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Aula de TST Atualizada

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ÉTICA PROFISSIONAL
PROFESSOR GUILHERME MELO
1
A ética profissional e o Técnico em Segurança do Trabalho
ÉTICA PROFISSIONAL PARA COM A EMPRESA (TAMBÉM CHAMADA DE ÉTICA CORPORATIVA)
Aqui aparece a questão em que o profissional se envolve em assuntos relacionados à empresa. Vejamos um exemplo:
Você é o TST que elabora os PPP’s (Perfil Profissiográfico Previdenciário) da empresa e recebe um pedido sigiloso para fazer um PPP de um funcionário. É fácil imaginar que a empresa está pensando em demitir o tal funcionário.
 Acontece que você vê o nome e descobre que é um amigo seu. Você contaria para ele ou não? É óbvio que a ética lhe diz para não comentar nada com ninguém, mesmo sendo ele seu melhor amigo. Isso é ética para com a empresa.
Em contrapartida, ser ético para com a empresa não significa concordar com o que ela faz de errado. Até porque, em se tratando de prevenção de acidentes, você também poderá ser penalizado futuramente pela negligência da empresa. 
Não se esqueça que você está lá para aplicar a legislação. Se você deixar de aplicar as normas porque a empresa está te pressionando, isso não é ética para com a empresa – isso é negligência.
Ainda sobre a ética para com a empresa, certa vez passei por uma situação que descrevo abaixo:
Fui escolhido para preparar a eleição da CIPA naquele ano e, uma das fases do processo consistia em pegar a relação de todos os funcionários e ver quem estava para ser demitido. Obviamente eles “não poderiam” participar do processo de eleição. Quando vi a lista (haviam vários nomes), mas um deles era um colega bem próximo. 
Acontece que ele não se candidatou e nos meses seguintes houveram algumas mudanças administrativas e ele foi transferido para outro departamento onde permaneceu até se aposentar recentemente. 
Ele nunca soube que esteve na lista para ser demitido, mas digamos que eu tivesse contado para ele. A história com certeza não teria esse final feliz. Muito possivelmente teríamos sido os dois demitidos. 
ÉTICA PROFISSIONAL PARA COM O COLEGA DE PROFISSÃO (TAMBÉM CHAMADA DE ÉTICA PESSOAL)
Infelizmente nossa classe não é tão unida e, no caso da ética, tem gente que parece que nem sabe o que é isso. 
É comum vermos colegas criticando colegas.
É claro que ninguém é perfeito e pode cometer erros, porém isso deve ser discutido com o grupo para tentar alinhar o trabalho do Departamento de segurança e não ficar trocando picuinhas pra lá e pra cá. 
Em alguns casos especiais, onde o colega parece estar desinteressado, é bom que se converse em particular para tentar descobrir o que está acontecendo e juntos arranjar uma solução.
É bom lembrar que, ser ético com o colega não é carregá-lo nas costas. Cada um tem que fazer a sua parte para que ninguém fique sobrecarregado. 
Para isso o chefe do departamento tem que avaliar seus subordinados e ver se alguém está deixando a desejar antes que a situação saia fora do controle.
Pode ser que alguém esteja desmotivado e até pensando em sair da empresa. Neste caso é melhor, eticamente falando, que você chegue até o chefe e exponha seu descontentamento, mas nunca prejudique seus colegas de trabalho.
CONCLUSÃO
A ética profissional para os TST está presente no dia a dia. Tomar as decisões certas pode fazer muita diferença, tanto para você como para a empresa. Ser ético é saber falar e calar na hora certa. 
É saber o que falar e para quem falar. Ser ético para com a empresa é fazer o que ela pede, sem negligenciar a sua condição de prevencionista.
Ser ético para com o colega é respeitar as limitações profissionais e culturais de cada um e sempre tentar ajudar. É fazer críticas construtivas. É ser empático. 
É ser amigo mesmo que as diferenças existam, pois apesar de sermos diferentes também podemos ser muito parecidos em diversos aspectos.
Portanto, ser ético é reconhecer que somos seres humanos e como tal, sujeito a erros. 
“Na antiguidade, todos os filósofos entendiam a ética como o estudo dos meios de se alcançar a felicidade (eudaimonia) e investigar o que significa felicidade.”
Então, se você é ético, possivelmente é uma pessoa feliz! 
Considerações iniciais
Ética é um tema sempre presente no nosso cotidiano desde o relacionamento pessoal e profissional até a reflexão sobre as descobertas feitas por pesquisas científicas feitas cujo impacto leva ao questionamento sobre os limites do controle da vida do ser humano.
Nós nos deparamos frequentemente com escândalos e tendemos a crer que a falta de ética é a regra geral, na conduta do homem.
Ressaltando que cabe a cada um de nós o comportamento ético e moral diário dando a devida importância ao exercício pleno da cidadania contribuindo para a formação de pessoas e profissionais que construam uma Nação melhor.
Iniciaremos nossa abordagem com os conceitos fundamentais de ética, moral, cidadania, valores, conduta ética, dilemas éticos e consciência ética.
Vistos estes conceitos, vamos aplicá-los no cotidiano do homem e do profissional, voltado para a gestão.
O profissional de segurança do trabalho, assim como aqueles de diferentes áreas, se depara diariamente com situações em que seus valores são colocados à prova.
Quais parâmetros considerar para a tomada de decisão? Vamos discutir amplamente nestas aulas os temas voltados para a gestão e sua relação comas bases éticas fundamentais.
Liderança, comunicação, relacionamento interpessoal, código de ética profissional e organizacional, gestão da reputação, valorização da diversidade, ética no serviço público são alguns temas sobre os quais você refletirá em termos de consciência e conduta ética.
 E por fim a ética profissional e o Técnico em Segurança do Trabalho
Código de Ética do TST
LEI 8.112 DE 1990.
Aula 1 – Ética e Moral
Na primeira aula, vamos abordar os conceitos fundamentais de ética e moral desde sua abordagem nos tempos antigos, antes de Cristo até nossos dias. Vamos refletir sobre a base destes conceitos e compreender a diferença entre o que é moral, imoral e amoral.
Trazendo para nosso cotidiano a reflexão sobre o que é ético e antiético assim como a relação do cidadão com seu município, estado e país na busca pelo bem comum.
1.1 Introdução à Ética
Há uma confusão na compreensão dos termos ética e moral, inclusive levando a crer que ambos têm o mesmo significado, vamos compreender o conceito de ética para depois diferenciá-lo de moral.
Quando falamos sobre ética, parece que as coisas estão indo mal. Parece que há uma crise e logo nos reportamos a escândalos envolvendo a administração pública. 
"Ora, cada um de nós tem sua própria ética baseada nas regras impostas pelo grupo do qual fazemos parte cujas ações se fundamentam na cultura transmitida de geração a geração e que nos diz o que é certo ou errado".
“A ética, como ciência do ethos ("caráter moral"), é um saber elaborado segundo regras ou segundo uma lógica peculiar” segundo o ensinamento de Patrus-Penas e Castro (2010, p. 32).
É a ética, conforme Srour (2011, p.21), que esclarece o motivo que leva os agentes sociais a tomarem esta ou aquela decisão, orientados por este ou aquele valor, condicionados por estes ou aqueles interesses.
Portanto, ser ético, significa ser um agente social cujas decisões são fundamentadas na moral do grupo ao qual pertence e são tomadas com base em valores e interesses que busquem o bem comum.
Colombo et. al (2011, p.11) recorre a Vázquez (2005) para ensinar que ética “pode ser compreendida como ‘teoria, investigação ou explicação de um tipo de experiência humana ou forma de comportamento dos homens’ e possui como função fundamental estudar a essência do comportamento moral”.
O termo ética foi trazido pelos trabalhos de Pitágoras em VI a.C. e por Aristóteles, em IV a.C. em sua obra “Ética a Nicômaco”.
Cada sociedade tem sua ética própria, assim, não podemos dizer que há certo ou errado quando se compara o papel que se atribui à mulher no ocidente com aquele preconizado no Oriente Médio ou na cultura muçulmana.
Veja o exemplo da Figura 1.1, em que a mulhermuçulmana está usando uma burka, vestimenta que não é adotada pela mulher ocidental.
Figura 1.1: Burka – vestimenta obrigatória para as mulheres mulçumanas.
1.2 Introdução à Moral
Colombo et. al (2011 p. 25) indica que, para Vásquez (2005) o comportamento moral é legislado pela ética. 
Os autores reforçam ainda que “a ética vai definir o que é bom e investigar princípios da moralidade de uma sociedade. Ela fundamenta e justifica certos comportamentos, mas não cria a moral”.
A moral de um povo é o conjunto de normas vigentes consideradas como critérios que orientam o modo de agir dos indivíduos daquela sociedade.
“Quando se qualifica um comportamento como bom ou mau, tem-se um critério que é definido no espaço da moralidade” ensina Rios (2011, p. 29) e isso interessa à ética no sentido de procurar o fundamento dos valores que oferecem sustentação para este comportamento bom ou mau.
Observe que a Figura 1.2 resume e diferencia a ética como disciplina teórica e a ética individual, a moral e a conduta.
Figura 1.2: Terminologia para ética, moral e conduta.
A origem da palavra “ética”, conforme Srour (2011, p. 18), está no “caráter distintivo, os costumes, hábitos e valores de determinada coletividade ou pessoa”. 
Daí surge a confusão entre ética e moral, pois a palavra “costume” foi traduzida em latim por mos ou mores no plural, derivando a palavra moral, no português.
Vamos nos reportar a Srour (2011, p. 21) para a definição de ética como sendo “o estudo dos fatos sociais, ou seja, relações entre agentes historicamente definidos. A Ética é o conhecimento científico dos fatos morais”.
