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INTRODUÇÃO Quatro músculos são considerados músculos da mastigação, dentre eles três elevadores (m. masseter, m. temporal, m. pterigoideo medial) e um protrusor da mandíbula (m. pterigoideo lateral). Todos possuem origem no crânio e se inserem na mandíbula e vão atuar mais de forma coletiva do que individual. ✓ As inervações dos músculos são por meio do nervo trigêmeo, através da sua ramificação motora, o nervo mandibular. MÚSCULO MASSETER Músculo retangular, espesso, forte e com predominância de fibras verticais. Ele é recoberto pela fáscia massetérica que o protege e pode ser dividido em duas partes, uma profunda e outra superficial. → Parte superficial é muito maior e tem origem na margem inferior do osso zigomático, inserindo-se no ângulo mandibular. Possui fibras inclinadas, localizada na parte mais anterior. A parte superficial vai atuar na elevação da mandíbula ao mesmo tempo que a desloca para frente. → Parte profunda é menor e tem origem no arco zigomático, inserindo-se no ramo mandibular. Possui fibras mais verticais, localizada na parte posterior. A parte profunda vai ajudar no movimento de ascensão realizado pela parte superficial e age principalmente na manutenção da oclusão forçada por longos períodos. O músculo masseter eleva a mandíbula com mais potência em comparação aos demais. O comprimento e a disposição das fibras o caracterizam como um músculo de força. MÚSCULO TEMPORAL O músculo temporal é recoberto pela fáscia temporal e nele existe uma grande quantidade de tecido adiposo. Ele se origina no assoalho da fossa temporal e na superfície medial da fáscia temporal (o que dá a ele um aspecto bipenado) e se insere na parte interna e apenas medialmente do processo coronóide da mandíbula. → O músculo temporal se divide em parte anterior, media e posterior: • Parte anterior e média possui fibras mais verticais e auxiliam no processo de elevação da mandíbula. • Parte posterior possui fibras mais oblíquas (inclinadas) e auxilia no processo de retrusão mandibular, ou seja, movimento de jogar a mandíbula para trás. Quando ocorre a elevação da mandíbula nos movimentos de falar ou fechar rapidamente a boca, por exemplo, o músculo temporal é muito importante para essas funções. Para outros movimentos que necessitam de mais força atuam juntamente os músculos masseter, temporal e pterigóideo medial. → Mesmo sendo grande e potente, ele é um músculo mais de movimento do que força. MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO Giselly Santos Gomes Fibras curtas com a presença de fibras tendíneas que se dispõem de modo trançado. MÚSCULO PTERIGÓIDEO MEDIAL É um músculo sinergista do m. Masseter e possui características bem semelhantes: retangular, forte, com linhas curtas e trançadas, sendo também bastante tendíneo. Diferem-se, por exemplo, nos seus tamanhos, no qual o músculo pterigóideo medial é menor. → Origem do músculo é na fossa pterigóidea, mais especificamente entre as lâminas do processo pterigoideo, e se insere no ramo da mandíbula (face interna, na região onde sai o forame mandibular. → O músculo pterigóideo medial eleva a mandíbula ao passo que a desloca ligeiramente para frente, como faz também a parte superficial do músculo masseter. MÚSCULO PTERIGOIDEO LATERAL É o músculo mais curto e o único que as fibras se dispõem horizontalmente. Além disso, por ser o único que se relaciona com a articulação temporomandibular faz movimentos que os demais músculos mencionados não realizam. → Ele possui duas origens: • A inferior é maior e tem origem na face lateral da lâmina lateral do processo pterigoideo. • A superior é menor e tem origem na asa maior do esfenóide. Ambas as origens se inserem na fóvea pterigóidea do colo mandibular. → Algumas fibras superiores vão se inserir na porção anterior da cápsula articular e sua relação com a articulação temporomandibular é principalmente para manter a estabilidade do disco articular e evitar uma possível disfunção da articulação. O músculo realiza movimentos de lateralidade quando um deles age sozinho E quando contraem juntos realizam o movimento de protração, que é quando as cabeças das mandíbulas se projetam para frente. Referências: MADEIRA, M. C. Anatomia da Face: Bases anatomo- funcionais para a Prática Odontológica. 4a Edição. Editora Sarvier. São Paulo. 2003. Ilustrações: Sonhos de fisio; Kenhub; Aula de anatomia; AnatoNutri. Suas fibras são longas e menos tendíneas e não se dispõem de forma trançada como o músculo masseter. Giselly Santos Gomes
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