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RESUMO PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO

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RESUMO – PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO
O que é Psicologia do Desenvolvimento?
Esta área de conhecimento da psicologia estuda o desenvolvimento do ser humano em todos os seus aspectos: físico-motor, intelectual, afetivo-emocional e social – desde o nascimento até a idade adulta.
O desenvolvimento humano
O desenvolvimento humano refere-se ao desenvolvimento mental e ao crescimento orgânico. O desenvolvimento mental é uma construção contínua. Estas são as formas de organização da atividade mental que vão se aperfeiçoando e se solidificando. Algumas dessas estruturas mentais permanecem ao longo de toda a vida. 
Entendido em sua globalidade, o desenvolvimento pode ser dividido em quatro aspectos, para facilitar o estudo. Os aspectos são:
1. Aspecto físico-motor: é a consideração do crescimento orgânico, da maturação neurofisiológica, da capacidade de manipulação de objetos e do exercício do próprio corpo. Exemplo: a criança que consegue procurar um brinquedo debaixo da cama por já conseguir coordenar os movimentos das pernas, pés, tronco, braços e mãos.
2. Aspecto intelectual: é a capacidade de pensar, de raciocinar. Exemplo: A criança que para alcançar um pacote de bolachas em cima do armário, usa de um banquinho para alcançar as bolachas, ou seja, como percebeu que sua altura não era suficiente para alcançá-las, planejou sua ação através do uso de uma ferramenta (o banquinho) e conseguiu realizar a ação.
3. Aspecto afetivo-emocional: é o modo particular de cada indivíduo integrar suas experiências, é o sentir. Exemplo: o medo da criança frente o comentário de sua professora no desempenho de uma atividade, a alegria de receber um presente.
4. Aspecto social: é a maneira como o indivíduo reage diante das situações que envolvem outras pessoas. Exemplo: na sala de aula, é fácil observar que algumas crianças procuram outras para a realização de suas tarefas enquanto outras permanecem sozinhas.
Compreender o desenvolvimento humano implica em conhecer as características comuns de cada faixa etária, para que reconheçamos as individualidades, o que torna-nos mais aptos para observar e interpretar os comportamentos, e com isso, conseguimos planejar o que e como ensinar aos nossos alunos.
A importância do estudo do desenvolvimento humano
Esse estudo é compreender a importância do estudo do desenvolvimento humano. Estudar o desenvolvimento humano significa conhecer as características comuns de uma faixa etária. Planejar o que e como ensinar implica saber quem é o educando. Existem formas de perceber, compreender e se comportar diante do mundo, próprias de cada faixa etária.
Fatores que influenciam o desenvolvimento humano
Hereditariedade 
A carga genética estabelecer o potencial de individual, que pode ou não desenvolver-se. A inteligência pode desenvolver-se aquém ou alem do potencia, dependendo das condições do meio que encontra.
Crescimento
Refere ao aspecto quantitativo das proporções do organismo, ou seja, trata-se das mudanças das dimensões corpóreas, como peso, altura, perímetro cefálico, etc. O crescimento termina em determinada idade, quando esta alcança sua maturidade biológica, enquanto que desenvolvimento é um processo que acompanha o homem através de toda a sua existência.
Crescimento orgânico 
 Refere-se ao aspecto físico. O aumento de altura e a estabilização do esqueleto permitem ao individuo comportamento e um domínio do mund0o que antes não existiam.
Desenvolvimento
Refere às mudanças qualitativas, tais como aquisição e o aperfeiçoamento de capacidades e funções, que permitem à criança realizar coisas novas, progressivamente mais complexas, com uma habilidade cada vez maior.
Maturação 
 	Forças biológicas geneticamente programadas que direcionam o crescimento em tamanho, emergência e o controle dos movimentos , integração das impressões sensoriais, possibilidade de sentar, andar, controlar as esfíncteres, segurar um lápis e aparecem na mesma sequencia para todos os indivíduos da espécie . 
Maturação neurofisiológica 
É o que torna possível determinado padrão de comportamento é o que torna possível determinado padrão de comportamento, ou seja, existe um equipamento neurofisiológico que passa por uma evolução determinada por fatores biológicos. Exemplo: para segurar um talher como os adultos às crianças precisam de um desenvolvimento neurofisiológico, visto que aos três anos a crianças o segura de uma forma bem diferente
Ex. A alfabetização das Crianças, como elas seguram os objetos.
Meio 
O conjunto de influência e estimulações ambientais altera os padrões de comportamento do individuo é o conjunto de influências e estimulações ambientais que pode alterar os padrões de comportamento do indivíduo, cada um, é constituído numa interação entre o meio e o indivíduo. Exemplo: se o incentivo à leitura for muito intenso, uma criança aos cinco anos já pode saber reconhecer as letras e escrever, mas ao mesmo tempo, outra que não teve incentivo pode não reconhecê-las e nem escrevê-las. 
Psicologia do desenvolvimento torna-se ciência.
Final do século XIX - descoberta dos germes e da imunização possibilitou menor mortalidade infantil Por causa da mão de obra barata as crianças não eram mais tão necessárias como trabalhadores. A nova ciência da psicologia ensinou que as pessoas podiam saber mais sobre si mesmas aprendendo o que as influenciou quando criança. Ciência que pretende descrever e explicar os eventos que ocorrem no decorrer da vida e que levam a determinados comportamentos. Pretende explicar como é que, a partir de um equipamento inicial inato, a pessoa vai sofrendo uma série de transformações decorrentes de sua maturação (fisiológica, neurológica e psicológica) que, em contato com as exigências e respostas do meio (físico e social), levam à emergência desses comportamentos. 
Psicologia do desenvolvimento pretende: 
· Observar e descrever os fenômenos : choro, agressão, linguagem, solução de problemas, etc...
· Explicar os fenômenos : Quais os mecanismos psicológicos internos, que atuam para possibilitar o aparecimento destes fenômenos comportamentais.
Descreve e explica o processo de desenvolvimento da personalidade em termos de como e por que aparecem certos comportamentos. Utilizamos a pesquisa, para descrição dos comportamentos e teorias para tentar explicá-los.
Ex. Interação mãe – criança:
I. iniciamos pela observação; selecionamos amostra de pares mãe – criança representativas de vários segmentos da população, das várias faixas etárias.
II. b)Coleta de dados: método de observação e registro (meio natural), registro gráfico ou em filmes; aplicação de questionários e entrevistas, testes de desenvolvimento.
III. c)Teorias do desenvolvimento para explicar: quais os fatores que determinam certas atitudes da mãe e da criança? Personalidade da mãe ? Características da criança? Fatores momentâneos ? Quais as repercurssões das atitudes da mãe no desenvolvimento da criança?
Desenvolvimento do pré-natal ao nascimento
O desenvolvimento pré-natal se desenvolve durante um período de três estágios denominados: germinal, embrionário e fetal. Nesse período ocorrem as fases onde o zigoto unicelular transforma-se em um embrião e posteriormente em feto, compreende este desenvolvimento duas conjunturas primordiais: o princípio cefálio-caudal (o qual instaura que o desenvolvimento deve ocorrer desde a cabeça para as partes inferiores) e o princípio próximo distal (que dissemina o desenvolvimento do centro do corpo para as extremidades).
· Estágio germinal compreende do ponto da fertilização à segunda semana. O óvulo fertilizado divide-se e torna-se mais complexo, o organismo em crescimento se assenta na parte baixa do útero. Aqui, algumas partes do blastocisto começam a se desenvolver formando a placenta, o cordão umbilical e o saco amniótico que iram cuidar do desenvolvimento do feto. 