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As escolhas que estes agentes fazem considerando suas avaliações sobre o bem e o mal; 
O mal e o bem (quando se admite que há um mal necessário para que um bem maior seja atingido); 
O bem e o bem (quando só é possível beneficiar uma das partes como exemplificado na Figura 1.3); 
 E o mal e o mal (quando se admite que “entre os males, o menor”) é o que diferencia fatos morais (estudados pela ética) de fatos sociais (do cotidiano).
Figura 1.3: A escolha entre o bem e o bem: o que é bom para a gazela não é bom para a leoa.
Sobre a relação entre a ética e a moral, veja a seguinte explicação de Rios (2011, p. 34-35):
A ética se apresenta como uma reflexão crítica sobre a dimensão moral do comportamento do homem. (...) 
A moral, em uma determinada sociedade, indica o comportamento que deve ser considerado bom e mau.
 A ética procura o fundamento do valor que norteia o comportamento, partindo da historicidade presente nos valores.
1.3 A visão ética de Einstein
A humildade, afabilidade, cordialidade e confiança naquilo que fazia eram características de Albert Einstein (veja Figura 1.4) cuja irreverência, segundo Sá (2010, p. 46) era fruto de seu inconformismo. 
Sua visão ética sobre a vida foi um de seus legados, além das brilhantes pesquisas no campo da Física e da Matemática. Sá (2010, p. 47) reforça alguns dos princípios éticos de Einstein:
Valor para a simplicidade, liberdade e respeito a cada ser;
Recusa a normas, dogmas, inconformismo e submissão;
Aceitação daquilo que se pode compreender;
Repúdio à escravidão;
Confiança na criatividade do ser humano;
Crença de que os males são resultado do desamor e da ignorância;
Aceitação de que não se ensina ou aprende o que não se ama;
Fama merece cautela, pois causa inveja e ressentimento.
Albert Einstein nasceu na Alemanha em 1879.
Conhecido por ter desenvolvido a teoria da relatividade, seu trabalho abriu caminho para o desenvolvimento da energia atômica. 
Recebeu em 1921 o Prêmio Nobel de Física pela sua teoria quântica, esclarecendo o efeito fotoelétrico.
Perseguido pelos nazistas, deixou a Alemanha passando a morar nos Estados Unidos, como cidadão americano onde faleceu em 1955. 
Em 2009 foi eleito por 100 renomados físicos em todo o mundo como o físico mais memorável de todos os tempos.
Figura 1.4: Albert Einstein em 1921.
Resumo
Nesta aula, vimos que ética e moral não são a mesma coisa. Ética é uma disciplina teórica que estuda os princípios da moralidade. 
A moral é um conjunto de normas e regras destinadas a regular as relações dos indivíduos em uma comunidade social.
 Vimos também que alguns dos princípios de Einstein, um gênio que não se rendeu a condutas antiéticas mesmo que tenha sido perseguido em seu próprio país.
Aula 2 – Valores éticos individuais e organizacionais
Nesta aula, vamos abordar os valores, elementos fundamentais para as decisões éticas individuais e organizacionais, sejam elas públicas ou privadas.
A consciência ética também é um tema desta aula e sua abordagem será feita com base nos exemplos que temos em nosso cotidiano.
2.1 Valores e virtudes
Valores são princípios dos quais não se abre mão. 
Eles estão na base de nossa conduta individual assim como são os fundamentos da tomada de decisão das organizações.
Você conhece os valores declarados pela empresa onde você trabalha? 
Observe que na Figura 2.1, os valores estão na base do planejamento estratégico das organizações. Os níveis estratégico, tático e operacional executam suas tarefas e tomam decisões com base nas crenças da organização.
Figura 2.1: valores da organização na base de seu planejamento estratégico.
Sá (2010, p. 79), recorre a Aristóteles para ensinar que “aos hábitos dignos de louvor chamamos virtudes”.
Vale aqui ressaltar que os virtuosos são dignos de louvor ainda que o meio em que vivam ou trabalhem não proporcione a prática da conduta virtuosa.
A conduta virtuosa (respeitar todos os seres, por exemplo) é uma qualidade fundamental no campo da ética e somente é possível para pessoas com valores (respeito, por exemplo) fortes.
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Veremos mais adiante a importância dos códigos de ética profissionais e organizacionais, contudo, vale aqui observar que de nada adianta existirem padrões de conduta se as pessoas não se identificarem legitimamente com seus princípios.
Quando os valores mudam os costumes também mudam, a legislação acompanha esta mudança e estabelece limites para o convívio harmonioso e este conjunto determina o comportamento ético das pessoas naquela sociedade.
Por exemplo, na década de 50 não se imaginava que as mulheres trabalhassem fora de casa. 
O valor atribuído à presença da mulher no mundo do trabalho era diferente daquele que vemos atualmente, no século XXI.
A mudança deste valor leva a uma mudança de costumes, pois atualmente não somente a mulher trabalha como já se vê uma mudança radical de valores em que o homem passa a se dedicar mais às atividades domésticas.
Com esta mudança de valores e costumes, a legislação que prevê os direitos das mulheres passa a reger situações como a obrigatoriedade de berçário para empresas com um número mínimo de mulheres empregadas.
Para Rios (2011, p. 29), “não é apenas no campo da moralidade que se encontram valores. 
Existe valoração na medida em que qualquer interferência do homem na realidade se dá para conferir um significado a esta realidade”.
Figura 2.2: O papel da mulher nos anos 50 e no século XXI.
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2.2 Consciência ética
O que fazer se o Código Civil protege o sigilo e a lei fiscal obriga sua quebra?
A consciência, como bem lembra Sá (2009, p. 73) “tem como mais forte o dever de não trair e de não insurgir-se contra aquele que se tem o dever de proteger”.
Contudo, quando prevalece o bem público, age a lei no sentido de revelar aquilo que a consciência leva a omitir. 
Deveria ser necessária a ação da lei já que se sabe que a omissão prejudica o bem estar público?
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Uma imagem que me vem à mente sobre consciência ética é a ocupação, em novembro de 2010, do Morro do Alemão e um ano depois, em novembro de 2011 a ocupação da Favela da Rocinha, no Rio de Janeiro.
Estas duas comunidades mantinham seu próprio código de ética respeitado não somente pelos próprios traficantes, mas também pelos moradores independente de sua opinião a respeito.
Figura 2.3: Ocupação do Complexo do Alemão em novembro – 2010.
A intervençãodos policiais, com apoio do Governo Federal brasileiro se deu e foi legítima, pois a ética ali predominante entrava em conflito com a ética da sociedade, prejudicando os moradores daquele local e oferecendo um exemplo de conduta para outros indivíduos que não condiz com a convivência saudável que se espera para os seres humanos.
A consciência ética daqueles que dominavam estas comunidades não condiz com aquela que é aceita em nossa sociedade. 
É deste choque de percepções sobre o que é certo e errado que se origina confrontos com estes aos quais assistimos.
Sá (2011, p. 74) apresenta alguns estados especiais de manifestação da consciência ética ao indicar que sentimentos morais, religiosos, partidários e econômicos assim como as expressões do ego voltadas para o interesse e a emoção podem tentar a consciência ética a ceder. 
A qualidade destas manifestações é que determina o quanto as circunstâncias ambientais influenciarão na firmeza do caráter de quem toma a decisão.
Resumo
Nesta aula, aprendemos que valores são princípios dos quais não se abre mão, podendo ser individuais ou organizacionais. 
Vimos que hábitos dignos de louvor são chamados de virtudes e que de nada adianta códigos da profissão ou de organizações se as pessoas não internalizarem seu significado.
A consciência ética também foi tema de discussão desta aula em que tratamos dos dilemas a que são confrontados os profissionais.
Aula 3 – Conduta Humana Fundamentada na Ética
Nesta aula, abordaremos a ética como base para a conduta do homem, individualmente, nas organizações em que trabalha ou nos grupos sociais aos quais pertence.
Ao compreendermos que o estudo da ética passa pela normatização das condutas dos indivíduos, precisamos também conhecer as razões que levam os indivíduos a aceitarem as normas impostas pelo grupo ao qual pertencem.
3.1 A conduta ética
Você já observou que há situações em que se faz necessária a orientação quanto às roupas adequadas para situações especiais no cotidiano, no ambiente de trabalho e no culto religioso.
Veja que, no nosso país, não há penalidades legais implícitas, mas existem punições sociais expressas pela rejeição do grupo.
Já em outros países, o desrespeito às normas de conduta simples como o uso de vestimentas específicas ferem os princípios religiosos e, neste caso existe a punição pela lei. 
Veremos este tema mais adiante quando tratarmos da ética presente na interculturalidade.
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Neste sentido, vale ressaltar que a conduta humana deve respeitar normas implícitas no convívio ou explícitas em manuais, códigos ou na lei, por exemplo.
A palavra “etiqueta” traz este conceito, pois trata-se do respeito à ética em situações específicas do convívio, como por exemplo à mesa, durante as refeições; numa cerimônia religiosa; num evento político.
O cerimonial segue uma etiqueta prevista que por sua vez contempla os princípios éticos fundamentados na moral, nos costumes e valores daquele grupo.
3.2 Os dilemas pessoais e profissionais que enfrentamos
No exercício de nossa profissão, nos deparamos frequentemente com dilemas éticos que exigem reflexão.
Por exemplo, o que dizer de um advogado que deve defender um criminoso? 
Ou de um contador que, mesmo sabendo das atividades ilícitas de seu cliente, tenha que lhe prestar serviço? 
Ou de um da obrigatoriedade de se reportar um acidente ocorrido no trabalho ainda que isto cause impactos negativos para a empresa junto à sociedade?
A sabedoria de Salomão
Apresentaram-se duas mulheres a Salomão. Uma disse: "Senhor, eu e esta mulher habitávamos na mesma casa.
