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MODELO FUNCIONAL DO SISTEMA CIRCULATÓRIO Curi página 606 O sistema cardiocirculatório mantém, em linhas gerais, um território vascular com “alta pressão”, que é o sistema arterial, e um território vascular com “baixa pressão”, que é o sistema venoso, o qual exibe menor pressão em relação ao sistema arterial. A diferença de pressão governa a circulação do sangue, provendo o aporte de nutrientes para os tecidos e, também, a remoção dos produtos metabólicos destes tecidos Túnica adventícia (externa), composta principalmente por fibras elásticas e colágeno, a túnica média (intermediária), composta essencialmente por fibras musculares lisas dispostas circularmente, e a túnica íntima (interna), composta por endotélio e tecido subendotelial. A túnica media menos desenvolvida confere às veias maior complacência (distensibilidade) que as artérias, fazendo com que a circulação sistêmica venosa tenha por característica alta distensibilidade, armazenando, por conseguinte, maior quantidade de sangue que a circulação sistêmica arterial Retorno venoso do lado direito determina a circulação pulmonar Esta exuberância da túnica média das arteríolas confere a este território vascular uma alta capacidade de controle da resistência ao fluxo sanguíneo, sendo este território o principal controlador da resistência periférica, e, portanto, da pressão arterial Vasos sanguíneos O fato das veias serem complacentes e não oferecerem resistência geram uma P menor Artérias Conduzem sangue sob alta pressão; Calibre decrescente; Tipos de artérias Grandes artérias elásticas (artérias condutoras) Artérias musculares médias (artérias distribuidoras)- 1° ramificação da aorta por exemplo Pequenas artérias e arteríolas METARTERÍOLAS Algumas arteríolas se ramificam em vasos conhecidos como metarteríolas (FIG. 15.3). As arteríolas verdadeiras têm uma camada contínua de músculo liso, mas somente parte da parede de uma metarteríola é circundada por músculo liso. O sangue que flui pelas metarteríolas pode seguir dois caminhos. Se anéis de músculo, denominados esfincteres pré-capilares, estão relaxados, o sangue que flui pela metarteríola é direcionado para os leitos capilares adjacentes (Fig. 15.3b). Se os esfincteres pré-capilares estão todos constritos, o sangue da metarteríola atalha os capilares e vai diretamente para a circulação venosa Diferenciadas por: - Tamanho geral - Quantidade de tecido elástico ou muscular - Espessura da parede - Função A área total de secção transversal do sistema circulatório aumenta à medida que a aorta se ramifica em artérias com calibres menores, arteríolas e capilares. A importância da redução da velocidade do sangue no território capilar é no sentido de se garantir um tempo adequado para que se processe a saída de nutrientes para os tecidos, e a subsequente remoção de produtos do metabolismo Em condições normais, no sistema circulatório, o fluxo sanguíneo é do tipo lamelar (ou laminar) não gera vibrações e nem ruídos a passagem do sangue pelas valvas cardíacas se faz em regime turbilhonar, gerando ruído TIPOS DE ARTÉRIAS Grandes artérias elásticas (artérias condutoras) Recebem o débito cardíaco Atuam como reservatório de pressão Muitas camadas elásticas Silverthon – página 509 A pressão produzida pela contração do ventrículo esquerdo é estocada nas paredes elásticas das artérias e, lentamente, liberada através da retração elástica. Esse mecanismo mantém uma pressão propulsora contínua para o fluxo sanguíneo durante o período em que os ventrículos estão relaxados As arteríolas distribuem diretamente o fluxo sanguíneo aos tecidos individuais por contraírem e dilatarem, de forma que elas são conhecidas como locais de resistência variável As veias atuam