles pre-
cisavam enxergar Jesus: Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim 
não terá fome, e quem crê em mim jamais terá sede (Jo 6:35). 
Atente para a palavra “crer”, do texto citado. Crer, neste contexto, 
significa “ir” a ele. O sentido consiste “em ir como alguém que não 
tem nada (só pecado) e precisa de tudo”.10 Jesus estava querendo 
mostrar que é o verdadeiro pão que sustenta a alma humana! Ele 
disse: Vossos pais comeram o maná no deserto e morreram, mas quem 
comer este pão viverá para sempre. Muitos acharam esse discurso 
muito pesado. A partir desse dia, voltaram atrás e já não andavam 
mais com ele. Uma minoria entendeu o recado: ...para quem iremos 
nós? Tu tens as palavras de vida eterna (Jo 6:68). Amém! Satisfação? 
Só em Jesus! 
 
1. Leia Jo 6:1-3; Mc 6:30-34; Mt 14:12-14; o item 1 do comentário 
e comente a reação de Jesus diante da multidão que o seguiu e 
“interrompeu” o seu momento de descanso e reflexão com 
os seus discípulos? 
 
 
 
8. Segundo Josefo, aproximadamente 330 barcos de pesca trabalhavam nas extremidades 
norte do mar da Galileia (Richards, 2008:212).
9. Allen (1983:319).
10. Hendriksen (2004:306).
36 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2009
2. Após ler Jo 6:5-7 e o item 2 do comentário anterior, responda: 
A hora era tardia; o lugar, deserto e o povo não tinha o que comer, 
por que motivo Jesus pediu uma sugestão a Felipe, frente 
a esse problema? 
 
 
 
3. Leia Jo 6:8-12; o item 3 do comentário anterior e responda: O que 
André focava, quando disse: ...o que é isso para tantos? O que ele 
aprenderia naquela ocasião? 
 
 
 
4. Após ler Jo 6:22-27, 35, 58-68; o item 4 do comentário anterior, 
responda: O que levou a multidão a procurar Jesus, no dia seguinte? 
e, o que ele lhe disse sobre suas motivações? 
 
 
 
II – OLHANDO PARA VOCÊ
1. Você pode encontrar satisfação em Jesus, apesar de pessoas su-
perficiais.
Uma das grandes características da multidão que seguia a Cristo era 
a superficialidade. Eles o procuravam sem compromisso. Não havia pro-
fundidade no relacionamento. Eles o buscavam pelo que ele podia “dar”, 
não pelo que ele “era”. Tanto é verdade que, com apenas um sermão, a 
multidão o deixou: Duro é este discurso (Jo 6:60). Aquelas pessoas que-
riam os milagres de Jesus, e não “Jesus”. Gente assim, ainda existe. Talvez 
você até conheça alguém. Entretanto, anime-se. Os verdadeiros discí-
pulos, aqueles que buscavam e focavam Jesus, que entendiam que os 
milagres podem ou não acontecer, não foram prejudicados. O milagre 
aconteceu (Jo 6:11). Jesus agiu, “apesar” dos superficiais. 
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5. Tendo lido a primeira aplicação, comente a seguinte afirmação: “Você 
pode encontrar satisfação em Jesus, apesar de pessoas superficiais”. 
 
 
 
2. Você pode encontrar satisfação em Jesus, apesar de problemas 
repentinos.
Tudo estava tranquilo. De repente, o desemprego apareceu. Tudo es-
tava na mais perfeita paz. De repente, a doença chegou. Tudo estava em 
ordem. De repente, ele(a) não te ama mais. O que fazer? Acalme-se! No 
capítulo 6 do Evangelho de João, os discípulos também foram surpre-
endidos. Ao entardecer daquele dia, o problema mostrou-se evidente. 
Sem dinheiro e sem comida para alimentar o povo, os discípulos não 
pensaram duas vezes: Despede-os (Mc 6:36). Essa era a solução mais sim-
ples. Eles só esqueceram um detalhe, que faz toda a diferença: apesar de 
não terem comida, tinham Jesus! Se tivermos Cristo, temos tudo. Se não 
tivermos Cristo, não temos nada. 
6. Tendo lido a segunda aplicação, comente a seguinte afirmação: 
“Você pode encontrar satisfação em Jesus, apesar de problemas 
repentinos”. 
 
