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Escola Metódica vs Escola dos Annales

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Universidade Federal Do Estado Do Rio De Janeiro
Centro de Ciências Humanas e Sociais – CCH
Licenciatura em História - EAD
Unirio/Cederj
Atividade a distância 1 (2021.1)
Disciplina: HISTÓRIA E DOCUMENTO
Coordenação: REBECA GONTIJO
	Nome:
THAMIRES CAROLINE SANTANA DA SILVA
	Matrícula:
20216090087
	Polo:
DUQUE DE CAXIAS
Faça uma pesquisa sobre a escola metódica (alemã e ou francesa) e sobre a “escola” dos Annales. Em seguida, preencha o quadro comparativo abaixo indicando aspectos ou características de cada uma delas. Focalize aspectos como a relação com o documento, com o fato histórico, os temas preferenciais etc. Você também pode incluir os nomes de historiadores vinculados a cada escola, assim como publicações.
Sugestão de leitura: você poderá utilizar como base o Caderno de Atividades (aulas 6, 10 e 11), o artigo e Tania Regina de Luca e outros textos que considere pertinentes e que estejam acessíveis. Indique a bibliografia utilizada no final, de acordo com as regras indicadas.
Ao escrever no quadro, você pode marcar ou numerar os itens. 
Evite copiar trabalhos prontos. Procure realizar o exercício a partir do seu próprio estudo.
	Escola metódica
	“Escola” dos Annales
	
1) A Escola Metódica surge no momento de institucionalização da História como disciplina no século XIX. Buscava criar uma metodologia baseada na investigação científica, buscando objetividade, se afastando das intervenções sobrenaturais, opiniões e imaginação. Em relação a sua metodologia, essa consistia na reunião de fatos com crítica da fonte (para torná-la válida) e contar os eventos históricos documentados sem emitir e transparecer as suas opiniões.
2) Em relação a fonte, para a Escola Metódica, a História deveria se deter da aplicação de documentos, destacado que apenas os documentos escritos poderiam ser utilizados como fontes históricas, por isso, um dos papeis do historiador era de reconhecer e proteger documentos para que não fossem destruídos.
Podemos dizer que os documentos tinham um papel central na historiografia da Escola Metódica, tanto que para Langlois e Seignobos, importantes pensadores desse período, não havia história sem documentos. 
 Não há dependência do historiador e o fato histórico, pois este o registrava de forma passiva.
3) Método da crítica documental: objetivava identificar erros e falsificações nos documentos. Primeiro, localizar, reunir e classificar os documentos. Em seguida, os documentos eram submetidos a crítica externa (identificação da origem do documento, se era cópia ou falsificado), e a crítica interna (descobrir o sentido do texto e avaliar sua confiabilidade) para então passar para a etapa final, consistente na comparação entra vários documentos para se estabelecer fatos particulares, reagrupar atos em questões/quadros gerais, interligar os fatos usando a dedução, selecionar partes relevantes para generalizações e interpretações. Importante ressaltar que o resultado da crítica documental deveria ser convertido em um escrito, apresentando as probabilidades dos fatos afirmados na análise.
4) Como contribuições da Escola Metódica temos o desenvolvimento da crítica documental; a instituição da História como disciplina universitária e do Historiador como um profissional e especialista e o surgimentos de grandes arquivos devido a necessidade e importância do documento escrito como fonte. 
 
5) Destaco como obras importantes desse período: 
· Revista Histórica (1876) - G. Monod, que buscava reunir as investigações referentes a história na Europa, reunião de estudos históricos.
· Introdução aos estudos históricos (1898) – Charles Victo Langlois e Charles Seignobos, um manual com regras que eram voltadas à disciplina História e método de análise permeado pela cientificidade. Nele, os autores trazem os processos da análise documental. 
6) Pesquisa sobre temas políticos, administrativos, governamentais, diplomáticos e religiosos. Heróis. 
	