como um reservatório de volume, do qual o sangue pode ser enviado para o lado arterial da circulação se a pressão cair muito Quando o sangue flui para dentro dos capilares, seu epitélio permeável permite a troca de materiais entre o plasma, o líquido intersticial e as células do corpo A maioria dos vasos sanguíneos possui músculo liso, arranjado em camadas circulares ou espirais Quando as grandes artérias se dividem em artérias cada vez menores, a característica da parede muda, tornando-se menos elástica e mais muscular Artérias musculares médias (artérias distribuidoras) Paredes contém mais fibras musculares lisas (longitudinais) Ajustam o fluxo sanguíneo Suas paredes causam constrição temporária e rítmica propelindo e distribuindo o sangue Lumén relativamente pequenos e estreitos Paredes musculares (orientação circular) com pouca fibra elástica controlam: enchimento nos leitos capilares Nível da pressão arterial no sistema vascular (RVP) ARTÉRIAS E ARTERÍOLAS CARREGAM O SANGUE A PARTIR DO CORAÇÃO Capilares Tubos endoteliais simples Unem as arteríolas e as vênulas Permitem troca de materiais com o líquido extracelular ou intersticial; As trocas ocorrem nos capilares Para facilitar as trocas de materiais, os capilares não possuem o reforço de músculo liso e tecido elástico ou fibroso . Em vez disso, suas paredes consistem em uma única camada achatada de endotélio esustentada por uma matriz acelular, chamada de lâmina basal Capilares e VENULAS PÓS CAPILARES possuem PERICITOS Os pericitos contribuem para diminuir a permeabilidade capilar: quanto mais pericitos, menos permeável é o endotélio capilar. Os capilares cerebrais, por exemplo, são rodeados por pericitos e células gliais e têm junções apertadas (do inglês, tight junctions), que criam a barreira hematencefálica o Os pericitos secretam fatores que influenciam o crescimento capilar e eles podem se diferenciar, transformando-se em novas células endoteliais ou células de músculo liso. A perda de pericitos ao redor dos capilares da retina é uma característica da RETINOPATIA DIABÉTICA, principal causa de cegueira. O fluxo sanguíneo converge nas veias e vênulas As vênulas distinguem-se dos capilares pelo seu padrão convergente de fluxo. As menores vênulas são semelhantes aos capilares, tendo um fino epitélio de troca e pouco tecido conectivo As veias são mais numerosas do que as artérias e têm um diâmetro maior ANGIOGENÊSE Em adultos, a angiogênese ocorre durante a cicatrização de um ferimento e no crescimento do revestimento uterino após a menstruação A angiogênese também ocorre com a prática regular de exercícios, aumentando o fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco e para os músculos esqueléticos Periquitos e células mm produzem fatores de crescimento relacionados, incluindo o fator de crescimento vascular endotelial (VEGF) e o fator de crescimento de fibroblastos (FGF), promovem angiogênese As citocinas que inibem a angiogênese incluem angiostatina, feita a partir da proteína plasmática plasminogênio, e endostatina APLICAÇÃO CLINICA A doença cardíaca coronariana, também conhecida como doença arterial coronariana, é uma condição na qual o fluxo sanguíneo para o miocárdio é diminuído pela deposição de gordura, o qual diminui o lúmen das artérias coronárias. Em alguns indivíduos, novos vasos sanguíneos desenvolvem-se espontaneamente e formam a circulação colateral, que supre o fluxo através da artéria parcialmente bloqueada Pressão arterial A contração ventricular é a força que cria o fluxo sanguíneo através do sistema circulatório Quando o ventrículo relaxa e a valva da aorta fecha, as paredes arteriais elásticas retraem, propelindo o sangue para a frente, em direção às pequenas artérias e arteríolas O fluxo é diretamenteproporcional