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RELATÓRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA Avaliação de processos de fermentação e co-fermentação em reatores de coluna visando à produção de etanol a partir de bagaço de cana-de- açúcar Aluno: Vinícius Pereira Shibukawa Orientador: Prof. Dr. Júlio César dos Santos Lorena Agosto 2018 2 RESUMO A obtenção de etanol 2G a partir de biomassa lignocelulósica é um assunto de grande interesse nacional, em especial considerando materiais como o bagaço de cana-de-açúcar, o qual é abundante no país e cujo uso possibilitaria aumento na produção do álcool sem necessidade de expansão da fronteira agrícola. Nesse contexto, é importante o estudo de condução das diferentes etapas do processo em biorreatores passíveis de ampliação de escala. Neste trabalho, avaliou-se a influência de condições de hidrólise e fermentação ou co-fermentação em reatores de coluna, visando à produção de etanol 2G a partir de bagaço de cana-de-açúcar. Inicialmente, o bagaço foi pré-tratado com solução de sulfito alcalino e posteriormente submetido à hidrólise enzimática em reator de coluna de leito fixo, carregado com diferentes teores de sólidos (9%, 12,5% e 16%). O leito do reator foi composto por bagaço pré-tratado e uma solução de celulases e xilanases foi recirculada através do sistema. Para o maior carregamento de sólidos, obteve-se um rendimento de hidrólise de glucana e de xilana de 66 e 62%, respectivamente, enquanto que, para o menor carregamento de sólidos, estes valores foram de 72% e 75%, respectivamente. No processo fermentativo, realizado em coluna de bolhas, avaliou-se a influência da aeração no processo, realizando-se experimentos com 0,3 vvm, 0,5 vvm e 0,7 vvm e empregando-se dois microrganismos distintos, Saccharomyces cerevisiae IR2 (cepa floculante) ou Scheffersomyces stipitis NRRL- Y7124. Os resultados obtidos indicaram que o processo foi favorecido sob aeração de 0,5 vvm, para ambas as leveduras empregadas. Usando a levedura S. cerevisiae, obteve-se um fator de rendimento (Yp/s) de 0,40 g/g e uma produtividade volumétrica (Qp) de 1,58 g.L-1.h-1, em 24h. O uso da levedura S. stipitis resultou, em 48 h, em Yp/s de 0,31 g.g-1 e Qp de 0,62 g.L-1.h-1. O potencial do sistema foi demonstrado, em especial considerando aspectos como a simplicidade de construção do biorreator. 3 ÍNDICE INTRODUÇÃO..........................................................................................................................4 OBJETIVOS..............................................................................................................................6 MATERIAIS E MÉTODOS........................................................................................................7 RESULTADOS E DISCUSSÃO..............................................................................................11 CONCLUSÕES.......................................................................................................................16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................................17 4 1. INTRODUÇÃO Atualmente, o mercado de biocombustíveis está em expansão, particularmente considerando-se fatores como o contínuo aumento do consumo energético mundial, a necessidade da redução de emissão de poluentes e perspectivas de esgotamento das reservas de petróleo em médio prazo (GAURAV et al., 2017). Dentre os biocombustíveis, destaque tem sido dado ao etanol obtido a partir de materiais lignocelulósicos, o chamado “etanol de segunda geração”. Este tem recebido grande atenção devido a sua importância e valorização por razões sociais, estratégicas, econômicas e ambientais (MATTEI, 2017). Os biocombustíveis obtidos a partir de materiais lignocelulósicos apresentam vantagens como a grande disponibilidade de matéria prima, possibilitando sua produção sem competição com a cadeia de obtenção de alimentos ou necessidade de expansão da fronteira agrícola. Além disso, o balanço global de carbono demonstra seu elevado potencial para a redução da emissão de CO2 na atmosfera (BNDES e CDEE, 2008; GONZALEZ et al., 2012). Nos últimos anos, esforços têm sido conduzidos para viabilização de biorrefinarias de produção de etanol e outros compostos a partir de materiais lignocelulósicos (SILVA et al., 2010; TETE, 2016). Atualmente, há inclusive algumas plantas demonstrativas e empresas iniciando a produção de etanol de segunda geração em escala industrial (GRANBIO, 2014; SANTOS et