Durante a noite, estando a dormir, sufocou o filho e, aproveitando-se do meu sono, pôs o meu filho adormecido junto de si e colocou aos meus pés o seu filho que estava morto. De manhã, olhando de perto para ele, vi que não era o meu filho".
A outra mulher interrompeu: "Não, o meu filho é o que está vivo, o teu morreu". A primeira replicou: "Não, o teu é que morreu. O que está vivo é meu".
E continuaram a disputar. Então o rei disse: Trazei uma espada, dividi em duas partes o menino que está vivo e dai metade a cada uma!". 
Cheia de amor ao seu filho, a mulher cujo filho estava vivo suplicou: "Senhor, peço-vos que lhes deis a ela o menino vivo e não o mateis!".
A outra, pelo contrário, dizia: "Não seja para mim nem para ti, mas divida-se". Então Salomão disse: "Dai a primeira o menino vivo porque é ela a verdadeira mãe". E assim todo o povo de Israel soube que a sabedoria de Deus assistia ao rei para julgar com retidão.
3.3 Os interesses pessoais
Para Srour (2011, p. 41), interesses são “fatores tão valiosos para os agentes sociais que eles se mobilizam para satisfazê-los e defendê-los”. 
O problema começa quando os interesses pessoais encontram-se no limite do egoísmo e da ganância.
Você se lembra da fraude de 65 bilhões de dólares conduzida por Bernard Madoff, ex-presidente da bolsa eletrônica Nasdaq?
A pirâmide de investimentos que ele criou consistia em usar o dinheiro de novos aplicadores para remunerar os antigos.
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Quando houve uma brusca queda nos novos investimentos em 2008 face à recessão mundial, o esquema desmoronou.
 Em junho de 2009, Madoff foi condenado a 150 anos de prisão. Muitos perderam suas economias neste investimento que contava com a boa fé das pessoas e que acabou prejudicando suas vidas.
Por outro lado, há uma situação interessante a ser observada. Os trabalhadores muitas vezes se queixam da pressão sofrida no ambiente de trabalho, mas quando são chamados a revelar a causa do estresse, não apontam suas verdadeiras causas acreditando que colocarão em risco sua competência profissional. 
Veja o resultado da pesquisa feita pela ONG britânica Mind.
A ONG britânica Mind, voltada para a saúde mental, publicou um levantamento referente ao estresse endêmico que acomete milhões de trabalhadores no Reino Unido e que acarreta a perda de bilhões de dólares em horas de trabalho.
O mais curioso é que 93% mentiram a seus patrões a respeito do motivo real de seu absenteísmo. 
Alegaram dores de estômago, resfriados, dores de cabeça, consultas médias, problemas em casa ou doenças na família, menos o estresse no trabalho.
Não confessaram que aguentam cada vez menos as pressões para o cumprimento de metas, nem tentaram discutir as questões referentes ao ambiente de trabalho em que prevalece o moral baixo, a baixa produtividade e formas escapistas de enfrentar tensões.
À medida que cada um olha somente para seus interesses pessoais, cria-se um círculo vicioso e todos perdem. Veja como a conduta ética permeia vários aspectos do nosso cotidiano exigindo reflexões constantes!
Resumo
Nesta aula, vimos que o estudo da ética passa pela normatização das condutas dos indivíduos.
Ainda que o interesse pessoal exista, este não deve ser tal que se exceda para o egoísmo e para a ganância que prejudicam a todos.
Por outro lado, a sinceridade na avaliação de situações difíceis contribui para sua solução enquanto que condutas evasivas somente levam a uma perda coletiva.
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Aula 4 – Por que falar sobre ética
Nesta aula, vamos rever alguns temas polêmicos ao longo da história da Humanidade que nos levam a refletir sobre as razões para sermos éticos.
“Como querem que eu faça tudo direito se a justiça é morosa, os impostos são um absurdo, todo dia vemos escândalos com os políticos em quem votamos, o mundo cheio de gente esperta[...] por que eu tenho que ser ético?”
Estas e outras situações não podem servir como parâmetros para nossa conduta. 
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4.1 Decisões éticas e antiéticas na história da humanidade
A história da humanidade revela situações baseadas em decisões antiéticas que ao longo do tempo foram corrigidas.
Ao declarar que a Terra se move em torno do Sol e não o inverso, Galileu Galilei desafiou a Igreja Católica que o convocou para julgamento diante do Santo Ofício, em Roma.
Condenado a se retratar publicamente, diz-se que ele teria sussurrado Eppur si muove ou seja “mas ela se move” referindo-se ao movimento da Terra em torno doSol.
Imagine que somente no Século XX, a Igreja Católica por meio do Papa João Paulo II se retratou publicamente, assumindo o erro por esta condenação.
Físico, matemático e astrônomo, o italiano Galileu Galilei nasceu em Pisa em 1564 e faleceu em Florença em 1642, na Itália.
Suas pesquisas revolucionaram a ciência com o enunciado do princípio da inércia e os estudos sobre o movimento uniformemente acelerado e sobre o movimento do pêndulo.
Descobertas sobre manchas solares, satélites de Júpiter, anéis de Saturno e estrelas da Via Láctea complementaram a defesa que fez do heliocentrismo.
Figura 4.1: Galileu Galilei.
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4.2 Pesquisas científicas
Em 1996, pesquisadores escoceses surpreenderam o mundo com o resultado da primeira experiência de clonagem de animais: nascia a ovelha batizada como “Dolly” a partir de uma célula da glândula mamária de uma ovelha adulta.
Na sequência, foram também clonados bois, cavalos, ratos e porcos.
Produzir artificialmente um ser vivo tornou-se objeto de polêmicas entre religiosos, políticos e movimentos sociais em diversos países. 
A discussão retomou sua força quando Dolly precisou ser sacrificada, em 2003, devido à uma doença pulmonar progressiva.
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Pesquisas com células tronco nos levam a crer na esperança de cura para doenças como diabetes, esclerose, Alzheimer, distrofia muscular e Parkinson.
As células embrionárias usadas nestas pesquisas são as únicas com capacidade de diferenciação nos 216 tecidos que formam o corpo humano. 
Por outro lado, despertam discussões calorosas sobre o acesso do homem a células embrionárias. A discussão gira em torno da vida de um indivíduo que deixa de se formar para curar outro ser humano.
Também os resultados de pesquisas são objeto de preocupação dos órgãos públicos. 
No Brasil, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulgou diretrizes que promovem a ética na divulgação dos resultados das pesquisas que são realizadas em nosso país. 
Esta iniciativa se deu devido a fraudes ocorridas na comunicação de resultados obtidos por pesquisadores brasileiros.
Não se pode realizar procedimentos médicos sem a anuência do paciente.
 A ética se faz presente na condução de situações como esta já que há grupos de pessoas incapazes de decisão como crianças e pacientes de hospitais psiquiátricos cuja concordância com pesquisas científicas deve se dar por seus representantes legais.
Entram em cena a consciência ética do ser humano e do profissional fundamentada nos valores do indivíduo que toma a decisão e nos deveres profissionais éticos esclarecidos no código da categoria.
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4.3 Internet com ética
Você faz parte de redes sociais como Orkut, Facebook ou Linkedin? Se a resposta for afirmativa, você sabe quantas mudanças ocorreram nestes espaços virtuais buscando oferecer alguma privacidade aos seus participantes.
Então você também sabe o quanto esta privacidade é cada vez mais difícil de se obter. Os usuários da internet consomem a informação quando quiserem e a utilizam da maneira que desejarem.
Quantos processos já foram movidos por pessoas que se sentiram prejudicadas pelo uso indevido de seus nomes, comprometendo a imagem pessoal e profissional! 
Ainda que seja possível descobrir a fonte de observações equivocadas feitas na internet, somente com o apoio da Justiça pode-se consultar os provedores e então fazer movimentos para tentar restabelecer a imagem de quem se sentiu prejudicado.
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O fato é que não é possível haver um controle 100% efetivo sobre o que acontece no ambiente virtual. 
Dependemos da consciência ética das pessoas que nele navegam para que seu uso seja feito para o bem comum. 
É isso que você vê no seu dia a dia? A pirataria na internet ocorre quando se obtém cópias não autorizadas de bens para uso pessoal (Srour, 2011), da mesma maneira que estas cópias são vendidas no mercado, nas ruas ou nas casas, sem autorização legal.
A moral do oportunismo se instala e a conduta antiética é justificada pela necessidade do suprimento de necessidades básicas do ser humano. 
Esta conduta se justifica? Srour (2011, p. 38), indica que “racionalização antiética” está na base desta conduta orientando práticas racionais fundamentadas no que Sá (2010, p. 263), chama de “ética da mentira”. 
As pessoas estabelecem um conjunto articulado de justificativas para seus atos imorais e ilícitos, condenados pela sociedade.
Resumo
Nesta aula, vimos que ao longo da história da Humanidade foram tomadas decisões antiéticas que se basearam nos princípios vigentes naquele momento e que norteavam a conduta da sociedade.
Vimos também que polêmicas são levantadas a partir de pesquisas científicas realizadas na busca pela cura de doenças.
A ética na internet é um tema contemporâneo que precisa ser considerado orientando o comportamento dos indivíduos no sentido de promover um convívio harmônico de todos.
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Aula 5 – A conduta cidadã
Vamos abordar a conduta de cada cidadão em relação aos seus direitos e deveres para com à coletividade a que faz parte. 
Vamos refletir sobre a ética presente no cotidiano do cidadão não somente em relação ao que ele pode exigir do Estado mas no que diz respeito ao cumprimento de seus deveres. 
Ao abordar o tema da conduta ética, é fundamental tratar a questão da relação entre o indivíduo e o Estado, ou seja, a cidadania. 
