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APOSTILA ATENÇÃO BÁSICA E ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA - PROFª RAFAELA MAIA

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Curso: Agente Comunitário de Saúde (ACS) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE 
 
 
 400 horas 
 
 
Curso: Agente Comunitário de Saúde (ACS) 
 
 
 
 
MÓDULO:II 
 
 
DISCIPLINA: Atenção Básica e Estratégia de 
Saúde da Família 
 
 
CARGA HORÁ RIA: 60h 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso: Agente Comunitário de Saúde (ACS) 
 
 
 
 
 
Rafaela Cristina Bandeira Maia 
Enfermeira Especialista em Gestão e Logística Hospitalar 
 
CONTATO 
 
EMAIL: 
rafaela_maia.2012@hotmail.com 
 
Endereço para acessar este CV: 
http://lattes.cnpq.br/6930481370913109 
ID Lattes: 6930481370913109 
RO 
 
mailto:rafaela_maia.2012@hotmail.com
 
 
Curso: Agente Comunitário de Saúde (ACS) 
 
 
Para quem faz da 
SOCIEDADE o seu 
trabalho e da 
COMUNIDADE, sua 
FAMÍLIA! 
 
 
Curso: Agente Comunitário de Saúde (ACS) 
 
 
 
Palavras da Docente 
 
Olá Pessoal!! 
Espero que todo conhecImento acumulado até aquI tenha 
sIdo proveItoso e sIrva de arcaboUÇo teórIco-cIentifico 
para InIcIarmos maIs uma etapa. 
AquI abordaremos a dIscIplIna de “ATENÇÃO BÁSICA 
E ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA”, tenteI 
deixar o conteúdo leve e dIdátIco, a fim de aguçar o seu 
desejo pelo conhecImento dessa temátIca. Nessa apostIla 
também deIxo sugestões de alguns autores para estarem 
complementando e agregando ao conhecImento de vocês. 
Aproveitem...pois tudo foi construído com muita 
dedicação e carInho, pensando justamente em você!!! 
 
AtencIosamente, 
 
 
 
 
 
Curso: Agente Comunitário de Saúde (ACS) 
 
SUMÁRIO 
 
 
CAPÍTULO I - ATENÇÃO BÁSICA ....................................................................................... 5 
 
 
CAPÍTULO II - ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA......................................................15 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
A Política Nacional da 
Atenção Básica (PNAB) é 
basicamente uma portaria, que visa 
a organização da Atenção Básica 
em Saúde (ABS) e/ou Atenção 
Primária à Saúde (APS), 
estabelecendo assim, as normas e 
diretrizes para o funcionamento da 
mesma em âmbito nacional. 
Surgiu como resultado dos 
conhecimentos e experiências 
acumuladas pelos mais diferentes 
atores da história do Sistema Único 
de Saúde (SUS) no Brasil, pode ser 
vista, portanto, como uma conquista 
neste cenário. 
Essa política ainda é alvo de 
muitas discussões em nossa 
atualidade, e vem ao longo do 
tempo passando por diferentes 
processos de revisão, com vistas a 
torná-la o mais completa e 
resolutiva possível. Nesse sentido, a 
primeira edição oficial aconteceu no 
ano de 2006 (Portaria nº. 648, de 28 
de março de 2006), a segunda 
edição em 2011 (Portaria nº 2.488, 
de 21 de outubro de 2011) e a 
terceira em 2017 (Portaria nº 2.436, 
de 21 de setembro de 2017). 
Antes de estarmos dando 
seguimento, é importante 
estabelecermos que os termos 
abaixo destacados, são 
equivalentes, ou seja, tem igual 
significado, e podem ser igualmente 
utilizados dentro do que abarca a 
PNAB: 
Figura 01: Equivalência de termos 
dentro da PNAB. 
Fonte: (ENFRENTE ENFERMAGEM 
CONTINUADA, 2017). 
 
Diante do exposto a ABS, 
pode definir-se como um conjunto 
de ações em saúde, considerando 
tanto o contexto individual e/ou 
familiar como coletivo, com 
finalidade de: 
 
Figura 02: Finalidades da ABS. 
Fonte: (BRASIL, 2012). 
 
 
6 
Tais atividades são 
desenvolvidas por com conjunto de 
recursos humanos (equipe 
multiprofissional), físicos e 
tecnológicos, com fins de abarcar o 
indivíduo ou sociedade em sua 
totalidade, indo de encontro, 
justamente, com o que diz o 
conceito mais aceito (Organização 
Mundial da Saúde (OMS), 1947) 
sobre o que vem a ser saúde: 
 
Figura 03: Conceito de saúde. 
Fonte: (BRASIL, 1947). 
 
Nessa perspectiva percebe-
se que, existe para tanto, a 
necessidade da descentralização do 
cuidado, do conhecer a população, 
suas necessidades, principais 
problemas e agravos, cultura e 
todos os demais recursos que 
favoreçam o planejamento, 
execução e sucesso dessas 
atividades, pensando nisso, a 
PNAB, trabalha com a formação de 
equipes para atuação dentro 
territórios específicos, a qual, 
assume sobre este território, uma 
responsabilidade sanitária. A isto 
damos o nome de 
TERRITORIALIZAÇÃO. 
A ABS é considerada por muitos 
pesquisadores, a porta de entrada 
do serviço de saúde, justamente por 
manter características que permitem 
o atendimento do cliente de maneira 
integral, considerando que do 
primeiro atendimento, partem os 
demais direcionamentos caso seja 
necessário. 
 
 
Figura 04: Organização do fluxo de 
atendimento dentro da rede de 
atenção à Saúde. 
Fonte: (ENFRENTE ENFERMAGEM 
CONTINUADA, 2017). 
 
Ou seja, organiza o sistema, 
mantendo um fluxo dentro da rede, 
de maneira que vá diretamente de 
encontro à necessidade do cliente. 
Fazem parte integrante da 
equipe multidisciplinar de 
atendimento ao cliente na AB, os 
seguintes profissionais: 
 
 
7 
 
Figura 05: Composição da equipe 
de AB. 
Fonte: (BRASIL,2012). 
 
