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Governo Getúlio Vargas

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Governo Getúlio Vargas (RASCUNHO)
Getúlio Vargas foi o governante que mais tempo ficou no poder no período republicano. Além de permanecer à frente do país entre 30 e 45, após um golpe de estado, ele ainda foi eleito pelas urnas anos mais tarde de 51 a 54.
Até 1930 a política brasileira era controlada por São Paulo de Minas Gerais. Esses estados se revezavam na escolha do presidente, de modo que o candidato de um era apoiado pelo outro. Isso ficou conhecido com a política do café com leite, que garantiu por muitos anos o domínio dos paulistas e mineiros. Além de não possuírem oposição forte, aplicavam esquemas de fraudes e manipulações para garantir o poder.
No entanto, desde a década de 20 a produção paulista estava em decadência. Para garantir a salvação da economia paulista, Washington Luís, que presidia o estado, contrariou o esquema com Minas Gerais e indicou Júlio Prestes para lhe suceder. Os políticos mineiros ficaram descontentes com o posicionamento e romperam com o Partido Republicano Paulista (PRP), aliando-se a outros estados como Rio Grande do Sul.
Em agosto de 1929, esses políticos formalizaram a Aliança Liberal, que tinha como líderes Afonso Pena Júnior e Ildefonso Simões Lopes. Entre as bandeiras aliança estavam o voto secreto, independência do judiciário, proteção à exportação de café, anistia para tenentes envolvidos com antigas rebeliões e algumas reformas sociais.
A eleição aconteceu em março de 1930, mas os aliancistas acabaram derrotados. Membros da aliança levaram à frente a ideia de uma revolução, visto que possuíam estrutura para tal. Então em 3 de outubro 1930, inicia-se essa revolução no Rio Grande do Sul. Chegava ao fim da República Velha e Getúlio Vargas subia ao poder por vias ilegais.
Governo Vargas 1930 – 1937
A primeira fase do Governo Vargas chama-se Governo Provisório, porque deveria ser uma transição da Velha República para a Nova República. Vargas tirou os administradores dos estados e nomeou interventores, para que aceitassem seus comandos. Além disso, criou alguns ministérios como o do Trabalho, da Indústria e do Comércio.
Entre julho e outubro de 1932 houve a reação de São Paulo, com a Revolução Constitucionalista. A antiga oligarquia desejava retornar ao poder, e, embora tenha sido derrotada, sua revolução teve como resultado uma nova constituição, promulgada em 1934. Muitas das mudanças que foram implementadas refletem na organização social de hoje. Veja algumas:
Voto feminino;
Voto de pessoas com 18 anos de idade;
Criação da Justiça Eleitoral; (antes era o governo que era o responsável pelas eleições)
Voto secreto;
Legislação trabalhista;
Previdência social;
Seguro velhice (aposentadoria);
Ensino primário público;
Concurso público;
Em 1935 forças opositoras ganham poder e tentam desestabilizar o governo. Entre elas está a ALN (Aliança Libertadora Nacional), sob a liderança de Luís Carlos Prestes. Como todas as organizações comunistas, o grupo desejava conquistar a hegemonia, abolindo os partidos para se tornar a única força política.
Nesse mesmo período estava em ação outro grupo opositor: a Aliança Integralista Brasileira – AIB. A inspiração no Integralismo português foi apenas para o nome, pois a doutrina do movimento era muito diferente. Enquanto os integralistas portugueses tinham uma vocação tradicionalista, os brasileiros se inspiravam no fascismo italiano e no socialismo nacionalista de Hitler. Ou seja, era um grupo de motivações modernistas.
Tanto a ALN como a AIB foram dissolvidos em 1937, quando Vargas, alegando uma conspiração para lhe tomar o poder, aplicou outro golpe para se tornar ditador. Usou como desculpa o Plano Cohen, um documento que simulava uma revolução comunista no Brasil para fins de estudo.
Em 1938 haveria uma nova eleição, mas, com o golpe, deu-se início ao Estado Novo, em 10 de novembro. O Plano Cohen foi à desculpa para perseguir opositores e centralizar o governo na figura de Vargas.
Governo Vargas 1937 – 1945
A Constituição de 1937, apelidada de Polaca, dá maiores poderes a Vargas. Ele cria o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), um órgão para censurar jornais, rádios, teatro, propaganda e qualquer forma de comunicação. O DIP criou “A Hora do Brasil”, programa que existe até hoje, mas com o nome “A Voz do Brasil”.
