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Músculos da mastigação e ATM - morfo oral - anato - aula 4

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Músculos da mastigação e ATM (movimentos mandibulares)
Morfologia oral – Anato – aula 4
14/09/2021
· Músculos da mastigação
 
· São quatro músculos a cada lado:
· Temporal, masseter, pterigóideo medial e pterigóideo lateral. 
· Eles se desenvolvem do mesoderma do arco mandibular e são todos enervados pelo nervo mandibular (trigêmeos).
· Os músculos da mastigação são aqueles que agem sobre a mandíbula, proporcionando movimentos necessários para o processo da mastigação.
· Músculos infra-hióideos, músculos supra-hióideos e músculos da mastigação vão atuar nos movimentos mandibulares na articulação temporomandibular. 
Obs da imagem: musculo temporal – é um musculo em forma de leque que tem sua origem em toda linha curva temporal inferior e as fibras mais profundas em toda fossa temporal. Suas fibras convergem. Temos fibras verticais, obliquas e horizontais que se convergem formando um tendão único (segundo mais potente do corpo humano, temporal) e se insere no processo coronoide. Origem é ponto fixo, então ficara fixo na linha curva temporal inferior e vai movimentar a mandíbula. Quando contrai, eleva e retrai a mandíbula (pra cima e pra trás). 
· Músculo temporal
· É um músculo aplanado em forma de leque, localizado na fossa temporal.
· Fibras se estendem da fossa temporal até o processo coronoide da mandíbula
· Origina-se na linha curva temporal inferior e em toda fossa temporal. Suas fibras convergem inferiormente, formando um tendão que se insere no processo coronoide. 
· Obs: O Processo coronoide é uma eminência triangular achatada do osso mandibular, em cujas margens se insere o feixe superficial do tendão do músculo temporal.
· Os músculos da mastigação apresentam fáscias individuais, sendo a fáscia do músculo temporal a mais desenvolvida e resistente. Ela é constituída por um tecido fibroso, brilhante, que recobre a face lateral do músculo temporal. A fáscia temporal fixa-se na linha temporal superior, na margem posterior do processo frontal do zigomático, e na margem superior do arco zigomático. Neste local a fáscia desdobra-se em duas lâminas que se fixam cada qual na margem superior do arco zigomático, delimitando um espaço adiposo isolado.
· A fáscia temporal, além de proteger e conter o músculo temporal, tem importância na sustentação do arco zigomático. O arco é uma estrutura frágil, da qual se origina inferiormente o músculo masseter, de grande potência. Assim, para evitar que o arco se frature durante a força exercida pelo masseter, a fáscia torna-se um meio de suporte, segurando este músculo superiormente. É como se o masseter se originasse indiretamente da linha temporal superior, por meio da fáscia temporal
· Ação: eleva e retrai a mandíbula.
Obs da imagem: abaixo do temporal, temos o musculo masseter. O masseter tem duas classes de fibras: as superficiais que se originam na margem inferior do arco e do osso zigomático e elas vão para baixo e se inserir na área goniaca, onde fica o ponto gônio. Tem um feixe profundo que origina na face medial do arco e osso zigomático e se insere em toda face lateral do ramo mandibular. É um elevador mandibular. 
Obs da imagem: tirada as fibras superficiais, da pra ver as profundas do musculo masseter. 
· Músculo masseter
· É um músculo quadrilátero, localizado na porção lateral da face e apresenta dois feixes, um superficial e outro profundo.
· Feixe superficial
· Origina-se superiormente na margem inferior do arco e do osso zigomático; e se insere inferiormente na área goníaca.
· Feixe profundo
· Origina-se superiormente na face medial do arco e do osso zigomático; e se insere inferiormente na face lateral do ramo da mandíbula. 
· Ação: eleva a mandíbula.
· Ao se fechar a boca, ele exerce pressão sobre os dentes, especialmente na região dos molares. O feixe superficial colabora com os movimentos de protrusão, e o feixe profundo, com os de retrusão da mandíbula. No entanto, atuando em conjunto, essas forças de protrusão e de retrusão anulam-se, predominando as forças de elevação da mandíbula.