ao gradiente de pressão entre dois pontos quaisquer, e é inversamente proporcional à resistência dos vasos ao fluxo A pressão arterial é maior nas artérias e diminui continuamente à medida que o sangue flui através do sistema circulatório PRESSAO NAS ARTÉRIAS Na circulação sistêmica, a maior pressão ocorre na aorta e resulta da pressão gerada pelo ventrículo esquerdo. A pressão aórtica alcança uma média de 120 mmHg durante a sístole ventricular (pressão sistólica) e, após, cai constantemente até 80 mmHg durante a diástole ventricular A pressão diastólica alta nas artérias é decorrente da capacidade desses vasos de capturar e armazenar energia nas suas paredes elásticas. Quando o sangue alcança as veias, a pressão diminui devido ao atrito e não há mais uma onda de pressão. O fluxo sanguíneo venoso é mais estável do que pulsátil Circulação sistêmica e pulmonar PRESSÃO DE PULSO = PRESSÃO SISTÓLICA – PRESSÃO DIASTÓLICA EX: na aorta = 120 mmHg (sistólica) - 80 mmHg (diastólica) = 40 mmHg de pressão de pulso A PRESSÃO ARTERIAL REFLETE A PRESSÃO DE PROPULSÃO CRIADA PELA AÇÃO DO BOMBEAMENTO DO CORAÇÃO! PAM = PAD + 1/3 (PAS – PAD) PAM = PRESSÃO ARTERIAL MÉDIA PAD = PRESSÃO ARTERIAL DIASTÓLICA PAS = PRESSÃO ARTERIAL SISTÓLICA A pressão arterial média é mais próxima da pressão diastólica do que da pressão sistólica, uma vez que a diástole dura o dobro do tempo da sístole A PRESSÃO ARTERIAL É ESTIMADA POR ESFIGMOMANOMETRIA Neste método, após o colabamento, por exemplo, da artéria braquial, a desinsuflação do manguito pneumático fará com que esta artéria seja gradualmente desocluída, e na primeira passagem de sangue onde se faz a desoclusão, a velocidade do sangue será muito alta, gerando um ruído perfeitamente audível, que é associado à pressão sistólica (máxima) do indivíduo. Com a continuidade da desinsuflação do manguito a luz da artéria braquial irá, gradualmente, assumir o seu diâmetro normal, e quando a pressão do manguito pneumático se igualar à pressão diastólica (mínima) do indivíduo, o sangue voltará a fluir em regime lamelar, e, portanto, deixará de apresentar aquele ruído audível característico. É neste momento da volta ao regime de fluxo sanguíneo lamelar, associado ao desaparecimento de ruído, que se determina, pela pressão imposta naquele instante pelo manguito pneumático, a pressão arterial diastólica (mínima) do indivíduo. Um manguito envolve o braço e é inflado até exercer uma pressão mais alta do que a pressão sistólica que impulsiona o sangue arterial Quando a pressão do manguito excede a pressão arterial, o fluxo sanguíneo para a porção inferior do braço é interrompido Quando a pressão no manguito cai abaixo da pressão sanguínea arterial sistólica, o sangue começa a fluir novamente. Quando o sangue passa na artéria ainda comprimida, um ruído bem definido, chamado de som de Korotkoff, pode ser escutado a cada onda de pressão Os sons de Korotkoff são causados pelo fluxo turbulento do sangue através da área comprimida. Quando o manguito de pressão não comprime mais a artéria, o fluxo fica mais lento e os sons desaparecem TURBILHAMENTO SANGUÍNEO Do ponto de vista patológico são destacadas algumas situações em que ruídos podem ser ouvidos devido ao turbilhonamento sanguíneo: (a) estreitamento de grandes vasos, como no caso da coartação (estreitamento) da aorta; (b) oclusão parcial de grandes vasos (p. ex., carótida ou artéria femoral) por placa aterosclerótica; (c) persistência do duto arterioso (comunicação existente entre a aorta e a artéria pulmonar durante a gestação, e que deixa de se fechar após o parto); (d) comunicações arteriovenosas (shunts); (e) redução da viscosidade do sangue, a qual pode gerar o sopro observado nos quadros de anemias RUÍDOS O ruído funcional geralmente