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Autoras: Profa. Nancely Huminhick Vieira Profa. Maria Aparecida Atum Colaboradores: Prof. Alexandre Ponzetto Prof. Adilson Silva Oliveira Vídeo: Princípios e Técnicas AR TV - R ev isã o: M ar in a - Di ag ra m aç ão : F ab io - 2 0/ 03 /2 01 5 Professoras conteudistas: Nancely Huminhick Vieira / Maria Aparecida Atum Nancely Huminhick Vieira Nascida em São Paulo, a autora possui graduação em Artes Plásticas pela Unesp e é mestre e doutora em Educação, sendo a fotografia o objeto de pesquisa em ambas as titulações. Atuou durante dois anos como professora da pós‑graduação EaD em Artes pelo projeto Redefor em parceria com a Secretaria da Educação e a Unesp. Atualmente é professora da UNIP e da Universidade Mackenzie em diversas disciplinas da área fotográfica. Atuou como fotógrafa durante vários anos nas seguintes áreas: book, cult, still e eventos. Atualmente, desenvolve pesquisa com o tema: Fotografia Cultural. Coordenadora da pós‑graduação em Fotografia da UNIP. Maria Aparecida Atum Na área da informatização desde 1987, é graduada em Sistemas de Informação e especialista em Comunicação e Mídia, campo em que desenvolve projetos de pesquisa tendo como foco a animação dentro das novas mídias da área digital. De 1990 a 1992, desenvolveu projetos‑murais em Londres e Bari, na Itália. Exerceu ainda a função de coordenadora auxiliar no curso de Comunicação Digital da UNIP. Atua como webdesigner e professora universitária. Desenvolve trabalhos na área gráfica e como webconsulting. © Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita da Universidade Paulista. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) V658v Vieira, Nancely Huminhick. Vídeo: princípios e técnicas. / Nancely Huminhick Vieira, Maria Aparecida Atum. – São Paulo: Editora Sol, 2015. 180 p., il. Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e Pesquisas da UNIP, Série Didática, ano XVII, n. 2‑060/15, ISSN 1517‑9230. 1. Vídeo Digital. 2. Vídeo analógico. 3. Obras audiovisuais. I. Atum, Maria Aparecida. Título. CDU 621.397.42 XIX AR TV - R ev isã o: M ar in a - Di ag ra m aç ão : F ab io - 2 0/ 03 /2 01 5 Prof. Dr. João Carlos Di Genio Reitor Prof. Fábio Romeu de Carvalho Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças Profa. Melânia Dalla Torre Vice-Reitora de Unidades Universitárias Prof. Dr. Yugo Okida Vice-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa Profa. Dra. Marília Ancona‑Lopez Vice-Reitora de Graduação Unip Interativa – EaD Profa. Elisabete Brihy Prof. Marcelo Souza Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar Prof. Ivan Daliberto Frugoli Material Didático – EaD Comissão editorial: Dra. Angélica L. Carlini (UNIP) Dra. Divane Alves da Silva (UNIP) Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR) Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT) Dra. Valéria de Carvalho (UNIP) Apoio: Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos Projeto gráfico: Prof. Alexandre Ponzetto Revisão: Marina Bueno Lucas Ricardi AR TV - R ev isã o: M ar in a - Di ag ra m aç ão : F ab io - 2 0/ 03 /2 01 5 Sumário Vídeo: Princípios e Técnicas APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................9 INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................................9 Unidade I 1 INTRODUÇÃO AO VÍDEO ............................................................................................................................... 11 1.1 Breve história do vídeo ...................................................................................................................... 11 1.2 Gravadores de vídeo e videocassetes ........................................................................................... 12 2 OS CAMINHOS DO VÍDEO DIGITAL .......................................................................................................... 17 2.1 Fontes de materiais ............................................................................................................................. 17 2.2 Câmera de vídeo digital ..................................................................................................................... 17 2.3 Câmera digital ....................................................................................................................................... 18 2.4 Vídeo analógico ................................................................................................................................... 18 2.5 Som ............................................................................................................................................................ 19 2.6 Tecnologia analógica e digital ....................................................................................................... 19 2.7 Processo de edição e finalização de vídeoclipes ...................................................................... 19 2.8 Equipamentos utilizados ................................................................................................................... 20 2.9 TV doméstica .......................................................................................................................................... 20 2.10 Computador ........................................................................................................................................ 21 2.11 Internet ................................................................................................................................................... 21 2.12 Impressora ............................................................................................................................................ 22 2.13 As mídias de vídeo ............................................................................................................................. 22 2.14 MiniDV .................................................................................................................................................... 23 2.15 MicroMV ................................................................................................................................................ 23 2.16 Digital 8 ................................................................................................................................................. 23 2.17 Hi8 ............................................................................................................................................................ 24 3 EQUIPAMENTO E TECNOLOGIA DIGITAL ................................................................................................. 25 3.1 O digital é melhor? Por quê? ........................................................................................................... 25 3.2 Como funciona o vídeo digital ....................................................................................................... 25 3.2.1 Princípios de entrelaçamento ............................................................................................................ 27 3.2.2 Linhas ímpares ......................................................................................................................................... 27 3.2.3 Linhas pares ...............................................................................................................................................28 3.2.4 Resultado do entrelaçamento ........................................................................................................... 28 3.2.5 Vídeo com varredura progressiva ..................................................................................................... 28 4 EQUIPAMENTOS: PARTES DE UMA CÂMERA ...................................................................................... 29 4.1 Câmeras entry‑level ............................................................................................................................ 