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Av1 de Direito Processual Penal I

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Graduação em Direito
DISCIPLINA: Direito Processual Penal I 
ALUNO: MARCUS CALDAS
MATRICULA: 
Avaliação 1
Aplicação: 26 de abril de 2021 (19:35)
Questão 1
Conceitue a instrumentalidade do Direito Processual Penal estabelecendo uma correlação lógica entre essa diretriz e o paradigma do fato em matéria penal. 
O conceito de instrumentalidade do Direito Processual Penal indicado pela doutrina consiste em dizer que o processo é o instrumento do qual se vale o Estado para a imposição de sanção penal ao possível autor do fato delituoso, porém este não pode punir de qualquer maneira, desta forma, verificado se o fato possui previsão legal, este é tipificado pela lei como crime e de acordo com alguma conduta que se ajusta aos moldes da lei, formal e material ao tipo penal, norteado pelo princípio da intervenção do Estado para a solução e responsabilização conforme a compreensão da lei é que o Estado se utilizará da Instrumentalidade do Direito Processual Penal, ou seja, significa o procedimento que se utilizará o Estado por meio de um processo legal, como um instrumento, a fim de apurar a existência ou não de um crime através do desenvolvimento dos procedimentos a fim de apreciar a relevância do fato penal e a sua autoria e a materialidade, para que seja possível a imputação de uma sanção penal. O processo é importante a fim de garantir que essa pena seja aplicada de modo adequado e sem o qual não poderá ser aplicado o direito material penal. Tal instrumentalidade deverá se utilizar das lentes constitucionais observando se os direitos e garantias fundamentais, processuais e constitucionais em especial a liberdade individual e dessa forma interagindo o paradigma do fato em matéria penal e a instrumentalidade do Direito Processual Penal.
Questão 2
Hodiernamente a doutrina majoritária entende que o processo penal é a via que permite a realização do Direito Penal. Sendo assim, é correto afirmar que a interpretação e a aplicação de suas regras seguem a mesma lógica operativa?
Pelos estudos feitos verifica-se que assim como a doutrina majoritária entende o processo penal como a via que permite a realização do Direito Penal, a interpretação e a aplicação de suas regras seguem a mesma lógica operativa, pois a partir do momento em que alguém pratica a conduta delituosa prevista no tipo penal, este direito de punir desce do plano abstrato e se transforma no ius puniendi in concreto, momento em que surge a pretensão punitiva, compreendida no poder do Estado de exigir de quem comete um delito a submissão à sanção penal, onde este deve ser interpretado como necessário e indispensável para o cumprimento dos direitos fundamentais e aplicado visando atingir um sistema criminal mais operante e eficiente.
Questão 3
Notícia STF (22/04/2021): “Sete ministros votam pela manutenção da declaração de suspeição do ex-juiz Sérgio Moro”[footnoteRef:2]. [2: Fonte: http://portal.stf.jus.br/noticias/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=464602&ori=1] 
Ponto 1: “Os ministros Gilmar Mendes, Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski e as ministras Rosa Weber e Cármen Lúcia e do Supremo Tribunal Federal (STF) votaram, nesta quinta-feira (22/04/2021), pela manutenção da decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal que declarou a suspeição do ex-juiz Sergio Moro na ação penal referente ao triplex no Guarujá (SP). Em sentido contrário, votaram os ministros Edson Fachin e Luís Roberto Barroso. O julgamento foi suspenso em razão de pedido de vista do ministro Marco Aurélio. Anulação O que está em julgamento é um recurso (agravo de instrumento) da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra a decisão do ministro Edson Fachin, proferida em 8/3 no Habeas Corpus (HC) 193726, em que, ao declarar a incompetência do juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR), julgou prejudicado outro habeas corpus (HC 164493), em que a defesa de Lula alegava a suspeição de Moro. Após a decisão de Fachin, a Segunda Turma, em 23/3, julgou esse HC e declarou a suspeição. Para a corrente até o momento prevalecente, apenas nos casos previstos no regimento o Plenário pode revisar decisões das Turmas. Para a corrente divergente, não há esse impedimento, e a Segunda Turma não poderia ter analisado a suspeição depois de Fachin decidir que o processo havia perdido o objeto”.