· Estágio embrionário se estende a partir da 2ª à 8ª semana, neste período desenvolvem-se os órgãos os sistemas respiratório, digestivo e nervoso. Nesta fase o embrião está vulnerável às influências do ambiente pré-natal, podendoocorrer um aborto espontâneo, sendo uma curiosidade os fetos do sexo masculinos mais vulneráveis, e por conta dessa situação acredita-se que o zigoto se desenvolve primeiramente feminino.
· Estágio fetal, o último estagia da fase pré- natal começando da 8ª semana até o nascimento. Durante este período se consolidam as primeiras células ósseas, o feto tem um crescimento acelerado aumentando seu tamanho em até 20 vezes, passando para um desenvolvimento mais complexo dos órgãos e sistemas corporais. 
Antes da Embriologia acreditava-se que qualquer evento influenciando a mãe durante a gravidez afetaria o feto. Haveria uma suposta conexão neural entre o sistema nervoso da mãe e do filho, transmitindo diretamente emoções, sentimentos, angústias, etc... Estas crenças não tem sentido devido às diferenças maturacionais do SNC de um adulto e de um feto, entretanto, atualmente, sabe-se que grande número de substâncias passam através da placenta da mãe para o feto são fatores teratogênicos.
O que é um agente teratogênico?
Chamamos de agente teratogênico tudo aquilo capaz de produzir dano ao embrião ou feto durante a gravidez. Estes danos podem se refletir como perda da gestação, malformações ou alterações funcionais (restrição de crescimento, por exemplo), ou ainda distúrbios neurocomportamentais, como retardo mental.
Que agentes podem ser teratogênicos?
· Medicamentos: talidomida, ácido retinóico, hidantoinatos
· Drogas: álcool, tabaco, cocaína
· Físicos: radiações tipo raio-X, hipertermia (febre)
· Doenças maternas: diabetes, epilepsia, fenilcetonúria
· Outros agentes: vacinas, poluição ambiental, algumas ocupações
Existem outros fatores que podem influenciar no desenvolvimento do feto, vide alguns a baixo.
Fator Rh 
Incompatibilidade entre os tipos sanguíneos da mãe e do feto, podem levar ao aborto.
Dieta 
Pobre em nutrientes durante a gestação colaboram para maiores complicações no parto e maior propensão do bebê a certas doenças, atraso no desenvolvimento físico e mental.
Idade da mãe 
 O síndrome de Down, por exemplo, pode ocorrer em mães com menos de 20 anos ou mais de 35 anos, Uma idade precoce incidi em um organismo ainda em formação, já uma idade muito avançada pode oferecer riscos a ambos devido a deficiências do próprio organismo para manter o desenvolvimento do feto.
Fatores que podem interferir durante o processo de parto
Ambiente hospitalar, indução do parto por drogas que produzem aumento das contrações uterinas e menor fluxo sanguíneo para o cérebro do bebê pode levar a anomalias neurológicas,cardíacas, DCM, etc... Sedativos para aliviar as dores maternas no trabalho de parto podem afetar a responsividade do bebê nas primeiras semanas após o nascimento como, ficar mais lento, menor aumento de peso, dorme mais,menor sucção....
O parto cesariano 
 Causa desconforto para amamentar, afeta: o relacionamento sexual, sentimentos de incerteza da mãe em relação ao bebê, sentimento de falha como mulher....
Anóxia (Falta de oxigênio)
Uma insuficiência de oxigênio para o bebê. Pode ocorrer quando o sistema circulatório umbilical deixou de fornecer oxigênio até que o bebê respire, ou porque o cordão umbilical foi comprimido durante o trabalho de parto ou no parto. As consequências da anóxia prolongada podem ser paralisia cerebral ou retardo mental.
Psicologia da gestação
Do ponto de vista biológico a gravidez começa com a concepção, mas do ponto de vista psicológico há uma história do pai e da mãe, dentro do qual já estão reservados padrões de relacionamento que serão estabelecidos com a criança. Há no casal organização de fantasias e expectativas ligadas à concepção e ao desenvolvimento da criança. Durante a gestação a mulher encontra-se mais sensível e vulnerável. Além de todas as mudanças físicas, a futura mamãe começa a perceber também mudanças psicológicas. 
A ansiedade torna-se companheira frequente, acompanhada por um estado constante de insegurança, incerteza e medo da experiência desconhecida. Fatores sociais como a relação que a gestante estabelece com sua família e cônjuge, irão interferir diretamente na intensidade com que as alterações psicológicas aparecerão. A gravidez é um processo que proporciona uma mudança de identidade e uma redefinição de papéis. Além do desenvolvimento fisiológico do bebê, esses nove meses têm como função preparar a mamãe para a chegada do filho, onde a mãe passa de um estado interacional uno, para exercer o papel de mãe, sua concepção de realidade se transforma deixando o estado social do “eu independente” para ser um “eu inerente a alguém”.
A gravidez é a possibilidade de reescrever uma história. Por isso, surgem alguns sentimentos e sensações aparentemente desconhecidos, mas cheios de conteúdo. Sentimentos que sua família de origem também vivenciou. Medo, incerteza, angústia, esperança, expectativa e alegria. Desde o primeiro sinal de vida intrauterina o bebê sofre forte carga afetiva e emocional da mãe. Um bom desenvolvimento psicológico da criança está diretamente relacionado ao desenvolvimento psicológico dos adultos. Por isso é tão importante a preparação da psique da mamãe. Em países mais desenvolvidos temos um verdadeiro acompanhamento da gestação não apenas na questão clinica mais também do psicológico preparando o caminho para o verdadeiro sentido de ser mãe, minimizando a propensão para desenvolver algum estado de depressão seja durante ou após a gestação. 
Regressão 
Relacionamento da mãe com o bebê – prazer em manusear a criança – infantilização da mãe. Objetivo – adaptar o psiquismo da mãe às necessidades do bebê. Ela não apenas regride como também se identifica com seu bebê – como se o bebê fosse uma extensão dela.
Depressão pós-parto 
A depressão pós-parto ocorre logo após o parto. Os sintomas incluem tristeza e desesperança. Muitas novas mães experimentam alterações de humor e crises de choro após o parto, que se desvanecem rapidamente. Elas acontecem principalmente devido às alterações hormonais decorrentes do término da gravidez. No entanto, algumas mães experimentam esses sintomas com mais intensidade, dando origem à depressão pós-parto. Raramente, pode ocorrer uma forma extrema de depressão pós-parto, conhecida como psicose pós-parto. 
Acreditava-se que somente as mães sofriam desse mal, no entanto, novos estudos mostram que elas também podem afetar os pais. Depressão pós-parto não é uma falha de caráter ou uma fraqueza. Se você tem depressão pós-parto, o tratamento imediato pode ajudar a gerir os seus sintomas e desfrutar de seu bebê. 
Desenvolvimento motor
Consideram-se três grandes áreas de desenvolvimento infantil: motor, cognitivo e emocional. Estas três grandes áreas de desenvolvimento interligam-se, influenciam-se e acontecem simultaneamente. Contudo, em determinados momentos, uma área pode ter mais protagonismo do que as outras, sem deixar de coabitar, a toda a hora, de noite ou de dia. E, em cada uma delas, pais, bebé e genética têm o seu papel. O desenvolvimento motor decorre, majoritariamente, no primeiro ano de vida e acontece de forma sequencial. Cada competência ou capacidade adquirida precede e é fundamental para a aquisição da próxima, ou exploração de uma nova área do desenvolvimento. Ser capaz de ver, antecede o desenvolvimento do sentido de perspectiva ou profundidade.