Bom... 
Depois de falarmos de 
todo essa preocupação 
com a saúde e 
manutenção dela, surge 
então a pergunta: O que 
pode intervir no 
processo de saúde? 
 
 Em resposta a esta pergunta, 
temos o que chamamos 
DETERMINANTES SOCIAIS DA 
SAÚDE (DSS), conceito este que 
vem sendo incorporado ao 
arcabouço científico, teórico e 
prático das políticas públicas de 
saúde nos últimos anos. Embora a 
muito tempo se saiba da influência 
direta de inúmeros fatores sobre a 
saúde em geral, apenas nas últimas 
décadas, começou-se a explorar 
mais as relações entre a forma 
como se organiza e se desenvolve 
uma sociedade em relação a 
situação de saúde desta população, 
com vistas a possíveis impactos 
inter-relacionados. 
Os DSS possuem atualmente 
diferentes conceitos, e ainda são 
bases de muitas discursões, porém, 
mencionaremos aqui os conceitos 
mais bem aceitos a ele relacionado, 
como por exemplo, o adotado pela 
OMS, que coloca os DSS como “as 
condições sociais com a qual as 
pessoas vivem e trabalham”, para 
melhor entendermos essa 
colocação podemos mencionar 
também, o conceito adotado pela 
Comissão Nacional sobre os 
Determinantes Sociais da Saúde 
(CNDSS), a qual cita de maneira 
mais detalhada quais seriam estes 
fatores, os quais interveem 
diretamente sobre a ocorrência dos 
problemas de saúde. 
Abaixo os citamos: 
 
 
 
8 
Figura 06: Discrimição dos DSS de 
acordo com a CNDSS. 
Fonte: (BUSS; FILHO, 2017). 
 
Um outro conceito que se faz 
relevante aqui mencionar, é o de 
Dahlgren e Whitehead, o qual, 
coloca uma visão ainda mais 
abrangente desses determinantes, 
apoiando o indivíduo na base de 
sua teoria, somando a aspectos 
particulares da pessoa, tanto ao 
falar-se em idade, genética, como 
também, os relacionados a 
escolhas, sendo que estas ultimas, 
podem ser fortemente influenciadas 
pelo meio, seja grupo de amigos, 
mídia e outros. 
 
Figura 07: DSS de acordo com 
ideologias de Dahlgren e 
Whitehead. 
Fonte: (DAHLGREN;WHITEHEAD,1992). 
 
 Diante do exposto, mesmo 
com as diferentes maneiras de 
enxergar os DSS, todas elas, 
reconhecem 01 único fato: 
 
Figura 08: Ideia comum transmitida 
pelas diferentes teorias de DSS. 
Fonte: (CARVALHO, 2013, p.21). 
 
 O último modelo mencionado, 
foi mais tarde adotado por 
Diderichsen, Evans e Whitehead, 
como base para demonstrar a 
“estratificação social gerada pelo 
contexto social”. 
Ou seja, utilizou as camadas 
desenhadas nesse modelo, para 
mostrar a vulnerabilidade gerada 
sobre as classes sociais menos 
favorecidas, conseguindo trazer a 
ideia de que a depender do nível 
social que o indivíduo ocupa dentro 
da sociedade, serão diferentes os 
processos de adoecimento, 
considerando sobre tudo, a 
exposição aos fatores de 
adoecimento, uma vez que quantomenor o nível social elencado, 
maior o de exposição a fatores de 
adoecimento. 
 
 
9 
 
Figura 09: Concorrencia desleal 
resultante da estratificação social. 
Fonte: (BARATONTA, 2015). 
 
 
Figura 10: Desigualdade social 
relacionada à impactos nutricionais. 
Fonte: (GRUPO VIOLES, 2011). 
 
 
Figura 11: Heterogenicidade social. 
Fonte: (RODRIGUES, 2017). 
 
 Meditando sobretudo nesta 
perspectiva, atualmente dispomos 
de diversas intervenções e estudos 
para operações furas, com foco em 
sanar justamente, problemas 
oriundos a essa desigualdade 
social, essas medidas têm como 
foco principal pessoas com: 
 
 
Figura 12: Principais focos de 
intervenções à estratificação social. 
Fonte: (CARVALHO, 2013). 
 
 Embora muito tenha sido 
feito, esse ainda é um longo 
caminho a ser percorrido. 
Uma vez, que envolve 
aspectos que vão além do que se 
vê em uma visão macroscópica, 
envolve todavia, questões de 
conhecimento e cultura. E aqui, 
frente a esse inimigo invisível, faz-
se indispensável o trabalho 
multiprofissional da equipe AB, em 
especial, os integrantes da equipe a 
qual este curso está direcionado, o 
 
 
10 
Agente Comunitário de Saúde 
(ACS), o qual tem papel 
fundamental ao que refere-se 
sobretudo, ao acolhimento e 
proximidade com o cliente, uma vez 
que este profissional é um membro 
da equipe de saúde, que está 
inserido na comunidade, o que 
facilita a aceitação desse, bem 
como a transmissão de 
informações, saberes e práticas. 
Figura 13: Vínculo estabelecido 
entre o profissional de saúde ACS e 
comunidade de sua área de 
atuação. 
Fonte: (BRASIL, 2009). 
 