 
3. Você pode encontrar satisfação em Jesus, apesar de recursos insu-
ficientes. 
A pergunta que Jesus fez aos seus discípulos é extremamente rele-
vante: Quantos pães tendes? (Mc 6:38a). A resposta que os discípulos 
deram a Jesus foi extremamente preocupante: Cinco pães e dois peixes 
(Mc 6:38b). Cinco pães de cevada pequenos e dois peixinhos eram 
muito pouco para alimentar a multidão. André tinha razão (Jo 6:9). O 
problema de André é registrado para mostrar como são insuficientes 
os recursos do ser humano, quando comparados com as suas neces-
38 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2009
sidades.11 Você está sem forças? Desanimado? Já não vê mais saída? 
Seus recursos se acabaram? Confie; você ainda tem Jesus! Ele agiu, 
“apesar” da escassez dos recursos.
7. Tendo lido a terceira aplicação, comente a seguinte afirmação: 
“Você pode encontrar satisfação em Jesus, apesar de recursos 
insuficientes”. 
 
 
 
CONCLUSÃO: A resposta dos discípulos frente à pergunta de Jesus é 
uma pérola de grande valor, um tesouro da Bíblia Sagrada. Essa resposta 
traz consigo uma verdade indiscutível: Senhor, para quem iremos nós? 
(Jo 6:68). Não existe outro caminho. Não há meio termo. Ele é a única 
saída: Para quem iremos nós?. É só Jesus! O único capaz de preencher o 
vazio que existe dentro de cada ser humano. O único capaz de dar sig-
nificado real à vida. A resposta para os nossos maiores anseios. Por isso, 
não desanime: apesar de pessoas superficiais, problemas repentinos e 
recursos insuficientes, Cristo, realmente,satisfaz!
11. Bruce (2009:1721).
www.portaliap.com | 39
TEXTO BÁSICO: Ouvindo Jesus que o tinham expulsado, encontran-
do-o, lhe perguntou: Crês tu no Filho do Homem? (Jo 9:35)
INTRODUÇÃO: Não é surpreendente encontrarmos pessoas em 
total desamparo, pelas ruas de nossas cidades. Principalmente nas 
metrópoles, há um grande número de indivíduos com problemas fí-
sicos ou psiquiátricos, que não desfrutam de qualquer cuidado por 
parte de instituições públicas, ONGs, igrejas ou de familiares. Mas 
o surpreendente é encontrarmos indivíduos em completo abandono, 
dentro das igrejas. São pessoas que vivem em total isolamento, quer 
sejam deficientes físicos, quer sejam pessoas que se achegam à igreja 
com alguma conduta moral questionável. Infelizmente, ainda há pre-
conceito, por parte de quem se acha numa situação mais confortável. 
No presente estudo, que se baseia no capítulo 9 do Evangelho de 
João, vamos aprender com Jesus como devemos tratar os indefesos, 
os inválidos, os rejeitados e os excluídos.
Mostrar ao estudante que 
Jesus ampara os socialmente 
indefesos, os fisicamente 
inválidos, os afetivamente 
rejeitados e os espiritualmente 
excluídos; conscientizá-lo, 
também, de que precisa ouvir, 
anunciar e adorar aquele que 
ampara, bem como precisa se 
espelhar no exemplo de Jesus, ao 
lidar com as pessoas que sofrem.
8 AgO 2009
Aquele que Ampara6
LEITURA DIÁRIA OBJETIVO
Hinos sugeridos: 223 BJ • 346 CC / 95 BJ • 33 HC
Domingo, 2 de agosto: Jo 9:1-7
Segunda, 3: Jo 9:8-12
Terça, 4: Jo 9:13-17
Quarta, 5: Jo 9:18-23
Quinta, 6: Jo 9:24-34
Sexta, 7: Jo 9:35-41
Sábado, 8: Jo 10:19-21
40 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2009
I – OLHANDO PARA JESUS
Enquanto caminhava pelas ruas de Jerusalém, Jesus viu um homem 
cego1 de nascença, pedindo esmolas. Os discípulos quiseram saber quem 