Obs da imagem: musculo pterigoide medial tem sua origem (superomedial) na fossa pterigoide, entre as duas laminas do processo pterigoide. As fibras vão para baixo e para fora e se insere (inferolateral) na face medial do ramo da mandíbula e a face lateral é o masseter. As duas fibras se entrelaçam. Eleva a mandíbula. Podemos concluir que temos 3 levantadores: temporal, masseter e pterigoide medial. Porem, além de elevar, ele puxa para o plano medial, então auxilia no movimento de lateralidade. 
· Músculo pterigóideo medial
· Está situado medialmente ao ramo da mandíbula na fossa infratemporal.
· Origina-se súpero-medialmente na fossa pterigoide do osso esfenoide e se insere ínferolateralmente na face medial do ramo mandibular entrelaçando-se inferiormente com as fibras do masseter.
· Ações: quando age em conjunto com seu homônimo, eleva a mandíbula. Quando age isoladamente, além de elevar, ajuda no movimento de lateralidade.
Obs da imagem: musculo pterigoide lateral. Esse é o ÚNICO que não é elevador, já que as fibras são laterais. É um musculo bíceps, porque tem duas cabeças de origem. A superior se origina na face infratemporal da grande asa do esfenoide. A origem inferior na face lateral do processo pterigoide. Fibras vão horizontalmente para trás e se insere no colo do côndilo mandibular, no disco e na capsula articular da articulação temporomandibular. Quando contrai, puxa o côndilo para frente. Se agir só o lateral de um lado, a mandíbula vai fazer lateralidade para o lado contrario. Faz movimentos laterais. 
· Músculo pterigóideo lateral
· É o único que não é elevador da mandíbula.
· Tem a forma de um cone de extremidade posterior e ocupa a fossa infratemporal.
· Origina-se por duas cabeças: a superior, que se origina na face infratemporal da grande asa do esfenoide. A inferior, na face lateral da lâmina lateral do processo pterigoide. Suas fibras convergem para trás e formam um tendão que se insere na fóvea pterigóidea no colo do côndilo, na cápsula e disco da ATM.
· Ações: quando age em conjunto com o seu homônimo, a mandíbula é deslocada para adiante. Quando age o pterigóideo lateral esquerdo, a mandíbula desloca-se para a direita. Quando age o direito, a mandíbula desloca-se para a esquerda.
· O feixe superior origina-se da superfície infratemporal da asa maior do esfenoide e da crista infratemporal.
· O feixe inferior origina-se da face lateral da lâmina lateral do processo pterigoide.
· A partir dessas origens, os feixes musculares convergem para se fixarem no colo da mandíbula e na ATM, da seguinte forma:
· Feixe superior: insere-se na cápsula da ATM (e indiretamente na margem anterior do disco articular) e na fóvea pterigóidea do colo da mandíbula.
· O feixe superior do músculo pterigóideo lateral relaciona-se com o controle do movimento anteroposterior do disco articular, pois nele se insere indiretamente. Nos movimentos de translação do côndilo, quem retira o côndilo da fossa mandibular é o feixe inferior. Já o movimento de retorno não é feito por músculos, mas, sim, fibras elásticas da lâmina superior da zona bilaminar da ATM. O feixe superior do músculo atua no movimento de volta do disco, controlando a ação dessas fibras elásticas.
· feixe inferior: insere-se apenas na fóvea pterigóidea do colo da mandíbula.
· A função principal é tracionar o côndilo (e a mandíbula) anteriormente, retirando-o da fossa mandibular e trazendo também o disco para frente (movimento de translação da ATM). A projeção do côndilo para frente ocorre nos movimentos mandibulares de protrusão, abertura bucal máxima e lateralidade.
· A protrusão consiste no movimento no qual a mandíbula é projetada anteriormente. Realiza-se pela contração simultânea de ambos os pterigóideos laterais.