Vargas extinguiu todos os partidos políticos, com exceção do próprio. A propaganda do seu governo era muito forte, lembrando muito o realismo socialista de Stálin e a estética nazista. Era focava no nacionalismo, com forte apelo populista. A economia do Governo Vargas, assim como a política, era centralizada e fortemente antiliberal.
Um dos pontos mais importantes dessa fase foi a Consolidação das Leis Trabalhistas, a CLT, sob inspiração da Carta del Lavoro, criada por Benito Mussolini, o ditador fascista da Itália. Alegando a proteção do trabalhador, a CLT criou organizações que passaram a ser tuteladas pelo Estado. Assim, Vargas criou uma estrutura de poder na sociedade civil que daria suporte para as suas ações.
Durante o Governo Vargas o Brasil participou da Segunda Guerra. Ao fim desta, em 1945, uma crise se instala no poder e os militares passam a pedir a volta da democracia. As contradições ideológicas do governo, através de um pragmatismo exacerbado de Vargas, eram motivos de descontentamento. Então nesse ano os militares deram outro golpe, tirando-o do poder.
Governo Democrático (1951 – 1954)
Chegando ao fim do resumo da Era Vargas, que teve seus quinze anos ininterruptos, é válido ainda explicar como foi o retorno de Getúlio ao poder, por meios legais, realmente votado pelo povo mesmo após a ditadura.
Getúlio Vargas voltou à presidência do Brasil em 1951, porém de forma democrática. O final da Segunda Guerra Mundial trouxe alguns problemas no cenário político e econômico mundial.
Por conta disso, Vargas enfrentou alguns problemas ao longo do período, como a oposição entre os liberalistas e os nacionalistas. Nesta época, a Petrobrás foi criada, grande marco do governo Vargas.
A oposição criou forças para exigir a renúncia de Vargas quando Carlos Lacerda, um dos principais inimigos do governo, sofreu uma tentativa de atentado pelo guarda-costas do presidente. Sem querer deixar a presidência daquela forma, Getúlio Vargas cometeu suicídio em agosto de 1954.
Realizações importantes do Governo Vargas:
Criação da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho);
Publicou o Código Penal e o Código de Processo Penal, todos em vigor atualmente;
Concepção da Carteira de Trabalho;
Criação da Justiça do Trabalho;
Férias remuneradas;
Concepção do salário mínimo;
Estabelecimento da semana de trabalho de 48 horas;
Criação do descanso semanal remunerado.
Vargas fez também fortes investimentos nas áreas de infraestrutura
Criação da Companhia Siderúrgica Nacional;
Concepção da Companhia Vale do Rio Doce;
Elaboração da Hidrelétrica do Vale do São Francisco;
Em 1938, foi criado o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Pontos negativos do governo Vargas:
Ditadura: Vargas chegou ao poder em 1930 com um golpe de estado e em 1937 instaurou uma Ditadura, suprimindo direitos;
Simpatia pelo fascismo: Vargas era admirador de Hitler e Mussolini. Apenas entrou na Segunda Guerra Mundial ao lado dos aliados devido a dependência econômica nos Estados Unidos;
Controle dos sindicatos: Vargas controlava os sindicatos, praticando políticas populistas;
Censura: Vargas criou o DIP, órgão responsável pela censura de jornais e audiovisuais.
Violação aos direitos humanos: Vargas perseguiu aqueles que não concordavam com sua política, torturando, aprisionando e matando. É o caso de Graciliano Ramos, Olga Benário e Luís Carlos Prestes.
OBS:
O Território Federal do Amapá foi um território federal criado em 13 de setembro de 1943, de acordo com o Decreto-lei n° 5.812, durante o governo do presidente Getúlio Vargas. A região foi desmembrada do estado do Pará, e equivalente ao atual estado do Amapá.
Vargas entra para história como o governante popular e populista.
Popular: “Todos” conhecem.
