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1 Imunologia 4º semestre O processo de ativação de células T gera, a partir de um pequeno grupo de linfócitos imaturos específicos para um antígeno, um grande numero de células efetoras com a mesma especificidade funcional para eliminar aquele antígeno caso ele seja reintroduzido. A ativação de linfócitos T ocorre principalmente em órgãos linfóides secundários, pelos quais essas células normalmente circulam e onde elas devem encontrar os antígenos. RESUMO: 1. Entrada de microrganismo e captura por células dendríticas e processamento para apresentação de peptídeos para células t naive 2. Células t naive no linfonodo reconhecem o peptídeo e MHC (ligados à célula dendrítica) via TCR (receptor de célula T). 3. Célula T ativada → efetora: sofre expansão clonal (uma parte vira célula T de memória e outra célula T efetora) 4. Células saem do linfonodo e caem na linfa, ganhando a corrente sanguínea, chegando ao local de infecção, auxiliando na erradicação do microrganismo A resposta celular é aquela realizada por linfócitos T, podendo esses ser CD4 ou CD8. OBS: PADRÕES DE RESPOSTA DO LINFÓCITO T: TH1 (células T helper 1): ativação de macrófagos → morte dos microrganismos ingeridos (estimulam o macrófago a produzir os reativos de O2...) TH17: inflamação, morte dos microrganismos 2 Imunologia 4º semestre Sequencia de resposta celular: Proteínas coestimuladoras anexas à molécula do TCR, levam a uma fosforilação das proteínas quinases e estas levam a uma sinalização celular. OBS: células Treg (regulatórias): mediam a resposta imune celular. A: se o MHC tiver apresentando algo próprio, ou algo que não é um antígeno ao corpo, o linfócito T naive fica não responsivo, ou tolerante, não atuando. B: presença de coestimuladores (B7) que se comunicam com receptores de superfície do linfócito T (CD28) + IL12. → célula T ativa, auto produção e recepção de IL-12 para se proliferar 3 Imunologia 4º semestre 1- reconhecimento do TCR ao MHC e ao peptídeo; 2- cel T começa a secretar CD40 ligante, que se liga ao CD40 da cel dendrítica. Estímulo, faz a cel dendrítica produzir B7 e citocinas. 3- A ligação do CD28 ao B7 e as citocinas aos receptores de citocina, faz com que a célula T seja estimulada a se proliferar. OBS: SE EXIXTIR A EXPRESSÃO DE CTLA-4 pela celT, ocorre um bloqueio estimulatório, pois esse se liga ao B7, impedindo a ligação do CD28 PROCESSO DE MATURAÇÃO DE CELULAS T: ➔ Substancias que participam do processo de maturação das células T. o CD69: é o que estimula a retirada do linfócito de dentro do linfonodo. Após a ligação de CD28 ao B7, a célula T começa a produzir IL-2 e também receptores para IL-2, o que faz com que ela se autoestimule a aumentar sua proliferação 4 Imunologia 4º semestre Célula T regulatória: produz receptor para IL-2, fazendo com que essa interleucina se ligue a esse tipo de célula T e esta age fornecendo um equilíbrio da proliferação e diferenciação de células T (caso contrário, em uma inflamação crônica haveria muita ativação de células T, podendo causar um prejuízo ao órgão ou organismo como um todo). OBS: células T regulatórias garantem, em uma infecção longa ou crônica, uma quantidade constante de células T CD4 e CD8. OBS: se a infecção terminar, o nível de CD4 e CD8 baixa, ficando apenas as células de memória. Obs: as células T diminuiem graças a diminuição da produção de IL-2. Obs: importância de se ativar células T em vacinas: se têm células T efetoras, tem também células T de memória, fazendo com que, caso ocorra uma infecção, as células T sejam ativadas muito mais rapidamente. Diferenciação e unção das células TCD efetoras: PADRÃO DE RESPOSTA DOS LINFÓCITOS T CD4+: PADRÃO TH1: normalmente está associado à defesa contra microrganismos intracelulares, como vírus, bactérias e parasitas intracelulares. → FAGOCITOSE. IgG para opsonização. PADRÃO TH17: combate a organismos extracelulares como bactérias e fungos. → inflamação PADRÃO TH2: relacionado com eliminação e controle de parasitas. -> relação com doenças alérgicas (eosinófilos) (IgE) 5 Imunologia 4º semestre PADRÃO TH1: DIFERENCIAÇÃO