· A abertura máxima da boca ocorre em duas etapas. A abertura bucal inicial é feita pela contração dos músculos supra-hióideos e, na etapa final, atuam os dois pterigóideos laterais, retirando-se os côndilos da fossa mandibular.
· No entanto, o movimento de lateralidadenão é realizado exclusivamente pelo músculo pterigóideo lateral, sendo auxiliado pelo músculo pterigóideo medial e, em menor parte, pelo músculo temporal.
Obs da imagem: músculos da mastigação, supra e infra-hióideos irão atuar sob a mandíbula e hioideo. A mandíbula é movimentada através de uma articulação. 
Obs da imagem: a articulação temporomandibular é uma articulação sinovial. Duas articulações funcionando ao mesmo tempo, do lado direito e do esquerdo. Teremos duas superfícies ósseas, uma superior que é o osso temporal e a inferior que é a mandíbula.
Obs da imagem: tomografia para mostrar que quando a boca esta fechada, os condilos estão dentro das fossas mandibulares. 
Obs da imagem: parte superior da articulação temporomandibular (parte óssea) é a eminência articular (fica perto do tubérculo articular, que da para ser apalpado). Atrás dessa eminencia, tenho a fossa mandibular e essa fossa e limitada por uma fissura chamada tímpano-escamosa. A eminencia articular tem posteriormente a fissura tímpano-escamosa, lateralmente tem a margem inferior do processo zigomático do temporal e medialmente a espinha do esfenoide. Inferiormente tem o condilo mandibular (cabeça da mandíbula). 
Obs da imagem: côndilo mandibular e processo coronoide. 
Obs da imagem: quando abrimos a boca, o côndilo sai da fossa e fica sob a eminencia articular dos dois lados. Quando a boca esta fechada, os côndilos estão dentro das fossas mandibulares. Quando a luxação, os côndilos estão a frente da eminencia articular. 
· Articulação temporomandibular (ATM)
· A articulação temporomandibular é do tipo sinovial condilar. Apresenta duas superfícies articulares; uma superior, representada pela eminência articular e fossa mandibular do osso temporal, e outra, inferior, representada pelo côndilo da mandíbula.
· No crânio existe apenas uma juntura sinovial, que conecta a mandíbula ao osso temporal. Como as junturas sinoviais são muito móveis, utiliza-se frequentemente o termo “articulação”, e nesse caso trata-se da articulação temporomandibular (ATM). Sendo uma diartrose como as demais articulações sinoviais, apresenta as seguintes características:
· Possibilita ampla mobilidade.
· Tem uma cápsula articular que une os ossos e limita uma cavidade articular.
· Tem líquido sinovial no interior da cavidade articular.
· Classifica-se a ATM como uma articulação sinovial biaxial complexa. É sinovial por ter, em seu interior, uma membrana sinovial que produz o líquido sinovial. É biaxial, por se movimentar em dois planos, ela se mostra complexa, denominação dada às articulações que apresentam um terceiro osso, dividindo a articulação em duas, funcionalmente diferentes. Apesar de ter apenas dois ossos, o disco articular funciona como um terceiro osso, dividindo a articulação em duas outras: temporodiscal (superior) e mandibulodiscal (inferior).
· Suas superfícies articulares são recobertas por um tecido fibroso predominantemente avascular, contendo poucas células cartilagíneas, e não apenas por tecido cartilaginoso, como as demais articulações do corpo.
· As duas ATMs estão conectadas entre si pela mandíbula; assim, funcionalmente, seria apenas uma articulação bilateral, movimentando-se simultânea e sinergicamente.
· O côndilo é sustentado por uma porção estreita, o colo da mandíbula. Este é arredondado posteriormente e apresenta anteromedialmente uma depressão, a fóvea pterigóidea, onde se insere o músculo pterigóideo lateral.
