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Cabeamento estruturado

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1 
 
FACULDADE ESTÁCIO DO AMAZONAS 
REDES DE COMPUTADORES 
 
 
THIAGO ONOFRE FERNANDES PEREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA DE CABEAMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANAUS-AM 
2021 
 
 
 
2 
 
FACULDADE ESTÁCIO DO AMAZONAS 
REDES DE COMPUTADORES 
 
 
THIAGO ONOFRE FERNANDES PEREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA DE CABEAMENTO: Padronização 
 
Trabalho apresentado a Faculdade Estácio 
do Amazonas, como requisito para obtenção 
de nota na matéria de Cabeamento. 
 
 
 
 
 
MANAUS-AM 
2021 
 
 
 
 
3 
 
ÍNDICE 
 
 
1. INTRODUÇÃO -------------------------------------------------------------------------------------- 4 
2. PADRONIZAÇÃO ---------------------------------------------------------------------------------- 5 
3. CATEGORIAS E CLASSES DE DESEMPENHO ----------------------------------------- 7 
3.1. AS NORMAS BRASILEIRAS DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA 
EDIFICAÇÕES COMERCIAIS E DATA CENTERS ------------------------------------------ 9 
3.1.1. NBR 14565 -------------------------------------------------------------------------------- 10 
3.1.2. ABNT NBR 16665 ----------------------------------------------------------------------- 11 
3.2. A NORMA INTERNACIONAL DE CABEAMENTO ESTRUTURADO -------- 12 
3.3. AS NORMAS NORTE-AMERICANAS ------------------------------------------------ 12 
TIPO DE CABO ---------------------------------------------------------------------------------------- 13 
Cabo U/UTP CAT.5e ---------------------------------------------------------------------------------- 13 
Cabo de rede cat6 ------------------------------------------------------------------------------------- 13 
Cabo De Fibra Óptica Drop Flat FTTH ----------------------------------------------------------- 13 
4. CABOS DE PARES TRANÇADOS ---------------------------------------------------------- 13 
5. CABOS COAXIAIS ------------------------------------------------------------------------------- 18 
5.1. CONECTORIZAÇÃO DE CABO COAXIAL ------------------------------------------ 20 
6. CONCLUSÃO ------------------------------------------------------------------------------------- 23 
7. BIBLIOGRAFIA ----------------------------------------------------------------------------------- 24 
 
 
 
 
4 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Quando começaram a ser utilizados, os sistemas de cabeamento para 
transmissão de dados nas organizações não seguiam padrões e, muitas vezes, eram 
instalados e mantidos pelos próprios fabricantes. Esses sistemas não suportavam a 
necessidade de evolução de que os ambientes organizacionais necessitavam. Assim, 
surgiu a necessidade de organizar e estruturar um padrão para infraestrutura de 
cabeamento; nesse sentido, empresas como a Xerox e a Intel começaram a trabalhar 
no desenvolvimento de um padrão. (Lummertz, Ramon dos Santos, 2019) 
Neste trabalho irei abordar sobre a importância da padronização do 
cabeamento estruturado. Ela permite a flexibilidade de instalação, independência de 
protocolos e fornecedores, bem como facilidades para gestão e crescimento da rede. 
Também irei abordar sobre os diferentes tipos de cabos par metálico, avaliar as 
orientações das organizações de padronização entre elas a ISO, TIA, EIA, IEEE e etc. 
O método utilizado, será o de pesquisa em livros e sites especializados em 
cabeamento. 
 
