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Estudo das Hemácias e Leucócitos

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Hematologia
Estuda o sangue e seus elementos figurados (hemácias, leucócitos e plaquetas) com suas respectivas funções no corpo humano, a produção desses elementos e os órgãos onde eles são produzidos (órgãos hematopoiéticos - medula óssea, baço e linfonodos), bem como as anormalidades e as patologias que podem ocorrer no sistema sanguíneo.
Sangue
O sangue é um tecido conjuntivo líquido, produzido na medula óssea, que flui pelos vasos sanguíneos com a função de transporte de substâncias como oxigênio, nutrientes, hormônios e resíduos metabólicos. O sangue é formado por uma porção celular e uma parte líquida. Essa parte líquida é chamada de plasma, o qual compõe 66% do volume total do sangue. A porção celular do sangue é composta de eritrócitos, leucócitos e plaquetas. O plasma é composto basicamente por água (aproximadamente 90%), o qual possui uma grande quantidade de proteínas circulantes principalmente albumina.
· Eritrócitos
Originam-se na medula óssea pela proliferação e maturação dos eritroblastos, fenômeno chamado eritropoese. A eritropoese leva à produção de hemácias de modo a manter constante a massa eritrocitária do organismo, indicando que o processo é finamente regulado, sendo a eritropoetina o principal e mais bem conhecido fator de crescimento envolvido. Possuem uma vida média de 120 dias. 
A forma das hemácias é bastante homogênea, e se apresentam como corpúsculos circulares, bicôncavos e de tamanho relativamente uniforme, com diâmetro médio de 08 micrometros. Analisando microscopicamente através de esfregaço sanguíneo, é possível observar suas faces achatadas, por isso estas células são visualizadas como células circulares com a região central apresentando uma coloração mais tênue que correspondem às regiões bicôncavas. 
As principais funções das hemácias são a de transportar oxigênio a partir dos pulmões para os diversos tecidos do organismo, mantendo assim o aporte adequado de oxigênio, e também a função de transporte de gás carbônico dos tecidos aos pulmões para a expiração do organismo. A hemoglobina, que constitui aproximadamente 95% das proteínas presentes nas hemácias é a responsável por essas funções citadas acima e pela coloração avermelhada do sangue.
Hemácias normais em esfregaço sanguíneo
· Leucócitos
	Os leucócitos formam o grupo mais heterogêneo de células do sangue, tanto do ponto de vista morfológico quanto do ponto de vista fisiológico. Embora a defesa do organismo seja a função em comum destas células, cada subtipo de leucócitos apresenta funções específicas e distintas entre si que agrupadas constituem o nosso sistema imunológico. Os leucócitos possuem dois tipos: os mononucleados e os polimorfonucleares. Os mononucleados incluem os linfócitos, os plasmócitos e os monócitos. Este grupo apresenta como característica em comum, a presença de um único núcleo de morfologia uniforme. Já os leucócitos do tipo polimorfonucleares, também conhecidos como granulócitos devido à presença de granulação no citoplasma são os: neutrófilos, eosinófilos e basófilos. Estes possuem um núcleo multiforme e segmentado. - Os neutrófilos são os que mais estão presentes no sangue, e estão relacionados à reação de infecções do tipo bacteriana. - Os eosinófilos estão relacionados a infecções do tipo parasitárias e a reações alérgicas. - Os basófilos estão envolvidos no processo alérgico; quando fixados nos tecidos, são chamados de mastócitos. - Os linfócitos estão relacionados a infecções virais. - Os monócitos, macrófagos e seus precursores são consideradas células fagocitárias. Estão envolvidos no processo de apresentação de antígenos, reações inflamatórias e destruição de micróbios e células tumorais.
Leucemias - Oncohematologia
Neoplasias no tecido hematopoiético: Leucemia, linfomas, neoplasia de células plasmáticas (comprometem plasmócitos - oriundo da ativação de um linfócito B), neoplasias mieloproliferativas, neoplasia de células dendríticas e tumor histiocístico.
Leucemias: Neoplasia malignas das células primordiais hematopoéticas, caracterizadas por um descontrole de proliferação celular, que se originam na medula óssea e que manifestam-se no sangue circulante ou em outros órgãos, como gânglios, baço e outros órgãos. Nas leucemias, a metástase é chamada de infiltração.
Leucemias agudas: A leucemia aguda pode ser definida como uma proliferação clonal maligna de células precursoras na medula óssea de etiologia desconhecida, que leva à substituição da hematopoese normal por células imaturas (jovens), com perda da função normal. Quando se percebe acúmulo de blastos no sangue periférico ou na medula óssea. 
Leucemias crônicas: Predominam elementos celulares diferenciados, ou seja, elementos maduros da linhagem celular. Hiperplasia de elementos maduros com desvio de maturação dos leucócitos, podendo estes eventualmente manter algumas de suas funções. Quando há abundância de neutrófilos, monócitos, eosinófilos ou precursores deles, mas com maturação conhecida, relaciona-se a Leucemias crônicas.
Etiologia: 
Geralmente desconhecida;
Hereditariedade pode ser um fator, exemplo: casos de leucemia linfóide aguda em gêmeos univitelinos;
Fatores genéticos;
Alterações cromossômicas (t15, 17-M3, t 9,22-LMC; inv16-M4eos);
· A translocação 9,22 origina um cromossomo anômalo, o filadélfia, que é reconhecido como o mecanismo molecular que desencadeia a Leucemia Mieloide Crônica (LMC).