O que é Coordenação Motora 
Nosso corpo se mantém em equilíbrio, e graças a isso conseguimos desenvolver movimentos, sejam eles bruscos ou delicados. A essa capacidade de realizar esses movimentos chamamos de coordenação motora. Pular, correr, andar, saltar ou realizar tarefas que exijam maior habilidade, como pegar em um lápis, bordar, desenhar, recortar, tudo isso exige de nós coordenação motora, é este aparato que nos permite realizar os mais diversos movimentos coordenados. 
O sistema locomotor é formado pela combinação de dois sistemas, que atuam juntos para garantir uma grande quantidade de movimentos: o sistema muscular e o sistema esquelético. Sem esses sistemas seria impossível nos alimentar, ir para novos ambientes, reproduzir, entre diversasoutras funções importantes. Com a interação desses sistemas obtêm-se reações e ações equilibradas. A velocidade e a agilidade com que a pessoa responde a certos estímulos medem a sua capacidade motora.
Podemos classificar a coordenação motora de duas maneiras: coordenação motora grossa e a coordenação motora fina.
Na coordenação motora grossa ou ampla, verificamos o uso de grupos de músculos maiores e o desenvolvimento de habilidades como correr, pular, chutar, subir e descer escadas, que podem ser desenvolvidas a partir de um plano sistemático de exercícios e atividades esportivas. Quando se tem déficit nessas habilidades, verificamos dificuldades, por parte principalmente de crianças, em praticar atividades esportivas, o que acaba gerando baixa autoestima.
Na coordenação motora fina, verificamos o uso de músculos pequenos, como das mãos e dos pés. Ao desenhar, pintar, manusear pequenos objetos, a criança realiza movimentos mais precisos, delicados, e desenvolve habilidades que a acompanharão por toda a vida.
Desenvolvimento motor na primeira infância 
O desenvolvimento infantil se inicia ainda na vida uterina, com o crescimento físico, a maturação neurológica, a construção de habilidades relacionadas ao comportamento e as esferas cognitiva, afetiva e social. A primeira infância, que abrange a idade entre zero a cinco anos, é a fase em que a criança se encontra mais receptiva aos estímulos vindo do ambiente e o desenvolvimento das habilidades motoras ocorre muito rapidamente. Neste período, principalmente no primeiro ano de vida, os primeiros marcos motores aparecem com o controle de cabeça, o rolar, o arrastar e mais tarde o sentar, o engatinhar e a marcha no final do primeiro ano.
O desenvolvimento físico dos aparelhos sensorial e motor são importantes para que comece a explorar o mundo e as suas gradações, guiado pelo seu instinto natural de curiosidade e interesse em explorar tudo o que o rodeia. 
O Desenvolvimento Motor não é Igual em Todas as Crianças
Algumas crianças engatinham muito cedo, outras pulam essa fase sem que haja nenhum problema. Os neurologistas explicam: engatinhar não é uma etapa obrigatória do desenvolvimento motor, ao contrário de erguer a cabeça ou se sentar. Como engatinhar permite que a criança enxergue o mundo de uma forma diferente que as outras posições, vale a pena estimulá-la. Tudo sem estresse, na brincadeira. Alguns bebês não engatinham por falta de espaço e oportunidade e isso é possível resolver. Você pode estimulá-la a ficar de bruços colocando-a sobre tapetes de atividades e a erguer a cabeça, agitando um brinquedinho na frente do rosto do bebê, por exemplo.
O RECÉM-NASCIDO: O QUE ELE PODE FAZER?
Reflexos: são respostas físicas automáticas desencadeadas involuntariamente por um estímulo específico. 
Muitos ainda permanecem no adulto.
A piscada de olho automática quando um sopro de ar atinge nossos olhos, ou a contração involuntária das pupilas diante de uma luz forte. O recém-nascido apresentará inúmeros comportamentos reflexos que darão indício da adequação do sistema nervoso central. Alguns reflexos tem valor de sobrevivência , como: a sucção, preensão, andar(desaparece com 8 semana) , nadar (6 meses)
Do nascimento aos 18 meses - Infância
Desenvolvimento físico
Esta é uma fase de rápido crescimento e desenvolvimento: o bebê muda mês a mês!!
A criança, através da maturação do Sistema Nervoso Central e do Sistema motor, vai progredindo e começa a coordenar os reflexos que traz ao nascer (sugar, pegar e olhar para) em ações mais complexas: coordena a sucção com a visão (olha para o que suga), depois o olhar e o pegar (olha e pega), desenvolve em seguida o movimento de pegar, começa a descobrir objetos, senta sem suporte, fica de pé e finalmente anda sem ajuda.
O bebê mês a mês:
1. mês: o bebê dorme a maior parte do tempo, apresenta uma série de reflexos como o agarrar e o sugar.
2. mês: diferencia sons e orienta-se para os humanos, acompanha visualmente o deslocamento de um objeto, sorri em resposta a outro sorriso, demonstra conhecer o rosto da mãe.
3. mês: segura com firmeza um objeto, enxerga em cores, reage a barulhos parando de mamar.
4. mês: levanta a cabeça e a mantém equilibrada, chora quando deixado sozinho, ouve a voz da mãe e vira a cabeça procurando por ela.
5. mês: olha própria imagem no espelho e se alegra com isso, lambe, morde e chupa tudo o que estiver em seu alcance.
6. mês: estica os braços para ganhar colo, segura objetos com as duas mãos, come a primeira papinha.
7. mês: senta de modo firme, começa a entender o "não", interessa-se por figuras em livros, aparecem os primeiros dentes.
8. mês: está pronto para engatinhar, olha para quem o chama pelo nome.
9. mês: os dedos funcionam como pinça para pegar objetos pequenos, bate palmas e dá tchau.
10. mês: aponta com o dedo indicador.
11. mês: tenta ficar de pé encostando-se às paredes e apoiado em móveis.
12. mês (1 ano): começa a andar com ajuda.
· 15 meses: anda bem sozinho, sobe escadas engatinhando, usa o copo para beber líquidos e pode usar a colher.
· 1 ano e meio: corre desajeitadamente.
Desenvolvimento da linguagem
Ao nascer o bebê possui vocalizações diferentes do choro para "fome", "dor". É chorando que o bebê se comunica, especialmente com a mãe. E é incrível como ela consegue entender cada tipo de choro...
Aos 3 meses faz ruídos com a garganta e estala o céu da boca.
Balbucia (repete uma série de sons: "ma-ma", "da-da") aos 6 meses e reserva cada som para um objeto específico. Brinca com as suas próprias vocalizações. E os adultos, imitando-os, também brincam!
Reconhece o "não" e seu próprio nome aos 7 e 8 meses.
A média de idade para a 1ª palavra é 11 meses.
Desenvolvimento cognitivo
Piaget denomina esta fase como Período sensório-motor. Por que? Porque o bebê conhece o mudo e desenvolve a inteligência através dos sentidos e das ações.
Ele caminha das atividades reflexas inatas (respostas que traz prontas ao nascer para reagir ao ambiente: sugar, agarrar, acompanhar visualmente) para atividades desenvolvidas para um fim e relacionadas ao ambiente. Por exemplo: olha, agarra e depois põe na boca o que quer.
O domínio do ambiente pelo bebê ocorre através do chamado processo de Assimilação (incorporando novos estímulos ambientais: p.ex., agarrar novos objetos) e pelo processo da Acomodação (modificação do comportamento para a adaptação a novos estímulos: p. ex., esticar o braço para agarrar um objeto distante).
Desenvolvimento afetivo e social
Vinculo mãe-bebê
O vínculo mãe-bebê (relação de apego) é extremamente importante neste início da vida!
A criança aprende através dele se o mundo é um lugar bom e agradável para viver ou uma fonte de dor, frustração e incerteza. A criança "sinaliza" ao ambiente como ela está, através de alguns comportamentos como o choro, o sorriso, a vocalização, o olhar, cada um deles indicando coisas diferentes: há alguns "sinais" que buscam a aproximação da mãe e outros que pretendem mantê-la presente, interagindo. É possível distinguir, como já dissemos, choros de "manha", "mágoa" e "dor", assim como há sorrisos "fechados", "sociais" e "largos".