5 
 
2. PADRONIZAÇÃO 
O cabeamento estruturado surgiu no final dos anos 1980, a partir da 
necessidade de estruturação e padronização das redes de computadores, que 
estavam sendo implementadas em larga escala. Desde então, a infraestrutura de 
cabeamento foi se tornando cada vez mais fundamental nas estruturas empresariais. 
É fato que, no atual cenário de constantes avanços tecnológicos, nenhuma 
organização sobrevive se sua infraestrutura estiver suscetível a panes e problemas, 
conforme leciona Lima Filho (2015). O cabeamento estruturado pode ser entendido 
como todo sistema de infraestrutura que interliga os equipamentos de 
telecomunicações necessários para o funcionamento de uma organização. Este 
também define elementos padronizados a serem aplicados, que podem ser 
considerados como seus subsistemas. 
O principal objetivo da adoção do conceito de cabeamento estruturado é a 
possibilidade de se definir um padrão de instalação e conexão entre os dispositivos, 
bem como permitir uma vida útil à infraestrutura, que suporte alterações de leiaute que 
venham a ocorrer ao longo do tempo em qualquer organização. O sistema de 
cabeamento estruturado está dividido em seis subsistemas: 
 Entrada de facilidades; 
 Sala de equipamentos; 
 Cabeamento vertical; 
 Sala de telecomunicações; 
 Cabeamento horizontal; 
 Área de trabalho. 
6 
 
 
 
O subsistema de cabeamento horizontal de um cabeamento estruturado 
poderia, a priori, ser projetado e instalado sem um conhecimento prévio das 
aplicações. Para isso, bastaria escolher uma categoria de desempenho capaz de 
atender às aplicações atualmente em uso nesse subsistema, oferecendo ainda 
alguma capacidade de implementação de aplicações mais exigentes. No entanto, o 
projeto do backbone exige um bom conhecimento das aplicações a serem 
implementadas. 
A distribuição do cabeamento de backbone pode conter diferentes tipos de 
cabos para serviços distintos provenientes de pontos diversos de entrada de serviços, 
porém todos eles devem convergir para um único distribuidor de campus. 
O projeto de cabeamento estruturado é muito importante se desejamos ter 
uma rede de computadores funcionando adequadamente, sem apresentar problemas. 
Nesse sentido, existem etapas que nunca devem ser descartadas quando estamos 
projetando uma rede. Existem diversas redes que sofrem inúmeros problemas por não 
terem sido corretamente projetadas no início de seu funcionamento e se tornam 
obsoletas e suscetíveis a problemas, de acordo com Lima Filho (2015). Quando esse 
sistema passou a ser utilizado, cada fabricante de computador estabelecia os cabos 
para seus computadores e periféricos. Ou seja, não existia uma padronização, e, às 
vezes, colocar em uma mesma rede de computadores máquinas de diferentes 
fabricantes se tornava um desafio enorme. As coisas evoluíram pouco até a chegada 
7 
 
das redes de áreas locais (LANs), que estavam sendo definidas por acordos de 
padrões abertos no início dos anos 1980. Pela primeira vez, podia-se esperar que 
equipamentos de comunicação de dados de diferentes fabricantes se comunicariam 
entre si. A primeira LAN a ser aceita mundialmente foi o padrão Ethernet. O padrão 
Ethernet foi desenvolvido pela companhia Xerox, com o início do seu desenvolvimento 
em meados da década de 1970. Houve, na mesma década, a adesão de outras 
companhias, como a Intel, que uniram suas forças para desenvolver um padrão para 
o sistema Ethernet que possibilitasse a sua utilização universalmente. A primeira 
grande publicação do padrão Ethernet foi o chamado “Livro Azul Ethernet”, em 1980. 
Inicialmente, o padrão Ethernet era também conhecido como padrão DIX, em 
função das iniciais das três empresas que começaram a desenvolvê-lo: DEC, Intel e 
Xerox. 
3. CATEGORIAS E CLASSES DE DESEMPENHO 
Os sistemas de cabeamento são especificados por suas categoria e classe de 
desempenho. Aqui vale uma breve explicação sobre esses termos. As normas 
ISO/IEC e ABNT NBR utilizam ambos, enquanto as normas ANSI/TIA referem-se 
apenas a categorias de desempenho. No universo de normalização ISO/IEC e ABNT 
NBR, a categoria de desempenho se aplica a cabos e componentes do cabeamento 
e, a classe, ao cabeamento e aplicações. No ambiente ANSI/TIA, cabos, componentes 
e cabeamento são especificados em categorias de desempenho. Em cabeamento 
estruturado, de acordo com as normas vigentes, as categorias de desempenho são 
definidas de 3 a 8, e as classes de desempenho, de A à FA. 
Embora a Categoria 3 ainda seja reconhecida por normas técnicas vigentes, 
ela já caiu em desuso há décadas devido à sualimitada largura de banda de 16 MHz 
para as aplicações atualmente em uso nas redes. Portanto, na prática, a primeira 
categoria de desempenho de interesse é a Categoria 5e, com largura de banda de 
100 MHz, capaz de operar aplicações como Fast Ethernet, a 100 Mb/s e Gigabit 
Ethernet, a 1000 Mb/s (1 Gb/s). Em seguida, vêm a Categoria 6 (250 MHz), capaz de 
operar Gigabit Ethernet e 10 GbE (10 Gb/s) em certas condições, a Categoria 6 
Aumentada (Cat. 6A) com 500 MHz de largura de banda (capaz de operar 19 GbE 
sem restrições), a Categoria 7 (600 MHz), a Categoria 7 Aumentada (Cat. 7A) com 
8 
 