33 AR TV - R ev isã o: M ar in a - Di ag ra m aç ão : F ab io - 2 0/ 03 /2 01 5 4.1.1 Modelos de câmeras entry‑level ...................................................................................................... 34 4.1.2 Câmeras intermediárias ...................................................................................................................... 35 4.1.3 Modelo intermediário ........................................................................................................................... 36 4.1.4 Desenho convencional ........................................................................................................................ 37 4.1.5 Direto para DVD ....................................................................................................................................... 37 4.1.6 Função dual ............................................................................................................................................... 37 4.1.7 Chip triplo ................................................................................................................................................. 38 4.1.8 Câmeras prosumer ................................................................................................................................. 38 4.1.9 Acessórios .................................................................................................................................................. 39 Unidade II 5 ELEMENTOS DA OBRA AUDIOVISUAL – PRÉ‑PRODUÇÃO ............................................................... 45 5.1 Fases da pré‑produção ....................................................................................................................... 45 5.1.1 Ideia e estrutura ...................................................................................................................................... 45 5.1.2 Personagem ............................................................................................................................................... 48 5.1.3 Elaboração do roteiro ............................................................................................................................ 51 5.2 Linguagem de direção ........................................................................................................................ 58 5.2.1 Decupagem técnica ............................................................................................................................... 61 5.2.2 Planos e movimentos de câmera ..................................................................................................... 63 5.2.3 O storyboard ............................................................................................................................................. 70 5.2.4 O elenco ...................................................................................................................................................... 71 5.2.5 A gravação ................................................................................................................................................. 72 6 PRODUÇÃO DA OBRA AUDIOVISUAL ...................................................................................................... 81 6.1 Projeto audiovisual .............................................................................................................................. 82 6.1.1 Sinopse ........................................................................................................................................................ 82 6.1.2 Proposta ...................................................................................................................................................... 83 6.1.3 Justificativa ............................................................................................................................................... 84 6.1.4 Contrapartida ........................................................................................................................................... 84 6.1.5 Concepção de criação ........................................................................................................................... 84 6.1.6 Elenco e ficha técnica ........................................................................................................................... 84 6.1.7 Orçamento de produção ...................................................................................................................... 85 6.1.8 Cronograma de realização .................................................................................................................. 87 6.1.9 Currículos ................................................................................................................................................... 88 6.2 A gravação .............................................................................................................................................. 88 6.2.1 Planilha de produção ............................................................................................................................ 88 6.2.2 Gravação em local público .................................................................................................................. 89 6.2.3 Making of ................................................................................................................................................... 91 6.3 Montagem e finalização da obra audiovisual – pós‑produção ......................................... 91 6.3.1 Linguagem de edição ............................................................................................................................ 91 6.3.2 Edição de corte ........................................................................................................................................ 94 6.3.3 Sonoplastia ................................................................................................................................................ 95 6.3.4 Créditos ....................................................................................................................................................... 97 AR TV - R ev isã o: M ar in a - Di ag ra m aç ão : F ab io - 2 0/ 03 /2 01 5 Unidade III 7 DIREÇÃO DE ARTE E O CINEMA NACIONAL ........................................................................................103 7.1 Direção e diretor de arte .................................................................................................................103 7.2 Cenografia .............................................................................................................................................109 7.3 Figurino ..................................................................................................................................................114 7.4 Maquiagem ...........................................................................................................................................118 7.5 Efeitos especiais ..................................................................................................................................1217.6 Case do Castelo Rá‑Tim‑Bum .......................................................................................................125 7.6.1 Programa infantil de TV, filme e exposição ............................................................................... 