Quando a mãe responde aos "sinais" que a criança emite (chamamos a isso de interação "sintônica") uma relação afetiva se desenvolve e tanto a criança, como a própria mãe, desenvolvem um sentimento de segurança: o bebê frente ao ambiente e a mãe frente ao seu papel materno.
Autoimagem e autoconceito
Em relação à autoimagem e autoconceito, o bebê, inicialmente, não experimenta a si mesmo como separado dos outros, especialmente da mãe: ele e a mãe são vivenciados como sendo uma coisa só!
Com o tempo a criança começa o processo de separação, ainda que a mãe seja vista como uma extensão de si, seja provendo cuidados ou o frustrando.
Ansiedades normais do bebê
Por volta dos 6 meses o bebê sorri mais para a mãe, dá os braços para ela, vocaliza mais em sua presença, deixando nítida a aquisição de uma ligação de apego e apresentando então ansiedade de separação ao seu afastamento.
Em torno dos 8 meses surge a ansiedadefrente a estranhos, indicando claramente que o bebê já discrimina o familiar do não familiar.
Qual é a tarefa do ambiente junto à criança de zero a 1ano e meio?
A tarefa do ambiente nesse período é a de prover condições para que o bebê desenvolva um sentido de segurança e confiança em relação ao mundo através do afeto da mãe ou substituto e da adequada satisfação de suas necessidades.
Mas, mais importante que a quantidade é a qualidade e a contingência da estimulação que o ambiente provê ao bebê: a criança se apega a quem em com ela uma interação melhor (em qualidade e no momento da necessidade) e não quem fica com ela a maior parte do tempo!
O brincar
A criança geralmente se diverte jogando objetos e pegando-os, e gosta muito de brincar com a mãe de "achou!" (nas mais diferentes culturas, diga-se de passagem).
Brinca de sacudir chocalhos (4 meses), empilhar cubos (13 meses) e com 1 ano e meio folheia livros.
Raio de relações significantes: a mãe ou substituto
Modelos teóricos de desenvolvimento
Erikson - Confiança versus Desconfiança no ambiente (0-1 ano)
Segundo Erikson, a qualidade e o nível da consistência do cuidado recebido pela criança permitem que ela sinta confiança (ou desconfiança) no ambiente e uma primeira apreciação de que as pessoas responderão às suas necessidades e expectativas.
Os sinais comportamentais de que a criança está adquirindo essa confiança aparece na facilidade com que ela se alimenta, na profundidade do seu sono, na tranqüilidade da alimentação, na facilidade do seu sorriso e no deixar a mãe se afastar sem mostrar uma ansiedade intensa ou uma raiva muito acentuada. 
Ela deixa a mãe ir embora /sair de perto porque o seu retorno é confiável e seguro. Nesse sentido, a colocação de uma rotina frente às primeiras experiências da criança é fundamental no processo de desenvolvimento da segurança.
Freud - Fase oral
Neste período do desenvolvimento o bebê é puro "Id" (impulsos) e pede ao ambiente uma gratificação imediata de suas necessidades - princípio do prazer ("quero agora!").
Essa gratificação é primariamente oral, através de modos incorporadores (sugar, alimentar-se).
Com o tempo, os limites colocados pelo ambiente entram em confronto com essas necessidades e surge então um "Ego" rudimentar - princípio da realidade ("eu agüento esperar"): a criança aprende aos poucos a esperar e a adiar a satisfação imediata de suas necessidades.
Dos 18 meses aos 3 anos
Desenvolvimento físico
Este é o momento da aquisição dos "dentes de leite". Ocorre também o refinamento das manobras de pegar e soltar (apreensão fina dos dedos). Nesse sentido, e acompanhando essas conquistas, a maioria das crianças começa a alimentar-se sozinhas, colocar e tirar algumas peças de roupas. Que bagunça para a mamãe!!
Do ponto de vista físico é também o importante momento da aquisição do controle da bexiga e o intestino: das fraldas para o penico!
Desenvolvimento da linguagem
A criança se personaliza e começa a usar o "eu", mostrando assim a fundamental aquisição da diferenciação "eu" e "não eu".
Utiliza já frases de duas palavras: "roupa mamãe" (2 anos) para pedir o que deseja.
Mas, como a fala não é ainda capaz de dar à criança condições de expressar tudo, a frustração dá lugar à raiva e a raiva gera a birra. É importante que as pessoas ao redor compreendam o porquê desta irritação.
Surge o plural e começa a fase dos "porquês".
Desenvolvimento cognitivo
Piaget
Este momento é denominado agora de Período pré-operatório e o grande avanço é o surgimento da função simbólica com o uso da linguagem (2 anos).
A criança aprende a diferenciar entre ela e o mundo externo: começa a ver os objetos como separados de si mesma (conceito de objeto).
Desenvolve a capacidade de representar objetos e pessoas mentalmente em sua ausência (permanência do objeto) em torno dos 2 anos.
Outras características importantes desta fase:
· Egocentrismo: a criança entende tudo a partir da própria perspectiva.
· Animismo: a criança acredita que os objetos inanimados estão vivos, isto é, possuem sentimentos e intenções.
· Pensamento mágico: a criança acredita ter o poder de fazer coisas acontecerem a partir de seus desejos.
Desenvolvimento afetivo e social
Com o crescente processo separação-individuação, a criança ganha um senso de existência inteiramente separada, aumenta a independência da mãe, embora, às vezes, vacile entre um funcionamento independente e retorno ao apego inicial.
A criança já "caminhou" muito até esse momento (já aprendeu a andar, a discriminar familiares de estranhos, adquiriu os rudimentos da linguagem) e se recebeu cuidados adequados, sente-se seguro frente ao ambiente e precisa então "testar" tudo isso. Muito de sua interação com o ambiente tem o caráter de uma "oposição" àquilo que lhe é pedido, em várias situações da vida diária. É teimosa, negativista: "não vou", "não quero", "não gosto".
Aparecem de forma intensa alguns impulsos como os de: aquisição (a criança passa a pegar tudo, a querer tudo, dizendo que é dela); agressão (reage muitas vezes batendo, chutando, fazendo birra às frustrações que o ambiente impõe à ela); sexual (na situação de banho é freqüente encontrar crianças explorando as sensações produzidas pelo toque a seus órgãos sexuais). As mães começam a ser mais exigentes com a criança, a exigir maior cooperação, obediência e controle, como é o caso do treino de toalete (processo de eliminação) que acontece em geral nesse momento. É o início da internalização das normas, do que pode e não pode.
O brincar
A criança nesta fase tem objetos favoritos (brinquedos, cobertor e outros).
Brinca de forma solitária, não dividindo os brinquedos (tudo é "meu") e sua brincadeira é livre e sem regras. Importante lembrar que seu tempo de atenção muito curto (por isso devem ocorrer mudanças freqüentes de brincadeira). Gosta bastante de brincar de esconde-esconde.
Qual a tarefa do ambiente junto à criança de até 3 anos?
A tarefa do ambiente nesse período é o de dar limites aos comportamentos da criança, isto é, começar a estabelecer para a criança o que pode e o que não pode, o certo e o errado.
Normas para a criança
Importante nesse sentido que: as normas sejam claras, bem determinadas e exigidas na maioria das vezes: isto faz com que a criança aprenda mais rápida e se sinta segura frente às consequências de seu comportamento.