1000 MHz de largura de banda, a Categoria 8.1 (2000 MHz) e a Categoria 8.2 (2000 
MHz). 
As especificações dos sistemas de cabeamento Categoria 6/Classe E (250 
MHz), Categoria 6A/Classe EA (500 MHz), Categoria 7/Classe F (600 MHz), Categoria 
7A/Classe FA (1000 MHz), Cat. 8.1 (2000 MHz) e Cat. 8.2 (2000 MHz) existem para 
suportar aplicações que requeiram larguras de banda superiores ou necessitem de 
sistemas de cabeamento capazes de oferecer canais livres de ruídos e com baixos 
níveis de interferência eletromagnética. Sistemas categorias 6A, 7, 7A, 8.1 e 8.2 são 
ótimas opções para ambientes com altos níveis de ruídos. Se você precisa 
compartilhar serviços de naturezas distintas em um mesmo cabo de pares trançados 
e precisa garantir os mínimos níveis possíveis de interferência eletromagnética entre 
eles, dê preferência aos sistemas categorias 7, 7A, 8.1 e 8.2, pois esses sistemas de 
cabeamento são blindados e têm dupla blindagem. 
Se o projeto é para cabear um data center, prefira sistemas Categoria 6A 
blindados, por exemplo. A Tabela abaixo traz um quadro que resume as categorias 
de desempenho e classes de aplicações. 
 
9 
 
As normas brasileiras reconhecem categorias de desempenho e classes de 
aplicação, as normas americanas reconhecem apenas categorias de desempenho, as 
normas ISO (internacionais) reconhecem classes de aplicações e categorias de 
desempenho. 
3.1. AS NORMAS BRASILEIRAS DE CABEAMENTO 
ESTRUTURADO PARA EDIFICAÇÕES COMERCIAIS E 
DATA CENTERS 
A norma brasileira de cabeamento estruturado para edifícios comerciais, a 
ABNT NBR 14565, utiliza como base a norma internacional ISO/IEC 11801-2 
(Information technology – Generic cabling for customer premises – Part 2: Office 
premises, em português, Cabeamento genérico para as dependências do cliente – 
Parte 2: escritórios). A NBR 14565 especifica um cabeamento estruturado para um 
edifício ou conjunto de edifícios em um campus e contempla cabeamento em cobre 
(cabos metálicos) e fibras ópticas (cabos ópticos). Ela especifica os seguintes 
elementos funcionais do cabeamento para edifícios comerciais: 
 distribuidor de campus (CD); 
 backbone de campus; 
 distribuidor de edifício (BD); 
 backbone de edifício; 
 distribuidor de piso (FD); 
 cabeamento horizontal; 
 ponto de consolidação (CP); 
 cabo do ponto de consolidação; 
 tomada de telecomunicações multiusuário (MUTO); 
 tomada de telecomunicações (TO). 
 