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Já na Roma Antiga – um período que durou 12 séculos e se iniciou em VIII a.C. com a fundação de Roma - se estabeleceu os direitos e deveres que cada indivíduo tem para com o Estado.
5.1 Evolução do conceito de cidadania
Originado na Grécia antiga (1100 a.C. até 146 a.C.) o termo cidadania indica aquele que habita uma cidade (civitas) e dizia respeito à sua atuação efetiva o que significava dizer que nem todos eram cidadãos, mas somente aqueles que usufruíam de privilégios em determinadas classes sociais. 
O conceito, naquela época excluía mulheres, crianças e escravos e incluía somente os homens totalmente livres, ou seja, aqueles que não precisavam trabalhar para viver. Imagine que o número de cidadãos era bem reduzido.
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Figura 5.1: Grécia Antiga.
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Na Roma Antiga, cidadania estava relacionada ao exercício de direitos políticos, civis e religiosos atribuída somente aos patrícios (homens livres, descendentes dos fundadores da cidade); negada aos plebeus (descendentes de estrangeiros) assim como aos escravos (todos aqueles que não saldavam suas dívidas, os traidores e os prisioneiros de guerra). 
Com a expansão militar romana, o advento da Lei das Doze Tábuas (450 a.C.) assegurou aos plebeus o acesso ao exercício da cidadania.
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Com a queda do Império Romano e o início da Idade Média, as relações entre o cidadão e o Estado passaram a ser controladas pela Igreja Católica e com o Feudalismo, a vassalagem estabeleceu uma relação intensa de dependência do camponês. 
O homem medieval nunca foi cidadão. De alguma maneira, foram “suspensos” os princípios de cidadania.
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A Revolução Francesa, que iniciou em Paris em 14 de julho de 1789, com a Queda da Bastilha, alterou o quadro político daquele país e foi um marco na instauração de um Estado democrático voltado para os interesses de todos os cidadãos e um exemplo seguido por outros países. 
Com o início da Idade Moderna foram introduzidos os princípios de liberdade e igualdade na busca pela justiça e contra os privilégios.
A queda da Bastilha foi o evento decisivo para o início da Revolução Francesa de 1789. A Bastilha era uma velha fortaleza construída em 1370, utilizada pelo regime monárquico como prisão de criminosos comuns. Para saber mais acesse: http:// www.infoescola.com/historia/ queda-da-bastilha/.
Figura 5.2: Obra de Eugène Delacroix representando “Marianne” que personifica a República Francesa. Fonte: Domínio Público/Wikimedia Commons.
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O conceito de cidadania no Estado Democrático de Direito, conforme explica Luiz Flávio Borges d’Urso está relacionado a:
“um status jurídico e político mediante o qual o cidadão adquire direitoscivis, políticos e sociais; e deveres (pagar impostos, votar, cumprir as leis) relativos a uma coletividade política, além da possibilidade de participar na vida coletiva do Estado. Esta possibilidade surge do princípio democrático da soberania popular.”
Assim, participar ativamente da condução da gestão pública faz parte do exercício pleno da cidadania importando não somente em apontar as melhorias a serem realizadas, mas também em atuar na direção de sua realização.
A inclusão política se faz por meio do exercício pleno da cidadania o que é reforçado pela colocação de Dalmo de Abreu Dallari (1998, p. 14),
“A cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo.
Quem não tem cidadania está marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisões, ficando numa posição de inferioridade dentro do grupo social”.
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Observe que as palavras de Dallari (1998) indicam que “participar ativamente da vida e do governo” é um direito do povo. Você tem exercido este direito, em seu município? 
No Brasil, a Constituição de 1988 foi um marco na conquista do povo pelo seu direito a participar da tomada de decisões no país. No dia 27 de julho de 88, em que foi promulgada a nova Constituição, Ulysses Guimarães disse:
“essa será a Constituição cidadã, porque recuperará como cidadãos milhões de brasileiros, vítimas da pior das discriminações: a miséria”.
“Cidadão é o usuário de bens e serviços do desenvolvimento. Isso hoje não acontece com milhões de brasileiros, segregados nos guetos da perseguição social”.
Movimentos populares como a Ação Cidadania Contra a Miséria e pela Vida, liderado por Betinho e a ação dos “caras pintadas” que incentivou o impeachment do Presidente Fernando Collor de Mello são exemplos do exercício destes direitos.
Figura 5.3: logotipo do movimento liderado por Betinho.
Outro exemplo é o recolhimento correto dos impostos que deve ser feito por todos os cidadãos da mesma maneira que devem contribuir para a manutenção da segurança e do patrimônio público. 
Considerando estes exemplos, você diria que temos exercido a cidadania de maneira plena?
Vale também ressaltar que a cidadania empresarial é também uma maneira de as organizações cumprirem com seus deveres ao mesmo tempo em que usufruem de seus direitos na relação com os públicos que de alguma maneira são impactados por suas atividades.
A cidadania empresarial está presente quando uma organização oferece aos seus funcionários mais do que prevê a lei, como no caso de berçário, creche, assistência médica extensiva a familiares, integração de pessoas com deficiência ao ambiente de trabalho e promoção de seu relacionamento saudável com os colegas, etc. 
Este é um termo que tem sido cada vez mais utilizado no Brasil desde que o Instituto Ethos de Responsabilidade Social iniciou suas atividades, em 1998, estimulando o investimento em projetos sociais e ambientais pela iniciativa privada.
Resumo
Nesta aula, vimos que o conceito de cidadania evoluiu desde a Roma e a Grécia Antigas até os dias de hoje, mudando ao longo do tempo face aos novos cenários políticos que se apresentavam. 
Durante o Feudalismo, vimos que os princípios relacionados à cidadania ficaram “suspensos” com a instalação de relações de dependência entre o homem e o Estado que passava a ser controlado pela Igreja Católica.
Aula 6 – Cidadãos: direitos e deveres cotidianos
Nesta aula, vamos refletir sobre o exercício cidadão face à administração pública. Vamos também discutir o conhecido “jeitinho brasileiro” de se resolver as situações delicadas.
Há aqueles que afirmam que se trata de um traço cultural do povo brasileiro, enquanto outros defendem a afirmação de que se trata de pura falta de ética mascarada pela culturalidade. 
Vamos conhecer o que alguns pesquisadores dizem a respeito e refletir sobre seus ensinamentos, comparando-os com o que vemos no nosso cotidiano.
6.1 Cidadão ou consumidor do governo?
Em seu artigo, Mintzberg (1998, p. 151), retoma o questionamento feito por Tom Peters sobre a máxima que conhecemos: “o direito de uma pessoa termina quando começa o direito da outra”. 
Leia atentamente o trecho do artigo de Mintzberg:
“Eu não quero, diz Tom Peters, um burocrata da prefeitura me criando dificuldades. Eu quero tratamento apropriado, rápido, eficaz e profissional. Mas o que acontece se meu vizinho quiser uma permissão para aumentar a casa dele, fazendo sombra sobre a minha? Quem é o cliente da prefeitura neste caso?” MINTZBERG, 1998.
Você sabia?
Henry Mintzberg (nascido nos EUA em 1939) é reconhecido mundialmente como uma referência nas áreas de estratégia e gestão de negócios.
Mintzberg afirma que o gestor gerencia os negócios em três níveis: ação, informação e pessoas.
Thomas Peters (nascido em 1942/EUA) é uma referência mundial na gestão de negócios. “Destruição Criativa” e “Descontinuidade” são temas que ele aborda alertando para a gestão nociva da manutenção de antigos paradigmas.
Com base no que vimos até agora, vale lembrar Matias-Pereira (2010, p. 37) quando indica que o conceito de cliente pode ser ampliado quando se fala em administração pública “considerando o cidadão como um cliente que recebe serviços ao mesmo tempo em que se concebe a organização como um sistema integrado de provedores internos e externos”.
Observe como temos aqui afirmações que se complementam: o cidadão pode ser visto como um consumidor na medida em que interage com a gestão pública como provedor externo de informações, recolhimento de tributos, conservação de patrimônio público, etc.
Vale aqui ressaltar que na iniciativa privada, as organizações cada vez mais têm envolvido os consumidores no desenvolvimento e aperfeiçoamento de seus produtos e serviços.
Também as organizações têm sido cobradas pela sociedade pelo exercício da “cidadania empresarial” ou seja, seu comprometimento com a gestão do que é público por meio de parcerias estratégicas.
O exercício da cidadania empresarial não se limita ao recolhimento de tributos, é mais amplo do que isso. 
São exemplos de cidadania empresarial: programas de inclusão social por meio de investimento social; integração de pessoas com deficiência no ambiente de trabalho, indo muito além do que exige a legislação; preservação meio ambiente, entre outros.
6.2 O “jeitinho” é um traço cultural brasileiro?
O antropólogo Roberto da Matta (2009), ao discutir o tema: “O jeitinho brasileiro é uma forma de corrupção?” 
Ensina que esta forma de resolver situações difíceis contando com a benevolência dos outros poderia ser mundial, não fosse em países como a Alemanha ou Suíça onde impera a rigidez no cumprimento das normas. 
Para este autor, o mesmo “jeitinho” que facilita a vida no cotidiano também coloca o brasileiro acima da lei: 
“o jeitinho se confunde com corrupção porque desiguala o que deveria ser tratado com igualdade”.
Para da Matta, há uma questão sociológica envolvida no “jeitinho” que estabelece uma relação ruim com a norma estabelecida para todos. 
O cidadão exige o cumprimento da lei pelo político que ocupa um cargo público, mas por outro lado, pede a um parente que faça “vista grossa” sobre um tributo não recolhido. 
Como lidar com a ética nesta situação? Como dizer que o representante do povo foi antiético e precisa ter seus direitos políticos cassados se o próprio cidadão transgride a lei.