A aprendizagem das normas e do controle não signifique a aquisição do medo e da vergonha. Importante esclarecer que, nesse momento inicial do aprendizado das normas, que as normas sociais são obedecidas geralmente apenas quando o agente socializador está presente. Há necessidade de um controle externo, ou seja, a mãe precisa estar presente na situação dizendo à criança para "não fazer sujeira", "não subir na mesa"! E é, por sua vez, pelo receio de perder o "amor" da mãe que a criança obedece à ela.
Raio de relações significantes: os pais.
Modelos teóricos de desenvolvimento
Erikson - Autonomia versus Vergonha e Dúvida (1-3 anos)
Nesta fase, a criança luta para dominar e controlar o ambiente. Começa a se ver como separada dos pais, ainda que dependente dele e o esforço é obter autonomia sem perder a auto-estima.
E precisa de protetores firmes que saibam discriminar quando ela pode ir ou deve ser segurada. A falha em dominar essas tarefas ou a punição decorrente leva à vergonha ou à dúvida sobre si mesma e suas capacidades (sentimento de ser "má" ou "suja").
Freud - Fase anal
A atenção e o prazer da criança são dirigidos à excreção, a qual é também fonte de prazer. Corresponde ao momento em que as demandas do ambiente começam a ser colocadas para a criança (treino de toalete).
Também as atitudes frente a figuras de autoridade começam a ser formadas e predominam as de ambivalência e de rebeldia.
Dos 3 aos 5 anos
Desenvolvimento físico
Nesta fase corre, salta, pula, anda de triciclo (3 anos). Também anda de bicicleta, anda na ponta dos pés, joga bola, aprende a nadar (4 anos). Usa tesouras, botões, massa de modelar e utensílios como colher e garfo.
Ocorre uma alteração nas proporções docorpo, a criança passa a reconhecer as diferentes partes do corpo e se interessa por roupas de adulto. Demonstra curiosidade pelos órgãos sexuais, pelo nascimento dos bebês e pelas diferenças sexuais.
Desenvolvimento cognitivo
Piaget - Período pré-operatório (continuação)
Usando palavras, a criança pode imaginar e falar sobre objetos não presentes, acontecimentos e sentimentos. O pensamento é, entretanto, egocêntrico: a criança é incapaz de adotar o ponto de vista do outro e esforça-se pouco para adaptar a comunicação às necessidades de quem ouve.
O pensamento é também limitado pela inabilidade em levar em conta dois aspectos da observação ou dos objetos simultaneamente (não conservação. Por exemplo, na situação: a criança olha para duas bolinhas de massa de modelar do mesmo tamanho, uma delas é então manipulada e se torna mais fina, a criança responde então que uma é maior que a outra porque mais comprida).
Tenta desenhar uma pessoa (3 anos) e depois, coisas que já viu (5 anos).
Desenvolvimento afetivo e social
Ocorre uma grande "ampliação da socialização": a criança é exposta a influências sociais mais amplas, visitando a casa de amigos e muitas vezes frequentando a escola. Além dos contatos sociais da criança crescerem rapidamente nessa fase, há diferenças em relação ao sexo da criança:
As meninas gastam grande parte do tempo em interações sociais, a afiliação é uma tendência maior delas. Os meninos estão mais frequentemente engajados em alguma atividade física. Continua a dependência dos pais, mas inicia-se o esforço pela autonomia: criança quer tomar banho sozinho, ajuda um pouco nas tarefas da casa, envolvimento maior com a escola maternal/creche.
A criança inicia tarefas, propõe atividades, se antecipa ao ambiente.
O brincar
A criança nesta fase brinca ativamente com a fantasia e faz uso intenso da imaginação. Entretanto, o brincar tem características diferentes: já não precisa tanto da manipulação do concreto e recorre muito ao "faz-de-conta".
Também começa a brincar com jogos competitivos.
Os adultos como modelos
Nesta fase, a criança se identifica com os adultos frente aos quais se ligou emocionalmente e com os quais convive. Que responsabilidade a nossa! Ela imita esses modelos, ensaia "papéis" em termos do comportamento, dos valores, das atitudes e da forma de reagir.
Quais as tarefas do ambiente junto à criança de 3 a 5 anos?
As tarefas do ambiente nesse período são no sentido de permitir, dentro dos limites por ele considerados como adequados, que a criança teste a sua iniciativa, sejam dadas condições para que ela verifique o efeito de suas ações e possa aprender que se lançar em frente pode ser algo agradável e ter bons resultados, dentro do equilíbrio liberdade x limites.
É fundamental a adequação dos pais como modelos a serem imitados e seguidos: se estes são indiferentes ou hostis, criam modelos pobres para que a criança se identifique, o afeto é a base tanto para a aquisição de normas quanto da identificação. Nesse sentido é importante que os pais como modelos tenham um bom conhecimento de si mesmos, se aceitem e se respeitem como pessoas, estejam satisfeitos consigo mesmo e possam transmitir um ao outro com tranqüilidade a visão que cada um tem da criança.
A influência dos pais sobre os filhos é profunda justamente porque ela se dá através dessa aprendizagem por imitação mais do que por um ensino direto. A tarefa do ambiente nesse período é também, portanto a reflexão individual e a auto-análise dos adultos como pessoas frente às quais a criança se identifica e toma como modelos.
Raio de relações significantes: a família básica.
Modelos teóricos de desenvolvimento
Erikson - Iniciativa versus Culpa
A criança neste estágio está envolvida em entender, planejar e realizar tarefas. Um senso de moralidade primitivo é manifestado com a sensação de culpa (superego) frente os atos impulsivos. Este é o tempo das rivalidades com os irmãos e o complexo de castração.
Uma disciplina por demais restrita e a consequente internalizarão de normas muito rígidas podem interferir na espontaneidade da criança, com o teste da realidade e levar à culpa excessiva.
Freud - Fase fálica
Os genitais são o foco de interesse, estimulação e excitação. O pênis é o órgão de interesse para ambos os sexos e a criança mostra-se incrivelmente interessada nas diferenças sexuais.
Complexo de Édipo: a criança deseja o pai do sexo oposto e, simultaneamente livrar-se do pai do mesmo sexo. Esse apego ao sexo oposto é vivenciado com intensa preocupação (ansiedade de castração nos meninos e inveja do pênis nas meninas).
Dos 5 aos 12 anos
Desenvolvimento físico
Ocorre a erupção dos dentes permanentes. Também se tem a elaboração da coordenação motora fina. As crianças têm maior consciência das mãos como instrumentos de trabalho.
· Começam a identificar-se com o pai do mesmo sexo (5 anos).
· Há um incremento das proezas atléticas. 
· Ocorre o início da puberdade ao final do período (para as meninas).
Desenvolvimento da linguagem
Nesta fase tem-se um vocabulário enriquecido e sofisticado gramaticalmente. Ocorre o início da leitura (5 anos) e a criança tem muito prazer em jogos de palavras e habilidades verbais. Fala tão bem quanto escreve (12 anos).
Desenvolvimento cognitivo
Piaget - Período operacional concreto
Este é um estágio caracterizado pela aquisição de lógica elementar (relações de causa-efeito) sobre eventos concretos, presentes e experenciados. Os princípios de reversibilidade e conservação de volume, peso, número e extensão são adquiridos.
Há compreensão sobre a relação entre a parte e o todo, capacidade de seriação e classificação (por exemplo: frente à pergunta: há mais bolas vermelhas ou brinquedos nesta caixa, a criança é capaz de dizer a resposta correta do conjunto, ou seja, há mais brinquedos).
O raciocínio é do tipo empírico-dedutivo: "o que é".
Desenvolvimento afetivo e social
Surge um novo socializador: a escola. Consequentemente tem-se também a separação da mãe e de casa por um período de tempo maior. Os professores, os colegas e os amigos se tornam influências sociais importantes.