125 8 O VÍDEO E SUAS TRANSFORMAÇÕES MIDIÁTICAS ..........................................................................138 8.1 Internet e produção colaborativa ................................................................................................138 8.2 YouTube e a evolução do vídeo ....................................................................................................141 8.3 O vídeo como recurso pedagógico ..............................................................................................144 9 AR TV - R ev isã o: M ar in a - Di ag ra m aç ão : F ab io - 2 0/ 03 /2 01 5 APRESENTAÇÃO A disciplina Vídeo Princípios e Técnicas tem como base a compreensão das técnicas de equipamentos de vídeo e a leitura interpretativa das várias fases da produção audiovisual, habilitando o estudante a compreender os princípios e técnicas de vídeo e a sua aplicação no mercado profissional. Nessa obra, serão introduzidas ao estudante a base dos mecanismos das câmeras de vídeo e a compreensão dos diferentes procedimentos para captação de registro cinematográfico, além de entender os procedimentos de direção no que concernem as fases de produção de um filme. Serão transmitidas a base de elaboração de um projeto audiovisual, a importância da direção de arte em uma obra cinematográfica e o vídeo como nova e importante prática pedagógica de ensino a distância. Espera‑se que o estudante seja capaz de desenvolver a percepção cinematográfica, a reflexão e o potencial criativo na produção de uma obra audiovisual. Espera‑se ainda que o estudante seja capaz de perceber o valor das novas tendências midiáticas no campo pedagógico e seja levado a interrogar o modo como o vídeo se articula com as nossas representações do mundo, crenças, experiências, práticas e com os nossos discursos. INTRODUÇÃO Inicialmente, a partir das especificações técnicas dos equipamentos analógicos e digitais, buscaremos na história do vídeo um breve relato sobre a evolução e as possibilidades que atingiram a produção audiovisual, principalmente aquela alavancada pela internet e pelo barateamento tecnológico. Em seguida, estudaremos os principais conceitos da linguagem cinematográfica, extremamente importante para o desenvolvimento da expressão audiovisual. Dividida em pré‑ produção, produção e pós‑produção, veremos todo o trajeto de uma obra do ponto de vista técnico, sem antes buscar conhecimento sobre o processo de criação de um roteiro e a estrutura que compõem a construção de uma história. Daremos ênfase à linguagem de direção e aos principais agentes responsáveis pela elaboração de um projeto audiovisual, que, bem elaborado, distinguindo claramente seus aspectos artísticos e técnicos, servirá ao aspirante de diretor conhecimentos para buscar patrocínio cultural. Após esse trabalho, definiremos algumas técnicas relativas à linguagem de edição de corte de imagem, focando todo o processo que envolve a fase de finalização de um projeto audiovisual. Posteriormente, introduziremos conceitos essenciais sobre direção de arte e a atuação profissional no contexto do cinema nacional. Discutiremos a coreografia cinematográfica, suas características próprias e subjetivas e como a técnica é essencial ao contexto da narrativa. Veremos ainda como o figurino, a maquiagem e os efeitos especiais cinematográficos contribuem de forma significativa para o desenvolvimento do projeto, sugerindo os aspectos emocionais e psicológicos dos personagens. Enriqueceremos a base didática desse estudo com exemplos de desenhos, plantas de cenários, figurinos e personagens importantes do cinema nacional, apresentado ainda um case da sétima arte produzida no Brasil. 10 AR TV - R ev isã o: M ar in a - Di ag ra m aç ão : F ab io - 2 0/ 03 /2 01 5 Para finalizar, observaremos o vídeo como agente transformador da sociedade midiática, esclarecendo inicialmente como o advento da Internet e suas evoluções correlatas criaram novas práticas de sociabilidade e comunicação, gerando novos modelos socioeconômicos, sendo o site de compartilhamento YouTube o principal exemplo. Veremos ainda que outra prática surgiu com a evolução tecnológica: a produção e o compartilhamento de conteúdo audiovisual como material instrucional de ensino a distância. A partir daí, apontaremos as dificuldades da concepção técnica do material pedagógico e quais as vias necessárias para que um curso a distância venha a se tornar uma estratégia de ensino na prática docente. Bons estudos! 11 AR TV - R ev isã o: M ar in a - Di ag ra m aç ão : F ab io - 2 0/ 03 /2 01 5 VÍDEO: PRINCÍPIOS E TÉCNICAS Unidade I 1 INTRODUÇÃO AO VÍDEO 1.1 Breve história do vídeo Existem muitas maneiras de denominar um vídeo e várias outras de definir suas características e formatos diferentes. Quanto ao seu aspecto técnico, pode‑se simplesmente dizer que um vídeo é um conjunto de imagens em movimento; em relação ao seu conteúdo, pode ser um filme ou um documentário; e em relação à sua produção, pode ser profissional ou caseiro. Um vídeo é formado por imagens estáticas e dinâmicas, cenas de uma ou mais câmeras, que podem, por sua vez, serem fixas ou em movimento. Um vídeo pode ser formado por personagens movendo‑se ou parados, imagens gravadas ou, ainda, geradas pelo computador. Há uma infinidade de informações que podem ser exploradas das mais diversas maneiras (MORAN, 2009, p. 28). Quanto ao seu aspecto linguístico, pode‑se dizer que um vídeo é uma mídia eletrônica que se utiliza de outras linguagens, como a do cinema, do rádio, da literatura e até da computação gráfica. Foi essa gama de possibilidades que tornou o vídeo tão popular em nosso cotidiano, mas se voltarmos há pouco tempo atrás, veremos que nem sempre foi dessa forma. As primeiras câmeras de vídeo foram fabricadas no Japão e disponibilizadas no mercado em 1965. Porém, a indústria japonesa imaginou que o produto seria utilizado somente para fins de treinamento de funcionários em empresas e não acreditava que cairia no gosto popular. Quanto à reprodução das gravações, eram utilizados gravadores de vídeo e videocassetes. Os aparelhos para exibir filmes, os antigos videocassetes, são utilizados até hoje, só que agora na versão digital: são os aparelhos de DVD e o mais atual é o aparelho de blu‑ray 3D – um sistema de alta definição. Entre meados da década de 1960 e 1970, eram utilizados aparelhos nacionais e importados, porém as empresas fiscais, na época, só concediam incentivos fiscais àquelas que utilizassem os modelos nacionais. Os modelos importados eram muitas vezes mais sofisticados e de ótima qualidade, mas além do que já citamos, tinham também o inconveniente da falta de assistência técnica. A seguir, apresentaremos os modelos e especificidades dos aparelhos mais antigos. 12 AR TV - R ev isã o: M ar in a - Di ag ra m aç ão : F ab io - 2 0/ 03 /2 01 5 Unidade I 1.2 Gravadores de vídeo e videocassetes Vamos a eles: Especificações técnicas do videocassete 4140 B Gravação: PAL‑M Reprodução: duplo, PAL‑M/NTSC (automático ou manual) Velocidade da fita: SP 33,35 mm/seg LP 16,67 mm/s EP 11,12 mm/s Largura da fita: 12,7mm (nominal) Formato: VHS Recepção de Canais: VHF (2 ao 13) e UHF (14 ao 83) Resolução horizontal: 240 linhas ∙Relação sinal/ruído: sinal de vídeo: 45 dB (SP) ∙Resposta de frequência: (áudio):70 Hz ~ 10kHz Relação sinal/ruído (áudio): 42 dB (SP) Flutuação (wow and futter): com fita T‑120: SP‑0,3% máx. (pico) – EP‑0,5% máx. (pico) Relógio Quartz com proteção de memória: 00:00 a 23:59 h Timer (programa): 1 min. a 9h59’ Tempo para avanço/retrocesso rápido: 4 min. para fita T‑120 Alimentação: 120/220 V ac 60/50Hz Consumo de potência: 29W Dimensões LAP: 430x117x368 mm Peso: 9,5 kg Saída para câmera: conector universal 10 pinos 12V/1A (máx) Figura 1 – O videocassete 4140 B da Sharp 13 AR TV - R ev isã o: M ar in a - Di ag ra m aç ão : F ab io - 2 0/ 03 /2 01 5 VÍDEO: PRINCÍPIOS E TÉCNICAS Especificações técnicas do videocassete 4290 B Gravação: ................................................................... Reprodução: ............................................................. Sinal de vídeo: ........................................................ Velocidade da fita: ................................................ Largura da fita: ...................................................... Formato: .................................................................... Tempo de grav./repr: ............................................. Recepção de canais: ............................................. Antena: ....................................................................... Sinal de vídeo: ‑ Entrada: ......................................................... ‑ Saída: .............................................................. Resolução horizontal: .......................................... Relação sinal/ruído Sinal de Vídeo: ....................................................... Entrada de áudio: ................................................... Saída de áudio: ........................................................ Resposta de frequência (áudio): ...................... Relação sinal/ruído (áudio): ............................... Flutuação (wow and flutter) Com fita T‑120: ....................................................... Relógio a Quartz: .................................................. Timer (programa): ................................................... Tempo para avanço/retrocesso rápido: ........ Temperatura ambiente permissível: Posição de operação: ............................................ Umidade permissível: ........................................... Rede elétrica: ........................................................... Consumo de potência: ......................................... Dimensões: L/P/A: .................................................. Peso (sem embalagem): ....................................... Peso (com embalagem): ....................................... PAL‑M 2 cabeçotes giratórios, sistema de varredura helicoidal. Sinal de luminância gravado em FM. Sinal de croma gravado em AM e convertido para baixa frequência. Duplo, PAL‑M/NTSC PAL‑M S.P. 33,35 mm/seg./L.P. 16.67 mm/seg./E.P. 11,12 mm/seg. 12,7 mm (nominal) VHS Máx. 480 min. com fita T‑160 VHS (2 a 13) e UHF (14 a 83) VHF 75 ohms/UHF 300 ohms 0,5‑2,0 Vpp; 75 ohms desbalanceado. 1,0 Vpp; 75 ohms desbalanceado. 240 linhas. 45 dB (SP) ‑20 dBm ‑5 dBm 70 Hz ~ 10KHz 75 dB (SP) SP‑0,3% máx. (pico) EP‑0,5% máx. (pico) 00:00 a 23:59 horas 1 min. a 9H e 59 minutos 4 min. para fita T‑120 5 ~ 40°C Horizontal Abaixo de 80% 120/220 V AC 60/50 Hz 29 W 430x368x117 mm 9,5 kg 11,0 kg Figura 2 – O videocassete‑4290 B (Sharp) 14 AR TV - R ev isã o: M ar in a - Di ag ra m aç ão : F ab io - 2 0/ 03 /2 01 5 Unidade I Especificações técnicas do videocassete VCP 9000 Formato _______________________ Sistema de televisão ______________ Audio track _____________________ Largura da fita __________________ Tempo de reprodução_____________ Modulação RF ___________________ Alimentação ____________________ Peso __________________________ Dimensão ______________________ VHS standard NTSC/PAL‑M 1 track SP – 33,35 mm/s LP – 16,67 mm/s SLP – 11,12 mm/s 480 min. com fita T‑160, usada em SLP. Canais 3 ou 4 110/220 Volts AC, 60 Hz 6,8 kg 300(L)x120(A)x350(P)mm Características • Full logic operation • Reprodução automática em três velocidades • Front load • Seleção manual de reprodução de fitas NTSC e PAL‑M • Tempo máximo de reprodução: 8 horas com fita T‑160 • Led indicador de presença de umidade no aparelho – DEW Figura 3 – Videocassete Player VCP‑9000 – CCE 15 AR TV - R ev isã o: M ar in a - Di ag ra m aç ão : F ab io - 2 0/ 03 /2 01 5 VÍDEO: PRINCÍPIOS E TÉCNICAS Especificações técnicas do VHR 1300 MB • Sistema de cor: NTSC/PAL‑M • Sistema de gravação: VHS com três velocidades SP, EP, LP • Velocidade da fita: SP‑33,35 mm/s. LP‑16,67 mm/s. EP‑11,12 mm/s. • Tempo máximo de gravação: 480 min. (velocidade EP, fita T‑160) • Sistema de colocação de fita: frontal • Sistema do seletor de canais: 16 canais • Sintonizador de canal: VHF: 2 a 13 UHF: 14 a 83 • Conversor RF: interno • Conversor de saída: canais 3 e 4 com chaveamento • Relógio: 12 horas AM/PM • Gravação com timer: 1 – qualquer horário do dia durante 14 dias 2 – a mesma hora do dia, todo dia. • Número máximo de programações: 4 • Contagiro: display eletrônico de 4 dígitos com memória • Sistema de retrocesso automático: ativado ao final da fita • Edição simples: utilizando o botão pause/still Terminais • Entrada de áudio (audio in): tomada RCA, 245 mV (‑10dB), mais de 47kohms • Saída de áudio (audio out): tomada RCA, 308 mV (‑8dB), mais de 3,3kohms • Entrada de vídeo (video in): tomada RCA, 1Vpp, 75 ohms • Saída de vídeo (video out): tomada RCA, 1Vpp, 75 ohms • VHF entrada/saída: tipo F (2) • UHF entrada/saída pause/remoto: tipo paralelo (2) diâmetro da tomada 2,5mm Especificações elétricas • Relação sinal/ruído de vídeo: 45 dB • Resolução horizontal: mais de 220 linhas • Relação sinal/ruído de áudio: 42dB Geral • Fonte de alimentação: 120 V AC, 60Hz • Consumo: 33 W • Dimensões: 420x99x367 mm (LxAxP) • Peso: 8 kg aproximadamente • Acessórios: manual de instruções, cabo paralelo 300 ohms, cabo coaxial 75 ohms, controle remoto, sem fio, transformador‑casador de impedância 300‑75 ohms, transformador‑casador de impedância 75‑300 ohms. Figura 4 – O videocassete VHR1300 MB da Sanyo 16 AR TV - R ev isã o: M ar in a - Di ag ra m aç ão : F ab io - 2 0/ 03 /2 01 5 Unidade I Recursos adicionais do PVC 3000 • Gravação e reprodução em três velocidades. • Conta‑fita eletrônico com memória. • Tempo máximo de gravação e reprodução: 8 horas com fita T‑160 Especificações técnicas Gravação: gravação azimutal de varredura helicoidal com dupla cabeça giratória Vídeo: gravação PAL‑M Reprodução: PAL‑M e NTSC Fita cassete: tipo VHS = T‑30/T‑60‑90/T‑160 Velocidade da fita: gravação: 33,35 mm/s (SP), 16,67 mm/s (LP) e 11,12 mm/s (EP), seleção manual. Reprodução: 33,5 mm/s (SP), 16,67 mm/s (LP) e 11,12 mm/s (EP), seleção automática Largura da fita: 12,7mm Saída de RF: canal 3 ou 4 (sistema PAL‑M) Entrada de RF: VHF 75 ohms – UHF 300 ohms Entrada de vídeo: 0,5‑2 Vp‑p, 75 ohms – desbalanceada (sistema PAL‑M) Entrada de áudio: 316 mV RMS (‑7,8 dB), 100k ohms Saída de áudio: 316 mV RMS (‑7,8 dB), 600 ohms Relação sinal/ruído na gravação de vídeo: melhor do que 46 dB (SP), melhor do que 43 dB (EP). Resolução horizontal: 240 linhas (SP), 230 linhas (LP), 230 linhas (EP). Respostas de áudio: 50 Hz – 10 kHz(SP), 50 Hz – 7kHz (LP), 100 Hz – 6 kHz (EP) Voltagem e frequência da rede elétrica: 110 ou 220 Volts 50/60 Hz Consumo de energia: 39 W (nominal) Dimensões do gabinete: 43,5 cm (larg.) x 13,3 cm (alt.) x 29,9 cm (prof.) Peso: 8 kg Acessórios: 1 cabo coaxial de 75 ohms com conectores, 1 fio paralelo de 300 ohms, 1 transformador casador de impedância 300‑75 ohms, 1 transformador casador de impedância 75‑300 ohms, 1 controle remoto Figura 5 – O PVC‑3000, da Philco Um inconveniente dos modelos nacionais em VHS é o fato de serem de mesa, modelos que dificultam o transporte para tomadas externas, o que se torna muito mais fácil quando se utiliza um equipamento portátil. 17 AR TV - R ev isã o: M ar in a - Di ag ra m aç ão : F ab io - 2 0/ 03 /2 01 5 VÍDEO: PRINCÍPIOS E TÉCNICAS Entretanto, esse inconveniente não é fator determinante e impeditivo, pois existiam empresas que os utilizavam em tomada externas, usando um carrinho para transportar e locomover esses modelos de mesa durante a gravação. Lembrete Hoje, com o avanço da tecnologia e o surgimento do vídeo digital, tudo mudou. 2 OS CAMINHOS DO VÍDEO DIGITAL As possibilidades de se trabalhar com vídeo avançaram muito com o aumento das tecnologias, antes restritas somente aos estúdios de vídeo e cinema. A parceria entre os computadores pessoais e o vídeo digital possibilitou esse aumento significativo da tecnologia, encontrado hoje em dia nos celulares, câmeras compactas, câmeras fotográficas semi e profissionais e diversas filmadoras existentes. O custo de produção ficou muito mais barato e o ponto primordial que alavancou ainda mais essa parceria foi a internet. Unindo criatividade a todo esse processo, pode‑se colocar som e efeitos ao trabalho final. 