10 
 
3.1.1. NBR 14565 
A NBR 14565 especifica as seguintes classes e categorias de desempenho 
para o cabeamento balanceado: 
 Classe A: especificada até 100 kHz. 
 Classe B: especificada até 1 MHz. 
 Classe C/Categoria 3: especificada até 16 MHz. 
 Classe D/Categoria 5e: especificada até 100 MHz. 
 Classe E/Categoria 6: especificada até 250 MHz. 
 Classe EA/Categoria 6A: especificada até 500 MHz. 
 Classe F/Categoria 7: especificada até 600 MHz. 
 Classe FA/Categoria 7A: especificada até 1000 MHz. 
 Categoria 8: especificada até 2000 MHz. 
As classes A, B e C não são reconhecidas para uso em sistemas de 
cabeamento estruturado, porém podem ser utilizadas para aplicações de voz; o 
mesmo vale para os cabos de cobre multipares. O cabeamento Categoria 3/Classe C 
é somente capaz de suportar a transmissão de dados em baixas velocidades (até 10 
Mb/s), porém na prática essa aplicação não é mais utilizada há décadas. 
As categorias 5e, 6, 6A, 7, 7A e 8 (classes D, E, EA, F e FA) são reconhecidas 
para uso em edifícios comerciais em ambos os subsistemas de cabeamento, isto é, 
horizontal e backbone. De qualquer forma, o uso de cabeamento categorias 7 e 
superiores é pouco comum no subsistema de cabeamento horizontal. Os cabos 
ópticos reconhecidos são os cabos OM1, OM2, OM3, OM4 e OM5 (multimodo) e os 
cabos OS1 e OS2 (monomodo). Os cabos OM3 a OM5 são otimizados para 
transmissão laser e oferecem suporte a aplicações de altas velocidades. O uso de 
cabeamento óptico em edifícios comerciais é mais comum no subsistema de 
backbone. 
A norma brasileira de cabeamento estruturado para data centers, a ABNT 
NBR 16665:2019, baseia-se na norma internacional ISO/IEC 11801-5 especifica os 
seguintes elementos funcionais: 
 interface de rede externa (ENI); 
 cabo de acesso à rede; 
11 
 
 distribuidor principal (MD); 
 cabo de backbone; 
 distribuidor intermediário (ID); 
 cabo de backbone; 
 distribuidor de zona (ZD); 
 cabeamento horizontal; 
 ponto de distribuição local (LDP); 
 cabo do ponto de distribuição local (cabo do LDP); 
 tomada de equipamento (EO). 
 
3.1.2. ABNT NBR 16665 
A nomenclatura adotada pela NBR segue o padrão ISO e, portanto, é, em 
geral, diferente daquela adotada pelas normas americanas desenvolvidas pela 
ANSI/TIA. 
Embora a ABNT NBR 16665 reconheça, para o cabeamento do data center, 
os mesmos cabos e cabeamento reconhecidos pela ABNT NBR 14565 para edifícios 
comerciais, uma boa recomendação é que a Categoria 6A seja a menor categoria de 
desempenho de cabeamento em cobre adotada para o subsistema de cabeamento 
horizontal de um data center. Da mesma forma, a fibra óptica multimodo OM4 deve 
ser a menor classificação utilizada no cabeamento óptico de um data center. 
A NBR 14565 traz especificações para cabeamento óptico centralizado, 
cabeamento para pontos de acesso para redes sem fio e cinco anexos, entre 
informativos (recomendações) e normativos (especificações). Entre esses anexos 
vale destacar os anexos D (aplicações suportadas) e E (aplicações suportadas em 
uma rede sem fio). 
12 
 