Entretanto, as amizades são transitórias e os interesses mudam rapidamente. A criança vai deixando de lado a fantasia e o brinquedo, passando a empreender tarefas reais na direção de competências acadêmicas e sociais.
Teste do processo de desenvolvimento anterior
Esta é uma fase de teste do processo de desenvolvimento anterior e nesse sentido: é preciso que a afeição tenha gerado segurança para que ela se sinta tranqüila para conviver com outros adultos e ambientes.
É preciso que os limites impostos ao seu comportamento tenham levado a uma capacidade grande de se adaptar e seguir normas (as da escola são muitas)é preciso que a liberdade tenha permitido a iniciativa e a expectativa de que testar e enfrentar novas situações é muito bom- é preciso acima de tudo que a criança tenha desenvolvido e adquirido uma autoimagem positiva.
crescimento das relações com os colegas do mesmo sexo e do oposto.
O brincar
	As crianças nessa fase participam de jogos em equipe na escola e em casa, com regulamentos. A competição nos jogos pode ter resultados associados à auto-estima.
Quais as tarefas do ambiente?
As tarefas do ambiente nesse período são: em relação à família: continua a ser o primeiro socializador, dela depende a escolha da escola. Cabe a família apoiar a criança, valorizar o seu trabalho na escola, o seu ganho de competências e habilidades. Tem que enfrentar também o início do afastamento da criança da dominância familiar, a cada instante o filho traz um "pode?" novo e diferente, cabendo aos pais discutir, rever, ceder ou impor normas.
Em relação à escola: responder às necessidades da criança de se sentir capaz, empreendedora, competente; informar e formar, assumir o desenvolvimento da criança como um todo, não ser apenas um mero transmissor e cobrador de informações ou, pior ainda, um lugar onde a criança gasta parte do seu tempo, aliviando as responsabilidades da família. Cabe à escola o manter ou transformar a visão quea criança tem de si mesma, de suas capacidades, de seu valor: os professores são adultos significantes e modelos a serem imitados, bem como os companheiros serão os transmissores de novos padrões de comportamento e atitudes.
Raio de relações significantes: a vizinhança e a escola.
Modelos teóricos de desenvolvimento
Erikson - Indústria versus Inferioridade
O domínio das tarefas escolares e a contenção dos impulsos do período anterior para adaptar-se às leis do ambiente são os objetivos desse período. Há reconhecimento por se produzir coisas.
O domínio desse estágio pode ser inferido se a criança sente-se adequada em relação às suas habilidades pessoais, competência ou status entre os colegas. O que mais atrapalha nessa fase esse sentido de dever e realização seria o desajustamento na escola, a competição excessiva, limitações pessoais e outras condições que leva à experiência de fracassos, resultando em sentimentos de inferioridade.
Freud - Latência
	Resolução do Complexo de Édipo com a identificação positiva com o pai do mesmo sexo e internalizarão dos valores parentais formando a consciência moral - Superego. Impulsos sexuais recebem menor ênfase e são canalizados para objetivos socialmente aceitáveis. Aumenta a preocupação com o domínio sobre o ambiente externo: escola, hobbies, esportes, amigos.
Complexo de Édipo
Depois de ver nos seus clientes o funcionamento perfeito da estrutura tripartite da alma conforme a teoria de Platão, Freud volta à cultura grega em busca de mais elementos fundamentais para a construção de sua própria teoria.
No centro do “Id”, determinando toda a vida psíquica, constatou o que chamou Complexo de Édipo, isto é, o desejo incestuoso pela mãe, e uma rivalidade com o pai. Segundo ele, é esse o desejo fundamental que organiza a totalidade da vida psíquica e determina o sentido de nossas vidas. Freud introduziu o conceito no seu Interpretação dos Sonos (1899). O termo deriva do herói grego Édipo que, sem saber, matou seu pai e se casou com sua mãe. Freud atribui o complexo de Édipo às crianças de idade entre 3 e 6 anos. Ele disse que o estágio geralmente terminava quando a criança se identificava com o parente do mesmo sexo e reprimia seus instintos sexuais. Se o relacionamento prévio com os pais fosse relativamente amável e não traumático, e se a atitude parental não fosse excessivamente proibitiva nem excessivamente estimulante, o estágio seria ultrapassado harmoniosamente. Em presença do trauma, no entanto, ocorre uma neurose infantil que é um importante precursor de reações similares na vida adulta. O Superego, o fator moral que domina a mente consciente do adulto, também tem sua parte no processo de gerar ocomplexo de Édipo. Freud considerou a reação contra o complexo de Édito a mais importante conquista social da mente humana. Psicanalistas posteriores consideram a descrição de Freud imprecisa, apesar de conter algumas verdades parciais.
Regressão
O retorno a um período anterior, menos frustrante da vida, acompanhado da exibição de um comportamento dependente e infantil característico desse período mais seguro.
Repressão
A negação da existência de um fator provocador da ansiedade, ou seja, a eliminação involuntária de algumas lembranças ou percepções da consciência que provoquem desconforto.
Sublimação
A alteração ou o deslocamento dos impulsos do id desviando a energia instintiva para os comportamentos socialmente aceitáveis; por exemplo: desviar a energia sexual para um comportamento de criação artística.
Recalque
 	Designa o mecanismo através do qual o indivíduo tenta eliminar do seu consciente representações que considera inaceitáveis. É um processo ativo no qual o indivíduo tenta manter ao nível do inconsciente emoções, desejos, lembranças ou afetos passíveis de entrarem em conflito com a visão que o sujeito tem de si mesmo ou na sua relação com o mundo.
Teoria Psicogenética de Jean Piaget
Segundo Piaget, a construção do conhecimento ocorre quando o indivíduo age, física ou mentalmente, sobre os objetos, provocando o desequilíbrio do conhecimento adquirido anteriormente. Esse desequilíbrio deve ser resolvido por meio de um processo de assimilação e acomodação do novo conhecimento. Assim, o equilíbrio será restabelecido para, em seguida, sofrer outro desequilíbrio.
· Esquema: Os esquemas são análogos às fichas deste arquivo, ou seja, são as estruturas mentais ou cognitivas pelas quais os indivíduos intelectualmente organizam o meio. São estruturas que se modificam com o desenvolvimento mental e que tornam-se cada vez mais refinadas à medida em que a criança torna-se mais apta a generalizar os estímulos. Por este motivo, os esquemas cognitivos do adulto são derivados dos esquemas sensórios-motores da criança e, os processos responsáveis por esses mudanças nas estruturas cognitivas são assimilação e acomodação.
· Assimilação - É o processo cognitivo de colocar novos conhecimentos em esquemas já existentes. É a incorporação de elementos do meio externo (conhecimentos, objetos) a um esquema ou estrutura do sujeito. Esse processo de captar o ambiente e de organizá-lo possibilita a ampliação dos esquemas já existentes.
· Acomodação - É a modificação de um esquema ou de uma estrutura, em função das particularidades do conhecimento ou do objeto novo que será assimilado. O indivíduo poderá criar um novo esquema que absorva o novo conhecimento ou objeto, ou poderá adaptar um esquema existente para que o novo conhecimento possa ser incluído nele.
· Equilibração - É o processo que se dá quando se passa de uma situação de menor equilíbrio (durante a assimilação) para uma situação de maior equilíbrio (durante a acomodação).
Para Piaget, no seu livro Problemas de Psicologia Genética, o ideal da educação não é aprender ao máximo, maximizar os resultados, mas é antes de tudo aprender a aprender; é aprender a desenvolver-se e aprender a continuar a se desenvolver, depois da escola. 