é ouvido na área precordial correspondente ao foco de ausculta da valva pulmonar, situado no segundo espaço intercostal esquerdo, ao lado da borda esternal. Coartação (estreitamento) da aorta Em condições normais o sangue flui pela aorta abdominal em regime lamelar, sem gerar qualquer ruído audível. Como mencionado anteriormente, o estreitamento do vaso, no caso da aorta, fará com que o sangue passe a fluir com maior velocidade, ou seja, acima da sua velocidade crítica (Vc ), gerando um ruído contínuo, audível com o estetoscópio, auxiliando no diagnóstico deste quadro patológico Placas arterioscleróticas: presente na carótida ou na artéria femoral, cuja obstrução parcial do vaso faz com que o fuxo sanguíneo ultrapasse a sua velocidade crítica (Vc), gerando um ruído contínuo, a exemplo da coartação da aorta Patência do duto arterioso. Apresenta um ruído contínuo, característico, gerado pelo turbilhonamento do sangue, quando o duto arterioso (comunicação entre a aorta e a artéria pulmonar durante a gestação), deixa de se fechar logo após o nascimento. O DÉBITO CARDÍACO E A RESISTÊNCIA PERIFÉRICA DETERMINAM A PRESSÃO ARTERIAL MÉDIA (PAM) FATORES IMPORTANTES Debito cardíaco Resistência periférica Distribuição de sangue na circulação sistêmica Volume total de sangue A pressão arterial é um balanço entre o fluxo sanguíneo para dentro das artérias e o fluxo sanguíneo para fora das artérias. Se o fluxo para dentro excede o fluxo para fora, o volume sanguíneo nas artérias aumenta e a pressão arterial média também. Se o fluxo para fora excede o para dentro, o volume diminui e a pressão arterial média cai. O fluxo sanguíneo para dentro da aorta é igual ao débito cardíaco do ventrículo esquerdo. O fluxo sanguíneo para fora das artérias é influenciado principalmente pela resistência periférica, definida como a resistência ao fluxo oferecida pelas arteríolas Debito cardíaco Então, a PAM é proporcional ao débito cardíaco (DC) vezes a resistência (R) das arteríolas o Se o débito cardíaco aumenta, o coração bombeia mais sangue para dentro das artérias por unidade de tempo. Se a resistência ao fluxo sanguíneo para fora das artérias não mudar, o fluxo para dentro das artérias fica maior que o fluxo para fora, o volume sanguíneo nas artérias aumenta, e a pressão sanguínea arterial sobe. Em outro exemplo, considere que o débito cardíaco permanece inalterado, mas a resistência periférica aumenta. O fluxo para dentro das artérias está inalterado, mas o fluxo para fora diminui. O sangue novamente se acumula nas artérias e a pressão arterial aumenta outra vez. Na maioria dos casos de hipertensão, acredita-se que ela seja causada pelo aumento da resistência periférica sem que ocorram alterações no débito cardíaco Circulação sistêmica As veias atuam como um reservatório de volume para a circulação sistêmica, armazenando sangue, que pode ser redistribuído para as artérias se necessário. Se a pressão arterial cai, a aumentada atividade simpática constringe as veias, diminuindo sua capacidade de reter volume. O retorno venoso aumenta, enviando sangue para o coração, o qual, de acordo com a lei de Frank-Starling do coração, bombeia todo o retorno venoso para o lado sistêmico da circulação. Assim, a constrição das veias redistribui sangue para o lado arterial da circulação e eleva a pressão arterial média Volume sanguíneo Se o volume sanguíneo aumenta, a pressão arterial aumenta EX: Para entender a relação entre volume sanguíneo e pressão, pense no sistema circulatório como um balão elástico cheio de água. Quanto mais água for adicionada ao balão, mais pressão é exercida sobre as paredes elásticas A compensação cardiovascular para o volume sanguíneo diminuído inclui vasoconstrição e aumento da estimulaçãosimpática ao coração, a