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Composição 
de Alimentos
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Esp. Fernanda Penna
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Recomendações Nutricionais: Valor Energético e Macronutrientes
• Introdução;
• Determinação do Valor Energético Total (VET);
• Determinação dos Macronutrientes.
• Entender como se aplicam os cálculos energéticos e qual utilizar;
• Identifi car as diferentes recomendações de macronutrientes (carboidratos, proteínas e 
lipídios) e suas aplicações no planejamento alimentar.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
Recomendações Nutricionais:
Valor Energético e Macronutrientes
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas:
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de 
aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Recomendações Nutricionais: 
Valor Energético e Macronutrientes
Introdução
Como vimos anteriormente, o planejamento de cardápio segue uma sequência 
lógica, na qual uma decisão leva a outra, e assim por diante. 
Sendo assim, após o diagnóstico nutricional, damos início ao planejamento de 
cardápio propriamente dito e o primeiro passo é a determinação das necessidades 
energéticas do indivíduo expressas em quilocalorias (kcal).
Alguns países utilizam como unidade de medida o quilojoule (Kj), sendo 
1kcal = 4.184Kj.
Como nos ensina a Bioquímica, é por meio dos nutrientes provenientes dos 
alimentos que nosso corpo consegue gerar a energia necessária para a manuten-
ção de seus processos vitais – respiração, crescimento, cicatrização etc. Resumida-
mente, por meio da digestão, o corpo consegue extrair as menores partículas dos 
carboidratos, proteínas e lipídeos, gerando a energia necessária.
Para mantermos um peso adequado, é necessário ocorrer equilíbrio entre o que 
comemos e o que gastamos. Basicamente, se consumirmos mais do que gastamos, 
geramos um balanço energético positivo com deposição de energia no tecido adi-
poso. Se gastarmos mais do que consumimos, geramos um balanço energético ne-
gativo: o corpo utiliza a energia armazenada no tecido adiposo para gerar energia. 
Caso ocorra em demasia, o balanço energético positivo leva à obesidade e o nega-
tivo à desnutrição. Nisso reside a importância de um balanço energético adequado.
O gasto energético do organismo se divide em categorias: gasto energético 
de repouso, gasto energético para realização de atividades e efeito térmico 
do alimento.
O gasto energético de repouso se refere ao consumo de energia pelo corpo em 
estado de descanso físico e mental. É o gasto de energia que seu corpo sofre todos 
os dias apenas para fazer seus órgãos funcionarem juntamente com suas funções 
fisiológicas. Esse gasto é influenciado pela idade, gênero, composição corporal etc.
O gasto energético para a realização de atividades irá depender do nível da ati-
vidade. Atividades leves adicionam cerca de 30% ao gasto basal, as moderadas po-
dem aumentar entre 40 e 80% o gasto basal e as atividades superintensas podem 
elevar em até 100% o valor basal.
Já o efeito térmico do alimento pode ser o mais difícil de mensurar, leva em 
consideração o tamanho das refeições, a situação nutricional do indivíduo e a ge-
nética, dentre outros. Esse efeito se refere ao esforço que o corpo faz para digerir 
e absorver os nutrientes dos alimentos.
Para descobrir a quantidade de energia que um indivíduo necessita, foram de-
senvolvidas algumas técnicas e alguns equipamentos; porém é de difícil utilização 
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devido ao alto custo. Por isso, na prática clínica, utilizamos equações para realizar 
essa mensuração.
Para entender melhor os métodos de mensuração energética, acesse: http://bit.ly/2NqHXVy 
e http://bit.ly/2Nttet2 Ex
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or
Determinação do Valor
Energético Total (VET)
Damos início aos cálculos do cardápio com a determinação do valor energético 
diário. Existem diversas fórmulas disponíveis em Livros Didáticos e Artigos Cientí-
ficos para que o profissional escolha a melhor para o seu público.
Aqui, iremos mostrar algumas opções.