Os estágios do desenvolvimento humano
Piaget considera 4 períodos no processo evolutivo da espécie humana que são caracterizados "por aquilo que o indivíduo consegue fazer melhor" no decorrer das diversas faixas etárias ao longo do seu processo de desenvolvimento (Furtado, op.cit.). São eles:
· 1º período: Sensório-motor              (0 a 2 anos)
· 2º período: Pré-operatório                (2 a 7 anos) 
· 3º período: Operações concretas     (7 a 11 ou 12 anos)
· 4º período: Operações formais         (11 ou 12 anos em diante)
O desenvolvimento passa pelos seguintes estágios de desenvolvimento de acordo com Piaget:
Sensorial-motor 
Ao nascer, o bebe tem padrões inatos de comportamento, como agarrar, sugar e atividades grosseiras do organismo, segundo Piaget. As modificações e o desenvolvimento do comportamento ocorrem como resultado da interação desses padrões inatos (semelhantes a reflexos) com o meio ambiente. O bebê então começa a construir esquemas para assimilar o ambiente.
Nesse estágio, seu conhecimento é privado e não tocado pela experiência de outras pessoas (o mundo é ele).
 Pré-operações 
O período pré – operatório abrange a idade de 2 a 7 anos e é dividido em dois períodos: o da Inteligência Simbólica (dos 2 aos 4 anos) e o período Intuitivo (dos 4 aos 7 anos).
 Operações concretas 
O individuo consolida as conservações de número, substancia, volume e peso. Desenvolve também noções de tempo, espaço, velocidade, ordem, casualidade. Organiza então o mundo de maneira lógica e operatória. É capaz de estabelecer compromissos, compreende as regras podendo ser fiel a elas.
 Operações formais 
No período formal as estruturas cognitivas da criança alcançam seu nível mais elevado de desenvolvimento, e tornam-se aptas a aplicar o raciocínio lógico a todas as classes de problemas. Enfim, é a “abertura para todos os possíveis”.
A contribuição de Jean Piaget é inegável, até para aqueles que consideram a Teoria Cognitiva insuficiente para explicar como o desenvolvimento e a aprendizagem acontecem.
Desenvolvimento do adolescente
A adolescência é considerada um período de transição universal e inevitável,turbulência, mudanças físicas, hormonais e comportamentais e emoções incontroladas. Nesta fase ocorre a preparação para a entrada da vida adulta, resultando na seguinte questão que denota a preparação para a criação de identidade “Quem sou eu?” Esta incógnita será respondida ao longo de cada etapa do desenvolvimento humano.
A adolescência é considerada um período de transição universal e inevitável, turbulência, mudanças físicas, hormonais e comportamentais e emoções incontroladas. Nesta fase ocorre a preparação para a entrada da vida adulta, resultando na seguinte questão que denota a preparação para a criação de identidade “Quem sou eu?” Esta incógnita será respondida ao longo de cada etapa do desenvolvimento humano.
Três lutos fundamentais: 
· luto pelo CORPO INFANTIL; 
· luto pelo PAPEL e pela IDENTIDADE INFANTIL; 
· luto pelos PAIS DA INFÂNCIA.
Lutos são acompanhados pelo luto normal, mas também adquirem características do luto patológico. Surge a “Síndrome da Adolescência Normal”: 
Resultado da interação do indivíduo com seu meio(a patologia é sempre expressão do conflito do indivíduo com a realidade). Em virtude da crise vivida, esta idade é a mais apta para sofrer os impactos de uma realidade frustrante. Une-se a estes lutos também a bissexualidade infantil perdida. Resultado da interação do indivíduo com seu meio(a patologia é sempre expressão do conflito do indivíduo com a realidade).
Em virtude da crise vivida, esta idade é a mais apta para sofrer os impactos de uma realidade frustrante. A necessidade de elaborar os lutos, obriga o adolescente a recorrer normalmente a manejos psicopáticos. Produz-se um curto circuito do pensamento: a concepção lógica dá lugar à expressão através da ação, mesmo que de forma fugaz e transitória. Seria anormal a presença de um equilíbrio estável nesta fase da vida. 
A estabilização da personalidade não se consegue sem passar por um certo grau de conduta patológica, inerente à evolução normal desta etapa da vida. Normalidade significa adaptação ao meio e não submetimento a ele. A personalidade bem integrada não é sempre a melhor adaptada, neste aspecto a conduta do adolescente pode falhar.
Adolescência não é apenas uma etapa preparatória para a maturidade: esta visão é um “adultomorfismo”, que é preciso superar. O adolescente apresenta grande vulnerabilidade para assimilar os impactos projetivos dos pais, irmãos, amigos e de toda a sociedade. É um receptáculo propício para encarregar-se dos conflitos dos outros: assume os aspectos doentios do meio em que vive.
As lutas e rebeliões externas não são mais do que reflexos dos conflitos de dependência infantil que intimamente persistem. Os processos de luto obrigam a atuações que tem características defensivas, de caráter psicopático, fóbico ou contrafóbico, maníaco ou esquizóide. Seus conflitos são exteriorizados de acordo com a sua estrutura e suas experiências.
A maior ou menor anormalidade desta Síndrome normal dever-se-á em parte:
· Aos processos de identificação e luto que tenha podido realizar o adolescente.
· “Na medida em que tenha elaborado os lutos, que são em última instância os que levam à identificação, o adolescente verá seu mundo interno mais fortificado e, então, esta normal anormalidade será menos conflitiva e, consequentemente, menos perturbadora.”
· No entanto é importante se destacar os fatores sócio-culturais na determinação da fenomenologia desta fase da vida.
· E também deve-se considerar o problema básico fundamental da circunstância evolutiva que significa esta etapa, com toda a sua bagagem biológica individualizante. 
· Este processo evolutivo também sofre influência de uma realidade biopsicológica(puberdade). 
Devemos em parte considerar a adolescência como um fenômeno específico dentro de toda a história do desenvolvimento do ser humano, e , por outro lado, estudar a sua expressão circunstancial de caráter geográfico, temporal e histórico-social”. Não há dúvidas de que o elemento sócio-cultural influi com um determinismo específico nas manifestações da adolescência, mas também temos que considerar que atrás dessa expressão sócio-cultural existe um embasamento psico-biológico que lhe dá características universais. 
O problema da adolescência deve ser tomado como um processo universal de troca, de desprendimento, mas que será influenciado por conotações externas peculiares de cada cultura, que o favorecerão ou dificultarão, segundo as circunstâncias. Na nossa cultura, hoje, dois campos merecem destaque para alcançar a felicidade adulta:
· As relações amorosas e sexuais
· Poder(potência no campo produtivo, financeiro e social)
· Duas qualidades subjetivas para alcançar reconhecimento, é necessário ser:
1) Desejável 
2) Invejável 
Adolescente é alguém:
1) que teve o tempo de assimilar os valores mais banais bem compartilhados na comunidade(sucesso financeiro/social e amoroso/sexual)
2) cujo corpo chegou à maturação necessária, competindo de igual para igual com todo mundo.
3) para quem, nesse exato momento, a comunidade impõe uma moratória.
 	Adolescência e moratória: uma vez transmitidos os valores sociais mais básicos, há um tempo de suspensão entre a chegada à maturação dos corpos e a autorização de realizar os ditos valores. Essa autorização é postergada. E o tempo de suspensão é a adolescência. A adolescência é uma interpretação de sonhos adultos, produzida por uma moratória que força o adolescente a tentar descobrir o que os adultos querem dele. Eles transgridem a vontade explícita dos adultos.
Adolescência e a infância fenômeno moderno
Infância: a morte é o fim de tudo e as crianças se tornam a única consolação, a promessa de continuação e imortalidade. A infância preenche a função cultural essencial de tornar a modernidade suportável. As cças modernas são objeto de contemplação, de agrado e descanso dos olhos. Paradoxalmente, elas devem, ao mesmo tempo, ser felizes e se preparar ativamente para conseguir tudo o que nós não conseguimos. A infância é uma espécie de promessa. Este prolongamento da infância força a invenção da adolescência.