Em consequência da 
exploração do que abarca a 
temática de DSS, principalmente ao 
que tange a identificação de riscos 
para melhora do planejamento das 
ações em saúde, surge a 
necessidade de uma certa 
modernização/aprimoramento em 
relação a elaboração e execução 
das estratégias em saúde, 
incorporando assim novas táticas e 
tecnologias. 
 Nesse contexto, a Vigilância 
em Saúde, vem a contribuir de 
maneira significativa, ao agregar a 
esse processo justamente ao que 
tange o “vigiar em saúde”, ou seja, 
fornece justamente a informação do 
problema e/ou identificação dos 
riscos, favorecendo a elaboração de 
propostas mais completas e 
eficazes para a proteção e 
manutenção da saúde, prevenção e 
controle de riscos, doenças e 
agravos, para a promoção da saúde 
para população. 
De acordo com uma 
publicação do Ministério da Saúde 
(MS), em 2017, na primeira página 
o serviço de vigilância em saúde 
constitui um: 
 
 
“Processo contínuo e sistemático de 
coleta, consolidação, disseminação de 
dados sobre eventos relacionados à 
saúde”. 
 
 
O que a torna uma 
ferramenta indispensável para as 
práticas em saúde. A vigilância traz 
 
 
11 
consigo a integração de várias 
áreas de conhecimento, o que a faz 
distribuir-se em: epidemiológica, 
ambiental, sanitária e saúde do 
trabalhador. 
 
Tendo em mente essa forma 
de organização da assistência, 
centrada na Vigilância em Saúde, 
você não começa a indagar sobre a 
possibilidade de existência de 
outras formas de organização? 
 
Bom... Se você pensou sobre 
isso, parabéns!!! 
Existem sim outras formas 
de organização da assistência à 
saúde, e a forma que a saúde está 
organizada na atualidade é 
justamente resultado da união de 
vários desses modelos, os quais 
são denominados Modelos de 
Assistência. 
Ao longo dos anos, muitos 
modelos assistenciais surgiram, 
alguns tiveram acessão outros 
declínio, porém, todos contribuíram 
de maneira ímpar para o que 
tempos construído hoje. 
Para 
conhecer e 
entender 
de maneira 
mais vasta 
esta 
evolução histórica que teve tanto 
significado para evolução do 
sistema de saúde, convido você a 
assistir o vídeo: “Políticas de Saúde 
no Brasil”. 
Após essa viagem nessa 
contextualização histórica que 
sofreram os modelos assistências, 
você deve ter percebido que para 
uma forma de organização existir, 
não tem que necessariamente 
outra deixar de existir, elas podem 
surgir em consonância, e é 
justamente isto que vemos na 
 
 
12 
atualidade, uma mescla de vários 
modelos assistenciais coexistentes, 
e não imutável, pois estão indo 
sempre ao encontro do que 
determinada população necessita. 
Abaixo cito alguns dos 
Modelos Assistenciais existentes: 
 
Figura 14: Exemplos de modelos 
assitenciais que existem ou já 
existiram. 
Fonte: (TEIXEIRA; PAIM; LISBOAS, 1988). 
 
 
 
 
13 
BIBLIOGRAFIAS 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de 
Atenção à Saúde. Departamento de 
Atenção Básica. Política Nacional de 
Atenção Básica. Brasília, 2006. 
 
_______. Ministério da Saúde. Gabinete do 
Ministro. Portaria Nº 2.436, de 21 de 
Setembro de 2017. Brasil, 2017. 
 
_______. Ministério da Saúde. Secretaria 
de Atenção à Saúde. Departamento de 
Atenção Básica. Política Nacional da 
Atenção Básica. Brasil, 2012. 
 
_______. Departamento de Atenção 
Básica. Secretaria de Políticas de Saúde. 
Programa Saúde da Família. Rev. De 
Saúde Pública. Brasil, 2000. 
 
_______. Mistério da Saúde. Vigilancia em 
Saúde. Brasil, 2017. 
 
_______. Ministério da Saúde. Secretária 
de Assistência à Saúde. Coordenação de 
Saúde da Comunidade. Saúde da Família: 
uma Estratégia para a Reorientação do 
Modelo Assistencial. Brasília. 1997. 
 
_______. Ministério da Saúde. Secretaria 
de Atenção à Saúde. Departamento de 
Atenção Básica. Saúde da família no 
Brasil: uma análise de indicadores 
selecionados. Brasil, 1998-2004. 
 
_______. Ministério da Saúde. Secretaria 
de Atenção à Saúde. Departamento de 
Atenção Básica. Acolhimento à demanda 
espontânea: queixas mais comuns na 
Atenção básica. Brasil, 2012. 
 
 
BUSS, P. M.; FILHO, A. P. A Saúde e Seus 
Determinantes Sociais. Rev. Saúde 
Coletiva. Rio de Janeiro, 2007. 
 
CARVALHO, A. I. Determinantes Sociais, 
Econômicos e Ambientais da Saúde. In 
Fundação Oswaldo Cruz. A saúde no Brasil 
em 2030 - Prospecção Estratégica do 
Sistema de Saúde Brasileiro: População e 
Perfil Sanitário. Rio de Janeiro, 2013. 
 
FERTONANI, H. P. et al. Modelo 
Assistencial em Saúde: Conceitos e 
Desafios para a Atenção Básica Brasileira. 
Rev. Ciencia e Saude Coletiva. Brasil, 
2015. 
 
GIL, CRR. Atenção Primária, atenção 
básica e saúde da família: sinergias e 
singularidades do contexto brasileiro. Cad. 
Saúde Pública. 2006. 22(6): 1117-1181. 
 
JUNQUEIRA, S. R. UNIFESP. UNASUS. 
Módulo Político Gestor. Especialização 
Saúide da Família. Competências 
Profissionais na Estratégia Saúde da 
Família e o Trabalho em Equipe. Brasil, 
20--. 
 
MELO, A. E. et al. Mudanças na Política 
Nacional de Atenção Básica: Entre 
Retrocessos e Desafios. Rev. Saúde 
Debate. Rio de Janeiro, 2018. 
 
TEIXEIRA, C. F.; PAIM, J. S.; VILASBOAS, A. L. 
SUS, Modelos Assistenciais e Vigilância da 
Saúde. Texto elaborado para a Oficina de 
Vigilância em Saúde do IV Congresso 
Brasileiro de Epidemiologia. Bahia, 1988. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pessoal… 
Encerramos por aqui 
uma pequena parte 
da nossa jornada 
intelectual em busca 
de conhecimento. 
 