seria o culpado por aquela situação: Mestre, quem pecou, este ou seus 
pais, para que nascesse cego? (Jo 9:2). Jesus, porém, viu, naquele homem, 
uma razão para que Deus fosse glorificado: Nem ele pecou, nem seus pais; 
mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus (v. 3). Ao contrário 
dos discípulos, Jesus foi sensível o bastante para perceber que ali estava 
alguém que precisava de amparo, não de julgamento. É essa atitude aco-
lhedora do Senhor que iremos estudar a partir de agora.
1. Jesus ampara os socialmente indefesos: Se, nos dias atuais, uma 
deficiência física deixa um ser humano indefeso, nos tempos de Jesus, 
na região da Palestina, o problema era bem maior: não havia proteção 
alguma, por parte do poder público ou da sociedade em geral, aos por-
tadores de deficiência física. Os cegos, os surdos ou os paralíticos que 
não tinham família com bons recursos financeiros eram condenados a 
implorar sempre pelo favor alheio para sobreviver. Para esses, não havia 
perspectiva alguma de dias melhores. Antes de Jesus se manifestar em 
carne, não havia quem se interessasse pela dignidade dessas pessoas.
O homem do relato de João 9, descrito como cego de nascença, vivia 
nessas condições. Além de nunca ter visto, não conhecia amparo algum 
por parte da sociedade. Vivia, dia após dia, assentado, pedindo esmolas 
(v. 8). Uma moeda ou outra era tudo que recebia, nada mais que isso. 
Ninguém procurava saber como ele se sentia, se tinha o que comer ou 
onde dormir. Nem seu nome era conhecido. Porém, sua situação não foi 
mais a mesma, depois que Jesus o viu. O texto bíblico diz que o Senhor 
não apenas o viu, mas decidiu devolver àquele homem a dignidade e o 
respeito que lhe haviam sido negados pela sociedade (vv. 1-7). 
2. Jesus ampara os fisicamente inválidos: A deficiência visual2 não 
apenas impede seu portador de ver a luz, contemplar paisagens belas, 
discernir cores, ver as pessoas, distinguir gestos e olhares, mas o torna 
incapaz para muitas atividades. Aquele homem, desde que nascera, fora 
1. Preferimos adotar o mesmo termo utilizado no texto bíblico, em lugar de “deficien-
te visual”.
2. Aqui, estamos nos referindo à deficiência visual em seu grau máximo, conhecida 
como cegueira.
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condenado a ser inútil. Certamente, ele possuía talentos que sequer fo-
ram descobertos, porque não lhe foram dadas as oportunidades neces-
sárias para que desenvolvesse suas habilidades, percebesse seu valor e 
desfrutasse de algum reconhecimento. 
Para os outros e para si próprio, ele não passava de um inválido. Essa 
condição era humilhante; fazia-o sentir-se inferior às pessoas normais, 
que podiam trabalhar para se sustentar. Nesse sentido, a atitude de Jesus 
de fazer lodo com a saliva e aplicar aos olhos do cego foi fundamental 
(vv. 6-7). Ao usar a própria saliva, Jesus estava doando algo de si mes-
mo, de seu corpo àquela pessoa e deixando claro que se importa com 
a integridade física do ser humano. O Senhor sabia o quanto a cegueira 
machucava a autoestima daquele homem. Por isso, teve grande prazer 
em restaurá-lo fisicamente.
3. Jesus ampara os afetivamente rejeitados: Não há rejeição maior 
para o ser humano do que a dos próprios pais. O texto de João 9, ver-
sículos 18 a 23, mostra que o homem curado por Jesus não desfrutava 