Radiação ionizante (UV, raio x) e não ionizante;
Exposição ocupacional;
Substâncias químicas, como benzenos e derivados, agentes alquilantes;
Vírus (HTLV-1, Epstein-Barr).
Secundárias a outras doenças: Existe um conjunto de doenças que afeta a medula óssea, e para muitas destas, o final esperado é a evolução para uma leucemia. Problema prévio que leva a Leucemia aguda ou crônica, sendo geralmente aguda, ou seja, mais agressiva. Na Leucemia crônica, o paciente pode passar meses ou até mesmo anos assintomático.
Síndrome mielodisplásica pode levar a fibrose medular, e se não monitorada adequadamente, pode originar uma linhagem maligna, evoluindo para um quadro hematológico mais agressivo,caracterizado por uma leucemia do tipo aguda, podendo ser mieloide ou linfoide. 
Recursos diagnósticos
· Hematológico:
Básicos:
	Hemograma - SP
	Mielograma: estudo morfológico da Medula óssea	
	Biópsia de MO
Técnicas complementares que ajudam a caracterizar o tipo de célula envolvida:
	Citoquímica/imunohistoquímica 	
	Citogenética					
	Biologia molecular 			
· Imagem
· Bioquímicos
Morfologia: avaliações citológicas em esfregaços de sangue periférico e MO.
Citoquímica (não são usuais atualmente): corantes específicos utilizados em MO, ao fazer esfregaço. A partir dos dados de coloração, de modo simplista, era possível se identificar se os blastos eram linfoides ou mieloides. 
· mieloperoxidase (MPO); negro de sudão B; esterases inespecíficas; periodic acis schiff (PAS); ferro medular.
Os mais utilizados atualmente e que garantem maior qualidade e precisão no diagnóstico são:
Imunofenotipagem: identifica antígenos de superfícies, intracitoplasmáticos e nucleares através de anticorpos monoclonais específicos, caracterizando as células leucêmicas quanto à origem e grau de diferenciação, informações que podem ser decisivas para o desfecho favorável da doença.
Citogenético: identificação do cariótipo de células blásticas, permite a classificação da doença de acordo com a OMS, auxilia na terapêutica, etc.
Genética molecular: identifica mutações características dos subtipos de leucemias agudas.
Cura: farmacoterapia alvo - quimioterapia.
Evolução das classificações das leucemias
FAB (1976) - OBSOLETA: citologia e citoquímica. Classificação morfológica de blastos e células maduras e coloração citoquímica. Foi a classificação mundialmente utilizada por 30 anos. Apresentava boa correlação entre os dados laboratoriais e manifestações clínicas dos pacientes, no entanto, havia alguns questionamentos que não poderiam ser respondidos por esses métodos.
· 03 subtipos LLA (L1, L2, L3)
· 08 subtipos LMA (M0 - M7)· LMC
· LLC
OMS (última atualização em 2016) - RECOMENDADA: citologia, citoquímica, imunofenotipagem, citogenética e genética molecular - obrigatórios, pelos critérios da OMS. Classificação ampla, informações imprescindíveis para diagnóstico e que podem nortear o tratamento. Desvantagem: alto custo. 
As neoplasias hematológicas, segundo os critérios atuais da OMS (2016) são divididas em:
· Neoplasias mieloides: todas possuem em comum a maturação, portanto, independentemente de a maturação apresentar ou não displasia, são caracterizadas como crônicas.
· Neoplasias mieloproliferativas (NMP)
· Mastocitoses
· Neoplasias mieloides/linfoides com eosinofilia associada e alterações genético-moleculares em PDGFRA ou PDGFRB ou PGRF1 ou PCM1-JAK2
· Síndromes mielodisplásicas/neoplasias mieloproliferativas (SMD/NMP)
· Síndromes Mielodisplásicas (SMD)
· Neoplasias mieloides com predisposição germ line
· Leucemias agudas: todas com perda de capacidade maturativa do clone neoplásico (bloqueio maturativo). Ou seja, só ocorre maturação até o estágio de blasto.
· Mielóides.
· De linhagem ambígua ou de fenótipo misto, onde também estão inseridas as de células indiferenciadas. Evolução prognóstica, em geral, desfavorável.
· Leucemias/linfomas linfoblásticos B e leucemias/linfomas linfoblásticos T.
· Neoplasias linfoproliferativas crônicas (há maturação linfoide): 
· Neoplasias linfoides de células B maduras
· Neoplasias linfoides de células T ou NK maduras
As leucemias apresentam quadros clínicos variáveis:
Assintomático ou sintomático
Sinais:
· Palidez
· Febre
· Petéquias, equimoses, gengivorragia, menorragia
· Infecção em boca, língua, orofaringe, pele, trato respiratório, região perianal
· Linfadenopatia, hipertrofia gengival, esplenomegalia,infiltrações de pele, entre outros.
Sintomas:
· Adinamia
· Anorexia
· Dispneia
· Mal-estar, indisposição
· Artralgia
· Confusão mental, alteração de comportamento, cefaleia, náusea, vômito, turvação visual, rigidez de nuca, entre outros sintomas.

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