Existem três etapas para a determinação do VET:
• Avaliação nutricional: Precisamos conhecer nosso paciente fisiologicamente 
e seus hábitos de vida. Somente assim podemos estimar as calorias necessárias 
para a manutenção do corpo;
• Determinação da Taxa Metabólica Basal (TMB): É o mínimo de energia que 
o corpo precisa para realizar suas funções (respiração, por exemplo) em repouso;
• Determinação do Valor Energético Total (VET): É a quantidade de energia 
que o corpo precisa para realizar nossas tarefas diárias (trabalhar e realizar 
atividade física, por exemplo) mais a TMB.
Harris Bennedict
Talvez uma das fórmulas mais conhecidas e mais aplicada em indivíduos enfermos. 
Leva em consideração, além do fator de atividade, a lesão e a temperatura corporal. 
• Taxa Metabólica Basal (TMB):
 » Homem: TMB = 66 + (13,7 × P) + (5 × E) – (6,8 × I);
 » Mulher: TMB = 655 + (9,6 × P) + (1,7 × E) – (4,7 × I);
 » Onde: P – peso em kg; E – estatura em cm; I – idade em anos; TMB em 
kcal/dia (Fonte: AVESANI; SANTOS; CUPPARI, 2005).
• Gasto Energético Diário (GED):
 » GED = TMB × FA × FL × FT;
 » Onde: TMB e GED em kcal/dia.
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UNIDADE Recomendações Nutricionais: 
Valor Energético e Macronutrientes
Tabela 1
Fator atividade (FA) Fator lesão (FL) Fator térmico (FT)
Acamado 1,2 Paciente não complicado 1,0 38° 1,1
Acamado + móvel 1,25 Pós-operatório 1,1 39° 1,2
Ambulante 1,3 Fratura 1,2 40° 1,3
Sepse 1,3 41° 1,4
Multitrauma 1,5 – 1,6
Queimados 1,7 – 2,0
Fonte: Long, 1979; Wilmore, 1990; Kinney, 1991 apud AVESANI; SANTOS; CUPPARI, 2005
Organização Mundial da Saúde (OMS)
Vem sendo amplamente utilizada para indivíduos saudáveis. 
Tabela 2 – Taxa Metabólica Basal (TMB)
Idade Masculino Feminino
10 – 18 anos TMB = (16,6 × P) + (777 × A) + 572 TMB = (7,4 × P) + (482 × A) + 217
18 – 30 anos TMB = (15,4 × P) – (27 × A) + 717 TMB = (13,3 × P) + (334 × A) + 35
30 – 60 anos TMB = (11,3 × P) + (16 × A) + 901 TMB = (8,7 × P) – (25 × A) + 865
> 60 anos TMB = (8,8 × P) + (1128 × A) – 1071 TMB = (9,2 × P) + (637 × A) – 302
Onde: P – peso em kg; A – altura em m; TMB em kcal/dia.
Fonte: OMS, 1998 apud BENETTI; ZOLLAR, 2013
• Gasto Energético Total (GET):
 » GET = TMB × FA;
 » Onde: GET em kcal/dia.
Tabela 3
Fator de atividade (FA) segundo sexo
Sexo Sedentário Leve Moderado Intenso
Masculino 1,41,55 1,78 2,1
Feminino 1,4 1,56 1,64 1,82
Fonte: OMS, 1998 apud BENETTI; ZOLLAR, 2013
Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN)
Tabela 4 – Taxa Metabólica Basal (TMB)
Idade Masculino Feminino
18,1 a 30 anos TMB = (15,3 × P) + 679 TMB = (14,7 × P) + 496
30,1 a 60 anos TMB = (11,6 × P) + 879 TMB = (8,7 × P) + 829
> 60 anos TMB = (13,5 × P) + 487 TMB = (10,5 × P) + 596
Onde: P – peso em kg; TMB em kcal/dia.
Fonte: SBAN, 1990 apud BENETTI; ZOLLAR, 2013
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• Gasto Energético Total (GET):
 » GET = TMB × FA;
 » Onde: GET em kcal/dia.