Resumo
Aprendemos nesta aula, que a relação entre os cidadãos e o governo precisa ser muito mais intensa do que o mero recolhimento de tributos e sua aplicação na área pública.
A participação do cidadão na gestão faz a diferença entre ser apenas consumidor e ser cidadão atuante na gestão pública. 
Vimos também que o “jeitinho brasileiro” é uma maneira que encontramos de resolver situações difíceis usando subterfúgios ou contando com a benevolência dos outros.
Aula 7 – Ética profissional
Nesta aula, veremos o conceito de profissão e as virtudes que seu exercício exige.
Discutiremos a relação entre a habilidade técnicano exercício da profissão e a prática das virtudes universais que permeiam as profissões.
7.1 O que é profissão?
O “exercício habitual de uma tarefa, a serviço de outras pessoas” é o conceito que Sá (2009, p. 155) atribui à profissão. Os benefícios, tanto para quem desempenha esta tarefa como para quem é beneficiado por sua execução também integram este conceito.
Figura 7.1: Profissões.
A ética, para Sá (2009) ,permeia o exercício da profissão na medida em que a conduta profissional condizente com a moral e a regulação feita pela lei garantem benefícios para os profissionais, a categoria à qual pertencem e para a sociedade. 
Vale aqui ressaltar que a conduta ética universal independe das culturas cujos costumes são diferenciados, ou seja, o zelo, a honestidade, e a competência são virtudes desejadas em qualquer exercício profissional independente da área de atuação ou cultura em que for desenvolvido. 
Uma frase de Sá (2009, p. 164) é significativa: “A profissão não deve ser um meio, apenas de ganhar a vida, mas de ganhar pela vida que ela proporciona, representando um propósito de fé”.
7.2 Virtudes exigidas na conduta profissional
Para o exercício de uma profissão, habilidades técnicas são exigidas. 
 Somente habilidades técnicas são suficientes para que seja virtuoso o exercício de uma profissão? 
Na matéria publicada na edição especial “Veja na História”, observa-se que durante a Segunda Guerra Mundial, médicos nazistas utilizaram as técnicas da profissão para uma determinada finalidade que inclui pesquisas.
Não é preciso dizer que tais práticas foram e continuam sendo condenadas pela ausência absoluta de respeito à dignidade humana, virtude necessária à prática de qualquer profissão. 
Sei que o exemplo é extremo, para que não nos esqueçamos que a prática de nossas profissões requer acima de tudo o exercício da moral e da ética colocando em prática as virtudes universais que permeiam os relacionamentos, em nossa sociedade.
7.3 Código de ética de uma profissão
Em seu livro, Sá (2009, p. 152) ensina que “a profissão pode enobrecer pela ação correta e competente, pode também ensejar a desmoralização, através da conduta inconveniente, com a quebra de princípios éticos.” 
Ao pertencer a uma classe profissional, qualquer que seja sua natureza, o indivíduo assume um compromisso com a sociedade e com os colegas de profissão. 
O que dizer de um médico ou um enfermeiro que negligencia os cuidados com um paciente? E um professor que desrespeita um aluno?
Veja os políticos! Temos aqueles que se dedicam ao exercício da representação popular e aqueles citados negativamente pela mídia.
Observe como existe uma tendência a generalizar a atuação profissional, fazendo referências negativas ou positivas a uma classe profissional apenas pela observação de um ou de alguns indivíduos cuja ética é questionável pela sociedade.
Resumo
Aprendemos, nesta aula, que o conceito de profissão envolve a prática habitual de uma tarefa e pressupõe a conduta ética do profissional que a desenvolve.
Virtudes como zelo, honestidade, e competência são inerentes ao exercício de qualquer profissão independente do país e da cultura onde for colocada em prática.
Aula 8 – Código de ética
Nesta aula, vamos falar sobre o código de ética empresarial e profissional e para finalizar, abordaremos o código de ética do técnico em segurança do trabalho.
Inicialmente, vamos compreender o que tem motivado as organizações a redigirem, publicarem e disseminarem um código de ética para os públicos com os quais se relaciona. 
Na sequência, discutiremos uma metodologia de produção do código de ética envolvendo os funcionários de uma organização.
8.1 Código de ética empresarial e profissional
O que é um código de ética? ARRUDA (2006, p. 526) ensina que se trata de um documento cujo objetivo é “nortear condutas, mas procedimentos específicos devem constar de normas, manuais ou políticas definidas concretamente para cada setor ou atividade”.
O código de ética, segundo Patrus-Pena e Castro (2010, p. 48) representa a “oportunidade de a empresa manifestar os valores básicos que pautam sua conduta no mundo dos negócios e na relação com a sociedade”.
Desde que o Instituto Ethos iniciou suas atividades no Brasil, em 1998, as organizações têm discutido o tema da responsabilidade social cujo conceito volta-se para a gestão do negócio de maneira ética e transparente com os públicos com os quais se relaciona, pautando-se no desenvolvimento sustentável, caminho para sua sustentabilidade.
Com a evolução das discussões sobre este tema, observa-se que as organizações cada vez mais têm adotado o código de ética como uma ferramenta de orientação de conduta das pessoas que nelas trabalham. 
Lembre-se que já falamos que não existem empresas éticas, mas pessoas éticas que trabalham nas empresas.
As decisões destas pessoas no cotidiano da gestão do negócio constrói a reputação tanto da organização como dos próprios profissionais tomadores de decisão.
No sentido de orientar a atuação dos profissionais no sentido da conduta ética, zelando pela reputação da categoria, é redigido e divulgado o código de ética da profissão. 
De quantos casos você já tomou conhecimento por meio da mídia sobre médicos, por exemplo, que tiveram cassado seu registro no conselho da profissão devido à sua conduta antiética? 
Leia a reportagem sobre a médica do Hospital Evangélico de Curitiba.
Disponível em: http://g1.globo. com/jornal-hoje/noticia/2013/02/hospital-evangelico-de-curitiba-afasta- 47-funcionarios-da-uti.html e faça também outras pesquisas.
8.2 Como se elabora um código de ética empresarial
Se um código de ética orienta a conduta dos profissionais de uma organização, então, para que seja efetivo é preciso que eles participem de sua elaboração. 
Algumas sugestões são feitas por ARANTES (2011, p. 143) para que este processo seja inclusivo e educativo. Sugiro que sejam seguidas as seguintes etapas na produção de um código de ética empresarial:
1. Organizar reuniões de trabalho no formato de oficinas.
2. Selecionar representantes de todas as áreas da organização para participar das reuniões.
3. Iniciar com a explicação sobre os objetivos do trabalho que será realizado.
4. Propor uma discussão inicial sobre o entendimento de cada participante sobre os conceitos: ética, moral, cidadania, valores, entre outros.
5. Levantar as situações vividas pelos participantes que exemplifiquem condutas éticas e antiéticas.
6. Discutir a necessidade de normas para o convívio harmonioso e produtivo.
7. Conhecer códigos de ética de outras organizações.
8. Iniciar a elaboração do código de ética da organização utilizando como base os conhecimentos adquiridos.
9. Apresentar para a alta direção e validar o conteúdo.
10. Organizar reuniões com todos os funcionários divididos por área para apresentação da íntegra do código elaborado e aprovado pela alta direção.
11. Entregar o código de ética a cada um dos funcionários com protocolo.
12. Enviar o código de ética para os demais públicos com os quais a organização se relaciona: fornecedores, principais clientes, governo, parceiros estratégicos.
13. Disponibilizar o texto do código de ética no website da organização.
14. Disponibilizar um canal de denúncias para condutas antiéticas.
15. Organizar um comitê de ética que avalie as denúncias, dê retorno àqueles que se identificaram e acompanhe a aplicação do código de ética na organização.
16. Tornar público os nomes dos participantes do comitê de ética.
Resumo
Aprendemos. nesta aula, que a conduta de um profissional causa impacto sobre sua própria reputação assim como sobre a reputação da organização onde ele trabalha e sobre a categoria à qual ele pertence. 
Vimos que para ser efetivo, é preciso que o código de ética de uma organização tenha cunho educativo e seja elaborado com a participação de representantes de todas as áreas. 
Conhecemos também os movimentos que a Federação dos Técnicos em Segurança no Trabalho estão fazendo para que o profissional da área tenha aprovado o códigode ética de sua profissão.
Aula 9 – Gestão da reputação do profissional
Nesta aula, vamos discutir os impactos causados pela conduta sobre a reputação de um profissional.
Abordaremos o quanto a exposição dos profissionais nas redes sociais pode causar impactos positivos e negativos sobre a reputação de um profissional.
9.1 A ética, a reputação e a imagem do profissional
O patrimônio de um profissional é constituído também da percepção que se tem dele, de suas decisões na vida pessoal e de sua conduta na organização com os colegas e na sua relação com o trabalho.
Em sua obra, Sá (2010) reforça o valor do código de ética da profissão no sentido de preservar o nome profissional que causa impactos em toda categoria.
Ao tratar as condutas antiéticas do ser humano, Sá (2010, p. 153) reforça a importância de se preservar a imagem pessoal e profissional que faz por merecer a confiança da sociedade e das organizações.
“O que se faz durante toda uma vida, em poucos dias pode desmoronar, diante dos efeitos malévolos da ação dos caluniadores, traidores, difamadores, chantagistas e intrigantes” diz Sá (2010, p. 153). 
Energia e inteligência são necessárias para que possamos nos contrapor aos resultados das ações que buscam destruir uma imagem positiva, seja ela pessoal ou profissional.
9.2 Direito de uso de imagem
Pessoas que constroem ao longo de suas vidas uma imagem tão positiva que acabam se tornando uma celebridade precisam cuidar para que dela não se faça uso indevido ou sem autorização. 
Campanhas de comunicação frequentemente utilizam a imagem de atletas, atores, entre outros para endossar produtos ou serviços de organizações de diferentes segmentos.