· Superfícies articulares do osso temporal
· A eminência articular é transversal, porém, ligeiramente oblíqua no sentido medial e posterior. É convexa de diante para trás e ligeiramente côncava de lateral para medial. Continua, anteriormente, com a superfície plana infratemporal e, posteriormente, com a fossa mandibular. A fossa mandibular está situada posteriormente à eminência articular, anteriormente ao meato acústico externo, medialmente à raiz longitudinal do arco zigomático e lateralmente à espinha do esfenoide. Tem a forma elíptica e está dividida pela fissura timpanoescamosa em duas partes: uma anterior, articular, em continuação com a vertente posterior da eminência articular; outra posterior, retroarticular, que se confunde com a parede anterior do meato acústico externo.
· Superfícies articulares da mandíbula
· Os côndilos da mandíbula são duas eminências elípticas, alongadas da porção lateral para medial. Estão inclinados medialmente e sobressaem muito na face medial do ramo mandibular.
· Tem a forma de sela, apresentando uma vertente anterior e outra posterior, separadas por uma crista paralela ao seu eixo maior. A vertente anterior é convexa; a posterior é aplanada e desce quase verticalmente, estreitando-se e em continuidade com a margem posterior do ramo mandibular.
· As superfícies articulares da ATM estão cobertas por fibrocartilagem com pequenas áreas de cartilagem hialina.
Obs da imagem: para fechar essas duas superfícies ósseas, temos uma articulação sinovial, porque tem liquido sinovial (rico em acido hialorônico que lubrifica a articulação) dentro dela. Então uma capsula para fechar tudo isso, para o liquido não sair. Tanto o côndilo mandibular quanto o a superfície temporal é forrada de fibrocartilagem com áreas de cartilagem hialina. Entre essas duas superfícies tem um disco articular que é de fibrocartilagem. Tem um espaço superior cheio de liquido que é o supradiscal e um inferior que é infradiscal e fechando tudo isso temos uma capsula articular que se insere no osso temporal e na mandíbula (ao redor do colo do côndilo). Essa capsula se insere na margem anterior da eminencia articular, posteriormente na fissura timpanoescamosa, lateralmente na margem inferior do processo zigomático do temporal e medialmente na base da espinha do esfenoide. 
· Cápsula articular
· Insere-se superiormente no contorno da superfície articular do temporal, ou seja, adiante, na margem anterior da eminência articular, posteriormente, na fissura timpanoescamosa, medialmente, na base da espinha do esfenoide e lateralmente, na margem inferior do processo zigomático. Inferiormente, a cápsula se insere no contorno do colo do côndilo.
· A cápsula articular compõe-se de duas classes de fibras: fibras longas superficiais, que se estendem diretamente do temporal à mandíbula, e fibras curtas, que vão de cada um destes ossos à periferia do disco.
· Ligamentos e cápsula articular têm por finalidade manter a união entre os ossos mas, além disto, impedem movimentação em planos indesejáveis e limitam a amplitude dos movimentos considerados normais. A membrana sinovial é a mais interna das camadas da cápsula articular.
· As fibras curtas formam, na parte posterior da cápsula, um feixe de fibras elásticas, curto e grosso, entre a fissura timpanoescamosa e a margem posterior do disco denominado freio discal posterior.
· A parte lateral da cápsula é reforçada pelo ligamento lateral que, superiormente, se insere na margem lateral da fossa mandibular. Daí, as fibras se dirigem para baixo e para trás, terminando na face lateral e posterior do colo do côndilo.
· A parte medial da cápsula é reforçada pelo ligamento medial, porém, este é mais delgado e menos resistente que o lateral. Insere-se superiormente na extremidade medial da fissura timpanoescamosa, na espinha do esfenoide e, inferiormente, na face medial do colo do côndilo.
· O ligamento posterior compõe-se de feixes elásticos situados na parte posterior da articulação, que se juntam aos feixes da cápsula. Nascem, superiormente, na fissura timpanoescamosa e, inferiormente, inserem-se na parte posterior do disco e na parte posterior do côndilo. Estes feixes, retroarticulares, contribuem para limitar o trajeto do disco e do côndilo, nos movimentos de deslizamento.