fim de aumentar o débito cardíaco Ajustes ao volume sanguíneo aumentado são de responsabilidade dos rins. Se o volume sanguíneo aumenta, os rins restabelecem o volume normal por excretar o excesso de água na urina Os hormônios – particularmente aqueles que regulam a excreção de sal e água pelos rins – influenciam a pressão arterial por atuarem diretamente nas arteríolas, alterando o controle reflexo autonômico. FATORES QUE INFLUENCIAM A PRESSÃO ARTERIAL MÉDIA COMPENSAÇÃO AO AUMENTO DO VOLUME SANGUÍNEO Resistencia nas arteríolas Em geral, o comprimento do sistema circulatório e a viscosidade do sangue são relativamente constantes, o que torna apenas o raio dos vasos sanguíneos como a principal resistência ao fluxo sanguíneo As arteríolas são o principal local de resistência variável do sistema circulatório AUTORREGULAÇÃO MIOGÊNICA AJUSTA O FLUXO SANGUÍNEO O músculo liso vascular tem a capacidade de regular seu próprio estado de contração, um processo chamado de autorregulação miogênica Essa vasoconstrição aumenta a resistência oferecida pela arteríola, diminuindo automaticamente o fluxo sanguíneo por este vaso Aspectos moleculares da autorregulação miogênica Quando as células do músculo liso vascular das arteríolas são estiradas, canais mecanicamente ativados se abrem na membrana do músculo. A entrada de cátions despolariza a célula. A despolarização abre canais de Ca2 dependentes de voltagem, e o Ca2 flui para o interior da célula, a favor de seu gradiente eletroquímico. O cálcio, entrando na célula, combina-se com a calmodulina e ativa a cinase da cadeia leve da miosina (MLCK) (p. 406). A MLCK, por sua vez, aumenta a atividade da ATPase miosínica e a atividade das ligações cruzadas, resultando em contração. SINAIS PARÁCRINOS INFLUENCIAM O MÚSCULO LISO VASCULAR Em um tecido, o fluxo sanguíneo para capilares individuais pode ser regulado pelos esfincteres pré- capilares. Quando estes pequenos feixes de músculo liso nas junções metarteríola-capilar se contraem, eles restringem o fluxo sanguíneo para os capilares As moléculas parácrinas (incluindo os gases O2, CO2 e NO) secretadas pelo endotélio vascular ou por células realizam a regulação da resistência arteriolar em um tecido o se o metabolismo aeróbio aumenta, os níveis de O2 diminuem, ao passo que a produção de CO2 se eleva. Tanto o baixo O2 quanto o alto CO2 dilatam as arteríolas. Esta vasodilatação aumenta o fluxo sanguíneo para o tecido, trazendo mais O2 para atender à aumentada demanda metabólica e remover o excesso de CO2 Heperemia ativa aumento do fluxo sanguíneo acompanha um aumento da atividade metabólica Hiperemia reativa aumento no fluxo sanguíneo tecidual após um período de baixa perfusão (após hipóxia local) O SIMPÁTICO CONTROLA A MAIORIA DOS MÚSCULOS LISOS VASCULARES A contração do músculo liso nas arteríolas é regulada por sinais neurais e hormonais, além de pela produção local de substâncias parácrinas. Entre os hormônios com significativas propriedades vasoativas, estão o peptídeo natriurético atrial (PNA) e a angiotensina II (ANG II) A maioria das arteríolas sistêmicas é inervada por neurônios simpáticos NA ajuda a manter o tônus das arteríolas EXCEÇÃO = arteriolas do reflexo da ereção do pênis e do clitóris PARASSIMPÁTICO (ach libera NO resultando na vasodilatação) NA x ADRENALINA A adrenalina proveniente da medula da glândula suprarrenal circula pelo sangue e se liga aos receptores , reforçando a vasoconstrição. Além disso, a adrenalina liga-se a receptores 2, encontrados no músculo liso vascular do coração, no fígado e nas arteríolas do músculo esquelético. A ativação dos receptores 2 vasculares pela adrenalina causa vasodilatação. Vasos sanguíneos que possuem receptores b2 dilatam em resposta à adrenalina. Assim, a