Tabela 5
Fator de atividade (FA) segundo idade e sexo
Tipo de atividade
Masculino Feminino
18,1 a 65 anos > 65,1 anos 18,1 a 65 anos > 65,1 anos
Leve 1,55 1,4 1,55 1,4
Moderada 1,8 1,6 1,65 1,6
Intensa 2,1 1,9 1,8 1,8
Fonte: SBAN, 1990 apud BENETTI; ZOLLAR, 2013
Nível de atividade física (NAF) segundo a descrição das atividades
A Tabela a seguir classifica os níveis de atividade física em sedentário, leve, mo-
derado e intenso, o que pode ajudar na tomada de decisão ao realizar os cálculos 
de gasto energético.
Tabela 6
Sedentário Atividades sentadas, em pé, dirigir, trabalhar em laboratório, digitar, cozinhar, costurar etc.
Leve Caminhada leve em superfície plana, exercer serviços como: eletricidade, carpintaria, babá, passar roupa etc.
Moderado Caminhada rápida, trabalhar com jardinagem, carregar peso, praticar ciclismo, dançar, realizar limpeza doméstica etc.
Intenso Corrida, caminhar carregando peso, jogar futebol etc.
Fonte: Cuppari, 2005 apud BENETTI; ZOLLAR, 2013
Gasto Energético Total (GET) pela fórmula de bolso
A fórmula de bolso é bem interessante, por ser de rápida aplicação.
GET = peso × kcal/kg peso
Obesidade: 20-25Kcal/Kg peso 
Eutrofia: 25-35Kcal/Kg peso
Baixo peso: > 35Kcal/Kg peso
Fonte: Consenso Brasileiro de Conceitos e Condutas para Diabetes Mellitus.
Recomendações da Sociedade Brasileira de Diabetes para prática Clínica, 2000
Em nossa Biblioteca Virtual, temos disponível o livro Nutrição: Curso Prático (MUSSOI, 2017 ) 
com um Capítulo (4) dedicado à estimativa do gasto energético, na qual poderá encontrar 
mais fórmulas e informações. 
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UNIDADE Recomendações Nutricionais: 
Valor Energético e Macronutrientes
Aplicação das fórmulas
Para aplicar essas fórmulas precisamos de algumas informações básicas: gênero, 
idade, peso, estatura, diagnóstico nutricional, profissão e prática de exercícios físi-
cos. Lembrando-se de que ainda não estamos focando a parte qualitativa da dieta.
Importante!
Atenção às unidades de medidas. Existe uma diferença enorme entre peso em quilos e 
em gramas, entre estatura em metros e em centímetros. Se utilizarmos a unidade de 
medida errada no momento da aplicação da fórmula, podemos causar graves danos à 
saúde de nossos pacientes.
Importante!
Vamos supor que já realizamos a avaliação nutricional do paciente e obtivemos 
as seguintes informações: homem, 32 anos, solteiro, bancário, iniciou atividade 
física recentemente com musculação 4 vezes por semana. Objetiva redução de 
gordura corporal e aumento de massa magra. Peso: 105kg. Estatura: 1,79m. 
IMC: 32,8kg/m² (obesidade grau I). Peso ideal (considerando IMC de 24kg/m²): 
76,9kg. Peso ajustado: 98kg. Indivíduo apresenta colesterol aumentado, cristais 
na urina devido à baixa ingestão hídrica e acúmulo de gordura na região abdo-
minal. Gosta de frutas, legumes e verduras, porém, não consome diariamente 
alegando falta de tempo para organizar a alimentação. Frequentemente, substitui 
o almoço por lanche (salgado assado ou frito e refrigerante).
Sabemos que a perda de peso precisa ser gradual para que o indivíduo consiga 
seguir a dieta e efetivamente mude seus hábitos alimentares. Por isso, vamos con-
siderar em nossos cálculos o peso ajustado.
Para servir como exemplo, vamos utilizar a fórmula proposta pela OMS e fator 
de atividade leve.
