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Gabriela Lopes - TXXX Parasitas RELAÇÕES Simbiose relação intima entre as duas espécies de seres vivos Comensalismo um se beneficia, mas o outro não, porém este também não perde nada Mutualismo ambos se beneficiam Parasitismo apenas o parasita se beneficia, o hospedeiro sai prejudicado o Ele se beneficia dos nutrientes do hospedeiro, de forma parcial ou completa EQUILÍBRIO Muitos parasitas não causam manifestações clínicas pois entram em equilíbrio com o hospedeiro DESEQUILÍBRIO O desequilíbrio leva a doença, leva a sintomatologia Fatores ligados ao parasita o Carga parasitaria mais parasita, mais nutrientes eles roubam o Localização alguns lugares no qual eles se instalam podem ser piores que outros o Patogenicidade as próprias características do patógeno e como essas características atuam no corpo do hospedeiro Fatores ligados ao hospedeiro o Idade do indivíduo quanto mais jovem ou quanto mais velho o sistema imunológica não é capaz de lidar bem com isso, seja por um sistema imune que ainda não se desenvolveu ou um sistema imune que já está velhinho o Estado nutricional uma subnutrição é um fator importante para o desencadeamento dessa doença. Saneamento básico não adequado família simples estado nutricional precário indivíduo propenso a parasitose o Imunidade estado nutricional, pacientes transplantados, HIV, idade, gravidez – são condições que podem piorar o estado da imunidade do individuo o Órgão acometido cada órgão o parasita atrapalha de um jeito o Hábitos hábitos de higiene são importantes para prevenir, o Outras doenças outras comorbidades podem agravar isso – doenças metabólicas, doenças hepáticas, doenças cardíacas o Genética o Medicamentos IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DE PARASITOLOGIA Uma parasitologia pode levar a uma morte súbita ou incapacitar o indivíduo para o trabalho Além disso, uma parasitose pode se somar a uma má nutrição o que leva a: o Deficiência no aprendizado o Deficiência no desenvolvimento físico o Incapacidade para o trabalho CLASSIFICAÇÃO DOS PARASITOS SEGUNDO ALGUNS CRITÉRIOS A) QUANTO AO NÚMERO DE CÉLULAS Unicelulares – protozoários Pluricelulares – helmintos B) QUANTO A LOCALIZAÇÃO NOS HOSPEDEIROS Endoparasito – dentro do hospedeiro Ectoparasito – fora do hospedeiro Hemoparasitas – vivem na corrente sanguínea Enteroparasitas – vivem no trato gastrointestinal C) QUANTO AO CICLO EVOLUTIVO Monoxenos – 1 hospedeiro – Ascaris lumbricoides Heteróxenos – 2 ou mais hospedeiros – Schistossoma sp o Hospedeiro definitivo fase adulta – reprodução sexuada o Hospedeiro intermediário fase larvária – reprodução assexuada D) QUANTO AO N° DE ESPÉCIES DO HOSPEDEIRO Estenoxeno – uma ou poucas espécies próximas Eurixenos – grande variedade de espécies E) QUANTO AO TIPO DE PARASITISMO Facultativo – possuem vida livre mas podem parasitar um hospedeiro Obrigatório – parasita não consegue viver fora do hospedeiro o Trypanossoma Cruzzi Acidental – podem viver em um hospedeiro que não é o de costume o Exemplo: pulgas de cães parasitando crianças VIAS DE PENETRAÇÃO Passiva o Ingestão de alimentos ou água contaminada o Inoculados por insetos Ativa o O parasita por conta própria consegue penetrar a pele do humano o Essa penetração acontece por secreção de enzimas e ela faz a lise de membrana da célula para penetrar na pele o Ela penetra na pele, tecido conjuntivo ou nas mucosas VETOR BIOLÓGICO Gabriela Lopes - TXXX Completa o ciclo do parasita O vetor participa ativamente do processo de desenvolvimento do parasita Exemplos: Trypanossoma cruzi; Plasmodium sp. VETOR MECÂNICO Vetor não participa do ciclo Ele transporta o parasita até você Não há multiplicação parasitária ZOONOSES Parasitas que infectam animais e os animais se tornam hospedeiros/reservatórios do parasita e por isso devem ser sacrificados AÇÃO PATOGÊNICA DOS PARASITOS Ação espoliativa o Ação onde há o sequestro de nutrientes – o parasita absorve seus nutrientes ou até sangue do hospedeiro o Gera um estado de subnutrição em crianças, pode gerar também um quadro anêmico, além disso, se essa ação for crônica pode se ter um comprometimento imunológico. Esse quadro pode vir a ser fatal. o Ancylostoma duodenale Hipóxia/anóxia o Qualquer parasita que consuma a hemoglobina, ou gere uma anemia, é capaz de provocar uma hipóxia ou anóxia Ação mecânica o Impedem o fluxo de aliemento, bile ou a absorção alimentar o Gera muita diarreia e excesso de muco – esteatorreia Fezes esbranquiçadas e gordurosas o A. lumbricoides; Giardia lamblia Ação traumática o Produzem lesões