Obs da imagem: essas fibras da capsula, tem fibras longas que vem do temporal ate a mandíbula e curtas que vem do temporal para o disco e do disco para a mandíbula, porque o côndilo translada, ele leva o disco já que o disco se insere ao redor da cabeça do côndilo. Capsula vem por cima e fecha tudoisso. E essas fibras na margem posterior se fixam na fissura timpanoescamosa e funciona como um freio chamado freio discal posterior que segura o disco. 
Obs da imagem: côndilo vai junto com o disco quando a gente faz a tração para frente com os músculos pterigoides laterais. 
· Disco articular
· É uma lâmina oval de tecido fibrocartilagíneo, cuja circunferência está ligada à cápsula articular. Posteriormente, perde-se em fibras elásticas (freio discal posterior). Anteriormente, por intermédio da cápsula, o disco é ancorado ao tendão do músculo pterigóideo lateral. O disco está firmemente inserido ao redor do côndilo mandibular, de modo que segue o côndilo nos movimentos de deslizamento.
· A articulação temporomandibular está dividida em dois compartimentos: um superior, entre o osso temporal e o disco (supradiscal), e um inferior, entre o disco e a mandíbula (infradiscal). A superfície superior do disco é côncavoconvexa; a inferior é côncava. O disco é de espessura variável, podendo encontrar-se, muito raramente, uma perfuração, que interligaria os dois compartimentos articulares.
Obs da imagem: boca aberta, quando o côndilo fica sob as eminencias articulares. 
Obs da imagem: tomografia com o paciente de boca aberta. O côndilo sob a eminencia articular. 
· Descreve-se ainda a ATM com três ligamentos considerados acessórios, porque, na realidade, não desempenham papel no mecanismo articular. São eles: esfenomandibular, estilomandibular e pterigomandibular.
· Esses três ligamentos não tem nada a ver com o mecanismo articular, apenas ajudam a sustentar a mandíbula. 
· Ligamento esfenomandibular
· É uma cinta fibrosa, de forma retangular, que se estende da base do crânio à parte média do ramo da mandíbula. Insere-se superiormente na espinha do esfenoide e na porção mais medial da fissura timpanoescamosa, daí, dirige-se para baixo, indo inserir-se na língula da mandíbula. Representa a porção posterior, engrossada da aponeurose interpterigóidea.
· O esfenomandibular vem da espinha do esfenoide ate a língula da mandíbula.
· Ligamento estilomandibular
· É uma faixa especializada da lâmina profunda da fáscia cervical superficial, que se estende desde o processo estiloide até a margem posterior do ramo mandibular.
· Vem do processo estiloide do temporal ate a margem posterior do ramo. 
· Ligamento pterigomandibular
· Também chamado de tendão bucinatofaríngeo é uma lâmina fibrosa, que se estende desde o hâmulo pterigóideo à extremidade posterior da margem alveolar da mandíbula. Esta lâmina deve ser considerada como uma interseção tendínea entre os músculos bucinador e o constritor superior da faringe.
· Vem do hâmulo pterigoide ate o processo alveolar. É um ligamento que fica entre dois músculos (para frente o musculo bucinador e para trás o constritor superior da faringe), por isso pode ser chamado de ligamento bucinatofaríngeo. 
· Sinoviais
· Existem na ATM, duas sinoviais distintas, correspondentes aos dois compartimentos da cavidade articular. Uma superior, supradiscal, e outra inferior, infradiscal.
· Nos casos em que o disco é perfurado, condição extremamente rara, as duas sinoviais comunicam-se entre si.
· Anatomia de relação
· Lateralmente, a ATM está em relação com a glândula parótida, os ramos temporofaciais do nervo facial, a artéria temporal superficial e seu ramo transversa da face, a veia temporal superficial, atrás da artéria, e o nervo auriculotemporal, entre o côndilo e o tragus. Mais lateralmente, a tela subcutânea e a pele
· Medialmente, está em relação com o nervo alveolar inferior, nervo lingual, nervo corda do tímpano, nervo auriculotemporal, com a artéria maxilar e a artéria meníngea média.
· Anteriormente, com o músculo pterigóideo lateral e o músculo masseter.