• TMB = (11,3 × P) + (16 × A) + 901;
• TMB = (11,3 × 98) + (16 × 1,79) + 901;
• TMB = 1107,40 + 28,64 + 901;
• TMB = 2.037,04kcal/dia;
• GET = TMB × FA;
• GET = 2037,04 × 1,55;
• GET = 3.157,41kcal/dia.
No momento de calcular o cardápio, iremos trabalhar com cerca de 3.100,00kcal/
dia para esse paciente.
Importante!
Fique atento ao uso de pontos e vírgulas no momento de calcular, pois isso pode in-
terferir no resultado final. Além disso, as regras para arredondamento podem variar 
dependendo da sua calculadora, sendo assim, se os resultados de suas contas variarem 
ligeiramente, considere-as corretas.
Importante!
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Determinação dos Macronutrientes
Além de fornecer energia para o organismo, os macronutrientes possuem fun-
ções específicas de extrema importância. Já estudamos calmamente trais funções, 
mas vamos resumir:
• Carboidratos: Principal função de energia para o organismo, principalmente, 
para o cérebro. Além disso, as fibras contribuem para o bom funcionamento 
do intestino;
• Proteínas: Possuem função construtora, ou seja, faz a manutenção e a produ-
ção de tecidos no corpo;
• Lipídeos: Ajuda na proteção de órgãos vitais, armazenamento e utilização de 
vitaminas lipossolúveis, manutenção da temperatura corporal.
Após determinar a quantidade de energia que o indivíduo precisa consumir, 
chegou a hora distribuir isso de acordo com os macronutrientes.
Novamente, temos diversas faixas de percentuais disponíveis e cabe ao nutricionis-
ta escolher qual a melhor estratégia de acordo com as necessidades de seus pacientes.
Tabela 7
Nutriente OMS, 2003 DRI, 2001 PHILIPPI, 1999 SBAN, 1990 MS, 2005
Carboidratos 55-75% 45-65% 50-60% 60-70% 50-60%
Proteínas 10-15% 10-35% 10-15% 10-12% 10-15%
Lipídeos 15-30% 20-35% 20-30% 20-25% 20-30%
Legenda:
OMS: ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE;
DRI: Recommended Dietary Allowances;
PHILIPPI – Artigo: Pirâmide Alimentar Adaptada para a População Brasi-
leira (PHILIPPI et al., 1999);
SBAN: Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição;
MS: Ministério da Saúde (Guia Alimentar para a População Brasileira).
Aplicação dos percentuais
Vamos continuar utilizando o exemplo anterior. Iremos empregar as faixas per-
centuais propostas pela OMS. Considerando o perfil do paciente, ofertaremos: 60% 
de carboidratos, 15% de proteínas e 25% de lipídeos ao dia. Para chegar ao resulta-
do, basta utilizar regra de três. Lembrando-se de que o GET é de 3.100,00kcal/dia.
• Carboidratos:
 » 3100 – 100%;
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UNIDADE Recomendações Nutricionais: 
Valor Energético e Macronutrientes
 » X – 60%;
 » X = 3100 × 60 / 100;
 » X = 186000 / 100;
 » X = 1860kcal.
• Proteínas:
 » 3100 – 100%;
 » X – 15%;
 » X = 3100 × 15 / 100;
 » X = 46500 / 100;
 » X = 465kcal.
• Lipídeos:
 » 3100 – 100%;
 » X – 25%;
 » X = 3100 × 25 / 100;
 » X = 77500 / 100;
 » X = 775kcal.
Dessa forma, temos o valor energético distribuído entre os macronutrientes. 
Porém quando consultamos as Tabelas de composição de alimentos encontramos 
esses nutrientes expressos em gramas e não em calorias, por isso, iremos fazer 
a conversão.
Lembrando-se de que cada grama de carboidrato possui 4kcal, cada grama de 
proteína possui 4kcal e cada grama de lipídeo possui 9kcal. 
Sendo assim:
• Carboidratos: 1860 / 4 = 465g;
• Proteínas: 465 / 4 = 116g;
• Lipídeos: 775 / 9 = 86g.
Vamos treinar mais um pouco? 