nos tecidos do hospedeiro o Patógenos que conseguem atravessar a pele o T. trichiurus; Plasmodium Ação irritativa o Alguns parasitas deixam o organismo do humano sensível, o que causa alguns fenômenos alérgicos o A. lumbricoides Ação tóxica / enzimática o Acontece quando algumas espécies produzem enzimas ou metabólicos que podem lesar o hospedeiro o Schistosoma mansoni PROTOZOÁRIOS Eucariotos, unicelulares, microscópios Podem ter vida livre ou parasitas São encontrados em água doce, salgada, salobra, ambientes úidos, matéria orgânica em decomposição São heterótrofos, ou seja, não produzem seu próprio alimento Locomoção: pseudópodos, cílios, flagelos, microtúbulos subpeliculares (flexão) Reprodução: o Assexuada – fissão binária, esquizogonia (fragmentação), endodiogenia (são produzidas duas células-filha no interior da célula-mãe); o Sexuada- conjugação (troca de material genético pela membrana), singamia (gametas) Ingestão de nutrientes: absorção, pinocitose, fagocitose. Digestão: ocorre no interior de vacúolos Respiração: aérobios ou anaeróbios Excreção: difusão de metabólitos pela membrana plasmatica ou vacúolos contráteis (poro anal especializado) Trofozoíto – estágio móvel do ciclo de vida, que se alimenta e se divide. Raramente são infectos Cisto, oocisto – estágios dormentes. o Proteção em casos de ausência de alimento, oxigênio, umidade, temperaturas adequadas e presença de produtos tóxicos. o Sobrevivencia fora de hospederios. o Infecções são frequentemente adquiridas pela ingestão ou inalação das formas dormentes. Ações do sistema imune – protozoários o Barreiras naturais - podem ser introduzidos pela picada de insetos ou por lesões cutâneas o Inflamação local e sistêmica o Fagocitose o Opsonização – An:corpos e complemento o Citotoxicidade – células NK e LT CD8+ o Neutralização por an:corpos Mecanismo de escape dos protozoários o Resistência ao sistema complemento – secretam proteases Ex. Leishmania o Inibe ativação do sistema complemento e anticorpos por dissimulação antigênica– Tripanosoma cruzi o Escape da fagocitose - impede burst oxidativo, inibe citocinas de ativação de macrófagos – Leishmania, T. cruzi o Indução ou inibição da apoptose HELMINTOS NEMATELMINTOS (Filo) o Nematódeos (Classe) Ascaris lumbricoides – Ascaridíase PLATELMINTOS (Filo) o Trematódeos (Classe) Schistosoma mansoni o Cestódeos (Classe) Taenia solium Eucariotos, multicelulares, geralmente possuem sistema digestório, nervoso, excretor e reprodutor Nas espécies de vida livre a respiração é aeróbia. Já nos parasitas a respiração é anaeróbia. Ações do sistema imune contra helmintos Gabriela Lopes - TXXX o Barreiras naturais - alguns helmintos possuem glândulas de penetração o IgE o Ativação de eosinófilos, basófilos e mastócitos – liberação de histamina e mediadores inflamatórios o Citotoxicidade eosinofílica mediada por anticorpos – liberação de enzimas - proteína básica principal (MBP); proteína catiônica eosinofílica (ECP), eosinófilo-peroxidade (EPO) Ciclode vida – 3 estágios: ovo, larva (hospedeiro intermediário) e verme adulto (hospedeiro definitivo) Infecção - ingestão de ovos e larvas; penetração direta ou pela picada de insetos infectados da forma larval Reprodução – dioicos (Nematódeos) ou monoicos (Cestódeos e Trematódeos) Mecanismo de escape dos helmintos o Intensa variação antigênica – constante alteração de sua superfície o Recobertos por antígenos do hospedeiro NEMATÓDEOS Vermes cilíndricos, alongados, afilados nas extremidades Transmissão o Fecal-oral (ovos) o Ingestão (ovos) o Penetração na pele (larvas) Tamanho – variado (1 mm até > 1m ), fusiforme, alongados Maioria dioicos (♂ e ♀), ♀ > ♂. Vida livre – monoicos ou partenogenéticos Alimentação o Bactérias e restos digeridos- Ascaris e Enterobius o Sangue: perfuram a mucosa intesTnal- Ancylostoma, Necator Nematódeos de interesse médico o Ascaris lumbricoides - Ascaridíase o Trichuris trichiura – Tricuríase o Enterobius vermicularis - Oxiuro o Strongyloides stercoralis - Estrongiloidíase o Ancilostomídeos (Ancylostoma duodenale Necator) - Ancilostomíase o Ancylostoma braziliense - Larva migrans cutânea - bicho geográfico PLATELMINTOS Vermes dorsoventralmente achatados Parasitas tem cutícula para resistência à ação dos sucos digestivos Ausência de sistema respiratório e digestório Habitat – ambientes muito úmidos, água doce e salgada EXAME PARASITOLÓGICO DE FEZES Solicitar e avaliar resultado de 3 amostrar colhidas em dias alternados Não é porque o resultado deu negativo que o indivíduo não tem o parasito
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