Agora chegou o 
momento de 
avançarmos um 
pouco mais! 
 
Preparados? 
 
A seguir, entraremos 
na unidade 02, a 
proposta é 
aprofundar um pouco 
mais o conhecimento 
sobre “Estratégia e 
Saúde da Família”. 
 
Vamos lá? 
 
 
 
 
15 
 
 
 
 A Estratégia e Saúde da 
Família (ESF), constitui uma 
estratégia assistencial que tem 
como foco a família/indivíduo de 
forma integral, não apenas a 
doença. 
 
 
Figura 15: Contextos de um 
indivíduo, tido como foco da AB. 
Fonte: (BRASIL, 2000). 
 
Age com pressuposto da 
realidade da população sob sua 
responsabilidade, abrangendo 
situações de saúde, moradia, 
escolaridade, exposição a riscos e 
outros [...], o que permite a atuação 
especialmente maneira preventiva e 
protetora. Esse modelo também 
permite uma interaçãolonga e 
favorável (vínculo) não apenas entre 
a equipe multidisciplinar abscrita, 
mas também entre: 
 
Figura 16: Interação entre 
comunidade de equipe de saúde. 
Fonte: (BRASIL, 2009). 
 
Historicamente, a ESF surge 
logo após a Constituição Federal de 
1988 e a Lei 8.080/90, sendo criada 
em 1.994, inicialmente como 
Programa de Saúde da Família 
Acredita-se que uma ESF bem resolutiva, é capaz de resolver 
cerca de 85% dos problemas da população de sua área de 
abrangência, conseguindo dessa maneira prevenir doenças, agravos 
e/ou internações desnecessárias, favorecendo a proteção da saúde 
e melhora da qualidade de vida desses. 
 
Nota: 
 
16 
(PSF) e só mais tarde sendo 
reconhecida como estratégia. 
Atualmente é eleita como 
estratégia prioritária para 
organização do que chamamos de 
ABS, e visa a modificação do 
modelo assistencial médico-
hegemônico, modelo este, que tinha 
a organização assistencial 
centralizada na doença-médico-
hospital. De acordo com Brasil, 
1997, na pag. 10, os objetivos da 
ESF são: 
Diversos autores apontam os 
princípios da ESF para os mesmos 
que norteiam a ABS e o SUS: 
 
• Universalidade; 
• Acessibilidade; 
• Coordenação do cuidado; 
• Vínculo e Continuidade; 
• Integralidade; 
• Responsabilização; 
• Humanização; 
• Equidade; 
• Participação social. 
 
Já as diretrizes da ESF, são 
basicamente de carater operacional, 
as quais são: 
 
• Caráter substitutivo; 
• Cadastramento; 
• Complementaridade; 
• Instalação das unidades de 
Saúde da Família; 
• Hierarquização; 
• Composição das equipes; 
• Adscrição da clientela; 
• Atribuições das equipes. 
 
A ESF funciona com uso de um 
território definido, onde cada equipe 
fica com responsabilidade sob uma 
aréa especifica, essa área territoral 
deve estar ocupada 
residencialmente por cerca de 600 
Objetivo geral: Contribuir para a 
reorientação do modelo assistencial a 
partir da atenção básica, em conformidade 
com os princípios do Sistema Único de 
Saúde, imprimindo uma nova dinâmica de 
atuação nas unidades básicas de saúde, 
com definição de responsabilidades entre 
os serviços de saúde e a população. 
 
Objetivos específicos: 
I. Prestar, na unidade de saúde e no 
domicílio, assistência integral, contínua, 
com resolubilidade e boa qualidade às 
necessidades de saúde da população 
adstrita; 
II. Intervir sobre os fatores de risco aos 
quais a população está exposta; 
III. Eleger a família e o seu espaço social 
como núcleo básico de abordagem no 
atendimento à saúde; 
IV. Humanizar as práticas de saúde 
através do estabelecimento de um vínculo 
entre os profissionais de saúde e a 
população. 
V. Proporcionar o estabelecimento de 
parcerias através do desenvolvimento de 
ações intersetoriais; 
VI. Contribuir para a democratização do 
conhecimento do processo saúde/doença, 
da organização dos serviços e da produção 
social da saúde; 
VII. Fazer com que a saúde seja 
reconhecida como um direito de cidadania 
e, portanto, expressão da qualidade de 
vida. Estimular a organização da 
comunidade para o efetivo exercício do 
controle social. 
 
17 
a 1000 pessoas, não ultrapassando 
o limite de 4mil habitantes, por meio 
de visitas domiciliares é feito o 
resgistro/cadastramento desses 
usuários em seu contexto familiar, 
junto Sistema de Informações da 
Atenção Básica (SIAB), essa 
primeira etapa, gera subisidios para 
o conhecimento da realidade da 
população abscrita e consequente 
ferramentas de suporte para uso 
dos gestores, ao que diz respeito a 
elaboração de estratégias de 
assitências. 
Para aclarar, SIAB, nada mais é 
que um sistema de informação 
sistematizado, o qual permite não 
apenas o registro das informações, 
como também a geração de 
relatórios e avaliações, o que 
favorece ou facilita justamente a 
elaboração do planejamento 
estratégico assistencial. 
As atividades da ESF vão além 
de um atendimento médico ou de 
enfermagem centrado na doença, 
se expandem para atividades 
grupais de educação em saúde, 
visitas domiciliares, reconhecimento 
e eliminação de riscos, acolhimento 
e encaminhamento para setores 
especializados ou de urgência e 
emergência se assim for 
necessário. Em fim, abarca um 
contexto geral da população sob a 
responsabilidade dessa equipe 
multidiciplinar, com vistas a 
favorecer o processo de saúde e 
bem estar. 
A ESF tem sua atuação 
estreitamente relacionada, ou 
melhor, interligada ao Programa de 
Agente Comunitário de Saúde 
(PACS), programa este que teve 
origem também com a Constituição 
Federal de 1988 e a Lei 8.080/90, 
este por sua vez, sendo criado pelo 
Ministério da Saúde em 1.991, e 
compreendendo uma série de ações 
que vão de encontro a melhoria da 
qualidade de vida da população. 
O programa foi inspirado por 
ações que trouxeram como 
experiência a prevenção de 
doenças e agravos por meio de 
informações e orientações. 
As principais atividades do 
PACS, contam com a participação 
de profissionais que estão inseridos 
em meio a população abscrita, pois 
residem no mesmo território no qual 
trabalham, estão familiarizados com 
a cultura desta, possuindo também 
vínculo com esses usuários. 
Trabalha de maneira a realizar a 
identificação de problemas e riscos, 
que possam subsidiar a elaboração 
de estratégias de enfrentamento 
 