vasodilatação mediada por b2 aumenta o fluxo sanguíneo para o coração, o músculo esquelético, o fígado e para os tecidos que estão ativos durante a resposta de luta ou fuga DISTRIBUIÇÃO DE SANGUE PARA OS TECIDOS A distribuição de sangue sistêmico varia de acordo com as necessidades metabólicas de cada órgão Variações no fluxo sanguíneo para tecidos individuais são possíveis porque as arteríolas no corpo são arranjadas em paralelo. Ou seja, todas as arteríolas recebem sangue da aorta ao mesmo tempo O fluxo sanguíneo total através de todas as arteríolas do corpo sempre é igual ao débito cardíaco Quanto maior a resistência em uma arteríola, menor o fluxo sanguíneo por ela. Se uma arteríola contrai e a resistência aumenta, o fluxo sanguíneo através daquela arteríola diminui o sangue é desviado das arteríolas de maior resistência para as arteríolas de menor resistência. Distribuição de sangue para o corpo em repouso A principal função do centro de controle cardiovascular no bulbo é garantir fluxo sanguíneo adequado ao encéfalo e ao coração, mantendo uma pressão arterial média suficiente REFLEXO BARORRECPTOR Os mecanorreceptores sensíveis ao estiramento, denominados barorreceptores, estão localizados nas paredes das artérias carótidas e aorta, onde eles monitoram continuamente a pressão do sangue que flui para o cérebro (barorreceptores carotídeos) e para o corpo (barorreceptores aórticos). são receptores sensíveis ao estiramento tonicamente ativos que disparam potenciais de ação continuamente durante a pressão arterial normal MECANISMO DE AÇÃO: Quando a pressão arterial nas artérias aumenta, a membrana dos barorreceptores estira, e a frequência de disparos do receptor aumenta. Se a pressão sanguínea cai, a frequência de disparos do receptor diminui. BARORRECEPTORES x SIMPATICO Os barorreceptores têm canais iônicos sensíveis ao estiramento na sua membrana celular. O aumento da pressão estira a membrana celular do receptor, abre os canais e desencadeia potenciais de ação. Os barorreceptores aumentam sua frequência de disparos quando a pressão arterial aumenta, ativando o centro de controle cardiovascular bulbar. Em resposta, o centro de controle cardiovascular aumenta a atividade parassimpática e diminui a atividade simpática, a fim de reduzir a atividade do coração e dilatar as arteríolas. Quando a pressão cai: Redução do debito Reduçao da resistência arteriolar Redução da PA As eferências do centro de controle cardiovascular podem alterar o débito cardíaco, a resistência arteriolar ou ambos. HIPOTENSÃO ORTOSTÁTICA DESENCADEIA O REFLEXO BARORRECEPTOR Quando você está deitado, a força gravitacional está distribuída uniformemente por toda a extensão do seu corpo, e o sangue está distribuído uniformemente por toda a circulação. Quando você levanta, a gravidade faz o sangue se acumular nas extremidades inferiores. Essa diminuição da pressão arterial na posição de pé é chamada de hipotensão ortostática. SÍNCOPE VASOVAGAL Neste caso, aumentando a atividade parassimpática e diminuindo a atividade simpática, a frequência cardíaca diminui e ocorre vasodilatação generalizada. O débito cardíaco e a resistência periférica diminuem, provocando uma queda abrupta na pressão arterial. Sem sangue o suficiente para o encéfalo, a pessoa desmaia. CIRCULAÇÕES REGIONAIS Circulação Coronariana Propriedades miogênicas intrínsecas e autorregulação. Efeito do ciclo cardíaco (compressão extrínseca dos vasos intramiocárdicos). Controle neural. Controle metabólico. Fatores endoteliais Circulação Esplâncnica CONTROLE DA CIRCULAÇÃO ESPLÂNCNICA Neural: Simpático. Humoral: VIP, CCK, GIP (endócrinos). Histamina, 5-HT e prostaglandinas(parácrinos). Circulação Cerebral CONTROLE DA CIRCULAÇÃO CEREBRAL Neural: Simpático (secundário) Autorregulação