O espetáculo da felicidade no adolescente para o adulto, é muito mais gratificante – são muitas as similaridades. Adolescentes protegidos e irresponsáveis como crianças, mas com exigências e voracidades de adultos. A adolescência real, nos assusta com um desses filmes, em que de repente, se realizam de verdade fantasias que estão dentro de nós, mas que preferiríamos esquecer. 
A adolescência se torna um ideal dos adultos: 
Eles não se contentam mais com a visão de criancinhas felizes. Encontram nos adolescentes idealizados um prazer menos utópico e mais narcisista. Os adolescentes oferecem uma imagem plausível, praticável. A adolescência desta forma se torna um ideal para si mesmo: Ele é empurrado a ser cada vez mais a cópia de seu próprio estereótipo.
· Os adolescentes pedem reconhecimento e encontram um espelho para os adultos se contemplarem. 
· Pedem uma palavra para crescer e ganham um olhar que admira justamente o casulo que eles queriam deixar. 
· Moral da história: 
· O dever dos jovens é envelhecer.
· Suma sabedoria: Mas o que acontece quando a aspiração dos adultos é manifestadamente a de rejuvenescer?
Sintomatologia 
1) Busca de sí mesmo e da identidade; 
2) Tendência grupal; 
3) Necessidade de intelectualizar e fantasiar; 
4) Deslocalização temporal; 
5) Evolução sexual manifesta; 
6) Atitude antisocial; 
7) Contradições sucessivas; 
8) Separação progressiva dos pais; 
9) Constantes flutuações de humor e estado de ânimo.
Busca de si mesmo e da Identidade: 
Continuamente é necessário integrar todo o passado, o experimentado, o internalizado (e também o rejeitado), com as novas exigência do meio e com as demandas internas de satisfação estabelecidas no campo dinâmico das relações interpessoais. O adolescente precisa dar continuidade a tudo isto dentro da personalidade, pelo que se estabelece uma busca de um novo sentimento de continuidade e semelhança consigo mesmo.
Busca de si mesmo e da Identidade: 
O problema chave da identidadeconsiste na capacidade do ego de manter esta semelhança e continuidade frente a um destino mutável, fechado e impenetrável à mudança; Diante de um processo psicossocial que preserva alguns aspectos essenciais, tanto no indivíduo como em sua sociedade. 
Busca de si mesmo e da Identidade: 
Pode lançar mão de pseudo-identidades. Só depois de finalizado o processo de separação, a identidade será definida como independente. Mas tudo isso acontece com muita angústia, com microdepressões e microlutos.
Tendência Grupal: 
Estar no grupo significa oposição às figuras parentais e uma maneira ativa de determinar uma identidade diferente do grupo familiar. O grupo resulta útil para as dissociações, projeções e identificações que se produzem nesta etapa. O fenômeno grupal facilita a conduta psicopática normal do adolescente: atuação motora(descontrole pelo corpo infantil) + atuação afetiva(descontrole pela perda do papel infantil) e aparecem condutas de desafeto, de crueldade com o objeto, indiferença, falta de responsabilidade. 
Necessidade de intelectualizar e fantasiar:
· É uma das formas típicas do pensamento adolescente. 
· Frente às situações das perdas dolorosas, utiliza estes mecanismos como defesa.
· A angústia produzida pela incessante flutuação da identidade, obrigam a um refúgio interior.
· O que resulta, numa espécie de reajuste emocional: surgem as grandes teorias filosóficas, os movimentos políticos, as idéias de salvar a humanidade, é quando começam a escrever versos e dedicam-se a atividades literárias e artísticas.
Deslocalização Temporal:
A adolescência se caracteriza pela irrupção de partes indiscriminadas, fundidas, da personalidade naquelas mais diferenciadas. As modificações biológicas e o crescimento corporal, incontroláveis, são vividos como um fenômeno psicótico e psicotizante no corpo. É neste período que a dimensão temporal vai adquirindo lentamente características discriminativas.
 	Como defesa o adolescente especializa o tempo para poder maneja-lo. À medida que os lutos da adolescência vão se elaborando, a dimensão temporal adquire outras características. Surge a conceituação do tempo, que implica a noção discriminada de passado, presente e futuro, com a aceitação da morte dos pais e a perda definitiva de vínculo com eles.
 	Quando pode reconhecer um passado e formular projetos de futuro com capacidade de espera e elaboração no presente, supera grande parte da problemática da adolescência. Poder conceituar o tempo, vivencia-lo como nexo de união, é o essencial, subjacente à integração da identidade. 
Evolução Sexual: do autoerotismo à heterossexualidade
Atividade de caráter masturbatório e o começo do exercício genital. Ao aceitar sua genitalidade, inicia a busca do parceiro de forma tímida, mas intensa. O amor apaixonado adquire características singulares(idealizado, amor à primeira vista).
Muitos adolescentes realizam o ato sexual completo com características genitais, mas com caráter mais exploratório, do que um verdadeiro exercício genital adulto de tipo procriativo.
 	Atividade de caráter masturbatório e o começo do exercício genital. Ao aceitar sua genitalidade, inicia a busca do parceiro de forma tímida, mas intensa. O amor apaixonado adquire características singulares(idealizado, amor à primeira vista). Muitos adolescentes realizam o ato sexual completo com características genitais, mas com caráter mais exploratório, do que um verdadeiro exercício genital adulto de tipo procriativo.
Atitude Social Reivindicatória 
 	Todo processo da adolescência também depende dos pais, do grupo familiar e da sociedade. A adolescência é recebida predominantemente de forma hostil pelos adultos: tenta-se isolar o adolescente. Na sociedade, são muitas as restrições impostas, em muitos casos, as possibilidades materiais, tornam tudo praticamente impossível para o adolescente. 
 	Diante disso, atitude social reivindicatória, torna-se praticamente imprescindível. Na medida em que o adolescente não encontre o caminho adequado para a sua expressão vital e para a aceitação de uma possibilidade de realização, não poderá jamais ser um adulto satisfeito.
Contradições nas Manifestações de Conduta
 	A conduta do adolescente está dominada pela ação e até o pensamento precisa tornar-se ação para ser controlado. Não consegue manter uma linha de conduta rígida, permanente e absoluta. Só o adolescente mentalmente doente poderá mostrar rigidez na conduta.
É o mundo adulto que não suporta as mudanças na conduta do adolescente, quem não aceita as identidades ocasionais, transitórias, circunstanciais. Estas contradições, com a variada utilização de defesas, facilitam a elaboração dos lutos típicos deste período da vida e caracterizam a identidade adolescente.
Separação Progressiva dos Pais
 	Uma das tarefas básicas, além da identidade é a de ir separando-se dos pais. Os pais não são alheios a este momento e também sofrem, intensificando o caráter de conflito. Muitas vezes os pais negam o crescimento dos filhos e os filhos os vêem com características persecutórias acentuadas A presença internalizada de boas imagens parentais, com papéis bem definidos, permitirá uma boa separação dos pais, para o exercício da genialidade num plano adulto.
Flutuações de Humor e Estado de Ânimo
A depressão e o luto acompanham o processo identificatório do adolescente. A quantidade e a qualidade da elaboração dos lutos, determinarão a maior ou menor intensidade desta expressão e destes sentimentos. Refugia-se em si mesmo, no seu mundo de infância, preparando-se para ação. Ao falharem as tentativas de elaboração do luto pela perda dos objetos, as mudanças de humor podem aparecer como micro-crises maníaco-depressivas.

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