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Conforme a vivência primitiva do homem, o uso dos materiais começou a se tornar algo essencial para caça, criação de instrumentos bélicos, além da utilização da matéria prima para vestimentas, entre outras diversas finalidades. Com o passar do tempo, vários outros tipos de materiais foram surgindo e, para definir o melhor a ser utilizado em determinado trabalho, foi- se necessário um estudo para sua seleção. Os materiais sólidos têm sido classificados em três grandes grupos: metais, cerâmicos e polímeros, classificação essa baseada na sua estrutura atômica e ligações químicas. A maioria das matérias se encaixam nessas três classificações, embora exista alguns que se encontram na intermédia. Para entender essas classificações, é preciso saber que, no grupo dos metais, os materiais são compostos, geralmente, de combinações de elementos metálicos, possuem uma excelente condutividade elétrica e térmica, não apresentam transparência à luz, no entanto, são resistentes e deformáveis. No grupo cerâmico, podemos ver a cerâmica, o vidro e o cimento, onde são compostos entre elementos metálicos e não-metálicos e geralmente são isolantes de calor e eletricidade, além de serem mais resistentes a altas temperaturas e ambientes abrasivos que os metais e polímeros. Por fim, nos polímeros, observamos os plásticos e borracha. Nada mais são que materiais de compostos orgânicos, baseados em carbono, hidrogênio e elementos não metálicos. Além dessa característica, esses materiais apresentam baixa densidade, podem ser altamente moldáveis, possuem boa isolação elétrica, porém má condutividade térmica. Figura 1 - Classificação dos materiais Além disso, três outros grupos importantes na engenharia foram adicionados: compósitos, semicondutores e os biomateriais. Os compósitos consistem em combinações de dois ou mais materiais diferentes, já os semicondutores possuem propriedades elétricas intermediárias àquelas apresentadas pelo condutores elétricos e isolantes; os biomateriais são utilizados em materiais componentes implantados no interior do corpo humano. Fora a classificação através da engenharia, temos a classificação segundo o grau de desenvolvimento tecnológico: naturais, empíricos, por desenvolvimento científico e os projetados. Nesse critério, os materiais foram divididos conforme o auxílio da tecnologia para fabricação de cada. Os materiais naturais são aqueles utilizados do jeito que foram encontrados na natureza, sem algum tipo de alteração, diferente dos empíricos que sofreram um determinado grau de transformação, no entanto seu processo foi desenvolvido através de fenômenos naturais. No desenvolvimento científico, a ciência já se torna presente para criação do material, assim como os projetados, que utilizam da alta tecnologia para seu desenvolvimento a fim de produzir comportamentos especiais. Além desses dois critérios, existe outra que leva em consideração a morfologia do material. Nessa categoria, pode-se classificar como monoestruturados, recobrimento, gradiente e aleatório. Os materiais monoestruturados apresentam as mesmas propriedades por todo o seu corpo, como por exemplo a cerâmica, já nos de recobrimento as propriedades apresentadas na sua superfície é diferente da encontrada no interior. Para o material entrar na classificação como gradiente, ele deve apresentar multicamadas com propriedades diferentes em cada uma, juntas para o escapamento de veículos automotores é um exemplo para esse tipo. No aleatório se enquadram os compósitos, que possuem um reforço de propriedades através da junção de dois ou mais materiais. Para definir o melhor tipo de material a se utilizar, devemos tomar como base o desempenho e as propriedades requeridas de um componente para determinada aplicação. Tendo conhecimento disso, podemos também definir a estrutura mais adequada para atingir as propriedades desejadas às condições do trabalho. Baseado nisso, será definido o tipo de processamento ideal para a obtenção da estrutura solicitada no material escolhido. Para todo tipo de equipamento é preciso um estudo para determinar o material adequado para sua fabricação, como exemplo a lâmpada que passou por diversas fases até chegar no que observamos atualmente. Na lâmpada incandescente podemos observar o filamento de tungstênio, responsável principal pela produção de luz e calor da lâmpada. Chegou-se à conclusão que o tungstênio é o material ideal para o filamento pois ele possui um alto ponto de fusão (3422°) e, para melhor eficiência da lâmpada, mais alta tem que ser a temperatura do fio. Para que a corrente elétrica chegue até o filamento é preciso que haja um fio condutor, aí que entra a liga de cobre. Esse material foi escolhido devido a sua excelente condutividade elétrica e térmica. Todo esse material, para ser conservado e protegido, é envolvido por um bulbo de vidro, podendo ele ser claro, fosco, leitoso ou até mesmo colorido, onde cada tipo de vidro ocasionará em diferentes resultados de reflexão. Além desses materiais, podemos ver, também, a rosca de contato feita de alumínio com recobrimento de estanho (responsável pela proteção à corrosão e oxidação do metal), um isolante cerâmico e uma placa de cobre. Figura 2 - Materiais da lâmpada incandescente BIBLIOGRAFIA Disponivel em: <http://felipeb.com/unipampa/aulas/cm/CMCAP1.pdf>. Acesso em: 17 Maio 2019. Disponivel em: <https://www.passeidireto.com/arquivo/4655283/lista1-engenharia-dos- materias-gabarito>. Acesso em: 18 Maio 2019. CALLISTER, W. D. Ciência e Engenharia de Materiais: Uma Introdução. 5ª. ed. [S.l.]: LTC, 2002. FELICÍSSIMO, A. Lâmpada incandescente: A velha senhora que ainda faz sucesso. Disponivel em: <http://www.lumearquitetura.com.br/pdf/ed08/ed_08_aula.pdf>. Acesso em: 19 Maio 2019.
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