Ponto 2: “Em essência, chegou-se à conclusão de que a 13ª Vara Federal de Curitiba (PR) não era competente para processar e julgar Lula, pois os fatos imputados a ele nas ações sobre o triplex, o sítio de Atibaia e o Instituto Lula não estavam diretamente relacionados à corrupção na Petrobras. Contra essa decisão foram interpostos três recursos - um pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e dois pela defesa do ex-presidente. Na semana passada, o colegiado manteve a decisão de deslocar o julgamento dos recursos para o Plenário e, em seguida, confirmou a decisão do relator sobre a incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba e a remessa dos processos para a Justiça Federal do DF”.
Dados relevantes da discussão: 
- Os princípios processuais que estão em jogo são: (i) juiz natural; (ii) imparcialidade.
- Na ocasião do julgamento, os Ministros Roberto Barroso e Luiz Fux (contrários a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro) enfatizaram o papel do Poder Judiciário no “combate” à corrupção.
Diante disso, indaga-se;
(a) As mencionadas manifestações dos Ministros Roberto Barroso e Luiz Fux possuem respaldo dentro do sistema processual penal brasileiro? Qual lógica de sistema processual foi adotada pelo Brasil?
As manifestação dos referidos ministros foram no sentido de que a Operação Lava Jato veio a mostrar um quadro de corrupção que de certa forma aponta até já estar institucionalizada, sendo que esta veio quebrar paradigmas de que políticos não eram presos, além dos valores que foram recuperados aos cofres públicos devido as inúmeras incursões que esta operação realizou em todo o país e ainda que tenha falhas o seu saldo tem se mostrado bastante positivo, neste sentido vemos que as manifestações dos ministros se baseiam no fato de nosso sistema processual penal que é em sua essência inquisitório, posto que este é regido pelo princípio inquisitivo, já que a gestão da prova está primordialmente nas mãos do juiz, entretanto verificamos que para a doutrina, nosso país segue um modelo misto, ou seja, num sentido mais técnico, segue-se um sistema acusatório mitigado, conforme pode-se fundamentar através da Constituição em seu art. 5º, nos incisos LII, LIV e LV, tendo este ponto sofrido uma grande modificação após a Lei nº 13.964/2019, com o chamado pacote anticrime prevendo em nosso Código de Processo Penal a figura do Juiz das garantias nos art. 3º-A e art. 3º-B do CPP
(b) Qual é o conteúdo e a importância dos princípios processuais que, segundo decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), foram violados pelo ex-juiz federal Sérgio Moro?
Segundo o que consta no texto da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) foram violados pelo ex-juiz federal Sérgio Moro os princípios do Juiz Natural e da Imparcialidade, onde temos que pelo princípio do Juiz Natural, teremos um juiz que será constituído antes do fato delituoso a ser julgado, mediante regras taxativas de competência estabelecidas em lei, onde visa assegurar que as partes sejam julgadas por um juiz imparcial e independente. Sobre a imparcialidade no processo penal, esta pode ser definida como o despimento do julgador de quaisquer valores e preceitos pré-formados, quando posto em posição de Estado-juiz, abstendo-se de considerações subjetivas que possam influenciar sua decisão, sendo que conforme o STF o ex-juiz Sérgio Moro além de não ser o juiz natural para o caso pois a 13ª Vara Federal de Curitiba (PR) fora declarada incompetente para processar e julga Lula no caso apresentado, fora apontada certa parcialidade em suas decisões.
Questão 4
Em 23/04/2021 os meios de comunicação do Estado do Amapá deram difusão aos desdobramentos da operação "Octopus". Trata-se de uma investigação que apura o desvio de recursospúblicos e a prática de um conjunto de crimes no município de Ferreira Gomes. Porém, as investigações foram expandidas para outros municípios, e implicou na realização de diligências em Macapá, Cutias, Santana, Itaubal e Tartarugalzinho. 
Destaques: 
- O objeto da investigação é o suposto desvio (desde 2019) de recursos públicos, existindo indícios de fraude à licitação, organização criminosa, falsidade documental e ideológica, corrupção ativa e passiva, prevaricação e lavagem de dinheiro. 