2.1 Fontes de materiais Para criar um vídeo digital, pode‑se utilizar imagens de diferentes fontes. A imagem principal pode ser estática ou em movimento. A imagem principal pode ser estática ou em movimento – dependendo do caso, utiliza‑se fotografias novas ou antigas e/ou vídeos. Caso queira‑se utilizar um vídeo analógico de fitas VHS antigas, pode‑se fazer a conversão para mídia digital. O som utilizado pode ser captado junto com a imagem ou inserido depois a partir de CDs de músicas ou efeitos sonoros. 2.2 Câmera de vídeo digital Existem vários modelos de câmeras de vídeo digitais que têm opções de zoom e MP e oferecem facilidades quase profissionais em formatos cada vez melhores e mais compactos. Figura 6 18 AR TV - R ev isã o: M ar in a - Di ag ra m aç ão : F ab io - 2 0/ 03 /2 01 5 Unidade I 2.3 Câmera digital As câmeras fotográficas digitais oferecem também a possibilidade de filmar. Essas câmeras gravam vídeos curtos de 30 segundos ou mais. Em alguns casos, nem sempre é possível usar o zoom ou ajustar o foco durante o clipe. Figura 7 2.4 Vídeo analógico O vídeo analógico ficou obsoleto, raras vezes é utilizado. O que normalmente acontece é a conversão do material analógico para o digital. Assim, cria‑se a possibilidade do uso dessas imagens gravadas e da conservação do material. Figura 8 – Vídeo Analógico Super Drive 19 AR TV - R ev isã o: M ar in a - Di ag ra m aç ão : F ab io - 2 0/ 03 /2 01 5 VÍDEO: PRINCÍPIOS E TÉCNICAS 2.5 Som O som pode ser captado com microfone externo, microfone das próprias câmeras ou produzido com efeitos sonoros. Figura 9 – Microfone externo 2.6 Tecnologia analógica e digital O desenvolvimento da tecnologia digital deu‑se a partir do avanço das fitas magnéticas. Tom Ang, especialista nessa área, nos auxilia nesse entendimento: As imagens são gravadas variando‑se a força magnética de diminutas porções da fita. O princípio é exatamente o mesmo usado em fitas cassetes de música. Para reconstruir o sinal no vídeo playback, as variações de força magnética são lidas, amplificadas e usadas para alterar a voltagem dos canhões de elétrons do aparelho de tevê. Ainda se usa fitas magnéticas com vídeo digital (algumas câmeras gravam diretamente no DVD), mas a informação magnética fica limitada a positivo ou negativo apenas. É mais fácil e mais preciso ler informação do que a fita analógica. Daí por que a compactação é um elemento chave do processo do vídeo digital (ANG, 2007, p. 11). Dessa maneira, o autor nos traz a relevância do pontapé inicial que se deu a partir do avanço das fitas magnéticas e a importância da compactação no processo. 2.7 Processo de edição e finalização de vídeoclipes Para realizar a montagem de um videoclipe a partir das imagens captadas, sendo elas estáticas ou em movimento, é necessário um computador com softwares específicos. Para fazer um trabalho completo, esse computador deve ter acesso à internet e para finalização da capa do DVD é necessária uma impressora. 20 AR TV - R ev isã o: M ar in a - Di ag ra m aç ão : F ab io - 2 0/ 03 /2 01 5 Unidade I 2.8 Equipamentos utilizados DVD – Utilizado tanto para fornecer o software utilizado pelo computador como para imagens, trilhas musicais, efeitos sonoros ou outros dados. Figura 10 2.9 TV doméstica A TV, nesse caso, serve para apresentação dos vídeos, sendo eles fornecidos de um DVD player, computador, a própria câmera de vídeo ou um pen drive a partir da entrada USB. Tudo dependerá da versão do televisor e suas entradas de conexão. Figura 11 21 AR TV - R ev isã o: M ar in a - Di ag ra m aç ão : F ab io - 2 0/ 03 /2 01 5 VÍDEO: PRINCÍPIOS E TÉCNICAS 2.10 Computador No computador serão feitas a montagem e edição do vídeo. As imagens podem ser fornecidas através de um CD ou DVD ou ainda captadas via internet. No software utilizado, você também poderá inserir títulos e editar imagens ou sons dando ao seu trabalho uma cara mais profissional. Figura 12 2.11 Internet A internet traz inúmeras possibilidades no trabalho com vídeos: Você pode: • Captar vídeos. • Disponibilizar vídeos. • Baixar imagens estáticas ou em movimento. • Criar um site para mostrar seu trabalho. Saiba mais Atualmente, existem várias plataformas que disponibilizam espaços na internet para postagem de vídeos, o mais conhecido é o YouTube: <https:// www.youtube.com/>. Porém, também existe o WIX: <http://pt.wix.com/>, que é uma plataforma online de criação e edição de sites. Ele possibilita também a inserção de vídeos. Esta é uma boa dica, para você mostrar seus vídeos a amigos, familiares ou em trabalhos acadêmicos. 22 AR TV - R ev isã o: M ar in a - Di ag ra m aç ão : F ab io - 2 0/ 03 /2 01 5 Unidade I 2.12 Impressora Na impressora você pode imprimir a capa do seu CD ou DVD diagramada com as informações necessárias. Também é possível imprimir quadros individuais do seu vídeo, captando os frames escolhidos. Aqui é necessário atentar‑se em relação ao tipo de papel a ser utilizado e ao nível da tinta. Ambos podem influenciar no acabamento desejado. Figura 13 2.13 As mídias de vídeo Existem inúmeros formatos de mídias. Com o passar do tempo, elas vão ficando cada vez menores e com maiores capacidades. Esse é o reflexo do desenvolvimento tecnológico e da competição existente entre os fabricantes. O que difere as mídias é elas devem ser compatíveis ao formato digital que, por sua vez, têm que seguir os padrões de TV, estabelecidos numa época bem diferente da atual. Segundo Tom Ang: [...] o vídeo digital tem que se submeter aos padrões da transmissão da TV, que foram adotados quando a base de tempo mais estável eraa corrente alternada no fornecimento de energia. Esses padrões resultaram em esquisitices como a taxa de exibição de 30qps (quadros por segundo; na verdade, 29,97 qps) no sistema NTSC norte americano. Embora ultrapassado, o padrão ainda vigora (ANG, 2007, p. 14). Como serviu de base por muito tempo, esse padrão ainda vigora entre muitos profissionais da área. Veja a seguir alguns tipos de mídia. 23 AR TV - R ev isã o: M ar in a - Di ag ra m aç ão : F ab io - 2 0/ 03 /2 01 5 VÍDEO: PRINCÍPIOS E TÉCNICAS 2.14 MiniDV Essa mídia, também conhecida como DV, tem duração de 60 minutos utilizando o modo padrão. Seu tamanho é semelhante ao formato profissional DV. Figura 14 – Fita cassete Mini DV 2.15 MicroMV Esse formato possibilita gravar 1 hora completa, comprimindo no formato MPEG‑2, que é o formato que se usa nos filmes em DVD. A MicroMV é a mídia que possui o menor tamanho disponível no mercado, pode ser utilizada em alguns modelos de câmeras compactas. Esse tipo de cassete tem 70% do tamanho da fita MiniDV. Figura 15 – Fita de vídeo Micro MV 2.16 Digital 8 Podemos dizer que essa mídia é a versão digital da fita que acabamos de ver, a HI8. Ela oferece uma qualidade boa, mas como ela é maior que o DV acaba sendo menos popular. Combina compressão de 24 AR TV - R ev isã o: M ar in a - Di ag ra m aç ão : F ab io - 2 0/ 03 /2 01 5 Unidade I vídeo digital com fitas HI8. Vejamos algumas comparações: no sistema PAL, uma fita de 90 minutos dura apenas 60 minutos de vídeo; já nos sistemas NTSC, a duração é ainda mais curta, somente 45 minutos. Figura 16 – Fita de vídeo digital 2.17 Hi8 O HI8 é um formato analógico relativamente moderno. Ele é capaz de gravar até 90 minutos num mesmo cassete. Essa mídia é analógica e é um formato superior ao VHS. Ela utiliza uma fita bem menor e sua qualidade é inferior à do DV. Observação Vantagens: custa menos que os da mesma categoria, só que digitais; permite transições suaves; possui qualidade de som aceitável. Desvantagem: possui qualidade inferior à do DV. Figura 17 – Fita de vídeo analógica HI8 Assim, vimos que são inúmeros os formatos de mídias existentes, cada vez menores e melhores, comprovando o desenvolvimento tecnológico. 