CELULAR: A recepção de IL-12 (das APC) e IFN gama (das células NK), ativam um mecanismo de fosforilação no linfócito T, ativando genes que aumentam a produção de IFN gama e o desenvolvimento de células TH1, que produzem IFN gama. FUNÇÃO DO PADRÃO TH1: ao se ligar com o APC, fazem a ativação clássica dos macrófagos, através de IFN gama. (amplificação da morte de microrganismos – por reativos de oxigênio, proteases...) OBS: células T foliculares: ativação de células B (célula APC), através de IFN gama, fazendo com que a célula B produza maior quantidade de anticorpos → ligação do complemento e opsonização de anticorpos IgG. A célula T CD4+ reconhece o antígeno via MHC II, produz IFN gama e se liga ao CD40 pelo CD40L. → estímulo ao macrófago para eliminar bactéria e também que este estimule mais células T. PADRÃO TH2: 6 Imunologia 4º semestre Mastócitos e eosinófilos (?) produzem IL-4 que auxiliam na ativação de células T. O contato do TCR ao MHC, faz com que aumente a produção de fatores de transcrição de IL4, que amplifica a ativação do próprio linfócito T (retroalimentação) → células T se diferenciam apara o padrão TH2 → produção de IL4, IL5 e IL13. OBS: uma célula que se transforma no padrão TH2, sempre será esse padrão, não alterando de TH1 para 2 ou 17. OBS: nesse caso, as células UFH, estimulam as células B a produzir IgE, ao invés de IgG. RELEMBRANDO: PADRÃO TH17: 7 Imunologia 4º semestre A sequencia de eventos é basicamente a mesma, o que altera nesse caso, é que a IL é a 6 e 1 e a amplificação do sinal de ativação de células T é feita pela IL21 e os linfócitos TH17 produzem IL 17 e 22. Além disso, células dendríticas secretam IL23 para auxiliar no processo de diferenciação do TH17. OBS: IL17: indutor de inflamação e ativação de neutrófilos, a partir da liberação de quimiocinas, como TNF. Ativação também de monócitos e células T. IL22 produzida por TH17: estimulação de células teciduais para produzir uma barreira aumentada e também para produzir peptídeos antimicrobianos IL17 produzida por TH17: estimulo dos leucócitos e células teciduais, além de quimiocinais e interleucinas que geram inflamação. FUNÇÕES DE SUBTIPOS DE CELULAS T (gama delta): Célula encontrada em abundancia nos tecidos epiteliais (defesa precoce contra microrganismos; vigilância de células que tem dano em DNA; produção de citocinas que mantem ou estimulam a resposta imunológica adaptativa tardia) e gastrointestinais. FUNÇÕES BOAS: ➔ Controle da formação tumoral em transplantes ➔ Controle de infecções por vírus ➔ Tolerância a transplantes hepáticos ➔ Proteção contra enxertos FUNÇÕES RUINS: ➔ Lesão isquêmica ➔ Rejeição de enxertos ➔ Quando se tem um infiltrado dessas células grandes há rejeição de enxertos ➔ Produção de grande quantidade de anticorpos para eliminação de enxertos. 8 Imunologia 4º semestre Diferenciação e unção das células TCD efetoras: NÃO HÁ PADROES DIFERENTES DE RESPOSTA: 1. Célula T CD8+ no linfonodo 2. APC chega com MHC I e apresenta o antígeno para o linfócito T 3. Expansão clonal de célula T CD8 e migra para vs sanguíneo e dele para o tecido afetado 4. Linfócito T CD8 é ativado em tecidos periféricos por antígenos, matando a célula alvo por CTLs OBS: as células T CD4 podem produzir substancias que estimulam a ativação de células CD8+; ou estimular APC a apresentar os antígenos as célulasT CD8 INFECÇÃO AGUDA: OBS: as células T CD8 também produzem susbtâncias que estimulam o aumento de células T CD4, para padrão TH1 em infecção intracelular). INFECÇÃO CRONICA: células T CD8 tem alguns correceptores expressos como CTLA4 (inibitório), fazendo com que ocorra uma exaustão de células T, sendo que produzem menos citocinas, tem proliferação reduzida, etc. Tal exaustão ocorre para que não haja tanta morte celular por conta da infecção (que poderia gerar fibrose no órgão). Como ocorre a lise: CTL libera grânulos na celula afetada, que levam esta à apoptose 9 Imunologia 4º semestre Os grânulos ativam caspases, responsáveis pelo processo de morte celular programada! Morte pelo Fas/FasL: a ligação faz uma ativação intracelular na APC, ativando caspases e assim a morte celular.