al., 2016). No entanto, há muitos gargalos no processo e estudos são necessários para favorecer sua viabilidade. As tecnologias em desenvolvimento incluem etapas de pré-tratamento e 5 hidrólise das frações carboidrato visando a liberar açúcares para o processo fermentativo (AGBOR et al., 2011; GALBE e ZACCHI, 2012). O objetivo do pré- tratamento é favorecer a hidrólise enzimática da celulose presente no material. A hemicelulose, por sua vez, pode também ser hidrolisada na etapa de pré-tratamento ou na etapa enzimática, dependendo da tecnologia selecionada. Neste caso, quando são usados, como matéria prima, resíduos e subprodutos agrícolas, liberam-se pentoses no hidrolisado. Para a fermentação destas, podem-se empregar micro- organismos geneticamente modificados ou leveduras capazes de fermentar pentoses naturalmente, como Candida shehetaee e Scheffersomyces stipitis (ANTUNES et al., 2016; BIDEAUX et al., 2016). Diversas opções têm sido avaliadas para a condução das etapas biológicas do processo, ou seja, hidrólise enzimática e fermentação (Terán-Hillares et al.,2017). Visando a sua aplicação industrial, no entanto, são necessários estudos de opções de processo e reatores que favoreçam sua aplicação em larga escala. Entre as opções de biorreator, sistemas de colunas são interessantes, apresentando vantagens como simplicidade de construção e baixo custo (Terán-Hillares et al.,2017). Neste contexto, o presente trabalho teve como objetivo a avaliação da influência de condições de hidrólise e fermentação de hexoses ou co-fermentação de hexoses e pentoses em reatores de coluna, visando à produção de etanol 2G a partir de bagaço de cana-de-açúcar. Hidrólise enzimática foi conduzida em sistemas com leito fixo empregando diferentes quantidades iniciais de sólidos no reator e fermentação foi realizada em colunas de bolhas empregando células de Saccharomyces cerevisiae ou Scheffersomyces stipitis. 6 2. OBJETIVOS 2.1 Objetivos gerais ● Avaliação da produção de etanol a partir de bagaço de cana-de-açúcar pré- tratado por sulfito alcalino, empregando biorreatores de coluna para a hidrólise enzimática e fermentação, utilizando os microrganismos Saccharomyces cerevisiae e Scheffersomyces stipitis. 2.2 Objetivos específicos ● Avaliação da influência do carregamento inicial de sólidos no biorreator de coluna com leito fixo na hidrólise enzimática de bagaço de cana-de-açúcar pré-tratado por sulfito alcalino; ● Avaliação da influência da aeração no processo de fermentação de hidrolisado de bagaço de cana-de-açúcar empregando células da levedura floculante Saccharomyces cerevisiae IR2; ● Avaliação da influência da aeração no processo de co-fermentação de hexoses e pentoses presentes em hidrolisado de bagaço de cana-de-açúcar empregando células da levedura Scheffersomyces stipitis NRRL-Y7124. 7 3. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 Bagaço de cana-de-açúcar O bagaço de cana-de-açúcar utilizado neste trabalho foi doado pela Usina Vale Onda Verde, localizada no município de Onda Verde/SP. A matéria-prima foi seca ao sol para reduzir a umidade até cerca de 10% e assim evitar contaminação microbiana durante o período de estocagem. Na etapa subsequente, o bagaço foi moídoem moinho de martelo marca Benedetti, modelo Dupla 270 (Moinho Benedetti Ltda., Pinhal-SP). A granulometria do bagaço foi analisada por meio de um conjunto de peneiras padrão da série Tyler montadas em um agitador de peneiras da Bertel Indústrias Metalúrgicas Ltda.(Caieiras-SP), sendo utilizadas nos experimentos partículas maiores que 0,60mm (28 MESH). O bagaço moído foi caracterizado com relação a sua composição em celulose, hemicelulose, extrativos, lignina e cinzas. 3.2 Pré-tratamento O pré-tratamento foi realizado em um reator de coluna com 460 mm de altura e 220 mm de diâmetro interno, seguindo a metodologia estabelecida por Mendes et al. (2015). 8 3.3 Hidrólise enzimática A hidrólise enzimática das frações carboidrato do bagaço de cana-de-açúcar foi realizada em biorreator de coluna com diâmetro interno igual a 2,5cm e altura de 50 cm, em um sistema montado conforme o esquema simplificado apresentado na Figura 1. O biorreator foi preenchido com diferentes razões sólido/líquido iniciais (9%, 12,5% e 16%). O meio reacional (volume total de 250 mL) era constituído de solução de preparações comerciais de celulases e foi recirculado no sistema com uma vazão de 23 mL/min com auxílio de uma bomba peristáltica. A solução de enzimas era composta por tampão citrato de sódio 50 mM pH 4,8 e uma preparação comercial de celulase de Trichoderma longibrachiatum (Sigma-Aldrich, São Paulo, Brasil), com uma carga enzimática de 16,4 FPU/g de bagaço, além de 4,4 U/g de bagaço de uma preparação de β-glicosidase (NS50012, Novozymes Latin America Ltda., Araucária, PR, Brasil). O processo foi mantido por 24 h a 50 ºC, sendo retiradas amostras periódicas para análise do teor de açúcares por HPLC. Figura 1: Esquema simplificado do sistema com reator de coluna empregado na hidrólise enzimática do bagaço de cana-de-açúcar pré-tratado por sulfito alcalino. 