Quanto à ABNT NBR 16665, vale destacar seu Anexo B, que traz 
recomendações de melhores práticas de projeto e instalação de infraestrutura para 
data centers. 
3.2. A NORMA INTERNACIONAL DE CABEAMENTO 
ESTRUTURADO 
A série de normas internacionais ISO/IEC, especifica sistemas de 
cabeamento estruturado e é composta de seis partes: 
 ISO/IEC 11801-1: requisitos gerais. 
 ISO/IEC 11801-2: escritórios. 
 ISO/IEC 11801-3: indústrias. 
 ISO/IEC 11801-4: residências. 
 ISO/IEC 11801-5: data centers. 
 ISO/IEC 11801-6: serviços distribuídos. 
As normas brasileiras de cabeamento estruturado, desenvolvidas pela CE 
003:046.005, são baseadas nessas normas ISO/IEC. No entanto, embora as normas 
brasileiras possam ser, por questões legais, versões traduzidas de normas ISO/IEC, 
nossas normas de cabeamento estruturado não seguem esse modelo, pois trazem 
conteúdo próprio. 
Por participar do sistema internacional de normalização, normas ISO/IEC são 
reconhecidas legalmente no Brasil, especialmente em casos em que não há normas 
ABNT NBR disponíveis. 
3.3. AS NORMAS NORTE-AMERICANAS 
A série de normas norte-americanas ANSI/TIA-568 especifica sistemas de 
cabeamento estruturado e é composta por cinco partes: 
ANSI/TIA-568.0-D: cabeamento estruturado genérico nas dependências do 
cliente. 
 ANSI/TIA-568.1-D: cabeamento estruturado para edifícios comerciais. 
 ANSI/TIA-568.2-D: cabeamento estruturado balanceado e componentes. 
 ANSI/TIA-568.3-D: cabeamento estruturado óptico e componentes. 
 ANSI/TIA-568.4-D: cabeamento coaxial de banda larga e componentes. 
13 
 
A ANSI/TIA-568.0-D especifica um cabeamento de uso geral. Normalmente, 
uma boa opção para ambientes que não têm normas específicas, como portos e 
aeroportos. A TIA-568.1-D especifica o cabeamentoestruturado em edifícios 
comerciais e se aplica a, praticamente, todos os tipos de edifícios comerciais. A TIA-
568.2-D especifica o desempenho do cabeamento estruturado em pares trançados e 
componentes; já a TIA-568.3-D especifica o desempenho do cabeamento em fibras 
ópticas e componentes, cobrindo instalações em fibras ópticas monomodo e 
multimodo. A TIA-568.4-D especifica um sistema de cabeamento em cabos coaxiais 
para aplicações de banda larga. Embora as normas norte-americanas sejam 
frequentemente utilizadas como referência em projetos de cabeamento no Brasil, é 
importante explicar que, no âmbito legal, essas normas não são reconhecidas no país. 
Isso se aplica especialmente em licitações públicas. 
Tipos de Cabos e preços: 
TIPO DE CABO MARCA FORNECEDOR PREÇO METRAGEM 
Cabo Coaxial 
Série 59 
- Ponto Frio R$ 33,90 20 metros 
Cabo Coaxial Kit-
Flex 
- Ponto Frio R$ 37,90 20 metros 
Cabo coaxial RG6 - Ponto Frio R$ 89,90 20 metros 
Cabo U/UTP 
CAT.5e 
SohoPlus Kabum R$ 589,90 305 metros 
Cabo de rede cat6 Furukawa Amazon R$ 930,20 305 metros 
Cabo De Fibra 
Óptica Drop Flat 
FTTH 
- Mercado Livre R$ 559,90 1000 metros 
 
4. CABOS DE PARES TRANÇADOS 
Segundo Tanenbaum (2002), o par trançado é o meio de transmissão mais 
antigo e comum, sendo bastante utilizado na atualidade. Um par trançado é formado 
por dois fios de cobre encapados, que normalmente possuem cerca de 1 mm de 
espessura. Esses fios são enrolados de forma helicoidal, da mesma maneira que uma 
molécula de DNA. Os fios são trançados porque, se estiverem paralelos, formam uma 
antena simples. Quando os fios são trançados, as ondas de diferentes partes dos fios 
se cancelam, resultando em menor incidência de interferência. 
14 
 
 
 
Um meio ou canal de transmissão é o caminho utilizado para que um sinal 
elétrico ou uma informação seja enviada de um transmissor para um receptor. 
 