do amor de seus pais, pois estes, ao serem interrogados pelos líderes 
judeus, não lhe demonstraram afeto. Cuidaram de preservar a si mes-
mos. Para eles, parecia não importar que seu filho fosse expulso da 
sinagoga, contanto que eles não o fossem. Por isso, disseram: Ele idade 
tem, interrogai-o (v.23). 
O peso dessas palavras é de rejeição. Aqueles pais foram incapazes de 
se arriscar por seu próprio filho. Tudo indica que sabiam como havia sido 
curado, mas o deixaram à mercê dos fariseus. A covardia foi maior que 
o amor materno e paterno (v 22). Além disso, aquele homem não pôde 
contar com qualquer manifestação de compaixão por parte de seus líde-
res religiosos, que o expulsaram da sinagoga. Jesus não se conteve, ao 
saber dessas coisas: Foi ao encontro do ex-cego e se revelou a ele (vv. 
35-38). Jesus deu àquele homem o acolhimento e o amor que lhe haviam 
sido negados pelos próprios pais. 
4. Jesus ampara os espiritualmente excluídos: Além do desamparo 
social e familiar, aquele homem tinha de lidar com o desamparo espiri-
tual. Para ele, só havia sentença de condenação, pois, aos olhos de sua 
comunidade espiritual, uma pessoa que nascia com alguma deficiência 
estava debaixo de maldição, por seus próprios pecados ou pelos de seus 
pais. Foi essa a razão de os discípulos perguntarem a Jesus: Mestre, quem 
pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? (v. 2). A resposta do 
Senhor corrigiu aquele preconceito e mostrou, não a causa, mas o pro-
pósito daquela deficiência: Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para 
42 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2009
que se manifestem nele as obras de Deus (v. 3). A cura foi a confirmação 
do acolhimento espiritual que o Senhor lhe deu (v. 6).
Mas o problema da exclusão espiritual ainda não estava definitiva-
mente resolvido. Por ter se mantido firme em seu testemunho a respeito 
de Jesus (vv. 15-17,25-33), o ex-cego foi banido da sinagoga, o lugar 
onde deveria sentir-se acolhido. Para um judeu, não havia coisa pior. 
Aquele homem estava desamparado de sua comunidade espiritual. Aos 
olhos dos demais judeus, ele estava perdido, desvinculado de Deus. Mas 
Jesus não pensava assim. Ao encontrar-se com o homem, o Senhor lhe 
ofereceu amparo afetivo e espiritual. Ele creu em Jesus e passou a fazer 
parte da família de Deus. 
Ao restaurar a visão daquele homem num sábado, Jesus não quis sim-
plesmente fazer um prodígio ou causar polêmica. O Senhor quis mostrar 
que veio para restaurar o ser humano em todas as suas dimensões. Em 
Jesus, aquele que fora cego de nascença teve sua dignidade restaurada: 
sua integridade física e seu valor social foram restabelecidos; seu valor 
afetivo e espiritual, restituído. Jesus é aquele que ampara o indefeso, o 
inválido, o rejeitado e o excluído. Foi para esses que ele veio e é com 
esses que ele mais se importa. Todo aquele que se achegaa Cristo é feito 
nova criatura e pode desfrutar de acolhimento, pois o nome do Senhor é 
uma torre forte para onde as pessoas direitas vão e ficam em segurança 
(Pv 18:10 – NTLH).
1. Após ler Jo 9:1-8, o item 1 da primeira parte deste estudo, comente 
sobre a situação social daquele cego e sobre a atitude de Jesus 
em relação a ele. Pense também em como você pode oferecer 
acolhimento às pessoas socialmente indefesas. 
 