Populista: “Todos” conhecem e gostam.
https://www.resumoescolar.com.br/historia-do-brasil/governo-getulio-vargas/https://beduka.com/blog/materias/historia/resumo-da-era-vargas/
ESTADO NOVO (TRABALHO)
O surgimento do Estado Novo em 1937 foi resultado de um longo esforço de Getúlio Vargas na construção de um regime autoritário no Brasil. É importante considerarmos que, desde que assumiu a presidência em novembro de 1930, Vargas tomou iniciativas para centralizar o poder. Demonstração evidente disso foi a ação de Vargas em adiar tanto quanto fosse possível a realização de eleições para formar uma Constituinte no Brasil. Os esforços de Getúlio Vargas em centralizar o poder no Brasil foram parcialmente frustrados com a promulgação da Constituição de 1934, que determinava que novas eleições deveriam ser realizadas em 1938 e que Vargas não poderia concorrer à reeleição, pois havia sido eleito presidente indiretamente em 1934.
No entanto, nessa fase da Era Vargas, conhecida como “fase constitucional”, o presidente encontrou a justificativa que precisava para implantar medidas centralizadoras, as quais colocaram o Brasil no caminho do autoritarismo. Vargas utilizou-se da “ameaça comunista” como forma de ampliar o seu poder na presidência.
Em 1935, aconteceu no Brasil a Intentona Comunista, tentativa dos comunistas de tomar o poder no Brasil pela via revolucionária. Antes disso, na verdade, o presidente já apoiava medidas autoritárias, que foram ampliadas depois da rebelião comunista. Em 1935, foi decretada a Lei de Segurança Nacional, que ampliava os poderes presidenciais para combater crimes contra a “ordem social”.
Pouco tempo depois, essa lei foi endurecida por uma emenda aprovada pelos parlamentares brasileiros. Também foi criado um Tribunal de Segurança Nacional, utilizado para punir rigorosamente os réus da lei aprovada em 1935. Nesse cenário, ampliou-se consideravelmente a perseguição a grupos da esquerda.
Enquanto tudo isso acontecia, o Exército começou a alinhar seus interesses com os de Getúlio Vargas no sentido de perseguir os grupos da esquerda e de implantar um regime autoritário no país. Parcelas do alto escalão da sociedade também começaram a entender o viés autoritário como a forma ideal de implantar à força uma modernização do país.
O resultado final desse processo levou ao Golpe do Estado Novo em novembro de 1937. O golpe aconteceu logo após o governo publicar um documento falso chamado Plano Cohen. Esse plano narrava as etapas de um golpe comunista que estaria sendo planejado. O documento, no entanto, havia sido elaborado por Olímpio Mourão e pelos integralistas.
O documento que continha o Plano Cohen foi descoberto pelo antigo Ministro da Guerra, Góes Monteiro, e foi apresentado a Vargas e Eurico Gaspar Dutra, que aprovaram o uso do documento falso como pretexto para realizar o golpe no Brasil. A partir daí, Francisco Campos, advogado mineiro, começou a organizar uma nova Constituição para o Brasil.
Em novembro de 1937, Vargas ordenou o cercamento do Congresso Nacional e obrigou os parlamentares a retornarem para suas casas. Imediatamente, uma nova Constituição foi apresentada e outorgada à nação. Vargas decretou o fim das atividades dos partidos políticos no país.
Características do Estado Novo
A implantação do Estado Novo no Brasil seguia a tendência mundial de radicalização da política. Na década de 1930, surgiu ou se consolidou uma série de regimes totalitários em diversas partes do mundo, tais como o stalinismo soviético, o nazismo na Alemanha, o fascismo na Itália, o franquismo na Espanha e o salazarismo em Portugal.
No Brasil, consolidou-se um regime autoritário que, segundo define o historiador Thomas Skidmore, foi uma criação pessoal do próprio Vargas e que, portanto, possui peculiaridades que podem destoar um pouco das características dos regimes ditatoriais que existiam em outras partes do mundo na época.
Uma característica inicial do Estado Novo foi o fortalecimento do Executivo, pois uma série de prerrogativas que estavam nas mãos dos estados e municípios passou para o nível federal. Outro ponto importante foi que o Executivo acumulou as funções do Legislativo, uma vez que o Congresso Nacional, Assembleias Estaduais e Câmaras Municipais foram fechados. Isso também aconteceu em relação aos “interventores”, nome que se dava aos governadores dos estados. O fortalecimento dos interventores foi, inclusive, um importante aparato de apoio ao poder de Vargas nos âmbitos regionais.
Durante o Estado Novo, o presidente sempre reforçou a valorização do nacionalismo, nomeado em seu governo de “brasilidade”. Essa característica era reforçada em ações do governo como a “marcha para o oeste”, movimento de habitação e desenvolvimento do interior do país como forma de resgatar os reais valores nacionais.