9 3.4 Fermentação Os microrganismos utilizados foram Saccharomyces cerevisiae IR2 e Scheffersomyces stipitis NRRL-Y7124, ambos disponíveis no Departamento de Biotecnologia da Escola de Engenharia de Lorena-Universidade de São Paulo, e armazenados em Ágar extrato de malte a 4ºC. O preparo do inóculo foi feito em frascos Erlenmeyer de 500 mL contendo 200 mL de meio composto por 30 g/L de glicose (para S. cerevisiae) ou xilose (para S. stipitis), 10 g/L de peptona bacteriológica e 10 g/L de extrato de levedura. O cultivo foi realizado em um agitador rotativo por 24h a 30 ºC e 200 rpm. Posteriormente, as células foram recuperadas por centrifugação a 2000g por 15 min, lavadas e ressuspensas em água destilada para obtenção de uma suspensão com elevada densidade celular, a qual foi utilizada como inóculo. O processo fermentativo foi conduzido na mesma coluna utilizada na etapa de hidrólise, porém com as devidas adaptações necessárias para a realização da fermentação (assepsia e aeração). O meio de fermentação foi composto por hidrolisado obtido a partir do processo de hidrólise enzimática descrito previamente e nutrientes (5 g/L peptona bacteriológica, extrato de levedura 3 g/L, extrato de malte 3 g/L e sulfato de amônio 0,25 g/L). As fermentações ocorreram em biorreatores de coluna de bolhas durante 48h a 30ºC, com amostras sendo retiradas periodicamente para quantificação de açúcares e etanol. Os experimentos foram realizados em triplicata empregando diferentes vazões de aeração (0,3 vvm, 0,5 vvm e 0,7 vvm). 10 3.5 Métodos analíticos Para a determinação da umidade do bagaço de cana-de-açúcar utilizou-se uma balança de infravermelho Mark M163 (BEL Engineering, Piracicaba-SP). A caracterização do bagaço foi realizada antes e após o pré-tratamento, seguindo a metodologia padrão NREL - National Renewable Energy Laboratory (SLUITER et al., 2011). As concentrações de etanol, açúcares e ácido acético foram medidas em um cromatógrafo líquido de alta eficiência Agilent Technology 1200 series (Agilent, Estados Unidos), conforme Medina (2013). Determinou-se a concentração celular por turbidimetria utilizando um espectrofotômetro (Beckman DU640B, USA), sendo correlacionada a leitura de absorbância a 600 nm com a concentração celular por meio de uma curva de calibração previamente determinada. 11 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Procedeu-se à caracterização do bagaço de cana-de-açúcar, obtendo-se como resultado, antes do pré-tratamento, 41,4 % de glucana, 19,7% de xilana, 3,8% de arabinosil, 0,5% de acetil, 23,2% de lignina e 3,2% de cinzas. Após o pré- tratamento, a composição do bagaço incluiu: 47,1 % de glucana, 23,3% de xilana, 2,9% de arabinosil, 0,2% de acetil, 13,2% de lignina e 3,6% de cinzas. Com o material pré-tratado, foram realizadas as reações de hidrólise enzimática em reator de coluna com leito fixo. A Figura 2 apresenta o perfil cinético da formação de açúcares devido à hidrólise enzimática do bagaço de cana-de-açúcar pré-tratado por sulfito alcalino. Conforme mostrado na Fig. 2, a velocidade da hidrólise foi maior durante as duas primeiras horas de processo, devido à maior disponibilidade de frações carboidrato de baixa recalcitrância no início da reação e à baixa concentração de produtos de hidrólise inibidores da ação das enzimas. Após 24h de processo, obteve-se uma concentração de glicose de 41,41 g/L, 47,17 g/L e 51,38 g/L nos experimentos com carregamento de sólidos de 9%, 12,5% e 16%, respectivamente. Apesar da maior concentração de glicose obtida com elevado carregamento de sólidos, obteve-se maior rendimento de hidrólise da celulose com baixo carregamento, conforme mostrado na Tabela 1. 12 Figura 2. Perfil cinético da formação de açúcares no processo de hidrólise enzimática de bagaço de cana-de-açúcar em reator de coluna com leito fixo empregando carregamento inicial de sólidos de: a) 9%; b)12,5%; c)16%. 