Esse paciente é um pouco mais simples: mulher, 35 anos. Peso: 63kg. Estatura: 
1,67m. IMC: 22,6kg/m² (eutrofia). Fator de atividade física: leve. 
Calcule o GET e a distribuição de macronutrientes (mínimo e máximo) de acordo 
com a OMS e com a SBAN. 
Você deve chegar aos resultados a seguir.
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• OMS
 » TMB = 1.371,35kcal/dia;
 » GET = 2.139,30kcal/dia.
Tabela 8
Nutriente Mínimo Máximo
Carboidratos 294,15g 401,12g
Proteínas 53,50g 80,22g
Lipídeos 35,65g 71,31g
• SBAN
 » TMB = 1.377,10kcal/dia;
 » GET = 2.134,50kcal/dia.
Tabela 9
Nutriente Mínimo Máximo
Carboidratos 320,17g 373,53g
Proteínas 53,36g 64,03g
Lipídeos 47,43g 59,29g
Caso não tenha chegado aos mesmos resultados, segue o passo a passo das 
contas para que você possa conferir.• OMS: Começamos com o cálculo energético. Primeiro TMB e depois GET:
 » TMB = (8,7 × P) – (25 × A) + 865;
 » TMB = (8,7 × 63) – (25 × 1,67) + 865;
 » TMB = 548,1 – 41,75 + 865;
 » TMB = 1.371,35kcal/dia;
 » GET = 1371,35 × 1,56;
 » GET = 2.139,30kcal/dia.
Logo em seguida, fazemos as divisões dos macronutrientes. Primeiro, descobri-
mos a quantidade dos macronutrientes em quilocalorias e depois em gramas:
• Carboidratos
 » 2139,30kcal – 100%;
 » X – 55%;
 » X = (2139,30 × 55) / 100;
 » X = 117661,5 / 100;
 » X = 1.176,61kcal;
 » 1176,61kcal / 4;
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UNIDADE Recomendações Nutricionais: 
Valor Energético e Macronutrientes
 » Total de carboidratos em gramas = 294,15g;
 » 2139,30kcal – 100%;
 » X – 75%;
 » X = (2139,30 × 75) / 100;
 » X = 160447,5 / 100;
 » X = 1.604,47kcal;
 » 1604,47kcal / 4;
 » Total de carboidratos em gramas = 401,12g.
• Proteínas
 » 2139,30kcal – 100%;
 » X – 10%;
 » X = (2139,30 × 10) / 100;
 » X = 21393 / 100;
 » X = 213,93kcal;
 » 213,93kcal / 4;
 » Total de proteínas em gramas = 53,48g;
 » 2139,30kcal – 100%;
 » X – 15%;
 » X = (2139,30 × 15) / 100;
 » X = 32089,5 / 100;
 » X = 320,89kcal;
 » 320,89kcal / 4;
 » Total de proteínas em gramas = 80,22g.
• Lipídeos
 » 2139,30kcal – 100%;
 » X – 15%;
 » X = (2139,30 × 15) / 100;
 » X = 32089,5 / 100;
 » X = 320,89kcal;
 » 320,89kcal / 9;
 » Total de lipídeos em gramas = 35,65g;
 » 2139,30kcal – 100%;
 » X – 30%;
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 » X = (2139,30 × 30) / 100;
 » X = 64179 / 100;
 » X = 641,79kcal;
 » 641,79kcal / 9;
 » Total de lipídeos em gramas = 71,31g.
Depois, é só realizar o mesmo processo com os cálculos propostos pela SBAN:
 » TMB = (8,7 × P) + 829;
 » TMB = (8,7 × 63) + 829;
 » TMB = 548,1 + 829;
 » TMB = 1.377,10kcal/dia;
 » GET = 1377,10 × 1,55;
 » GET = 2.134,50kcal/dia.