Outro símbolo dessa procura de Vargas em reforçar o nacionalismo no Brasil foi um ato em que o presidente organizou a queima de bandeiras estaduais logo após o golpe de 1937. O resultado das ações de reforçar o poder do Executivo e de exaltar o nacionalismo, combatendo os regionalismos, teve como efeito prático o enfraquecimento das oligarquias.
Na política, Vargas combateu o sistema partidário (que era enxergado pelo presidente como um mal). Vargas, inclusive, nunca formou um partido único que representava o seu próprio governo, como acontecia nos regimes autoritários e fascistas da Europa. A respeito disso, Thomas Skidmore afirma que “o sistema ‘não político’ do Estado Novo era o veículo perfeito para seus grandes talentos de conciliação e manipulação, que por sua vez dependiam de um contato extremamente pessoal com adversários e aliados”.
Além disso, a censura e a propaganda política foram partes importantes do Estado Novo. As duas questões eram da responsabilidade do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), agência criada pelo governo em 1939. A respeito do DIP, as historiadoras Lilia Schwarcz e Heloisa Starling afirmam:
Diretamente subordinado ao governo [o DIP], com órgãos filiados nos estados e dirigido por um jornalista, Lourival Fontes, […], o DIP era uma máquina bem planejada: tinha seis seções – propaganda, radiodifusão, cinema e teatro, turismo, imprensa e serviços auxiliares – e a tarefa de projetar as bases de legitimidade do Estado Novo. A agência interferiu em todas as áreas da cultura brasileira: censurou formas de manifestação artística e cultural; instrumentalizou compositores, jornalistas, escritores e artistas, e desenvolveu múltiplas linhas de ação.
O uso de intelectuais e artistas era de extrema importância para o Estado Novo, pois Vargas sabia que a opinião deles era extremamente importante para legitimar as ações que o governo realizava e torná-las aceitáveis nas camadas mais baixas da sociedade. Outro ponto importante do Estado Novo foi a exaltação da figura do líder a partir da propaganda. Thomas Skidmore, no entanto, afirma que Vargas não era muito favorável ao culto de personalidade que era realizado pelo DIP, mas o aprovava desde que se mostrasse eficaz em garantir apoio ao seu regime.
· Centralização do poder → Ao longo de seus quinze anos no poder, Vargas tomou medidas para enfraquecer o Legislativo e reforçar os poderes do Executivo. Essa característica ficou evidente durante o Estado Novo.
· Política Trabalhista → Vargas atuou de maneira consistente no sentido de ampliar os benefícios trabalhistas. Para isso, criou o Ministério do Trabalho e concedeu direitos aos trabalhadores. Era uma forma de reforçar seu poder aproximando-se das massas.
· Propaganda Política → O uso da propaganda como forma de ressaltar as qualidades de seu governo foi uma marca forte de Vargas e que também ficou evidente durante o Estado Novo a partir do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP.) como já citado à cima.
· Capacidade de negociação política → A capacidade política de Vargas não surgiu do nada, mas foi sendo construída e aprimorada ao longo de sua vida política. Vargas tinha uma grande capacidade de conciliar grupos opostos em seus governos, como aconteceu em 1930, quando oligarquias dissidentes e tenentistas estavam no mesmo grupo apoiando-lhe.
A postura de Vargas nopoder do Brasil durante esse período pode ser também relacionada com o populismo, principalmente pelos seguintes aspectos:
1. Relação direta e não institucionalizada do líder com as massas;
2. Defesa da união das massas;
3. Liderança baseada no carisma;
4. Sistema partidário frágil.
TRANSIÇÃO DE PODER
A ascensão de Getúlio Dornelles Vargas à presidência aconteceu pela implosão do modelo político que existia no Brasil durante a Primeira República. Ao longo da década de 1920, inúmeras críticas foram feitas ao sistema oligárquico que vigorava em nosso país, sendo os tenentistas um dos movimentos de oposição de maior destaque. A implosão da Primeira República concretizou-se de fato durante a eleição de 1930. Nessa eleição, a oligarquia mineira rompeu abertamente com a oligarquia paulista porque o presidente Washington Luís recusou-se a indicar um candidato mineiro para concorrer ao cargo. A indicação para presidente foi do paulista Júlio Prestes. 