Metabólica AS TROCAS OCORREM NOS CAPILARES Os capilares têm a parede mais fina de todos os vasos sanguíneos, composta de uma única camada de células endoteliais achatadas sustentadas por uma lâmina basal Capilares contínuos tecido neural (barreira hematoencefalica), mm, tecido conjuntivo o As junções das células endoteliais permitem a passagem de água e de pequenos solutos dissolvidos. Fenestrados rins, intestino Sinusoides fígado, medula óssea e baço TRANSCITOSE Ocorre tanto em capilares fenestrados quanto em contínuos A VELOCIDADE DO FLUXO SANGUÍNEO É MENOR NOS CAPILARES O principal determinante da velocidade a área de secção transversal total de todos os capilares O fluxo mais lento está nos capilares e nas vênulas, os quais coletivamente têm a maior área de secção transversal. A velocidade baixa do fluxo pelos capilares é uma característica útil que permite que a difusão tenha tempo suficiente para atingir o equilíbrio A MAIOR PARTE DAS TROCAS CAPILARES OCORRE POR DIFUSÃO E TRANSCITOSE Pequenos solutos dissolvidos e gases movem-se por difusão entre ou através das células, dependendo da sua solubilidade lipídica Na maioria dos capilares, moléculas maiores (incluindo certas proteínas) são transportadas através do endotélio por transcitose A FILTRAÇÃO CAPILAR E A ABSORÇÃO OCORREM POR FLUXO DE MASSA DEFINIÇÃO: Fluxo de massa refere-se ao movimento de massa do líquido como resultado de gradientes de pressão hidrostática ou osmótica. Se a direção do fluxo de massa é para dentro dos capilares, o movimento do líquido é chamado de absorção. Se a direção do fluxo é para fora dos capilares, o movimento do líquido é chamado de filtração A filtração capilar é causada pela pressão hidrostática que força o líquido a sair dos capilares através de junções celulares permeáveis. Contudo, a filtração é geralmente maior que a absorção, resultando em um fluxo de massa do líquido dos capilares para o espaço intersticial FORÇAS ENVOLVIDAS: a. Pressão osmótica diferença de concentração entre plasma e liquido intersticial = pressão coloidosmotica (gerada pelas proteínas no plasma) b. Pressão hidrostática empurra o liquido para fora dos poros doas capialres SISTEMA LINFÁTICO As funções do sistema linfático incluem: (1) restituir de volta ao sistema circulatório os líquidos e proteínas filtrados para fora dos capilares (2) capturar a gordura absorvida no intestino delgado e transferi-la para o sistema circulatório (3) atuar como um filtro para ajudar a capturar e destruir patógenos. O sistema linfático permite movimento unidirecional do líquido intersticial desde os tecidos até a circulação. Esses vasos apresentam um sistema de válvulas semilunares similar às valvas da circulação venosa. A inflamação é um exemplo de uma situação na qual o equilíbrio entre a pressão coloidosmótica e a pressão hidrostática é rompido. A histamina liberada na resposta inflamatória deixa a parede dos capilares mais permeável, permitindo que escapem proteínas do plasma para dentro do líquido intersticial = EDEMA O edema, em geral, ocorre por uma destas duas causas: 1. Drenagem inadequada da linfa a. obstrução do sistema linfático, particularmente nos linfonodos parasitas/ câncer b. linfonodos são removidos durante uma cirurgia 2. Filtração capilar sanguínea que excede muito a absorção capilar. a. Aumento na pressão hidrostática capilar filtração excede significativamente a absorção, levando ao edema b. Uma diminuição na concentração de proteína plasmática redução da pressão coloidosmotica causada por desnutrição severa ou insuficiência hepática c. Aumento nas proteínas intersticiais vazamento de proteínas para fora do sangue aumenta a filtração capilar Exercícios 1. As arteríolas, juntamente com os capilares e pequenos vasos pós-capilares, chamados de vênulas, formam a microcirculação. 