• Carboidratos
 » 2134,50 – 100%;
 » X – 60%;
 » X = (2134,50 × 60) / 100;
 » X = 128070 / 100;
 » X = 1.280,70kcal;
 » 1280,70 / 4;
 » Total de carboidratos em gramas = 320,17g;
 » 2134,50 – 100%;
 » X – 70%;
 » X = (2134,50 × 70) / 100;
 » X = 149415 / 100;
 » X = 1.494,15kcal;
 » 1494,15 / 4;
 » Total de carboidratos em gramas = 373,53g.
• Proteínas
 » 2134,50 – 100%;
 » X – 10%;
 » X = (2134,50 × 10) / 100;
 » X = 21345 / 100;
 » X = 213,45kcal;
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UNIDADE Recomendações Nutricionais: 
Valor Energético e Macronutrientes
 » 213,45 / 4;
 » Total de proteínas em gramas = 53,36g;
 » 2134,50 – 100%;
 » X – 12%;
 » X = (2134,50 × 12) / 100;
 » X = 25614 / 100;
 » X = 256,14kcal;
 » 256,14 / 4;
 » Total de proteínas em gramas = 64,03g;
• Lipídeos
 » 2134,50 – 100%;
 » X – 20%;
 » X = (2134,50 × 20) / 100;
 » X = 42690 / 100;
 » X = 426,90kcal;
 » 426,9 / 9;
 » Total de lipídeos em gramas = 47,43g;
 » 2134,50 – 100%;
 » X – 25%;
 » X = (2134,50 × 25) / 100;
 » X = 53362,5 / 100;
 » X = 533,62kcal;
 » 533,62 / 9;
 » Total de lipídeos em gramas = 59,29g.
Então, é isso pessoal! 
Esperamos que tenham conseguido chegar aos mesmos resultados. Na próxima 
Unidade, iremos falar sobre micronutriente e água. 
Até lá!
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Guia de nutrição clínica no adulto
CUPPARI, L. Guia de nutrição clínica no adulto. 3.ed. Barueri: Manole, 2014;
Manual de sobrevivência para nutrição clínica
WIDTH, M.; REINHARD, T. Manual de sobrevivência para nutrição clínica. 2. ed. 
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018;
Nutrição: curso prático
MUSSOI, T. D. Nutrição: curso prático. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
 Vídeos
Regra de Três Simples
Para relembrar como calcular regra de três. Vivendo a Matemática – Professora Angela.
https://youtu.be/7gK3-QG363o
Regra de 3 e Porcentagem para Cálculos de Composição de Alimentos
Para mais exemplos sobre a regra de três. UFF.
https://youtu.be/fs52kzT8H4E
 Leitura
Elaboração de cardápios
Associação Brasileira de Nutrição (ASBRAN) comenta sobre elaboração de cardápios.
http://bit.ly/2Np0zFC
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UNIDADE Recomendações Nutricionais: 
Valor Energético e Macronutrientes
Referências
AVESANI, C. M.; SANTOS, N. S. J.; CUPPARI, L. Necessidades e recomendações 
de energia. In: CUPPARI, L. Guia de nutrição: nutrição clínica no adulto. 2.ed. 
Barueri: Manole, 2005.
BENETTI, G. B.; ZOLLAR, V. Cálculo de cardápios. In: BENETTI, G. B. Curso 
didático de nutrição. São Paulo: Yendis, 2013.
________. Necessidades energéticas. In: ________. Curso didático de nutrição. 
São Paulo: Yendis, 2013.
FRANCESCHINI, S. C. C. et al. Nutrição na fase adulta. In: SILVA, S. M. C. S.; 
MURA, J. D. A. P. Tratado de alimentação, nutrição e dietoterapia. São Paulo: 
Roca, 2007.
KAMIMURA, M. A. et al. Avaliação nutricional. In: CUPPARI, L. Guia de nutrição: 
nutrição clínica no adulto. 2.ed. Barueri: Manole, 2005.
MUSSOI, T. D. Nutrição: curso prático. 1.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
SUEN, V. M. M. et al. Balanço energético no homem. In: DUTRA-DE-OLIVEIRA, 
J. E.; MARCHINI, J. S. Ciências nutricionais: aprendendo a aprender. 2.ed. São 
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