13 Tabela 1. Digestibilidade enzimática de bagaço de cana-de-açúcar sob diferentes carregamentos de sólidos. Carga inicial de sólidos Rendimento de hidrólise da glucana Rendimento de hidrólise da xilana 9% 86,73 ± 1,78 74,96 ± 2,52 12,5% 77,42 ± 7,47 79,14 ± 6,86 16% 65,11 ± 7,48 71,84 ± 7,37 O maior rendimento de hidrólise da celulose com baixo carregamento de sólidos pode estar associada a fenômenos como a inibição das celulases por produtos de hidrólise (celobiose e glicose) e adsorção improdutiva de enzimas nos sólidos presentes (GAN; ALLEN; TAYLOR, 2003). Os hidrolisados obtidos foram empregados para o processo fermentativo. A fermentação ou co-fermentação foram realizadas empregando, respectivamente, Saccharomyces cerevisiae IR2 ou Scheffersomyces stipitis NRRL-Y7124. Para ambas avaliou-se a influência da aeração (0,3 vvm, 0,5 vvm e 0,7 vvm) sobre o desempenho do processo fermentativo. Conforme mostrado na Fig. 3, a cinética de fermentação do processo com S. cerevisiae foi favorecida empregando aeração de 0,7 vvm, atingindo-se uma concentração de etanol de 32 g/L com uma eficiência de 69% e Yp/s de 0,36 g/g e uma produtividade volumétrica (Qp) de 1,36 g.L-1.h-1 ; porém, usando aeração de 14 0,5 vvm, apesar de mais lento, o perfil de formação de etanol resultou em concentração mais elevada após 24 horas, de 38 g/L e uma produtividade volumétrica (Qp) de 1,58 g.L-1.h-1, correspondendo a uma eficiência de 79% e Yp/s igual a 0,402 g/g. Para a aeração de 0,3 vvm, observou-se uma cinética de formação de produto ainda mais lenta, atingindo-se 35,7 g/L de etanol após 72 horas , correspondendo a uma eficiência de 65% e Yp/s igual a 0,33 g/g e um (Qp) de 0,67 g.L-1.h-1. Figura 3: Perfil cinético da formação de etanol e consumo de glicose no processo fermentativo empregando reator de coluna de bolhas e Saccharomyces cerevisiae IR2 como levedura, sob diferentes vazões de ar: a) 0,3 vvm; b) 0,5vvm; c) 0,7 vvm. 15 A Figura 4 apresenta o perfil cinético da co-fermentação de hidrolisado com a levedura Scheffersomyces stipitis empregando diferentes aerações. Figura 4: Perfil cinético da formação de etanol e consumo de glicose e xilose no processo de co- fermentação empregando reator de coluna de bolhas e Scheffersomyces stipitis como levedura, sob diferentes vazões de ar: a) 0,3 vvm; b) 0,5 vvm; c) 0,7 vvm. Conforme pode ser observado, a aeração de 0,3 vvm resultou em 16 g/L de etanol em 48 horas de reação, com eficiência de 58% e Yp/s de 0,29 g/g e uma produtividade volumétrica (Qp) de 0,35 g.L-1.h-1 . Maiores concentrações de etanol foram obtidas empregando maior vazão de ar, atingindo-se cerca de 30 g/L de etanol em 48h de processo empregando-se 0,5 vvm ou 0,7 vvm, porém a produtividade volumétrica (Qp) de foi maior empregando a aeração de 0,5 vvm (0,64 g.L-1.h-1). A levedura S. stipitis começou a consumir a xilose depois de toda a glicose ser consumida, entretanto esse consumo é mais lento em relação glicose, sendo necessário estender o tempo da reação para que toda a xilose seja consumida, isso resulta em uma diminuição da produtividade volumétrica de etanol. 0 50 100 150 0 20 40 60 Glicose Xilose Etanol B 16 5. CONCLUSÕES Nas reações de hidrólise enzimática do bagaço de cana-de-açúcar pré- tratado por sulfito alcalino em reator de leito fixo obteve-se uma maior digestibilidade da celulose com menor carregamento de sólidos (9%), enquanto que a hidrólise com elevado carregamento de sólidos (16%) resultou em maior concentração final de açúcares. No processo fermentativo realizado com meio baseado em hidrolisado de bagaço de cana-de-açúcar conduzido no reator de coluna de bolhas, obteve-se, de uma forma geral, melhores desempenhos com aeração de 0,5 vvm para ambas as leveduras avaliadas. A cepa de S. stipitis apesar de consumir xilose, não aumentou significativamente a concentração final de etanol, resultando em uma menor produtividade volumétrica em comparação com a S. cerevisiae. 17 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Agbor V, B., Cicek N., Sparling R., Berlin A., Levin D. B. 2011. Biomass pretreatment: Fundamentals toward application. Biotechnology Advances, 29(I):675– 685. Antunes F. A. F., Santos J. C., Chandel A. K., Milessi T. S., Peres G. F. D., Silva, S. S. 2016. Hemicellulosic etanol production by immobilized wild brazilian yeast Scheffersomyces shehatae UFMG-HM 52,2: Effects of cell concentration and stirring rate. Current Microbiology, 72(I):133-138. 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