Um sistema de cabeamento estruturado é composto por cabos e 
componentes de conexão, também referidos como hardware de conexão (patch 
panels, tomadas etc.). Eles devem ser conectados entre si para formar um caminho 
de transmissão entre os equipamentos da rede, por exemplo um switch Ethernet e um 
computador em uma área de trabalho. 
 
15 
 
Quando o meio de transmissão é formado por cabos metálicos, ele pode ser 
de condutores paralelos, cabos coaxiais ou cabos balanceados, que são os cabos de 
pares trançados. Cada tipo de construção de cabo oferece suas caraterísticas próprias 
que são mais adequadas a um determinado mecanismo de transmissão. Devido às 
características dos sistemas de cabeamento estruturado, o meio físico metálico 
padronizado é o cabo balanceado. 
Segundo Fey (2014), a princípio, a aplicação mais comum dos cabos de par 
trançado era na telefonia, em que era possível transmitir dados analógicos ou digitais 
por alguns quilômetros, sem a necessidade de um repetidor de sinal para reforçar o 
mesmo. Essa distância varia de acordo com a espessura dos fios utilizados e com o 
número de tranças existentes a cada metro de cabo. Os cabos de par trançado podem 
ser classificados em dois tipos básicos, conforme descritos a seguir. 
 UTP (unshielded twisted pair), que significa par trançado sem blindagem. É o 
tipo de cabo de rede de computadores mais utilizado na atualidade, uma vez 
que apresenta fácil manuseio, o que facilita a sua instalação. Além disso, 
proporciona elevadas taxas de transmissão de dados, que superam as taxas 
obtidas com a utilização de cabos coaxiais. O cabo apresentado na Figura 4 é 
do tipo UTP. 
 STP (shielded twisted pair), que significa par trançado com blindagem. Esse 
cabo possui uma proteção extra contra interferências, proporcionada pela 
blindagem nele presente. A blindagem pode ser simples, com uma única 
blindagem envolvendo todos os pares presentes no cabo, ou par a par, 
apresentando blindagem individual para cada um dos pares. O cabo STP 
normalmente é pouco utilizado, em virtude do seu alto custo, sendo empregado 
em situações em que o ambiente possui muitas interferências 
eletromagnéticas. Na Figura 5, temos a imagem de dois cabos STP, sendo que 
o cabo com capa cinza possui blindagem individual para cada um dos pares 
presentes no mesmo, enquanto o cabo com capa azul possui uma blindagem 
única para todos os pares presentes no cabo. 
16 
 
 
Ainda no que tange ao tipo de blindagem, temos o padrão de identificação 
“X/Y”, em que “X” é a blindagem que envolve todos os pares e “Y” é a blindagem que 
envolve cada um dos pares. Os possíveis valores dessas variáveis estão listados a 
seguir. 
 “U” — Sigla para unshielded, que significa que não existe blindagem. 
 “F” — Sigla para foil, que indica que a blindagem é realizada por uma fita 
plástica aluminizada. 
 “S” — sigla para screened, que indica que a blindagem é realizada por uma 
malha de fios metálicos, podendo ser de cobre, alumínio ou outro condutor ou 
tipo de blindagem. 
Dessa forma, temos os seguintes tipos de cabos: 
 U/UTP — Não apresenta nenhuma blindagem, sendo o tipo de cabo mais 
comum; 
 F/UTP — Possui blindagem que envolve todos os pares e não possui 
blindagem individual, sendo o formato mais comum entre os cabos blindados; 
 S/FTP — Possui blindagem com malha envolvendo todos os pares (similar à 
blindagem ilustrada na Figura 1) e blindagem com fita en-volvendo cada um 
dos pares; 
 F/FTP — Blindagem com fita, envolvendo os pares de forma individual, e 
todos os pares sendo envoltos por uma blindagem também de fita. 
17 
 
Existem também diferentes categorias de cabos, cujas características são 
padronizadas pela norma ISO/IEC 11801. Essas características padronizadas 
definem as larguras de banda que os cabos devem suportar, dentre outras 
características. No Quadro 1, temos uma relação dessas diversas categorias de cabos 
de comunicação, apresentando as capacidades de largura de banda e sua utilização. 
 