2. Se anéis de músculo, denominados esfincteres pré-capilares, estão relaxados, o sangue que flui pela metarteríola é direcionado para a circulação venosa 3. As artérias são o a o reservatório de volume do sistema circulatório 4. A pressão sanguínea arterial reflete a pressão ventricular 5. O fluxo sanguíneo para dentro da aorta é igual ao débito cardíaco do ventrículo esquerdo 6. O controle da pressão arterial inclui respostas rápidas do sistema circulatório e respostas mais lentas dos rins. 7. Todas as arteríolas sistêmicas são inervadas pelo simpático 8. Somente a vasodilatação mediada por NA nos receptores alfa arteriolares está presente no reflexo de luta ou fuga 9. No reflexo barorreceptor os disparos dos barorreceptores nas aa carótidas e aorta estimulam neurônios sensoriais que enviam sinais para o CCC bulbar para que haja aumento da atividade parassimpática resultando em redução do debito, redução da força de contração cardíaca e da frequência 10. No reflexo barorreceptor menos NA é liberada, gerando vasoconstrição no mm liso arteriolar e aumento da resistência periférica com redução da PA 11. A hipotensão ortostática normalmente desencadeia o reflexo barorreceptor. 12. O fluxo de massa nos capilares diz respeito à absorção e filtração 13. Todos os capilares aprensetam sentido de fluxo de massa: filtração na extremidade arterial para a absorção na extremidade venosa 14. A bomba musculosquelética desempenha um papel significativo no fluxo linfático 15. O edema é um sinal de que as trocas normais entre os sistemas circulatório e linfático estão alteradas. Gabarito 1. V 2. F 3. F 4. V 5. V 6. V 7. F 8. F 9. V 10. F 11. V 12. V 13. F 14. V 15. V Justificativa 2. Se anéis de músculo, denominados esfincteres pré-capilares, estão relaxados, o sangue que flui pela metarteríola é direcionado para os leitos capilares adjacentes. Se os esfincteres pré- capilares estão todos constritos, o sangue da metarteríola atalha os capilares e vai diretamente para a circulação venosa 3. Como resultado de seu grande volume, as veias contêm mais da metade do sangue do sistema circulatório, o que as torna o reservatório de volume do sistema circulatório 7. arteríolas do pênis e do clitóris são pelo parassimpático 8. A adrenalina liga-se a receptores b2, encontrados no músculo liso vascular do coração, no fígado e nas arteríolas do músculo esquelético iniciando a resposta de luta ou fuga. Isso é eficiente porque esses receptores não são inervados. No entanto, os receptores alfa, por possuírem maior afinidade pela NA, são menos ativados, mas também são ativados por adrenalina, gerando vasoconstrição e aumento na resistência que desvia sangue de órgãos não essenciais, como o trato gastrintestinal, para os músculos esqueléticos, o fígado e o coração. Portanto, tanto a relação entre adrenalina/b2 quanto adrenalina/alfa está presente 10. há aumento da vasodilatação, reduzindo a resistência periférica e a PA 13. rins capilares filtram líquidos em toda sua extensão Intestino são absortivos Responda I. Se as arteríolas contraem, o que acontece com o fluxo sanguíneo para fora das artérias? O que acontece com a PAM? II. Se o débito cardíaco diminui, o que acontece com o volume sanguíneo arterial? O que acontece com a PAM? III. Se as veias contraem, o que acontece com o volume sanguíneo nas veias? O que acontece com o volume nas artérias e com a PAM? IV. Quais são os vasodilatadores metabólicos que são provavelmente fatores na hiperemia? V. A concentração de K no líquido extracelular aumenta nos músculosesqueléticos em exercício. Que efeito o aumento no K tem no fluxo sanguíneo dos músculos? Reflexo barorreceptor
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