25 AR TV - R ev isã o: M ar in a - Di ag ra m aç ão : F ab io - 2 0/ 03 /2 01 5 VÍDEO: PRINCÍPIOS E TÉCNICAS 3 EQUIPAMENTO E TECNOLOGIA DIGITAL 3.1 O digital é melhor? Por quê? Segundo Ang (2007, p. 15), o vídeo digital é preferível ao analógico para a grande maioria dos objetivos da gravação. As principais razões disso são: • A resolução do vídeo digital é aproximadamente o dobro do VHS ou da fita mm – ou seja, 500 linhas em vez de 250. • O digital não apresenta borrado de cor ou ruído com a mesma frequência que a fita analógica, bastante suscetível a esses erros porque os dados podem se espalhar (cross‑talk) na fita. O sistema digital também produz cores mais definidas. • O som no vídeo digital pode se igualar ao dos CDs, que é muito superior ao som do VHS. 3.2 Como funciona o vídeo digital Durante a gravação e exibição, as imagens de vídeo são desenhadas e/ou construídas num processo chamado de varredura. O processo de construção de imagem de um quadro acontece linha a linha. Iniciando pelo canto superior, a varredura perpassa toda a imagem do sentido horizontal até o lado oposto. Na sequência, a varredura retorna à outra ponta fazendo um pequeno ângulo de maneira que a imagem inteira seja varrida. A cada novo quadro, o processo se repete. Dispositivo em estado sólido Dispositivos como esses são o futuro. Os novos sistemas profissionais digitais não utilizam fitas e já descartam a fita de vídeo. Mesmo as pequenas fitas mini DVD já se tornaram grandes demais. Muitas câmeras só utilizam esses dispositivos de estados sólidos. Observação Vantagens: não tem partes móveis e, por isso, consomem pouca energia e podem ser utilizadas muitas vezes. Desvantagens: está na capacidade limitada e no custo alto. Existem algumas soluções de cartões mais acessíveis: • Memory Stick. • SecureDigital. • xD. 26 AR TV - R ev isã o: M ar in a - Di ag ra m aç ão : F ab io - 2 0/ 03 /2 01 5 Unidade I Essas mídias são usadas quando você necessita usar uma câmera portátil, porém completa para espaços restritos. MemoryStick SecureDigital Figura 18 – Cartões de memória Sony Memory Stick Pro e Panasonic SD DVD Algumas câmeras gravam diretamente no DVD. Avantagem desse método é que você pode localizar alguns trechos do filme sem ter que usar a busca, avançar ou retroceder. Figura 19 Vídeo entrelaçado No vídeo entrelaçado, o quadro é desenhado em duas etapas. A cada linha desenhada, pula‑se uma e assim progressivamente. Na sequência, as linhas pares são então desenhadas entre as linhas já existentes. O que ocorria é que as primeiras linhas de varreduras sempre começavam a se enfraquecer, causando um escurecimento no alto da tela. Dessa maneira, fazendo a alternância entre elas, só as linhas impares enfraquecem, de maneira que as linhas intermediárias ainda aparecem brilhantes. 27 AR TV - R ev isã o: M ar in a - Di ag ra m aç ão : F ab io - 2 0/ 03 /2 01 5 VÍDEO: PRINCÍPIOS E TÉCNICAS Nas telas mais modernas, esse problema diminuiu; nas telas de cristal líquido e plasma, simplesmente desapareceu, devido às altas tecnologias empreendidas. Vejamos, a seguir, alguns exemplos de como ocorre esse entrelaçamento. 3.2.1 Princípios de entrelaçamento Um quadro entrelaçado de vídeo é desenhado varrendo‑se primeiro uma série de linhas – vermelhas, no caso – e, quando a varredura chega à parte inferior, ela volta novamente ao topo, a fim de desenhar a próxima série – no caso, azul. Figura 20 3.2.2 Linhas ímpares Figura 21 Neste caso, a primeira, a terceira, a quinta e as demais linhas ímpares foram desenhadas no quadro do cachorro descansando. Com o segundo quadro entrelaçado, composto pelas linhas pares, forma‑se toda a imagem (no canto, à direita). 28 AR TV - R ev isã o: M ar in a - Di ag ra m aç ão : F ab io - 2 0/ 03 /2 01 5 Unidade I 3.2.3 Linhas pares Figura 22 A segunda metade do par dos quadros entrelaçados mostra todas as linhas da imagem entre as do primeiro quadro entrelaçado (ao lado, à esquerda). Se o desenho ou tema se mover entre esses dois quadros, isso poderá gerar artefatos na imagem. 3.2.4 Resultado do entrelaçamento Figura 23 Com um motivo em still (estático), não há diferença entre um par entrelaço de quadros e um quadro de varredura progressiva; já com motivos em movimento, um quadro de varredura progressiva se parece mais com um filme, razão por que vem se tornando o modo cada vez mais adotado. 3.2.5 Vídeo com varredura progressiva Existe uma tendência muito crescente no sentido da imagem com varredura progressiva, na qual não existe o entrelaçamento e cada quadro é desenhado de uma só vez. Isso funciona muito bem 29 AR TV - R ev isã o: M ar in a - Di ag ra m aç ão : F ab io - 2 0/ 03 /2 01 5 VÍDEO: PRINCÍPIOS E TÉCNICAS no sistema NTSC que opera com 30 quadros por segundo, porém, como o padrão cinematográfico, funciona com 24 quadros por segundos. Quando se utilizam os sistemas PAL e SECAM ocorrem movimentos descontínuos e irregulares. Assim, a preferência é pelo entrelaçamento, que dá aparência de filme mesmo. Observação A respeito do modo Helican de varredurada fita, quando se coloca uma fita de vídeo em uma câmera, o chiado e o clique que se ouvem correspondem a um mecanismo do equipamento que puxa um trecho da fita e o envolve parcialmente em torno de um tambor que gira em alta velocidade. O tambor se inclina em certo ângulo e grava uma trilha oblíqua na fita à medida que esta corre. Esse método de gravação significa que mais informação pode ser acomodada do que se a trilha estivesse em ângulo reto, ao longo da largura. No sistema NTSC, por exemplo, dez trilhas cobrem um quadro de vídeo, com partes diferentes usadas para o registro de áudio e outros dados. Direção da fita Dez trilhas por quadro (NTSC) Subcódigo Vídeo Áudio Informação adicional e de trilha (Insert and Track Information – ITI) Figura 24 – Imagem de vídeo com varredura progressiva 4 EQUIPAMENTOS: PARTES DE UMA CÂMERA As câmeras modernas de vídeo são muito fáceis de usar. Apesar de sua complexidade, o fato de existir uma gama grande de botões e de estarem separados de forma funcional pela câmera toda faz com que eles sejam muito acessíveis e de fácil compreensão. Já os controles menos utilizados estão alojados em botões abaixo do painel LCD ou em menus que podem ser acessados na tela LCD. Vejamos, a seguir, parte a parte de uma câmera de vídeo: 30 AR TV - R ev isã o: M ar in a - Di ag ra m aç ão : F ab io - 2 0/ 03 /2 01 5 Unidade I Lado esquerdo Sapata para acessório Tampa da tela LCD Tampa Trava de bateria Botões de modo dual Anel para encaixe de filtro Figura 25 Lado direito Controle de zoom Chave de fita/cartão Lâmpada de auxílio à focalização Microfone Controle de modo Empunhadura Figura 26 Partes da câmera: • lente óptica; • sapata; • controle no dedo e entrada da bateria; • microfone; • tela LCD. 31 AR TV - R ev isã o: M ar in a - Di ag ra m aç ão : F ab io - 2 0/ 03 /2 01 5 VÍDEO: PRINCÍPIOS E TÉCNICAS Figura 27 – Óptica Figura 28 – Controle no dedo e entrada da bateria Figura 29 – Microfone 32 AR TV - R ev isã o: M ar in a - Di ag ra m aç ão : F ab io - 2 0/ 03 /2 01 5 Unidade I Figura 30 – Tela LCD Acessórios Quando você adquire uma câmera digital, junto com ela já vem um kit de acessórios que acompanham a câmera e são necessários para seu funcionamento. São eles: adaptador, alça de ombro, bateria, carregador e cabos. Bateria Carregador Cabo de força Alça de ombro Cabos conectores para áudio e vídeo Adaptador Scart Figura 31 Zoom digital Câmeras que possuem 300x de zoom digital têm mais alcance. O que ocorre é que quando o alcance do zoom da objetiva se esgota, o efeito pode se estender ampliando o centro da imagem através do 33 AR TV - R ev isã o: M ar in a - Di ag ra m aç ão : F ab io - 2 0/ 03 /2 01 5 VÍDEO: PRINCÍPIOS E TÉCNICAS recurso digital, porém à medida que se aumenta o zoom, perde‑se qualidade da imagem. Veja o exemplo a seguir: Figura 32 Ao fechar o enquadramento para capturar uma figura em movimento, a qualidade se mantém com mudanças ópticas (imagem da esquerda e do centro); um enquadramento muito fechado (imagem da direita) ocasiona perda de qualidade. 