 
 
2. Leia o item 2 da primeira parte deste estudo e responda: Com base 
no exemplo de Jesus, o que podemos fazer para zelar pelos direitos 
dos deficientes físicos e mostrar-lhes acolhimento? 
 
 
 
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3. Com base em Jo 9:18-23,35-38 e no item 3 da primeira parte deste 
estudo, responda: Como Jesus amparou afetivamente o ex-cego? 
De que forma podemos ajudar aqueles que são rejeitados por seus 
entes queridos? 
 
 
 
4. Com base em Jo 9:2,3,6,15-17,25-33,35-38 e no item 4 da 
primeira parte deste estudo, explique o que significa amparar o 
espiritualmente excluído. Que tipos de pessoas temos excluído do 
nosso meio religioso? A partir do exemplo de Jesus, o que podemos 
fazer para que se sintam acolhidas por nossa comunidade de fé? 
 
 
 
II – OLHANDO PARA VOCÊ
1. Você desfruta o amparo de Jesus, quando o ouve. 
O apóstolo Paulo tinha toda razão, quando disse: De sorte que a fé é 
pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus (Rm 10:17). No caso daquele 
cego de nascença, ouvir fez mesmo toda diferença, pois, antes de ser 
curado, ouviu de Jesus: Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo (Jo 
9:5). Ele creu naquele que lhe dizia tais palavras. Talvez você nunca tenha 
experimentado o acolhimento em seu ambiente social, jamais tenha pro-
vado o aconchego de um lar ou vivido em comunhão com irmãos de fé. 
Mas, hoje, o mesmo Jesus que devolveu a vista àquele cego de nascença 
deseja amparar você. Se o ouvir, você será bem acolhido e desfrutará da 
comunhão com o Pai e com a família espiritual que ele lhe dará. 
5. Leia a primeira aplicação, Rm 10:17 e responda: De que forma você 
pode ouvir Jesus e desfrutar do seu amparo? 
 
 
 
44 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2009
2. Você compartilha o amparo de Jesus, quando o anuncia.
Depois de ser restaurado fisicamente por Jesus, o ex-cego de nas-
cença passou a ser notado por seus vizinhos e conhecidos. O amor 
de Deus lhes foi transmitido, pois o homem não hesitava em dizer 
a todos quem o havia curado (vv. 9-11) e testemunhou a respeito 
de Jesus também diante dos fariseus (vv. 15,17,24-33). E você? Tem 
compartilhado o amor de Jesus? O que tem respondido, quando lhe 
perguntam sobre a razão da sua fé? Não tenha medo da rejeição dos 
outros! Anuncie a pessoa de Cristo, seu amor, sua salvação. Não se 
envergonhe daquele que ampara!
6. Leia a segunda aplicação e responda: O que você precisa fazer 
para compartilhar o amparo de Jesus? Pense em como você pode 
ter uma atitude acolhedora para com aqueles que sofrem algum 
tipo de rejeição. 
 
 
 
3. Você reconhece o amparo de Jesus, quando o adora.
Desde que fora curado, até ser expulso da sinagoga, o ex-cego 
ainda não havia visto Jesus. Mas, quando o Senhor soube do que os 
fariseus lhe haviam feito, encontrou-o e revelou-se ao homem, que se 
prostrou diante de Jesus e o adorou (vv. 35-38). O que Cristo repre-
senta para você, querido irmão? Ele é simplesmente aquele de quem 
você busca benefícios ou é o único Senhor da sua vida? Aquele ex-
cego reconheceu que Jesus é muito mais que um benfeitor ou um 
profeta. Faça o mesmo: Reconheça-o como o Filho de Deus, o único 
que merece a sua adoração.
7. Com base na terceira aplicação, comente esta afirmação: 
“Jesus é muito mais que um benfeitor”. Que implicações esse 
reconhecimento tem na adoração que Cristo merece? 
 
 
 