18 
eficazes/resolutivas. São 
conhecidos como agentes de 
mudanças, uma vez que são 
portadores e transmissores de 
saberes e práticas que necessitam 
estar ao acesso da população. 
Constituem também, o elo entre, 
população e sistema de saúde. 
 
 
Figura 17: Agente Comunitário de 
Saúde (ACS). 
Fonte: (BRASIL, 2009). 
 
Hoje, esse grupo de 
trabalhadores denominados, por 
hora Agentes Comunitários de 
Saúde (ACS), estão com suas 
atividades inseridas dentro da ESF, 
e como visto no capítulo anterior, 
fazendo parte integrante dessa 
equipe multidisciplinar. 
As atividades do ACS tem ganho 
grande notoriedade, a partir da 
compreenção da importância da 
atuação desses profissionais. 
De maneira geral, no capítulo 01 
já conhecemos os integrantes da 
equipe de ESF, lá citamos que essa 
equipe deve está formada por: 
• Médico 
• Enfermeiro 
• Técnico em enfermagem 
• ACS 
• Equipe de saúde bucal 
(composta pelo cirurgião 
dentiste e o técnico em 
saúde bucal). 
Os 04 primeiros integrandes 
citados formam a composição 
mínima exigida para este modelo 
assistencial. 
Dentro dessa 
multidiciplinaridade, temos 
atribuições distribuídas, as quais 
vamos tentar mostrar de maneira 
resumida e ilustada no quadro 
abaixo, o mesmo foi extraído do 
 
19 
texto ”O Trabalho do Agente 
Comunitário de Saúde”, publicado 
pelo ministério da saúde em 2009, 
logo na página 38: 
Utilizamos esse quadro na 
íntegra, não apenas no intuito de 
trazer as funções exercida por cada 
membro da equipe, como também, 
maximizar a visão do trabalho em 
equipe, uma vez, que, ao tempo em 
que possuem funções privativas ou 
comuns, tem todavia uma 
interdependência, para que seja 
uma equipe resolutiva como se 
espera. 
 Todo trabalho em equipe traz 
consigo dificuldades e inimigos 
ocultos, uma vez que demanda não 
apenas e isoladamente o exercicio 
de uma atividade, mas também, o 
manejo de um relacionamento. E 
nesse âmbito da ESF, temos uma 
característica necessária e 
importante, porém, caso não 
manejada de maneira cuidadosa e 
assertiva, pode comprometer o que 
chamos de “Trabalho em Equipe”, 
que é justamente a 
multidiciplinaridade. 
Tabela 01: Distribuição das atividades realizadas por cada membro da 
equipe multidisciplinar da ESF 
Fonte: (BRASIL, 2009). 
 
20 
 Aqui, os envolvidos contam 
além das dificuldades comuns 
inerentes a um grupo de HUMANOS 
que precisam conviver e trabalhar 
em equipe, com a heterogeneidade 
de conhecimentos específicos. 
Olhandopela perspectiva grupal, é 
necessário que todos entendam 
claramente o seu valor e o valor do 
outro enquanto integrantes de um 
serviço, e assim, consigam 
CONSTRUIR uma equipe que vise 
em meio a tudo, o CUIDAR DA 
POPULAÇÃO sob sua 
responsabilidade sanitária. E assim, 
unindo esforços, saberes e práticas, 
alcançarem o êxito da resolutividade 
do serviço ofertado. 
Agora que conhecemos de 
maneira geral as atuações dos 
integrantes da equipe de 
ESF, vamos agora 
centrar nos afazeres e 
práticas específicos do ACS. 
 
Entre as atividades 
desenvolvidas por este profissional 
elencamos algumas para estarmos 
discutindo, as quais são: 
• Cadastramento das Famílias; 
• Mapeamento da Área de 
Atuação; 
• Visitas Domiciliares. 
O cadastramento das 
familias, constitui a primeira 
etapa do trabalho do ACS, bem 
como, o ponto de partida das 
atividades da ESF, essa fase 
constitui o momento de coleta de 
dados e registro desses no 
SIAP, como aqui já mencionado. 
É nesse momento onde são 
coletadas informações como 
idade, genero, identificação da 
população, bem como 
identificação de riscos tanto em 
ambito familiar como social. 
A seguir, temos o 
mapeamento de área de 
atuação, esta atividade consiste 
basicamente em desenhar o que 
foi evidenciado, ou seja, o 
resgistro gráfico dos dados 
coletados, dando atenção 
especial a áreas que oferecem 
riscos à sociedade. 
 
Figura 18: Mapa territorial ilustrando 
áreas de atuação de diferentes 
equipes de AB. 
Fonte: (E-DISCIPLINAS, 2018). 
 