4.1 Câmeras entry-level Até pouco tempo atrás, muitas pessoas ficariam maravilhadas com os avanços das câmeras portáteis, chamadas agora de entry‑level. Elas são pequenas e compactas. Além do seu custo baixo, são fáceis de operar e estão disponíveis no mercado em diversos modelos. Além disso, algumas gravam com uma qualidade que seria aceita em TV até bem pouco tempo atrás. Como essas câmeras são pequenas, pequenos também serão os formatos para gravação. Muitas usam flash memory – um pequeno cartão de memória sem partes móveis. Suas objetivas também são pequenas com abertura limitada e alcance restrito de zoom, mas como a finalidade não é profissional, atende muito bem ao necessitado. Antes de comprar uma câmera desse porte, é importante verificar seu manuseio. Por serem pequenas, algumas câmeras exigem habilidade e delicadeza. Em alguns casos, o melhor é optar por um modelo maior. Esses modelos, por serem leves e delicados, requerem cuidados e não podem sofrer colisões ou quedas. Objetiva Luz de enchimento Microfone Visor Para reduzir o preço, as objetivas têm um alcance limitado de zoom, limite esse que é complementado por zoom digital Microfones embutidos gravam a partir da posição da câmera, daí seu uso ser limitado Figura 33 34 AR TV - R ev isã o: M ar in a - Di ag ra m aç ão : F ab io - 2 0/ 03 /2 01 5 Unidade I 4.1.1 Modelos de câmeras entry-level • Ultracompacta. • Compacta. • Dispensa fitas. • Entry‑level versátil. • Entry‑level avançado. • Imagem estabilizada. Saiba mais Sugestão de leitura: DUBOIS, P. Cinema, vídeo, Godard. São Paulo: Cosac Naify, 2004. Figura 34 – Ultracompacta Esse tipo de câmera pode ser tão compacta porque grava diretamente em um cartão de memória. A objetiva é fixa e o zoom, digital. Este modelo utiliza quatro baterias AA, conecta‑se diretamente na TV e permite que a gravação seja baseada em um PC Figura 35 – Compacta Pouco maior e bem mais espessa do que um cartão de credito, este aparelho incorpora MP3, camcorder e máquina fotográfica digital. O vídeo é gravado no formato MPEG‑4, em cartões 5D (Secure‑Digital) 35 AR TV - R ev isã o: M ar in a - Di ag ra m aç ão : F ab io - 2 0/ 03 /2 01 5 VÍDEO: PRINCÍPIOS E TÉCNICAS Figura 36 – Câmera MiniDV sem fitas Um numero cada vez maior de câmeras MiniDV grava em chip de memória; este modelo tem objetiva, zoom de 10x e tela LCD de dimensões razoáveis. Contudo, câmeras eficientes como esta testam os limites de seu formato MPEG‑4 Figura 37 – Entry‑level versátil Até mesmo algumas camcorders DV modernas e menos caras oferecem recursos como enquadramento no formato 16:9 (letter box). Com zoom de 10x, tela brilhante de cristal líquido (LCD) e bateria com capacidade para 2 horas, modelos como este são ideais para um iniciante ambicioso Figura 38 – Entry‑level avançado Câmeras como esta são um excelente investimento pelos recursos que oferecem. O modelo tem zoom de 24x, facilidade para webcam, microfones remoto e de mão e saída DV Figura 39 – Imagem estabilizada É possível encontrar câmeras com muitos recursos mesmo nesta categoria; este modelo compacto oferece uma objetiva zoom veloz de 10x com estabilização da imagem, um chip de 800 mil pixels, um bom numero de controles e uma grande tela LCD 4.1.2 Câmeras intermediárias Essas câmeras oferecem mais recursos e controles e os resultados têm ótima qualidade. Possuem objetivas com zoom de boa amplitude, visor colorido e conexões de entrada e saída para vídeo digital. Essa câmera é um ótimo investimento. 36 AR TV - R ev isã o: M ar in a - Di ag ra m aç ão : F ab io - 2 0/ 03 /2 01 5 Unidade I 4.1.3 Modelo intermediário Designs verticais semicompactos oferecem meio‑termo entre alta qualidade – chip de 3 megapixels – e tamanho reduzido. Como a maioria dos ajustes é feita por toque de dedo diretamente na tela LCD, isso ajuda a deixar a câmera mais compacta. Figura 40 Figura 41 Figura 42 37 AR TV - R ev isã o: M ar in a - Di ag ra m aç ão : F ab io - 2 0/ 03 /2 01 5VÍDEO: PRINCÍPIOS E TÉCNICAS 4.1.4 Desenho convencional Com este tipo de câmera, a resolução do sensor chega a 2 megapixels – como no modelo mostrado na foto – ou até mais, com uma objetiva veloz, estabilizador de imagem e efeitos de vídeo. Estas câmeras pequenas não são compactas, mas são muito fáceis de usar. Figura 43 4.1.5 Direto para DVD Na categoria das intermediárias, existem câmeras que gravam diretamente em DVD. Todas as funções comuns ao vídeo digital são oferecidas, mas os principais atrativos de compra são a capacidade de reprodução dessas máquinas e o fato de gravarem em DVDs. Figura 44 – Câmera intermediária: gravação em DVD 4.1.6 Função dual Designs inovadores costumam aparecer nesta faixa intermediária do mercado: o exemplo da foto grava vídeo digital e fotos sem comprometer nenhum deles. Também suporta quatro tipos de cartão de memória com uma gama de opções. 38 AR TV - R ev isã o: M ar in a - Di ag ra m aç ão : F ab io - 2 0/ 03 /2 01 5 Unidade I Figura 45 – Câmera intermediária: função dual 4.1.7 Chip triplo Nesta categoria, é possível encontrar as mais baratas câmeras de três chips, com boa qualidade de imagem em movimento, especialmente se equipadas com estabilizador de imagem e objetivas de alta qualidade. A captura de still não gera bom resultado por causa dos chips de baixa resolução. Figura 46 4.1.8 Câmeras prosumer Câmeras leves e compactas como esta – usando três sensores e equipadas com objetiva de alta qualidade – são perfeitas para o usuário não profissional que exige imagens de qualidade superior. 39 AR TV - R ev isã o: M ar in a - Di ag ra m aç ão : F ab io - 2 0/ 03 /2 01 5 VÍDEO: PRINCÍPIOS E TÉCNICAS Figura 47 – Câmera intermediária: prosumer 4.1.9 Acessórios Figura 48 – Bolsa de câmera Bolsas macias e forradas oferecem ao mesmo tempo leveza e alguma proteção ao equipamento, mas não protegem contra poeira Figura 49 – Carregador de bateria Carregadores portáteis são uma ótima reserva em trabalhos externos, mas podem custar caro Figura 50 – Estojo a prova d´água São bolsas de plástico robusto e constituem uma excelente proteção contra infiltração de água e areia. Apesar de caras, compensam o investimento Figura 51 – Bateria alternativa Existem baterias alternativas àquela fornecida pelo fabricante da câmera de vídeo, como as profissionais de lítio‑íon fabricadas pela empresa especializada SWIT 40 AR TV - R ev isã o: M ar in a - Di ag ra m aç ão : F ab io - 2 0/ 03 /2 01 5 Unidade I Figura 52 – Estojo de material rijo Apesar de volumosos, estojos à prova d’água e de poeira, de fabricantes como a Peli Products, são a melhor maneira de proteger o equipamento Figura 53 – Pára‑sol Este caixilho colocado sobre a objetiva protege de choques e luz difusa Atualmente, o cenário foi modificado não só por causa da digitalização, mas também pela conectividade e pela popularização em preço e tamanho. A qualidade dos equipamentos de gravação evoluiu substancialmente e, hoje, com a capacidade dos computadores e os programas de edição ao alcance de todos, a produção de um vídeo se tornou muito mais simples e barata. Porém, como veremos adiante, não bastam somente equipamentos certos e de última geração para tornar um vídeo uma obra audiovisual de qualidade, seja qual for a sua finalidade. Lembrete Assim, dentre os inúmeros recursos disponíveis atualmente, temos que levar em conta a capacitação técnica e teórica, além de explorar todas as possíveis técnicas de tratamento estético do vídeo por parte do seu criador. Resumo Na primeira parte desta unidade, demonstrou‑se que há muitas maneiras de denominar um vídeo e várias ainda de definir suas características e diferentes formatos. Apresentamos as diferenças entre o vídeo analógico e o vídeo digital. Iniciamos por uma breve apresentação da história do vídeo. Inicialmente, vimos brevemente a história do vídeo, seu início e, na sequência, apresentamos modelos de gravadores de vídeo e vídeocassetes. Falamos sobre as funções de cada um deles e sua funcionalidade. Acreditamos que é de suma importância apresentar aqui os modelos e especificidades dos aparelhos mais antigos. 