· Posteriormente, com o meato acústico externo ósseo e cartilagíneo e glândula parótida.
· Superiormente, com a parede craniana da fossa mandibular.
· Vascularização da ATM
· É feita através de ramos da artéria temporal superficial e da artéria maxilar.
· Inervação da ATM
· Provém do nervo massetérico e auriculotemporal, ramos do nervo mandibular.
· Movimentos mandibulares 
· A mandíbula realiza onze movimentos, agrupados em cinco pares e um, que é resultante da combinação de todos.
· Primeiro par de movimentos, de trajetória inicial vertical e descendente. São os movimentos de abaixamento e elevação da mandíbula. 
Obs da imagem: boca na posição de repouso e quero abrir a boca. Primeiro estagio vai abaixar pouco essa mandíbula e vai ter uma pequena abertura da boca, mas para fazer isso os músculos da mastigação (temporal, masseter e pterigoide medial) precisam estar relaxados e os músculos infra-hióideos precisam estar contraídos para puxar o hióideo para baixo e fixar o hióideo. Os supra-hióideos irão contrair, primeiro o gênio-hióideo e depois milo-hióideo e depois os digástricos que vão fazer um pequeno abaixamento mandibular. Ai os pterigoideos laterais vão contrair bilateralmente com a mesma intensidade e os côndilos serão tracionados para frente, pra baixo e para medial, a boca ira abrir toda (grande abertura).
Obs da imagem: quem movimentou os côndilos foram os músculos pterigoides laterais. Então, o abaixamento mandibular tem como sinergistas (ajudam) os infra-hióideos para fixar o hióideo e os agonistas são os supra-hióideos na pequena abertura. Na grande abertura quem faz isso são os pterigoides laterais. Músculos agonistas da grande abertura (Agonista é a classificação de um ou mais músculos responsáveis pela realização de um movimento) para o abaixamento mandibular são os pterigoides laterais. Para voltar ao repouso, as fibras horizontais dos temporais, puxam para trás que são antagônicas dos pterigoides laterais, para puxar os côndilos de volta para trás e quando o côndilo é retraído, os elevadores puxam ele para cima para poder chegar na posição de repouso. 
· Abaixamento (movimento de ida)
· Os dentes acham-se em oclusão cêntrica e os côndilos da mandíbula em relação cêntrica; o osso hioide é o ponto fixo de origem para os músculos supra-hióideos, graças à contração dos infra-hióideos; os músculos elevadores da mandíbula estão inativos.
· Em tais condições começam a atuar os abaixadores; a primeira ação é dos genio-hióideos, aos quais se somam de imediato o milo-hióideo e os ventres anteriores dos digástricos. Os pontos de inserção mandibular destes músculos (espinhas genianas, linha milo-hióidea e fossas digástricas) ocupam posições anteriores e superiores em relação ao osso hioide; por isso é que quando os músculos supra-hióideos se contraem, a sínfise da mandíbula baixa e retrocede. Paralelamente os côndilos estão rodando de acordo com um eixo que parece passar por seus pólos laterais; funcionam neste momento as articulações infradiscais. Até aqui, tivemos o primeiro tempo do movimento, também chamado de pequena abertura.
· O disco se insere nos pólos do côndilo e quando este roda, se produz em suas inserções um efeito de torção que, ao não poder prolongar-se, faz com que ao estender-se o movimento, côndilo e disco se solidarizem. O segundo tempo do movimento ou de grande abertura é determinado pela contração simultânea e com igual intensidade de ambos pterigóideos laterais. Os pterigóideos laterais, ao propulsionarem os côndilos que já estão solidarizados com os discos, fazem com que estes deslizem sobre as vertentes posteriores das eminências articulares dos temporais, fazendo funcionar as articulações supradiscais.
· A sínfise da mandíbula segue transladando-se para baixo e para trás. Os côndilos ficam colocados sob as eminências articulares dos ossos temporais. O movimento termina quando se limitam em sua capacidade os músculos ativos e se soma a aposição dos elementos ligamentosos da articulação (cápsula, ligamentos lateral e medial, e freio discal posterior) que esgotam sua capacidade de distensão.