1) A Escola dos Annales surge no início do século XX, com a criação da Revista dos Annales (1929) por Lucien Febvre e Marc Bloch, lançando um novo olhar sobre a pesquisa histórica, que passa a ser um processo mais dinâmico, com a História capaz de manipular instrumentos próprios, alargar o campo de pesquisa e nova abordagem. Os fenômenos coletivos ganham importância. Surge concepção de tempo histórico e a História – problema. 
2) Sobre as fontes, a Escola do Annales se tornou mais abrangente, usava-se qualquer conjunto de fontes que ajudassem no estudo das sociedades, não se limitando aos documentos escritos e oficiais (como na Escola Metódica). Assim, há expansão do conceito de ‘fonte histórica’, que passa a ser qualquer vestígio ou evidência. 
As questões culturais passam a serem consideradas. 
Na concepção de Febvre, os fatos históricos deveriam configurar as ações humanas nas realidades sociais que constituíam o passado.
3) História–problema: fatos deveriam ser problematizados, sendo formulado perguntas e hipóteses, porque os fatos históricos não são dados prontos, devem ser construídos pelos historiadores através da crítica interpretativa. 
Reconstruir o passado através de problemas e motivações da época do historiador.
O historiador conduz a elaboração da história, tem papel ativo, diferente a Escola Metódica (historiador passivo, apenas registrava).
4) Obras importantes:
· Combates pelas História (1977) – Lucien Febvre – crítica aos historiadores metódicos Langlois e Seignobos .
.
· A Escola dos Annales (1929-1989): a Revolução Francesa da historiografia – Peter Burke.
5) Pesquisas sobre estruturas econômico, social e mental, são objetos imateriais, a história não contada, o cotidiano de um povo.
6) Alguns autores:
· Marc Bloch (escreveu também Taumaturgos (1924) - Apologia da História. Elaborou nova definição para História, como “Ciência dos homens no tempo”.
· Fernand Braudel
· Lucien Febvre – no qual destacamos a valorização do quadro geográfico.
7) Como contribuições da Escola dos Annales temos a concepção de História-problema, a interdisciplinaridade (as ciências não precisam trabalhar de forma isolada, há diálogo com outros campos, com a Sociologia, Filosofia e Economia) e nova representação de tempo histórico.
Bibliografia utilizada:
MAUD, Ana Maria. História e Documento. V1/Ana Maria Mauad, Paulo Cavalcante - – Rio de Janeiro: Fundação CECIERJ, 2009 
MAUD, Ana Maria. História e Documento. V2/Ana Maria Mauad, Paulo Cavalcante -2 ed. – Rio de Janeiro: Fundação CECIERJ, 2013. 
LUCA, Tania Regina de. Notas sobre os historiadores e suas fontes. Revista Eletrônica Métis. História e Cultura.UCS, v. 11, n. 21, p. 13-21, 2012. Disponível em: <http://hdl.handle.net/11449/126896>. Acesso em: 20 mar. 2021.
BARROS, José D'Assunção. Escolas Históricas – discussão de um conceito a partir de dois exemplos principais: a "Escola Histórica Alemã" e a "Escola dos Annales". Esboços: histórias em contextos globais, Florianópolis, v. 17, n. 24, p. 7-36, dez. 2010. ISSN 2175-7976. Disponível em: <https://antigo.periodicos.ufsc.br/index.php/esbocos/article/view/2175-7976.2010v17n24p7>. Acesso em: 20 mar. 2021. doi:https://doi.org/10.5007/2175-7976.2010v17n24p7. 
OLIVEIRA, Wigeslei Rosa de Oliveira. Contra a História Historicista: A Combatitividade Discursiva De Lucien Febvre Contra Charles-Victor Langlois E Charles Seignobos. Revista Expedições:Teoria & Historiografia | V. 6, N.2, Agosto -Dezembro de 2015. Disponível em < https://www.revista.ueg.br/index.php/revista_geth/issue/view/211> Acesso em: 20 mar. 2021.. 
BARROS, José D'Assunção. "Teorias Da História" E "filosofias Da História": Reflexões Sobre O Contraste Entre Estes Dois Espaços De Reflexão Sobre O Fazer Histórico." Anos 90. Revista Do Programa De Pós-Graduação Em História Da Universidade Federal Do Rio Grande Do Sul 19, no. 36 (2012). Disponível e, < https://seer.ufrgs.br/anos90/article/view/1575>. Acesso em: 20 mar. 2021..
DELMAS, Ana Carolina; MACHADO, Marina Monteiro; MALEVAL, Isadora Tavares. Fontes e Métodos na escrita da História: novasperspectivas de abordagens. Revista Maracanan, [S.l.], n. 17, p. 7-11, jul. 2017. ISSN 2359-0092. Disponível em: <https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/maracanan/article/view/29703>. Acesso em: 20 mar. 2021. doi:https://doi.org/10.12957/revmar.2017.29703.
FARIAS, M. N.; FONSECA, A. D.; ROIZ, D. S. A escola metódica e o movimento dos Annales: contribuições teórico-metodológicas à história. Akrópolis, v. 14, n. 3 e 4: 121-126, 2006. Disponível em < https://revistas.unipar.br/index.php/akropolis/article/view/588> Acesso em: 20 mar. 2021.

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