A imagem de um profissional é um assunto tão sério que a normatização de seu uso é feita pela legislação. A lei 9.610 de 19/02/1998 cuja íntegra está disponível no link http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9610.htm, acesso em: 05 fev. 2012, dispõe sobre direitos autorais.
Vale aqui ressaltar que também fazem parte desta discussão o direito ao desenvolvimento de um produto, serviço, autoria de textos ou produções culturais, entre outros. 
O INPI – Instituto Nacional da Propriedade Industrial é o órgão que regula os registros de patentes neste campo. 
Quando patentes são registradas e seus produtos tornados públicos qualquer utilização sem autorização prévia ou fazendo a devida referência é punida pela lei.
Da mesma maneira, textos acadêmicos devem fazer referência aos seus autores originais, como fontes de referência. Veja o exemplo deste livro. Inúmeros autores são citados, suas referências estão no texto e ao final desta obra.
Assim, quando fazemos trabalhos acadêmicos, devemos seguir as normas da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas que oferecem as diretrizes para as instituições de ensino.
Fica altamente prejudicada a imagem daquele que se apropria de trechos de obras já publicadas, sem fazer a devida referência, conforme orienta a ABNT.
Para refletir
A matéria intitulada “Reputação online: como cuidar da sua imagem na internet” que você lê a seguir aborda um tema muito atual voltado para o acesso ilimitado que todos têm sobre todas as pessoas, apenas digitando seus nomes num site de pesquisa, na internet. Você já teve sua privacidade invadida pela internet? 
Até que ponto considera benéfica a participação em redes sociais como Orkut, Facebook e outros sites de relacionamento, e de que maneira esta exposição pode prejudicar um profissional? 
Que atitudes você adota para se prevenir de situações indesejáveis que possam afetar sua imagem como profissional?
Reputação on-line: como cuidar de sua imagem na internet
Atenção, você está sendo “googlado”. Qualquer pessoa com conexão à internet pode ter acesso à informações básicas sobre outra em uma simples busca em sites, por exemplo, o Google. Inclusive o atual chefe e um futuro empregador.
Monitorar a imagem e ter certos cuidados antes de se expor nas redes sociais e sites não é uma tarefa impossível. 
“Ninguém enviaria um currículo impresso com uma foto de biquíni anexada para tentar uma nova oportunidade de emprego. 
A necessidade de etiqueta pessoal e profissional ocorre em qualquer contexto e é apenas mais evidente na internet”, diz Ana Paula Zacharias, sócia-diretora da Hunter Consulting Group.
Vamos fazer um teste?
1. Pesquise o seu nome:
Observe o que as outras pessoas podem descobrir sobre você e veja se há textos e fotos comprometedores ou indesejáveis a seu respeito. 
Muita gente com blog pessoal e sites de fotos como Flickr ou Fotolog pode se esquecer de postagens antigas e até com opiniões que já não condizem com a sua, mas que podem comprometer na busca por um emprego.
Caso o seu nome seja comum ou não apareça nos primeiros resultados, o escreva entre aspas e veja o que é listado com o nome completo e as variações possíveis dele.
O uso de palavras-chave, como o atual empregador ou cidade, acompanhadas do nome também ajudam a potencializar a pesquisa. 
Altere as configurações de privacidade das redes sociais que aparecem nos resultados ou delete o conteúdo indesejado. 
Se o resultado não puder ser removido, pode ser necessário buscar ajuda especializada.
2. Não adianta se esconder.
Quem prefere não ter conta em redes sociais ou se esconder atrás de apelidos corre outro risco: perder oportunidades.
 “A escolha de não se expor deixa o profissional sem visibilidade diante da busca de um recrutador.
Não estar na rede hoje pode ser grave e significar desatualização, principalmente para algumas carreiras”, explica Ana Paula.
Redes sociais como LinkedIn e o Facebook, se usadas corretamente, podem turbinar a carreira e ser vitrine do seu trabalho. 
Usá-las a seu favor conta pontos e pode ser determinante na busca por um emprego ou no crescimento profissional.
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3. O que um recrutador pode procurar?
Em um processo de seleção, por que o recrutador busca os profissionais na internet antes de decidir se a entrevista de emprego será oferecida?
Usar o Google ou procurar informações nas redes sociais fornecem, de antemão, dados sobre o perfil da pessoa, que poderá ser o desejado pela empresa ou não.
Opiniões polêmicas, fotos comprometedoras ou falta de credibilidade podem afetar o julgamento do profissional, mas um recrutador espera sempre encontrar pontos favoráveis sobre o candidato.
“O selecionador quer ter acesso a informações pessoais do candidato, mas deve entender que um profissional pode se expor na rede diferentemente da forma como conduz a vida profissional”, diz Ana Paula.
4. Qual imagem virtual agrada empregadores?
Informações sobre envolvimento em atividades e pessoas relacionadas à função exercida pelo profissional contam a favor. 
“É importante que o profissional seja verdadeiro e ativo nas redes sociais, mostrando uma imagem que condiz com o histórico profissional”, diz Ana Paula.
5. Como melhorar a reputação on-line?
Publique boas informações a seu respeito na internet. Quem possui contas de blogs, Twitter, Facebook e LinkedIn, entre os principais, pode usar a atividade online a seu favor. 
Poste opiniões e textos que condizem com a sua profissão e use uma linguagem adequada.
Dê uma checada às vezes nas buscas a seu respeito, inclusive nos fóruns de discussão da web, para não escorregar diante da liberdade de expressão.
Fique atento ainda às configurações de privacidade das suas redes sociais.
Se for preciso, crie um perfil profissional no Facebook, por exemplo, e mantenha o seu pessoal com configuração para não aparecer em buscas.
“O cuidado sempre tem que existir porque o que você publica pode estar acessível, mas uma exposição condizente com o seu objetivo pode dar bons resultados”, aconselha Ana Paula.
Fonte: http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/reputacao-online-veja-como-cuidar-da-sua-imagem-na-internet
Resumo 
Nesta aula, vimos que a imagem de um indivíduo é elemento fundamental no patrimônio de uma pessoa e de um profissional. 
Pessoas, profissionais e organizações constroem imagens positivas sustentadas por açõesque beneficiam a sociedade. 
Indivíduos cuja imagem está associada à ética e à retidão de caráter são frequentemente citados como exemplos para a sociedade. 
A legislação prevê normas específicas para o uso de imagem e deve ser respeitada.
Aula 10 – Ética na administração e gestão
Nesta aula, discutiremos a tomada de decisão dos gestores de uma organização com base em suas habilidades.
Você conhecerá as habilidades necessárias para um profissional atuar na gestão e vamos refletir sobre a atuação profissional do técnico em segurança de trabalho no contexto organizacional.
10.1 Habilidades para a administração
Uma organização tem três níveis para sua gestão: estratégico, ocupado pela presidência e diretoria; tático, ocupado pela gerência; e operacional, ocupado por todos aqueles que não estão nos dois primeiros níveis. 
Vale aqui lembrar que quando falamos em nível operacional, não estamos nos referindo apenas às pessoas que trabalham na indústria, operando máquinas, mas também aos supervisores, coordenadores, analistas, estagiários, etc.
Em todos estes níveis, é necessário que o profissional domine habilidades que estão demonstradas na Figura 10.1:
Figura 10.1: As habilidades de um administrador.
Fonte: Chiavenato (2003).
Observe que as habilidades técnicas são mais específicas do nível operacional, o que não significa dizer que os demais níveis não precisem ter domínio sobre questões técnicas envolvidas nos processo. 
Eles precisam, mas numa intensidade menor. Chiavenato (2003), denomina de “intermediário” ou ”tático” o nível em que estão os gerentes cuja visão do negócio (habilidades conceituais) deve ser mais intensa do que o domínio de habilidades técnicas.
Quanto ao nível estratégico, observa-se pela figura 10.1 que as habilidades conceituais são ainda mais requisitadas (CHIAVENATO, 2003; RIBEIRO, 2009).
Observe, contudo que o relacionamento humano é fundamental na gestão de um negócio e isto fica claro na figura 10.1, pois as habilidades humanas aparecem com a mesma intensidade nos três níveis de uma organização.
O exercício da profissão com urbanidade, independente do nível em que o profissional se encontra é fundamental para que se forme um ambiente saudável de trabalho em que os profissionais complementem sua formação técnica e sua visão sobre o negócio em que estão atuando.
10.2 Mudanças na natureza do trabalho e a necessidade do desenvolvimento de novas habilidades de gestão
Montana e Charnov (2010, p. 468) chamam nossa atenção para as mudanças ocorridas na natureza do trabalho, ao longo do tempo. 
Conforme indicam estes autores, em 1979, o maior número de trabalhadores ocupava a função de balconista, posição anteriormente ocupada pelo operário e, antes deste, pelo agricultor. 
A mudança estrutural do mundo dos negócios da fabricação para o processamento de informações
Neste contexto, Montana e Charnov (2010, p. 468) indicam que funções no campo da informação tiveram um notável crescimento de 1980 a 1995, passando de uma porcentagem de 17% para 65% da força de trabalho e aumentando significativamente com o acesso à internet.
O perfil do trabalhador tem mudado, exigindo dos profissionais o desenvolvimento de novos conhecimentos, habilidades e atitudes. 
Trabalhadores idosos têm sido cada vez mais percebidos no mercado de trabalho da mesma maneira que a mudança de valores sociais abriram espaço para a entrada das mulheres na força de trabalho. Pessoas com deficiência também compõem uma força de trabalho cuja atuação é regulada pela legislação.
Resumo
Nesta aula, vimos que numa organização há três níveis nos quais se distribuem os profissionais: estratégico (alta direção); tático (gerência); e operacional (demais funcionários) e que a cada um cabem habilidades conceituais e técnicas em mais ou menos intensidade.