- Na visão das autoridades públicas que conduzem a investigação (Ministério Público e Polícia Civil) haveria um “acordo entre empresários e agentes públicos para burlar a lei de licitações e desvio de patrimônio público”. 
- Foram realizadas algumas prisões e diligências em empresas privadas (suspeitas de envolvimento nos ilícitos) e nas residências de seus proprietários, bem como nas secretarias municipais e casas dos servidores públicos suspeitos de envolvimento. 
Pontos de questionamento
À luz do sistema processual adotado pela ordem jurídica brasileira, e, igualmente, com base nos princípios derivados da Constituição de 1988 e do Código de Processo Penal, responda: 
(a) A operação "Octopus" tem força jurídica suficiente para relativizar a presunção de inocência das pessoas que nela foram indiciadas? Justifique.
Não, pois ainda que haja prisões cautelares durante o curso da investigação em relação a alguns investigados, ainda prevalece o fato de que ninguém será considerado culpa até o transito em julgado de sentença pela condenatório, desta forma verifica-se que a operação “Octopus” não possui força jurídica para relativizar a presunção de inocência, posto que até o transito em julgado da sentença penal condenatória estes possuem presunção de inocência. 
(b) Os atos investigatórios práticos no seu curso (seja em inquérito policial ou inquérito civil público) estão sujeitos aos princípios do contraditório e da ampla defesa? Justifique.
Sim possuem contraditório e ampla defesa pois tais princípios são fundamentais em nosso ordenamento jurídico, conforme se vê em nossa Constituição Federal, mais especificamente no inciso LV, do art. 5º, onde a presunção de inocência consiste no direito de não ser declarado culpado, senão após o transito em julgado de sentença condenatória, quando o acusado já tenha se utilizado de todos os meios de provas pertinentes para sua defesa (ampla defesa) e para a destruição da credibilidade das provas apresentadas pela acusação (contraditório).
(c) Qual é a natureza jurídica do procedimento que permite o desenvolvimento da operação “Octopus”? Fundamente. 
A natureza jurídica consiste no fato de que o Ministério Público dispõe de competência para promover, por autoridade própria, e por prazo razoável, investigações de natureza penal, desde que respeitados os direitos e garantias que assistem a qualquer indiciado ou a qualquer pessoa sob investigação do Estado, observadas, sempre, por seus agentes, as hipóteses de reserva constitucional de jurisdição, sendo inclusive tal legitimidade reconhecida pelo STF
(d) Os elementos probatórios derivados de tal procedimento podem fundamentar a condenação das pessoas envolvidas? Justifique.
Sim, pois após a comprovação da materialidade e autoria dos crimes que foram identificados e após devido processo legal além da prisão preventiva os envolvidos poderão ser sentenciados pelos crimes cometidos a penas restritivas de liberdade e de direitos na medida de suas culpabilidades.
Questão 5
Com base nos princípios que regem o processo penal, faça uma análise das assertivas seguinte, e, na sequência, indique se as mesmas são falsas (F) ou verdadeiras (V).
 
(_V_) Considerando a relevância constitucional da presunção de inocência, é fundamental que a investigação criminal venha a garantir para toda pessoa investigada não só o contraditório, como também a ampla defesa e a assistência para fins de defesa jurídica.
(_F_) Não há, no direito brasileiro, respaldo jurisprudencial para a adoção das provas ilícitas por derivação. Desse modo, aplica-se a teoria dos frutos da árvore envenenada, e, com base no nexo de causalidade entre um elemento probatório e uma via de obtenção ilícita, a finalidade do seu uso passa a ser um fator indiferente no campo do processo penal, independentemente da inocência ou não da pessoa que está na condição de ré. 
(_V_) Na essência, o direito pessoal de não ser privado da liberdade senão quando garantido, pelo próprio Estado, a observância do processo detalhadamente definido em lei é o que constitui o devido processo legal. 
(_V_) Embora amplamente consagrados pela doutrina e jurisprudência, os princípios do duplo grau de jurisdição, da vedação ao duplo processo pelo mesmo fato e da obrigatoriedade da ação penal não estão consagrados expressamente na Constituição de 1988.

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