21 
Agora falaremos sobre a visita 
domiciliar, esta por sua 
vez, é vista por 
muitos autores e 
até mesmo 
atores da 
sociedade em 
geral, como a 
atividade que 
mais 
caracteriza o 
serviço do ACS, 
uma vez que o PACS 
surgiu justamente 
com a ideia de fazer 
uma reorganização 
da assistência 
hospitalar, voltando olhares para o 
tratamento e acompanhamento a 
domicílio. 
Dentro do programa que rege as 
atividades do ACS, está previsto a 
necessidade de pelo menos 01 
visita domiciliar mensal a cada 
familia cadastrata dentro do seu 
mini território de atuação (com o 
máximo de 750 pessoas), porém 
esse número de visitas é adequado 
a números maiores de acordo com 
a demanda de atenção desse 
usuário do serviço de saúde. 
A assertividade da escolha 
desse profissional para realização 
dessa atividade, é vista com bons 
olhos pela população, 
justamente pelo 
vínculo que existe 
entre as partes, 
que gera uma 
sensação de 
segurança e 
bem estar 
entre as partes. 
É claro que a 
visita domiciliar não 
é privativa dessa 
categoria 
profissional, mas a 
realização feita por 
ele, é de extrema 
valia para o funcionamento da ABS 
como um todo. 
Existem várias outras funções 
direcionadas a este servidor, que 
tem igual valor para o 
desenvolvimento da estratégia. 
Porém aqui, ficaremos com essas 
em especial. 
 
 
 
Leitura complementar: “O 
Trabalho do Agente Comunitário de 
Saúde” Publicado pelo MS, 2009. 
Disponível em: 
http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes
/geral/manual_acs.pdf 
Figura 19: Visita domiciliar de 
um ACS. 
Fonte: (HUMANIZAMULHER, 2011). 
http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/manual_acs.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/manual_acs.pdf
 
22 
A ESF indiscutivelmente, 
evidencia um grande avanço no contexto 
do SUS, e segue atendendo o 
compromisso feito em relação a oferta 
de atendimento de maneira integralizada 
a saúde da população. 
 
 Nessa perspectiva, a ESF 
tem alcançado resultados 
valiosos no âmbito da 
saúde coletiva, sendo 
considerada 
como o núcleo 
da ABS. 
Vale 
lembrar 
que 
durante 
a 
trajetória da 
ABS, 
foram 
utilizados 
vários programas 
de atenção à saúde, 
dos quais, hoje, 
ainda alguns mantém-
se em execução por meio da ESF, 
entre eles podemos 
mencionar: 
Figura 20: Programas de saúde executados 
pela ESF. 
Fonte: (BRASIL, 2008). 
 
23 
 
 Programa de Saúde da Criança 
e do Adolescente: 
 
 A execução desse programa 
elege como objetivos primordiais a 
redução da morbimortalidade infantil 
e juvenil, compreende a atenção 
integral desde o início da vida até os 
19 anos de idade, possui como 
responsabilidades específicas 
voltadas a vigilância nutricional, 
imunização, assistência a doenças 
prevalentes na infância, assistência, 
prevenção de patologias bucais 
infantis, ações de abrangência 
biopsicossocial, bem como atenção 
à saúde sexual e reprodutiva. 
 Entre as atividades 
realizadas, vamos aqui mencionar 
alguns exemplos: 
- Acompanhamento de crescimento e 
desenvolvimento; 
- Promoção ao aleitamento materno e 
combate a carências nutricionais; 
- Realização de esquema de 
vacinação completo, incluindo busca 
dos faltosos; 
- Abordagem sobre o uso abusivo de 
álcool e outras drogas lícitas e ilícitas; 
- Atividades educativas sobre saúde 
sexual 
Atividades educativas quando a 
prevenção de doenças e agravos; 
- Garantia do acesso a saúde e 
atendimento nos diferentes níveis de 
assistência; 
Outros [...] 
 Dentro desse programa, ou 
melhor, em apoio a esse programa 
surgiram várias outras políticas, 
visando atender ou melhorar 
algumas atividades específicas, 
entre os quais temos como 
exemplo: Hospital Amigo da 
Criança; Carteiro Amigo; Rede 
Nacional de Bancos de Leite; Mãe 
Canguru; Atenção Integral às 
Doenças Prevalentes na Infância; 
Campanha Nacional de Registro de 
Nascimento; Saúde na 
Adolescência; Saúde do 
Adolescente e do Jovem, entre 
outros. 
 
 Saúde da Mulher: 
 
O Programa de Assistência 
Integral a Saúde da Mulher 
(PAISM), foi fundado no ano de 
1984 e ganhou força de grandes 
movimentos da época, tinha como 
objetivo primordial assegurar os 
direitos da mulher, atendê-la de 
maneira integral, reduzir a 
morbimortalidade e prevenir 
enfermidades preveníveis. 
O “ser mulher” vem vencendo 
grandes desafios ao longo da 
história, e no contexto de saúde não 
é diferente, o gênero feminino hoje 
corresponde a maioria da população 
 
24 
global, e possui características 
específicas relacionadas ao cuidado 
que resultam em que seja também a 
parcela da população que mais faz 
uso do sistema de saúde. 
Esse programa adota como 
responsabilidades: Pré-Natal; 
Prevenção do Câncer de Colo 
Uterino; Planejamento Familiar e 
Prevenção dos Problemas 
Odontológicos da Gestante. São 
exemplos das atividades realizadas 
por este: 
 
- Diagnóstico de Gravidez; 
- Cadastramento de Gestantes no 
Primeiro Trimestre; 
- Suplementação Alimentar a 
Gestantes de Baixo Peso; 
- Rastreamento de Câncer de Colo de 
Útero; 
- Realização de Exames 
Citopatológicos; 
- Consultas Médicas e de 
Enfermagem; 
- Fornecimentos de medicamentos 
específicos bem como de métodos 
anticoncepcionais; 
- Realização de grupos de educação 
em saúde; 
- Levantamento e Tratamento de 
Enfermidades Bucais 
 
Outros [...] 
 