41 AR TV - R ev isã o: M ar in a - Di ag ra m aç ão : F ab io - 2 0/ 03 /2 01 5 VÍDEO: PRINCÍPIOS E TÉCNICAS Em seguida, adentramos o caminho que o vídeo digital percorreu ao sair dos vícios do vídeo analógico. Apresentamos as vantagens e desvantagens de vários equipamentos digitais. Questionamos se o “digital” é melhor e por quê? Posteriormente, mostramos o funcionamento do vídeo digital e os avanços tecnológicos que teve. As possibilidades de se trabalhar com vídeo aumentaram muito com o aumento das tecnologias, antes restritas aos estúdios de vídeo e cinema. A parceria que possibilitou esse aumento significativo foi entre os computadores pessoais e o vídeo digital, encontrado hoje em dia nos celulares, câmeras compactas, câmeras fotográficas semi e profissionais e nas diversas filmadoras existentes. Apresentamos aqui um leque bem amplo de modelos de câmeras e acessórios do vídeo digital. Mostramos ainda as possibilidades de se trabalhar com o analógico nos dias atuais e as possibilidades de conversão para o digital. Por fim, apresentamos diversos modelos de câmeras entry‑level e suas funcionalidades. As câmeras portáteis, chamadas agora de entry‑level, são pequenas e compactas. Além do seu custo baixo, são fáceis de operar e estão disponíveis no mercado em diversos modelos. Essas características dão, portanto, a oportunidade a um número cada vez maior de pessoas terem acesso ao mundo fascinante do vídeo digital. Exercícios Questão 1. Observe a imagem a seguir, de uma lente óptica de uma câmera fotográfica: Figura Disponível em: <http://3.bp.blogspot.com/‑D9jLQtyl4sY/TeaD4lt0gnI/AAAAAAAAACI/o8lwAMoiqZM/s1600/lente%2Bcamera.jpg>. Acesso em: 10 set. 2018. 42 AR TV - R ev isã o: M ar in a - Di ag ra m aç ão : F ab io - 2 0/ 03 /2 01 5 Unidade I Agora, leia as afirmativas a seguir. I – A lente é um dispositivo importante da câmera fotográfica, composto por um conjunto de lentes. Esse conjunto é utilizado no processo de focalização ou ajuste do foco da cena a ser fotografada. II – Angulação do enquadramento e qualidade óptica da imagem são de responsabilidade da lente. III – As lentes das câmeras de fotografia dividem‑se em sete grupos, caracterizados, essencialmente, pelo poder de distanciamento focal. Está correto o que se afirma apenas em: A) I e III. B) I e II. C) II e III. D) I, II e III. E) I. Alternativa correta: D. Análise das afirmativas I – Afirmativa correta. Justificativa: uma lente fotográfica é uma lente óptica ou um conjunto de lentes usadas com um corpo de câmera, sendo uma peça de grande importância para a máquina fotográfica. II – Afirmativa correta. Justificativa: a lente é constituída por um mecanismo de reprodução de imagens em um filme fotográfico. Ela é um elemento óptico que foca a luz da imagem no material sensível de uma câmera. III – Afirmativa correta. Justificativa: as lentes dividem‑se em sete grupos: micro, macro, olho de peixe, grande angular, normal, teleobjetiva e zoom. Questão 2. Considerando que o vídeo digital é preferível ao vídeo analógico para a maioria dos objetivos da gravação, leia o texto: 43 AR TV - R ev isã o: M ar in a - Di ag ra m aç ão : F ab io - 2 0/ 03 /2 01 5 VÍDEO: PRINCÍPIOSE TÉCNICAS O registro digital e o registro analógico Marcos Aurélio O registro digital é uma forma de ARMAZENAR a informação e não uma forma de CAPTAR. Toda a imagem de vídeo é e será capturada de maneira analógica, uma vez que seu princípio é converter a luz em outra frequência de energia. Então, quando nos referimos à imagem digital, nos referimos sempre à maneira como esta imagem foi gravada, e disso decorrem todas as implicações que as novas tecnologias têm a oferecer. A informação digital é mais rápida, ágil e prática sob muitos aspectos. Como funciona o vídeo digital Toda a captação da imagem é feita exatamente como descrita acima. A única mudança é que, entre a formação da imagem pelo CCD e o registro do impulso elétrico num suporte magnético, há um A/D Converter, ou Conversor Analógico‑Digital. Este conversor nada mais faz que ler um pequeníssimo trecho do sinal analógico num certo intervalo de tempo, tirar uma média das variações de voltagem registradas e atribuir um valor numérico a esta média. Este valor numérico é, então, “traduzido” em números binários, ou seja, uma onda de frequência elétrica passa a ser escrita e lida como um número. Daí o termo Digital, de dígito, número (a tradução correta arcaica seria dedos, que se usavam para contar). Quanto menor for o trecho lido do sinal analógico, mais fiel será sua tradução digital, uma vez que uma onda analógica é composta por sutis variações de frequência e intensidade que podem passar despercebidas pelo conversor. O uso de uma base binária (0 e 1) para compor os números digitais não é aleatório: qualquer número pode ser convertido e escrito em base binária. Para um sistema baseado em fluxo de energia, a leitura de um 0 e 1 significa o mesmo que ‘sim’ e ‘não’, ou ‘passar energia’ e ‘não passar energia’, como um interruptor que acende ou apaga uma lâmpada. Portanto, na simples passagem ou não de uma carga elétrica, é possível inscrever uma informação qualquer. Este processo de leitura e conversão em base binária é feito sobre a quantidade de informação pelo tempo, já que se trata de um sinal contínuo. Então por que há tanto entusiasmo em relação ao digital? É claro, há muitas vantagens neste processo, em relação ao armazenamento do sinal analógico. São elas: • O sinal analógico sofre perdas cada vez que é lido por uma cabeça reprodutora, como a de uma câmera ou de um vídeo. Como se trata de eletroímãs, os grãos de ferro imantados que registram o sinal na fita tendem a se modificar frente a um outro sinal elétrico ou mesmo naturalmente. No digital isso não acontece, porque a cabeça, apesar de também estar lendo sinal elétrico, na verdade está lendo ‘sim’ e ‘não’, ou algo como sinal e não sinal. Ou seja, só duas possibilidades para traduzir uma informação. Então, não há como se ler um ‘talvez’ ou ‘meio a meio’. • O sinal digital, por ser um número, é passível de ser comprimido, ou seja, no lugar de uma repetida sequência (uma mesma informação seguida, por exemplo), é possível reduzi‑la com um algoritmo determinado a apenas uma sequência com uma indicação de quanto ela deve ser repetida. Isso 44 AR TV - R ev isã o: M ar in a - Di ag ra m aç ão : F ab io - 2 0/ 03 /2 01 5 Unidade I acarreta uma enorme economia de espaço, além da escolha de uma taxa de compressão específica de acordo com a necessidade do suporte. • A informação digital possibilita o acesso e modificação muito mais rápidos: para modificar uma onda analógica é necessário mexer na senoide. O mesmo se pode dizer do acesso: numa fita magnética analógica, é preciso corrê‑la para frente ou para trás procurando uma informação. Já no digital, o acesso pode ser indexado, ou seja, uma outra informação que registre onde cada trecho definido está. Seu acesso é imediato. E também na modificação, basta mudar uma sequência numérica digital que a onda também se modifica. Adaptado de: <http://tecmidia.wikidot.com/marcos‑aurelio‑video‑ad>. Acesso em: 11 mar. 2015. Agora, veja as afirmativas a seguir: I – De acordo com o texto, a informação digital, em relação à analógica, é mais rápida, ágil e prática. II – Qualquer número, segundo o texto, pode ser convertido e escrito em base binária. A leitura de 0 e 1 significa, por exemplo, que entre o sim e não pode haver um talvez. III – O sinal analógico sofre perdas cada vez que é lido por uma cabeça reprodutora. Para se buscar uma informação em uma fita magnética analógica, é preciso corrê‑la para frente ou para trás. Está correto o que se afirma em: A) I e II. B) I e III. C) I, II e III. D) II e III. E) III. Resolução desta questão na plataforma.
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