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CONCLUSÃO: À semelhança dos discípulos, que viram a cegueira 
como consequência de pecado, nós nos ocupamos demais em julgar 
situações de sofrimento. Mas a vontade de Deus é tão somente que 
desfrutemos, compartilhemos e reconheçamos o seu amparo, ao nos 
sentirmos indefesos, desvalorizados, rejeitados ou excluídos. O Senhor 
também deseja que ofereçamos às pessoas que sofrem o mesmo tra-
tamento que ele nos dispensa. Devemos, portanto, tratá-las com res-
peito, zelar pelos seus direitos e fazer o melhor para que se sintam 
acolhidas e valorizadas. Acima de tudo, devemos conduzi-las a Jesus, a 
fim de que o ouçam, o anunciem e o adorem.
46 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2009
TEXTO BÁSICO: Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e 
elas me conhecem a mim, assim como o Pai me conhece a mim, e eu co-
nheço o Pai (Jo 10:14-15a).
INTRODUÇÃO: Era uma das vocações mais simples de toda a Pa-
lestina, e por sinal, uma das mais antigas também. Havia um ditado 
popular, que a incluía na lista de profissões que um judeu não devia 
ensinar a seu filho.1 Não era fácil trabalhar nessa área. Calor de dia, 
frio de noite, além das noites e noites sem dormir (Gn 31:40). Em ter-
mos monetários, o salário era quase inexpressivo.2As casas em que 
eles moravam eram frágeis (cf. Is 38:11). As roupas, muito simples. O 
trabalho perigoso (I Sm 17:34-36). Apesar de tudo isso, quando falava 
de si mesmo, a figura predileta de Jesus não era a de um rei, de um 
general, mas a de um trabalhador dessa profissão: Eu sou o bom pastor 
(Jo 10:11), disse ele. O que isso nos ensina? Vejamos. 
1. Rops (1986:150). 
2. Azevedo (2004:119).
Mostrar ao estudante 
da palavra de Deus que, 
diante das indecisões, 
das preocupações e dos 
sentimentos de desamparo, 
nós podemos contar com 
a direção, o cuidado e a 
proteção de Jesus, 
o nosso pastor.
15 AgO 2009
Aquele que Pastoreia7
LEITURA DIÁRIA OBJETIVO
Domingo, 9 de agosto: Jo 10:1-5
Segunda, 10: Jo 10:6-10
Terça, 11: Jo 10:11-14
Quarta, 12: Jo 10:15-21
Quinta, 13: Jo 10:22-28
Sexta, 14: Jo 10:29-33
Sábado, 15: Jo 10:34-42
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I – OLHANDO PARA JESUS
A figura do pastor, com certeza, está entre as favoritas de Jesus. Ela 
aparece quase cinquenta vezes em toda a Bíblia e, na maioria das ve-
zes, referindo-se a ele. Só no capítulo 10 de João, que se desenvolveu a 
partir do confronto de Jesus com os líderes judeus (Jo 9), encontramos 
seis referências à palavra “pastor”. O cego de nascença, que foi cura-
do por Jesus, esperou em vão o cuidado pastoral dos seus líderes. Na 
verdade, eles o expulsaram do rebanho (Jo 9:34). Porém, depois disso, 
ele encontrou em Jesus “um pastor de verdade”.3 No estudo de hoje, 
baseado na metáfora pastor-ovelha, iremos meditar em quatro carac-
terísticas do ministério de Jesus. 
1. Um ministério orientador: Jesus conta um enigma sobre o mi-
nistério pastoral (Jo 10:6). Ele é o personagem principal: O pastor das 
ovelhas (Jo 10:2). Jesus utiliza-se da metáfora pastor-ovelha para ressaltar 
algumas características importantes do seu ministério. Logo de cara, en-
xergamos a primeira: a orientação. Veja o que diz o texto: E quando tira 
para fora as suas ovelhas, vai adiante delas, e elas o seguem (Jo 10:4). Ob-
serve a expressão “ir adiante” das ovelhas. Esse é um detalhe importante. 
As ovelhas não podem caminhar sozinhas. Falta-lhes senso de direção. 
Uma ovelha tem que seguir alguém.4 A alguns metros do caminho certo, 
são incapazes de encontrá-lo. 
Se não houver um pastor que as oriente, as ovelhas tendem a peram-
bular perto dos rios; o que é muito perigoso, visto que sua lã se molha, 
pesa, e elas podem se afogar.5 Ter um pastor para orientá-las é extrema-
mente importante para preservar-lhes a vida e deixá-las sempre no cami-
nho certo. É por isso que as ovelhas são talentosíssimas para discernir a 
voz do seu pastor: ...ouvem a sua voz (...) conhecem a sua voz (Jo 10:3-4). 
Jesus é apresentado no texto como aquele que vai adiante. Aquele ho-
mem que foi rejeitado pelos seus líderes (Jo 9:35) não ficaria sem rumo! 
Jesus estava ali: Ele orienta! Quem o segue, acerta o caminho. 
2. Um ministério cuidador: Quando Jesus lhes falou este

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