Isso desagradou profundamente à oligarquia mineira, uma vez que a atitude do presidente rompia com o acordo existente entre as duas oligarquias (Política do Café com Leite). Assim, os mineiros passaram a conspirar contra o governo e, aliando-se às oligarquias paraibana e gaúcha, optaram por lançar um candidato para concorrer à presidência: Getúlio Vargas. 
A disputa eleitoral travada entre Júlio Prestes e Getúlio Vargas teve como desfecho a vitória do primeiro. No entanto, mesmo derrotados, membros da chapa eleitoral de Vargas (chamada Aliança Liberal) começaram a conspirar para destituir Washington Luís do poder (Vargas, porém, havia aceitado a derrota).
Essa conspiração tornou-se rebelião de fato quando João Pessoa, vice de Getúlio Vargas, foi assassinado em Recife por João Dantas. O assassinato de João Pessoa não tinha nenhuma relação com a eleição disputada, mas o acontecido foi utilizado como pretexto para que um levante militar contra Washington Luís fosse iniciado.
A revolta iniciou-se em 3 de outubro de 1930 e estendeu-se por três semanas. No dia 24 de outubro de 1930, o presidente Washington Luís foi deposto da presidência. Uma junta militar governou o Brasil durante 10 dias e, em 3 de novembro de 1930, Getúlio Vargas, que aderiu à rebelião quando ela estava em curso, assumiu a presidência do Brasil.
Fim do Estado Novo
O Estado Novo, enquanto regime que se sustentava nos meios intelectuais, nas elites econômicas e nos meios militares, começou a ruir por volta de 1943. Um sinal claro disso foi a publicação do “manifesto dos mineiros”, em que personalidades de Minas Gerais exigiam a instalação de um regime democrático no país. Nesse período, Vargas identificou que seu regime autoritário não teria vida longa após o fim da Segunda Guerra Mundial. Assim, Vargas deu início a uma nova fase de sua política: a fase da aproximação com os trabalhadores. Ele já flertava com essa postura em anos anteriores. Isso pode ser exemplificado pelo decreto do salário-mínimo em 1940 e pela organização de comícios no Dia do Trabalhador. A partir de 1943, Vargas fortaleceu essa aproximação.
Nesse ano, por exemplo, foi lançada a Consolidação das Leis do Trabalho, documento que trazia uma série de novidades na legislação trabalhista, ampliando os direitos dos trabalhadores urbanos (a legislação não se estendia aos trabalhadores rurais). Essa nova fase de Vargas recebeu o nome de trabalhismo e visava a garantir a sua influência na política brasileira assim que o sistema democrático fosse restabelecido.
A partir de 1945, a pressão sobre Vargas para que uma eleição presidencial acontecesse era tamanha que Vargas decretou o Ato Adicional. Com essa lei, o governo decretava que dentro de um prazo de 90 dias seria marcada a data para a eleição presidencial. Após isso, começou a organizar-se no país uma nova vida partidária, com destaque para três partidos.
· União Democrática Nacional (UDN);
· Partido Social Democrático (PSD);
· Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).
Ao longo de 1945, o desgaste de Vargas com os liberais e com os militares foi ampliando-se de tal forma que, em outubro de 1945, os militares cercaram o palácio presidencial e deram um ultimato a Vargas, forçando-o a renunciar à presidência do Brasil. A reorganização política do Brasil a partir desse momento deu origem à Quarta República (1946-1964). 
RESUMO
O Estado Novo foi a fase ditatorial da Era Vargas. Teve início em novembro de 1937, quando o presidente outorgou uma nova Constituição e decretou o fechamento do Congresso, e foi finalizado quando Vargas recebeu um ultimato dos militares e foi obrigado a renunciar à presidência, em outubro de 1945.Com o Estado Novo, Vargas implantou um regime autoritário que centralizou o poder no Executivo. A censura foi instituída, e a propaganda política foi utilizada em larga escala como ferramenta para ressaltar as obras do governo, consolidar a ideologia do regime e garantir o culto a personalidade de Vargas.
Com o envolvimento do Brasil na Segunda Guerra, o autoritarismo de Vargas perdeu força, sobretudo entre os militares que tinham sido enviados à Europa para lutar contra o nazifascimo. Com esse movimento de contestação, a autoridade de Vargas foi sendo minada, o que levou a sua destituição. Vargas, porém, reorganizou sua estratégia política e deu início a sua política de aproximação das massas.

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