· A abertura máxima é considerada normal, quando a distância entre os incisivos superiores e inferiores chega a 4cm.
· Elevação (movimento de volta)
· Desaparecida a açãodos músculos abaixadores, deve a mandíbula efetuar o movimento inverso ao cumprido durante o abaixamento. Existem também dois tempos; no primeiro, funcionam as articulações supradiscais. Côndilos e discos solidários são arrastados para trás pelas fibras horizontais e oblíquas dos músculos temporais, com a participação de algumas fibras dos masseteres e pterigóideos mediais, para devolver aos discos as suas posições no fundo das fossas mandibulares.
· No segundo tempo, com um definido trabalho dos masseteres, pterigóideos mediais e fibras verticais dos temporais, os côndilos rodam sob as faces inferiores dos discos, para chegar ao restabelecimento da oclusão cêntrica.
Obs da imagem: quando não quero abrir a boca, quero puxar mandíbula para frente, os elevadores precisam segurar para a boca não abrir (tônus muscular), abaixamento muito pequeno e os pterigoides laterais puxam a mandíbula para frente e eu saído repouso para adiante. Esse é o movimento de propulsão. Agora quero voltar para o repouso e o antagonista do pterigoide lateral que são as fibras horizontais dos temporais que vão puxar a mandíbula para trás e voltar para o repouso, chamado de retropulsão. 
· Segundo par de movimentos, de trajetória inicial horizontal e anterior. São os movimentos de propulsão e retropulsão. 
· Propulsão (movimento de ida)
· A mandíbula deve projetar-se para adiante, porém a existência dos planos inclinados incisivos, molar e condílio, a obriga a realizar um prévio movimento de abaixamento, suficiente para que nenhuma margem incisal ou cúspide superior possa interferir em seu deslizamento. Para isso devem funcionar os abaixadores, especialmente os genio-hióideos; esta atividade abaixadora não deve ser muito intensa e há de ser regulada pelo tono dos músculos elevadores, para evitar que a mandíbula desça demasiadamente.
· Neste primeiro tempo do movimento, há uma leve rotação dos côndilos, para tanto, os pterigóideos laterais estão atuando sincronicamente e levam os côndilos para baixo e para adiante; esta fase da excursão é em realidade um abaixamento propulsado.
· O prolongamento do trabalho dos pterigóideos laterais fazem com que, os côndilos arrastem seus respectivos discos. Neste segundo tempo colaboram os elevadores, mantendo elevada a mandíbula, pois que sem eles, o movimento seria de abaixamento e não de propulsão.
· Retropulsão (movimento de volta)
· A mandíbula deve voltar para trás e logo para cima. Os primeiros músculos a entrarem em ação são os abaixadores; colaboram com eles os ventres posteriores dos digástricos e todos são regulados pelo tono dos elevadores, com o fim de efetuar só um pequeno movimento de abaixamento.
· Possibilita-se de tal forma, a atividade das fibras horizontais dos temporais, que são retropulsoras, auxiliadas por fibras oblíquas do mesmo músculo e pelos feixes profundos dos masseteres.
· Este trabalho conjunto faz retornar os côndilos e os discos às fossas mandibulares. Logo funcionam os elevadores com mais intensidade provocando a rotação dos côndilos, devolvendo a mandíbula à posição de relação cêntrica.
Obs da imagem: se eu agir so o meu pterigoide lateral direito (agonista), vai puxar esse condilo direito para frente, então mandíbula vai para esquerda, ajudado pelo pterigoide medial do mesmo lado (sinergistas), ou seja, direito. Então, mandíbula vai fazer lateralidade centrifuga a esquerda(sai do plano mediano para fora). Se quero voltar para o repouso, o antagonista ira agir que são as fibras horizontais do temporal direito, chamando isso de lateralidade centrípeta (trazer da centrifuga para o repouso). Qual o musculo agonista do movimento de lateralidade centrifuga a direita? Musculo pterigoide lateral esquerdo e o musculo pterigoide medial ajudou. Qual o musculo agonista da lateralidade centrípeta da esquerda para o repouso? Fibras horizontais do temporal direito.