 Vimos também que habilidades humanas são fundamentais para os profissionais nos três níveis para garantir um ambiente saudável no trabalho. 
A mudança na força de trabalho das organizações tem exigido dos profissionais o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes
Aula 11 – Questões éticas envolvidas nos relacionamentos interpessoais no trabalho
Vamos discutir o processo de comunicação que permeia as relações interpessoais na organização e os ruídos que podem ocorrer.
Inúmeras ações promovem um ambiente de trabalho saudável em que as pessoas se relacionam preservando o respeito ao próximo, adotando um comportamento ético em suas decisões. 
No cotidiano da organização, os relacionamentos entre as pessoas são fundamentais para que o ambiente saudável de trabalho proporcione condições favoráveis para a tomada de decisão.
São as decisões dos profissionais que garantem a imagem positiva da organização perante o mercado, fortalecendo o relacionamento com os consumidores ao longo do tempo como ação importante na conquista da sustentabilidade do negócio.
11.1 O processo de comunicação
Quando estudamos o processo de comunicação, nos é apresentado um conceito relacionado com o esquema que você vê na figura 11.1.
Figura 11.1: Componentes do processo de comunicação.
Fonte: elaborada pela autora.
A comunicação aparentemente é muito simples: uma mensagem é enviada por meio de um canal por um emissor para um receptor. Este dá um retorno (feedback) sobre seu entendimento. O problema está nos ruídos[...]ah! Os ruídos de comunicação!
11.2 Ruídos de comunicação e conflitos
Na sequência, você vai conhecer algumas situações na área da comunicação que podem gerar conflitos: comunicação com consumidores de outras culturas; boatos; feedbacks para os membros da equipe. 
Observe as inúmeras possibilidades de acontecerem no cotidiano das organizações situações que podem causar constrangimentos nos relacionamentos abrindo espaço para condutas impróprias, mesmo que sem intenção.
A gestão da atuação dos profissionais no relacionamento com outras culturas é papel da liderança da equipe, contudo, cada um dos seus integrantes precisa ter bem definida a importância de um comportamento adequado a este contexto.
Montana e Charnov (2010, p. 453) apontam que a diferença de idioma é o primeiro obstáculo ainda que se contrate tradutores para apoio na comunicação. Gírias e expressões locais dão origem a situações que precisam ser administradas para não se refletirem em conflitos.
Veja os exemplos apresentados por Montana e Charnov (2010, p. 453):
–– Nos EUA, a General Motors apresentava uma campanha de comunicação em que se referia à qualidade do chassi de seus automóveis com a expressão: “Body by Fisher” ou “feito por Fisher” em português.
Esta mesma expressão na Holanda significa: “Cadáver feito por Fisher”.
–– Numa negociação, o norte americano propôs que as discussões fossem “tabled” ou “adiadas” em português. Para o inglês que estava na mesa de negociação, esta expressão significa exatamente o contrário, ou seja, trazer para discussão.
Boatos são fontes inesgotáveis de conflitos. Palavras mal utilizadas ou percepções inadequadas das pessoas, falta de sigilo e predisposição em se propagar informações não confirmadas, costumam causar situações constrangedoras para todos. 
Você já presenciou alguma situação delicada na organização em que trabalha envolvendo boatos que levaram a situações conflitantes? Como esta situação ocorreu e como foi resolvida?
Outra possibilidade de ocorrência de conflitos face à comunicação inadequada se dá em função do feedback (retorno) que os trabalhadores esperam de suas lideranças.
O acompanhamento do desempenho dos funcionários parte do princípio que critérios de avaliação foram estabelecidos previamente e comunicados aos funcionários. 
Reuniões de feedback (retorno) devem ser periódicas entre a liderança e os liderados a fim de que os profissionais saibam como está sendo percebido seu desempenho, os pontos fortes e aquilo que precisa ser desenvolvido ou aprimorado.
 No processo de feedback a comunicação é incentivada e os relacionamentos se consolidam aproximando as pessoas entre si.
Quando isso não acontece, dúvidas sãolevantadas pelos trabalhadores não somente em relação ao seu próprio desempenho, mas também em relação à atenção que seus superiores dão ao seu trabalho. 
Isto pode levar à falta de motivação e comprometimento e, como consequência, resultados negativos inesperados.
Resumo
Nesta aula, vimos que o processo de comunicação pode apresentar ruídos que abrem espaço para situações constrangedoras entre as pessoas, comprometendo seu relacionamento interpessoal. 
Situações como diferença de expressões idiomáticas não são intencionais, mas podem comprometer relacionamentos de negócios. 
Já os boatos ocorrem a partir de comportamentos inadequados. Os feedbacks, quando feitos corretamente pelas lideranças para os membros de suas equipes previnem situações delicadas ao indicar a necessidade de desenvolvimento e aprimoramento de atitudes das pessoas no ambiente de trabalho.
Aula 12 – Adversidades no ambiente de trabalho e o papel da liderança
Vamos discutir um tema que tem sido objeto de muitas discussões dentro e fora do ambiente de trabalho: o assédio moral.
Vamos refletir sobre a seguinte pergunta: qual a diferença entre cobrar resultados com firmeza e assediar moralmente? 
Falaremos sobre o conceito de “resiliência”, termo que tem sido utilizado pelas organizações, na gestão de pessoas.
12.1 A linha que separa a firmeza da liderança e o assédio moral
Em uma organização, as lideranças são cobradas para alcançar e superar metas.
Você pode já ter presenciado uma situação em que o estresse tomou conta de um líder que se viu pressionado para o alcance de resultados. A superação destas situações faz parte do papel da liderança, assim como a capacidade de resistência às pressões deve ser atributo de um líder. 
Por outro lado, ser firme na cobrança do alcance e superação de resultados é muito diferente de pressionar o time de trabalho! É inaceitável que líderes com o poder de decisão extrapolem os limites impostos pela ética, assim sendo, a legislação cuida muito bem de lhes impor a adequada punição!
12.2 Resiliência: suportando pressões num ambiente de adversidades
Inicialmente, vamos compreender o que significa o termo “resiliente”. Este é um termo utilizado na Física para designar a propriedade que alguns materiais têm de suportar pressão interna ou externa. 
Alguns materiais retornam ao seu estado inicial sem qualquer deformação após sofrer algum tipo de pressão enquanto outros, modificam-se completamente.
É o caso por exemplo de uma barra de gelo e uma barra de aço. Se você bater no gelo, ele se quebra, podendo dissolver-se completamente, ou seja, apresenta baixíssimo nível de resiliência porque ao se exercer uma pressão sobre ele, verifica-se uma deformação até irreversível.
O mesmo não ocorre com o aço que ao ser pressionado com outro material apresenta pouca ou nenhuma deformação, o que demonstra seu alto nível de resiliência.
O termo foi incorporado pelas organizações para indicar um profissional que consegue suportar mais ou menos a pressão do cotidiano por resultados.
Observe que não se trata de aceitar todas as situações, popularmente conhecido como “engolir sapo” o tempo todo, mas de ser capaz de lidar com situações difíceis, buscando uma saída para os problemas ao mesmo tempo em que se envolve com as pessoas da equipe de trabalho.
No esporte, temos no Brasil alguns excelentes exemplos de atletas com altíssimo nível de resiliência, como Lars Grael que demonstrou sua capacidade de superar obstáculos ao recuperar-se e voltar a competir mesmo após sofrer um acidente que o levou a amputar uma perna.
Como diz Cobra (2004, p.12), “Temos que fazer o caminho inverso, redescobrir que somos fortes e que os limites na verdade, não existem. São criados por nós e vigoram apenas em nossa cabeça.” Lars Grael não permitiu obstáculos impondo limites em sua vida.
Figura 12.1: Lars Grael.
Fonte: ©José Cruz – ABr/Wikimedia Commons.
Piovan (2010, p.25), ensina que a pessoa resiliente segue alguns princípios:
1. Ter consciência de que é preciso conviver com as dificuldades, pois elas existem queiramos ou não;
2. A Espiritualidade é a compreensão da natureza humana são desejáveis;
3. É preciso persistir;
4. Decisões difíceis e necessárias ocorrem em nossa vida. É preciso nos dedicarmos a elas com a energia necessária;
5. Sair de nossa zona de conforto, ou seja, mudar comportamentos ou ações que estamos acostumados é condição fundamental para o crescimento;
6. São as dificuldades da vida nos permitem crescer;
7. Um ditado chinês fala sobre a resiliência: os chineses dizem que árvores robustas não se curvam, mas são as primeiras a serem derrubadas por uma tempestade. Por outro lado, o bambu se curva, se adapta ao ambiente e sobrevive às tormentas.
Figura 12.2: Árvores frondosas não se curvam como o bambu, mas são as primeiras derrubadas durante uma tempestade.
Resumo
Nesta aula, discutimos a diferença entre cobrar resultados da equipe de trabalho e praticar assédio moral. Aprendemos que a lei impõe a devida punição para aqueles que se valem de seu poder de decisão para assediar moralmente funcionários. 
Vimos que o termo “resiliência” diz respeito à capacidade que alguns materiais têm de se manter sem qualquer deformação mesmo após terem sofrido algum tipo de pressão.
 Discutimos a utilização deste termo pelas organizações associando resiliência à capacidade que um indivíduo tem de suportar as pressões do cotidiano organizacional.
Aula 13 – A gestão da diversidade valorizando as diferenças no convívio social e profissional – I
Vamos estudar a importância da valorização desta diversidade cujas diferenças quando somadas nos enriquecem como indivíduos e como profissionais.
Em nosso país, temos uma grande diversidade de etnias que compõem a beleza de nossa formação cultural. 