 Saúde do Idoso: 
 
A população brasileira vem 
envelhecendo de maneira rápida e 
contínua, processo esse que traz 
consigo um contexto social bastante 
heterogêneo. 
Em senso realizado em 2010, 
contava-se com 11,8% desse 
público em específico, mais tarde, 
no censo realizado em 2016, já 
totalizavam cerca de 14% da 
população total. 
Esses números demonstram 
duas vertentes, por um lado, reflete 
que as estratégias de saúde vigente 
tem alçando resultados positivos, 
uma vez que a expectativa da 
população em geral tem aumentado 
de forma significativa, por outro, 
essa mudança no perfil demográfico 
e epidemiológico, bem como, as 
demandas de assistência 
específicas, proteção e 
asseguração de direitos desse 
público, denota a necessidade de 
intervenção de políticas sociais, 
assim, começaram a surgir alguns 
programas voltados a esse 
contexto, a citar como exemplo: 
 1994/1996  Política Nacional 
do Idoso; 
 1999(Com revisão e 
fortalecimento em 2006) 
Política Nacional de Saúde da 
Pessoa Idosa (PNSPI). 
Mais tarde surgiram outros 
programas de apoio e estratégia, 
 
25 
como o Estatuto do Idoso em 2003, 
o qual visava assegurar direitos 
sociais dessa parcela populacional, 
e mais tarde o Plano de Ação sobre 
a Saúde dos Idosos e 
Envelhecimento Ativo e Saudável, 
divulgado pela OMS em 2009, o 
qual colocava como 
responsabilidade dos serviços de 
saúde a manutenção da 
funcionalidade do idoso, no mesmo 
ano, surgiu o Programa de Atenção 
Integral a Saúde do Idoso (PAISI), o 
qual adota como responsabilidades 
a promoção do envelhecimento 
ativo e saldável bem como a 
manutenção e reabilitação da 
capacidade funcional, abarcando 
sobretudo, a busca pela ampliação 
da qualidade de vida desse usuário 
do serviço de saúde. Realiza 
atividades como: 
 
- Visitas domiciliares; 
- Orientações voltadas a doenças 
relacionadas a idade como por 
exemplo Diabetes Mellitos (DM) e 
Hipertensão Arterial (HAS); 
- Fornecimento de medicações de uso 
contínuo; 
- Identificação de vulnerabilidade 
social; 
- Atendimento médico e de 
enfermagem; 
- Atividades de educação e saúde. 
 
Outros [...] 
 Hiperdia: 
 
A HAS tem sido alvo de muita 
atenção no âmbito da saúde, não 
apenas no Brasil como no mundo, é 
atualmente considerada como um 
problema de saúde pública, em 
virtude do grande e indiscriminado 
acometimento populacional. 
Atribui-se o elevado índice de 
ocorrência dessa enfermidade não 
apenas ao envelhecimento 
populacional, mas também aos 
novos hábitos de vida inseridos na 
sociedade. 
O homem contemporâneo tem 
adotado cada vez mais medidas 
práticas que se encaixe em seu 
cotidiano “corrido”, tais como 
alimentos industrializados, 
embutidos, enlatados, pré-
preparados ou até mesmo a 
realização de alimentações 
principais em restaurantes, 
distanciando-se cada vez mais da 
consciência do que tem ingerido ou 
mesmo dos resultados dessa 
ingestão. O sedentarismo também é 
um tema que tem contribuído 
significativamente para esse 
contexto de adoecimento. 
Atualmente essa doença tem 
sido evidenciada até mesmo em 
crianças jovens considerados na 
 
26 
melhor idade, fator esse também 
atribuído por muitos autores pela 
influência da mídia e indústria 
alimentícia. 
 
Figura 21: Influência da mídia nos 
diferentes contextos. 
Fonte: (CARVALHO, 2016). 
 
 Vale destacar que o 
panorama acima citado, não resulta 
apenas em HAS, mas também 
impacta fortemente em outros 
problemas de saúde, como por 
exemplo a DM, a qual também já 
possui políticas sociais e de saúde 
voltadas para a mesma. Porém, 
nesse momento nos atentaremos ao 
tema proposto, que seria o 
HIPERDIA, o qual surge justamente 
como um dos programas de 
enfrentamento a HAS executado 
dentro da ESF. 
 O mesmo visa 
prioritariamente o cadastramento e 
fornecimento de tratamento e 
acompanhamento médico, bem 
como oferta de medicações a 
pessoas com o diagnóstico da 
doença, no intuito não apenas de 
controle da doença como também 
de prevenção a agravos a ela 
relacionada. 
 Dentro da ESF, são 
executados concomitantemente 
outros programas de atenção ao 
hipertenso, e diante do cenário 
global, também de prevenção e 
enfrentamento da hipertensão. 
 As responsabilidades 
elegidas são de prevenção, 
diagnóstico precoce de casos, 
cadastramento e acompanhamento 
de casos. Atividades desenvolvidas 
dentro dessa vertente são: 
 
- Diagnostico clínico; 
- Alimentação de Sistemas de 
Informação; 
- Fornecimento de medicamentos aos 
usuários; 
- Vistas domiciliares; 
- Busca ativa; 
- Ações educativas para controle de 
situações de risco. 
 
Outros [...] 
 
 Controle da Tuberculose (TB) e 
Eliminação da Hanseníase: 
 
Ambas doenças 
infectocontagiosas aqui 
mencionadas, são consideradas 
importante problema de saúde 
 
27 
pública, embora sejam problemas 
milenares e já com informações 
bem difundidas em meio social, 
ainda possuem incidência e 
prevalência significativas, aliadas 
sobretudo a impactos diversos 
gerados na sociedade, a primeira 
mata cerca de 6 milhões de 
pessoas anualmente no mundo, e a 
segunda, é considerada sobretudo 
uma das mais descapacitastes. 
Considerando a importância dos 
temas elencados o Ministério da 
Saúde (MS), interviu com a 
elaboração de políticas públicas 
voltadas a temáticas que identificam 
e priorizam a detecção de casos 
ocultos, bem como controle ou 
eliminação dessas. Algumas 
atividades desenvolvidas pela ESF 
adotando essa perspectiva são: 
- Identificação de sintomáticos 
respiratórios (TB) e dermatológicos 
(hanseníase); 
- Apanhamento ambulatorial e 
domiciliar; 
- Alimentação de sistemas de 
informação; 
- Tratamento específico; 
- Fornecimento de medicamentos 
(quando necessário, uso também, de 
tratamento assistidos); 
- Elaboração e aplicação de médicas 
profiláticas, como palestras, 
elaboração de materiais informativos, 
vacinação [...] 
 