· Terceiro par de movimentos, de trajetória inicial horizontal e lateral. São os movimentos de lateralidade centrífuga e lateralidade centrípeta.
· Lateralidade centrífuga (movimento de ida)
· A mandíbula deve transladar de tal maneira que a sínfise da mandíbula se desloque para um dos lados, abandonando o plano sagital. Para que isto ocorra será preciso que a mesma baixe para poder fugir do engrenamento dentário; um dos côndilos, o do lado oposto ao do sentido do movimento, é tracionado pelo pterigóideo lateral dirigindo-se com o disco, para baixo, adiante e medialmente; o côndilo do outro lado se move com muito menor excursão para trás e para lateral, tracionado pelas fibras horizontais do temporal. Atuam também, os masseteres e pterigóideos mediais mantendo o contato dentário.
· Lateralidade centrípeta (movimento de volta)
· Desaparecidas as causas que deslocaram lateralmente a mandíbula, o côndilo propulsado volta a sua localização primitiva pela contração do temporal do mesmo lado, sobre tudo por suas fibras horizontais, e pela tração que no lado oposto do corpo mandibular exercem as fibras do milo-hióideo. O côndilo retraído regressa ajudado pela resiliência dos tecidos retroarticulares. Os elevadores, que durante todo o movimento mantiveram o contato dentário, restabelecem a oclusão cêntrica.
Obs da imagem: do repouso vou fazer uma oclusao forçada (forçar os dentes) e quem fez isso foi os elevadores (masseter, pterigoides mediais e fibras verticais do temporal), esse movimento é chamado de intrusão e o movimento contrario é so relaxar um pouco essa musculatura, mas mantendo ela em tônus muscular para a boca não abrir. 
· Quarto par de movimentos, de trajetória inicial vertical e ascendente. São os movimentos de intrusão e extrusão.
· Intrusão (movimento de ida)
· A posição de oclusão cêntrica implica na existência de uma contração dos elevadores. Quando essa contração aumenta, os dentes entram em oclusão forçada e no nível da ATM, os côndilos fazem pressão, de baixo para cima, nos discos.
· Extrusão (movimento de volta)
· A mandíbula faz um leve abaixamento pelo relaxamento dos elevadores, sem, contudo perder o tono, mantendo a mandíbula em oclusão cêntrica, desaparecendo a compressão que sofriam os discos.
Obs da imagem: agora quero jogar minha mandíbula para trás, movimento de ida, feito pelas fibras horizontais dos temporais, chamado de movimento de Retrusão. Quem faz voltar, é o relaxamento dos temporais e uma pequena contração dos pterigoides laterais que puxam para frente, voltando ao repouso , chamando de movimento de protrusão. 
· Quinto par de movimentos, de trajetória inicial horizontal e posterior. São os movimentos de retrusão e protrusão.
· Retrusão (movimento de ida)
· Conservado o contato dentário pelo tono dos elevadores, a mandíbula é tracionada pelas fibras horizontais dos temporais, os côndilos se dirigem para trás, provocando a compressão dos tecidos retroarticulares.
· Protrusão (movimento de volta)
· É causado pelo relaxamento das fibras horizontais dos temporais e pela resiliência dos tecidos retroarticulares. Deve manter-se a contração dos elevadores para conservar o contato dentário.
· Movimento resultante da combinação de todos
· Circundução (movimento de ida e volta).
· Os cinco pares de movimentos, quando combinados, com maior ou menor frequência, com maior ou menor intensidade ou amplitude, têm como resultante o movimento de circundução, que é o movimento apto para a mastigação do onívoro.
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4421807/mod_resource/content/0/ATM%20%28Glauce%29.pdf
https://www.foa.unesp.br/#!/ensino/departamentos/dcb/histologia/atlas-de-histologia-buco-dentaria/atm-articulacao-temporomandibular/

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