A ética nos relacionamentos inclui a percepção destas diferenças, seu conhecimento e sua valorização.
13.1 A gestão da diversidade
Gerenciar a diversidade dentro de uma organização, conforme ensina Carvalho-Freitas (2009) “surge e ganha contornos específicos no contexto do processo de globalização e fusão das empresas e em função da pressão de organismos internacionais ou de movimentos sociais.” 
Não devemos confundir gestão da diversidade com ações afirmativas.
As ações afirmativas das organizações têm cunho social e voltam-se exclusivamente para diminuir as distâncias entre as pessoas face às suas diferentes maneiras de ser e perceber o mundo à sua volta
Na gestão da diversidade, conforme reforça Carvalho-Freitas “a diversidade passa a ser vista como vantagem competitiva para a organização”.
Observe que nesta e nas próximas aulas, vamos tratar tanto as ações afirmativas do governo brasileiro como seus movimentos e os movimentos das organizações privadas no sentido de gerenciar a diversidade.
13.2 Afrodescendentes no Brasil
Em nosso país, temos profundas influências da cultura africana razão pela qual abordaremos neste livro a importância da valorização desta etnia, tão presente em nosso cotidiano. 
As relações entre o Brasil e a África se aprofundam desde que o Brasil foi descoberto e vai muito além da escravidão à qual os negros foram submetidos, em diversos países.
As lutas africanas pela independência política, pelo desenvolvimento e pela manutenção de sua cultura são objeto de estudo e reflexão, merecendo destaque face à influência dos povos daquele continente na formação cultural brasileira.
As influências africanas são percebidas nas diferentes expressões culturais brasileiras: música, pintura, culinária, religião, entre outros.
Apesar desta profunda influência da cultura africana em nosso país, observa- se que as desigualdades raciais existentes no Brasil têm sido objeto de estudos e movimentos sociais culminando resultados que demonstram melhorias, sobretudo na educação, mas que, por outro lado, apresentam ainda disparidades em termos de renda.
A cidadania empresarial passa pelo respeito à diversidade, pela promoção do ambiente saudável de relacionamento de todas as pessoas, independente de seu credo, etnia,gênero, idade, local de nascimento, maneira de pensar, etc.
Esta é uma preocupação mundial e tem merecido há alguns anos, a atenção da Administração Pública, conforme veremos a seguir. 
Nas tabelas a seguir, você observa os resultados apresentados pelo 4º Relatório Nacional de Acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio para a relação entre as etnias, no que diz respeito à educação, em nosso país.
Na tabela 13.1, você verifica que o perfil educacional brasileiro demonstra uma evolução de 1992 a 2008 em relação à participação das etnias no ensino fundamental, para pessoas entre 7 e 14 anos.
Já no ensino médio brasileiro, ou seja, para pessoas entre 15 e 17 anos, o resultado apresentado na tabela 13.2, demonstra disparidades significativas.
Foi verificado um alto percentual de queda da desigualdade em termos de analfabetismo conforme mostra a Tabela 13.3.
13.3 A política de cotas no Brasil
Quando se pensa sobre a política de cotas em nosso país, é preciso levar em conta dados que se referem aos afrodescendentes que demonstram, conforme pesquisa feita por Kroth e Marchiori Neto (2006) a relação entre a média de anos de estudos, a etnia e a renda média mensal do aluno brasileiro.
O resultado desta pesquisa indica que, no Brasil, a média de anos de estudo dos brasileiros brancos é de 8,3 anos com uma renda mensal mínimo de 3,9 salários mínimos enquanto que os negros e pardos têm uma média de 6 anos de estudos com cerca de 1,9 salários mínimos de renda.
Quando se avalia em termos de localização geográfica desta população, os autores desta pesquisa identificaram que em todo o país há uma média maior para os brancos tanto de anos de estudos quanto de renda mensal medida por salários mínimos.
O relatório do PNUD (2010:32) aponta no Brasil a introdução do programa “Bolsa Família” para exemplificar o crescimento do envolvimento do setor público no esforço para reduzir as desigualdades, alocando de recursos para pessoas cuja renda é menos favorecida. 
Além deste, outros programas contribuem para reduzir as desigualdades, em nosso país. Dentre eles estão: Luz para todos; Alfabetização de jovens e adultos; Agricultura familiar; e o ProUni.
Instalado na Capital de São Paulo desde 2004, o Museu Afro Brasil apresentado na figura 13.1 preserva e celebra a cultura, a memória e a história do Brasil quando vista a partir da influência africana ao longo de tantos anos. Localizado no Parque do Ibirapuera, num espaço de 11 mil metros quadrados o Museu Afrobrasil expõe mais de 5 mil obras. Quando você tiver a oportunidade visite este espaço cultural em São Paulo!
Figura 13.1: interior do Museu Afro Brasil:
vitrine com máscaras africanas.
Fonte: ©Dornicke/Wikimedia Commons.
Resumo
Nesta aula, abordamos a relevância de se tratar com ética o tema da gestão da diversidade nas organizações. Nosso país tem influências fortes da cultura africana, o que nos leva à necessidade de conhecer e discutir a importância da redução das desigualdades sociais e a promoção da valorização da cultura africana como parte integrante de nosso cotidiano. 
Há leis específicas em nosso país que garantem o acesso de pessoas com deficiência a inúmeros serviços, bem como preserva os direitos da criança, do adolescente e do idoso além de punir qualquer tipo de discriminação. 
A educação inclusiva é um direito do cidadão.
Aula 14 – A gestão da diversidade valorizando as diferenças no convívio social e profissional – II
Vamos abordar a inclusão de pessoas com deficiência no ambiente de trabalho.
Você vai perceber que valorizando a diversidade, promovendo o relacionamento saudável com todos que nos cercam e aprendendo que ter uma deficiência – seja ela congênita ou adquirida - é sinônimo de superação e não de limitação, servindo inclusive de exemplo para todos nós.
14.1 Exemplos de superação
Ouça as músicas maravilhosas de Ray Charles e Steve Wonder e imagine que sua deficiência visual em nenhum momento os impossibilitou de aprender a tocar piano e a cantar. 
Observe Lars Grael e Herbert Vianna e veja que a limitação de movimentos imposta por um acidente ocorrido em suas vidas em nenhum momento os impediu de continuar a praticar o esporte que o consagrou ou a compor, tocar e cantar em shows no país e no exterior.
Figura 14.1: Herbert Viana e Ray Charles.
Fonte: ©Dimang Kon Beu/Wikimedia Commons. ©Victor Diaz Lamich/Wikimedia Commons.
A inclusão das pessoas com deficiência tem sido promovida por organizações do terceiro setor como o Sesi do Paraná por meio de atividades culturais e esportivas no contexto da inclusão social além de capacitações utilizando a modalidade educação a distância, preparando os alunos para a importância de sua integração ao ambiente de trabalho e promovendo sua reintegração ao meio empresarial.
14.2 A normatização brasileira garantindo a inclusão de pessoas com deficiência
No sentido de garantir às pessoas com deficiência a proteção de que precisam para se integrar no contexto social e profissional em nosso país, a Câmara dos Deputados, em 2010, disponibilizou no link http://bd.camara.gov.br/bd/bitstream/handle/bdcamara/2521/legislacao_portadores_deficiencia_6ed.pdf?sequence=8,acesso em: 17 maio 2013, a Legislação Brasileira sobre Pessoas Portadoras de Deficiência.
Observe que também o Ministério do Trabalho e Emprego, por meio da Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho desenvolve ações que garantem o direito das pessoas com deficiência considerando o princípio democrático de promover junto à sociedade brasileira a conscientização da igualdade de direitos e deveres bem como de promoção do exercício pleno da cidadania das pessoas com deficiência, integrando-as ao processo produtivo da sociedade moderna.
Estes movimentos em nossa sociedade tiveram seu impulso com a Constituição Federal promulgada em 1988 que estabelece em seu artigo 37, III, que "a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão".
 É neste sentido que o empresário deve cumprir a política de cotas vigente em nosso país, garantindo a inclusão de pessoas com deficiência e a segurança de sua atuação profissional.
Resumo
Nesta aula, vimos que as pessoas com deficiência estão sendo cada vez mais integradas no mundo do trabalho requerendo, portanto, atenção dos gestores quanto à sua segurança na estrutura organizacional. 
Vimos também que a deficiência, seja ela congênita ou adquirida, não impediu muitas pessoas de continuar suas atividades cotidianas, profissionais, inclusive tornando-se um exemplo de superação para todos nós.
Aula 15 – A segurança no trabalho para pessoas com deficiência
Vamos apresentar e discutir a forma como os gestores estão adequando o ambiente de trabalho para receber as pessoas com deficiência contratadas pela organização oferecendo-lhes condições adequadas e seguras para o desempenho de suas funções além de qualidade de vida.
Você vai perceber que valorizando a diversidade, promovendo o relacionamento saudável com todos que nos cercam e aprendendo que ter uma deficiência – seja ela congênita ou adquirida - é sinônimo de superação e não de limitação, servindo inclusive de exemplo para todos nós.
15.1 Conceito de deficiência
Inicialmente, vale ressaltar que o conceito de deficiência está relacionado à anormalidade completa ou parcial das funções do corpo humano que acarrete comprometimento das funções física, auditiva ou visual (AMIRALIAN et al, 2009; CARVALHO-FREITAS, 2009).
Classificação da conceituação de deficiência
Deficiência: perda ou anormalidade de estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica, temporária ou permanente. Incluem-se nessas a ocorrência de uma anomalia, defeito ou perda de um membro, órgão, tecido ou qualquer outra estrutura do corpo, inclusive das funções mentais.
Representa a exteriorização de um estado patológico, refletindo um distúrbio orgânico, uma perturbação no órgão.
Incapacidade: restrição, resultante de uma deficiência, da habilidade para

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