 
18 
 
5. CABOS COAXIAIS 
Segundo Marin (2010), o cabo coaxial é muito popular no mercado, tendo sido 
considerado, por um certo período, o cabo de comunicação mais moderno existente 
em termos de transmissão de informações. É utilizado até os dias atuais na mesma 
linha de aplicações. Um cabo coaxial é constituído por um fio de cobre rígido em seu 
núcleo, sendo que esse núcleo é envolvido por um material isolante, que, por sua vez, 
é envolvido em um condutor externo, que possui o formato de uma malha metálica. 
Esse condutor externo, normalmente, é revestido por uma capa plástica que atua 
como proteção, que o torna muito resistente à indução causada pelas interferências 
elétricas ou magnéticas presentes no meio onde o cabo está instalado. Na Figura 
abaixo, vemos em detalhes todas as camadas que formam um cabo coaxial. 
 
O cabo coaxial é caracterizado por proporcionar transmissões estáveis e 
constantes, sendo que essa estabilidade não possui relação com seu comprimento. 
O coaxial pode operar em velocidades de até 10 megabits/segundo, dispensando a 
utilização de equipamentos para a replicação do sinal, além de não propiciar 
distorções ou ecos. A forma com que os cabos coaxiais são construídos oferece uma 
alta banda passante e uma excelente imunidade a ruído, tendo sido o meio de 
transmissão de dados mais utilizado em redes locais no seu auge. 
 
 
 
19 
 
Em suas conexões, os cabos coaxiais utilizam conectores BNC; comumente, 
são utilizados conectores do tipo “T” conectados às placas de rede, interligando os 
computadores uns aos outros. 
 
Na transmissão de dados, o cabo coaxial tem perdido espaço para outros tipos 
de cabos, mas ainda é amplamente utilizado na atualidade em diversas aplicações. 
Por exemplo, os cabos coaxiais são empregados em sistemas de segurança, para a 
transmissão de dados das câmeras de segurança, e na conexão de antenas de sinais 
de televisão, dada sua excelente capacidade de transmissão de sinais, protegendo-
os das distorções.A seguir, são apresentadas algumas características dos cabos 
coaxiais que são consideradas desvantagens. 
 Distâncias limitadas (uma vez que cabos muito longos tendem a atenuar o 
sinal, como qualquer outro cabo). 
 Baixo nível de segurança (por ser um cabo simples, equipamentos podem ser 
inseridos na rede, captando os dados transmitidos por ela). 
 Dificuldade de realizar grandes mudanças na topologia da rede. 
Porém, apesar de possuis algumas desvantagens, esse tipo de cabo possui 
vantagens, visto que ainda é bastante utilizado em diversas aplicações. Algumas 
dessas vantagens são listadas abaixo. 
 Baixos custos de implementação (normalmente, os componentes pre-sentes 
nesse tipo de rede possuem baixo custo de aquisição, o que torna a 
implementação mais barata). 
 Topologia simples de implementar (mas, conforme mencionado, as 
modificações são críticas). 
20 
 
 Resistência a ruídos e interferências (em virtude de seu condutor externo, que 
apresenta uma malha metálica trançada, os sinais que causam interferências 
e atrapalham a transmissão de dados não afetam de forma demasiada esse 
tipo de cabo). 
5.1. CONECTORIZAÇÃO DE CABO COAXIAL 
Existem duas ferramentas principais para a confecção de cabos coaxiais: o 
decapador e o alicate para crimpagem. 
Existem diversos modelos de decapadores para cabos coaxiais no mercado, 
sendo esse um instrumento de grande utilidade para o profissional que realiza muitas 
conexões de rede. Os decapamentos também podem ser realizados com um estilete, 
mas é um trabalho mais delicado, que exige cuidado para não se ferir. Na Figura 
abaixo, podemos observar um modelo de decapador que pode ser utilizado em cabos 
coaxiais de 4 mm, 6 mm, 8 mm e 12 mm e possui ajustes nas suas duas lâminas. 
 