Outros [...] 
 Saúde do Homem: 
 
É evidenciado em vários estudos 
científicos a baixa adesão do 
homem em relação ao sistema de 
saúde de atenção primária. A 
maioria da população masculina 
tem adentrado o sistema de saúde 
já por meio da atenção 
especializada, o que tem 
aumentado o índice de 
morbimortalidade desse grupo. 
A percepção de que grande 
parte dos óbitos foram outrora 
causados por enfermidades 
passiveis de prevenção ao que 
refere-se a atenção primária a 
saúde, tem motivado a elaboração 
de políticas de saúde que consigam 
não apenas encorajar a busca do 
homem ao serviço de saúde, como 
também facilitar o seu acesso a ela. 
 
Figura 22: Um dos cartazes 
utilizados na divulgação do PAISH. 
Fonte: (COPYRIGHT, 2015). 
 
28 
Sabemos que em torno do “ser 
homem”, existe todo um arcabouço 
psicossocial que dificulta a adesão 
do mesmo ao sistema de ABS e é 
justamente partindo desse princípio 
que surgiu em 2.009 a Política 
Nacional de Atenção Integral à 
Saúde do Homem (PNAISH), o qual 
desenvolve atividades de: 
 
- Oferta de assistência médica e de 
enfermagem; 
- Flexibilidade em oferta do 
atendimento; 
- Estímulo ao uso de preservativo bem 
como de realização de exames de 
diagnóstico precoce como por 
exemplo, ao câncer de próstata; 
- Ampliação do acesso do homem a 
informação e a assistência em saúde. 
 
Outros [...] 
 
 Saúde do Trabalhador: 
 
Figura 23: Equipamentos de 
Proteção Individual (EPIs). 
Fonte: (TAGOUT, 2017). 
 
As ações de trabalho podem gerar 
inúmeros tipos de acidentes com 
danos para a saúde do trabalhador, 
no entanto, o trabalhador na maioria 
das situações não conhece os riscos 
aos quais está exposto e tão pouco, 
conhece a forma como deve agir para 
prevenir tais situações ou mesmo 
tratar no caso de ocorrência destas. 
Nesse sentido, foi criado o 
conceito Vigilância em Saúde do 
Trabalhador (VISAT), o qual constitui 
um componente do Sistema Nacional 
de Vigilância em Saúde, que 
desenvolve suas atividades 
basicamente direcionadas para a 
promoção de saúde e redução de 
indicadores de morbimortalidade 
envolvendo a classe de trabalhadores 
e acidentes ocupacionais. 
Desde a década de 80, 
começaram a surgir diferentes 
programas voltados a saúde do 
trabalhador, tendo seu marco 
filosófico na história do SUS em 1986, 
durante a VIII Conferência Nacional de 
Saúde. 
Assim, o termo Saúde do 
Trabalhador, refere-se ao campo da 
ciência que dedica - se a estudar a 
relação existente entre o trabalho do 
homem e/ou mulher e o processo de 
saúde/doença. 
A Política Nacional de Saúde do 
Trabalhador e da Trabalhadora 
(PNST), dentro da ESF são 
desenvolvidas atividades como: 
 
29 
- Horários de atendimentos 
diferenciados, muitas vezes com 
ações noturnas, visando atender o 
público que trabalha em período 
diurno; 
- Encaminhamentoa serviços 
específicos, como por exemplo, o 
Instituto Nacional do Seguro Social 
(INSS) ou Referência Técnica 
Municipal em Saúde do Trabalhador 
(RTMST); 
- Atividades voltadas a educação e 
saúde; 
 
Outros [...] 
Infelizmente, essa é uma área 
da ABS que ainda conta com muitas 
dificuldades para estabelecimento 
efetivo, ainda a muito o que se quer 
pensar e desenvolver. 
 
 
 Saúde Bucal 
 
Atualmente já temos inserido 
dentro da formação da equipe de 
ESF, os profissionais de saúde 
bucal (cirurgião dentista e técnico 
em saúde bucal), e dentro dessa 
vertente assumem a 
responsabilidade de realizar 
cadastramento de usuários, 
planejamento, execução e 
acompanhamento das ações no 
âmbito da saúde bucal. 
 
 Núcleo de Apoio a Saúde da 
Família – NASF 
 
Esse programa foi criado em 
2008 pelo MS, na busca de auxiliar 
na consolidação da ESF e conta 
com uma equipe multiprofissional 
mais ampla (como: Assistentes 
Sociais, Farmacêuticos, 
Fisioterapeutas, Fonoaudiólogos e 
etc...) que atua em áreas 
específicas, como por exemplo 
populações indígenas e ribeirinhas. 
A união de atuação desses 
programas, permite assegurar a 
integralidade da assistência a saúde 
nos mais diferentes contextos, além 
de permitir a elaboração de 
estratégias mais especificas e 
eficientes com a inter atuação deles. 
 
30 
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Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional 
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Educação. Brasil, 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Palavras do Docente 
 
 
Bom galerInha... 
 
[...] TermInamos por aquI a nossa dIscIplIna de ATENÇÃO 
BÁSICA E ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA, espero ter 
contrIbuído para o crescimento e desenvolvimento Intelectual de 
cada um de vocês. 
 
 
 
Fico à dIsposIção. 
 
 
 
Atenciosamente. 
 
 
 
 
 
 
 
[...]VOCÊ É 
UM AGENTE 
DE 
MUDANÇAS 
[...]

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