A conexão do cabo no equipamento que receberá o sinal é realizada por meio 
de conectores BNC, que são montados no cabo e, então, conectados no equipamento. 
A sigla BNC vem de bayonet Neill Concelman, sendo o termo bayonet decorrente do 
fato de o conector possuir uma trava em forma de baio-neta; Paul Neill e Carl 
Concelman foram os inventores desse tipo de conector. Existem diferentes tamanhos 
e tipos de conectores BNC, como exemplificado na Figura 2. Assim, deve-se tomar 
cuidado para adquirir e utilizar o conector correto, conforme a necessidade. 
21 
 
 
Para realizar essa conexão, são necessários três tipos de conectores: BNC, 
BNC do tipo T e terminadores BNC. Com eles, não é possível formar desvios nas 
conexões — por exemplo, formar um Y; cabo e conectores devem formar uma linha 
do começo ao fim. Exclusivamente no primeiro e no último PCs, torna-se necessária 
a utilização de terminadores. Na Figura 3, vemos três conectores do tipo T, que são 
acoplados no conector BNC da placa de rede de cada computador; entre cada um 
deles, temos duas seções de cabos; por fim, temos um terminador em cada ponta 
dessa conexão. 
 
Para ser finalizada a instalação e ser possível a utilização do cabo, também é 
necessário utilizar um alicate para crimpagem de cabos coaxiais. O uso desse alicate 
é indispensável, pois, mesmo que o cabo pareça estar bem posicionado no conector, 
se não for realizada a crimpagem com essa ferramenta, ele pode apresentar algum 
tipo de problema, como falhas de conexão. Assim como o decapador de cabos 
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coaxiais, existem vários modelos de alicates para crimpagem. Dentre eles, temos o 
HT-301a, exemplificado na Figura 4, que pode ser utilizado em conectores tipo RG 
58, RG 59 e RG 62. 
 
Figura 4. Alicate para crimpar cabo coaxial 
 
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6. CONCLUSÃO 
Hoje, todos os sistemas que utilizamos são baseados em redes de 
computadores. Sejam redes sociais, aplicativos de chat ou aplicativos para 
movimentação financeira: todos são disponibilizados com base em uma estrutura de 
rede. 
Quando uma rede é mal projetada, ou o projeto é mal executado, os 
problemas são visíveis para os usuários, pois os resultados são o baixo desempenho 
das aplicações, a demora na transferência de arquivos, time out e até total 
indisponibilidade. E é o cabeamento que está entre as principais causas de problemas 
em redes de computadores. (Colleoni Couto, Júlia Mara, 2019) 
Com base nos estudos e análises realizadas ao longo do trabalho, a definição 
e utilização do Cabeamento Estruturado, fica mais clara e objetiva, demonstrando a 
necessidade de sua implementação, sempre que possível levando em consideração 
as normas o EIA/TIA, ISO e outras normas. Com ele é possível atender as 
necessidades de transmissão de dados, criar e manter estações de trabalho, unificar 
todos os pontos através da transmissão de informação. Acabando assim com 
fronteiras físicas que possam existem em um complexo, aumentando a praticidade de 
comunicação entre todos os usuários do sistema. 
 
24 
 
7. BIBLIOGRAFIA 
Marin, P. S. Cabeamento Estruturado (Série Eixos). [Brasil]: Editora Saraiva, 2020. 
9788536533124. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536533124/. Acesso em: 13 
Apr 2021. 
Santos, L.R. D. Cabeamento estruturado. [Brasil]: Grupo A, 2019. 9788533500587. 
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788533500587/. 
Acesso em: 13 Apr 2021 
IMASIC INFORMÁTICA (BRASIL) Cabeamento Estruturado: O que é e qual a sua 
importância?. -. São Paulo - Brasil, 1 mar. 2020. Disponível em: 
https://www.imasic.com.br/cabeamento-estruturado-o-que-e-e-qual-a-sua-
importancia/. Acesso em: 13 abr. 2021.

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