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TDE DIREITO

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(
DISCIPLINA: 
HISTORIA DO DIREITO 
PROFESSORA: MESTRE BRUNA FEITOSA SERRA DE ARAÚJO
 
CURSO: 
DIRIEITO
PERÍODO: um
TURNO: 
MATUTINO
DATA:
 20/04/2021
ALUNO:
 
PAULO FELIPE OLIVEIRA DA SILVA
)
FOLHA DE RESPOSTAS
Direito Hebraico 
A Lei hebraica é a Lei do povo hebreu, o chamado povo de Deus, que teve como um grande líder Moisés que foi quem recebeu as escrituras da lei pelo próprio Deus, devido a este acontecimento ela também é conhecida como “Lei Mosaica”. A mesma foi escrita em pedras no monte sinais, por ser uma lei dada por Deus ela era imutável, é composta de todo código de lei formado por 613 disposições, em hebraico essa Lei levava outro nome: Torá, que pode significar lei como também pode significar instrução ou doutrina. O conteúdo da Torá são os cincos livros de Moisés, mas o termo Torá é aplicado igualmente ao Antigo Testamento como um todo.
A Lei pode ser dividida em Dez Mandamentos, que no hebraico são chamados simplesmente de “As Dez Palavras”. Eles regulamentam a relação do ser humano com Deus e com seu próximo.
O código mosaico ainda contém as leis cerimoniais, que regulavam o ministério no santuário do Tabernáculo, e posteriormente, no templo.
No código mosaico também encontramos o Livro da Aliança das Ordenanças Civis e Religiosas, que explica e expõe detalhadamente o significado dos Dez Mandamentos para Israel.
O Direito Hebraico é obviamente um direito religioso de cunho monoteísta, ou seja que acredita em um só Deus. Trata-se de um Códigos jurídico e religioso, onde as norma morais, religiosas e jurídicas se confundem. Todo crime é um pecado, pelo qual homem é responsável perante a Deus e não perante o Estado. Está é uma característica exclusiva do direito hebraico, como a lei era divina, a punição seria dada por Deus em alguns casos.
As características da Lei mosaicas ou Direito Hebraicas se formam quando Moisés recebe de Deus o decálogo-Dez mandamentos-que é à base da Torá. A Torá ou Pentateuco é formado pelos cinco primeiro livros da Bíblia: Gênesis, Êxodos, Levítico, Números e Deuteronômio.
Sobre as penas, a mais conhecida se tratava do apedrejamento que se denominava Pena de Lapidação, onde eram arrancado as roupas do condenado e a primeira testemunha o arremessava ao solo, do alto de um tablado com dez pés de altura, e a segunda testemunha, lançando uma pedra, para então os outros restantentes começavam o apedreja-lo. Mas para ser condenado à tal ato os crimes deveriam ser:
1-Blasfemia: proferir palavras ofensivas a Deus, como os hebreus acreditavam em um só Deus por serem monoteísta a blasfêmia tinha como pena, severa, a Lapidação
2-Crimes sexuais: como adultério, estupro, não ser virgem ao se casar ou incesto
3-Idolotria: homens e mulheres escondidos quebrarem os laços com Deus e servirem outros deuses
4-Filhos rebeldes: a rebeldia dos filhos contra os pais passível de lapidação, por se trata de um próprio mandamento divino.
5-Divórcio: somente os homens podem se divorciar-se não cabe as mulheres.
A primeira organização hierárquica de distribuição da justiça surgi quando Moises por sugestão de Jetro, seu sogro, escolheu alguns homens de confiança os nomeando como “chefes de mil, chefes de cento, chefes de cinquenta e chefes de dez” (Êxodo,28:1-27). A Torá tinha caráter igualitário, e a criação dela como Lei escrita logo desenvolveu-se a Lei Oral, que no caso seria a interpretação da lei seca.
Logo após surgi uma nova organização formada por setenta anciãos, escolhidos entre os chefes das famílias mais importantes para resolução de disputas ou problemas internos, esse novo sistema judicial ficou conhecido como Grande Assembleia. Tal sistema foi modificado no século III-II A.C quando foi estabelecida uma nova hierarquia judicial o Grande Sinédrio que era formado por três camadas de 23 sábios; se a primeira câmara não fosse capaz de chegar à maioria necessária para um julgamento, eram convocadas as demais, ate que atingissem a composição de 70 juízes (69 sábios e um sumo sacerdotes), que atendiam casos de matéria religiosa, civil e criminal e plena autoridade legislativa e administrativa, em grau inferior havia outros tribunas os Tribunais Ordinários. 
Quando o Segundo Templo foi destruído, no século II, os judeus se dispersarão e sentiram a necessidade de organizar e compilar por escrito a Lei Oral, desenvolvida ao longo dos séculos de interpretações da Torá.
A primeira compilação da Lei Oral foi a Mishná, iniciada por Rabi Meir e pelo Rabi Akiva e finalizada Pelo Rabi Yehuda. A Mishná dispunha acerca da Lei Escrita em tópicos, relacionando-os às interpretações dos sábios e rabinos ao longo do tempo. Condensando as diferentes opiniões, de diferentes rabinos e de diferentes épocas, inclusive as divergentes entre si, a Mishná preservou o elemento de continuidade da Lei Oral. Isto permitiu que se realizasse um estudo comparativo da legislação nas diferentes épocas. No entanto, após a compilação da Mishná, os sábios e rabinos continuaram a produzir diversas interpretações da Torá e da própria Mishná. Estes novos comentários que foram denominados de Guemará (Complemento) e reunidos à Mishná deram origem ao Talmud, , e ao Talmud Babilônico mais completo, elaborado pelos sábios na Babilônia, o novo grande centro da cultura judaica.
Assim a Mosaicarum et romanarum legum collatio (Coleção de leis romanas e mosaicas), fonte de Direito Romano (390-438 E.C.), foi compilada após a edição da Mishná e do Talmud Palestino e ao tempo da elaboração do Talmud Babilônico.
Direito Islamico
 O direito islâmico ou sharia é baseado na religião islâmica, que determina o cotidiano do povo muçulmano, por sua vez o islamismo é uma religião monoteísta que tem como base os ensinamentos do profeta Maomé, e é articulada pelo Alcorão.
 Em 570 D.C nasceu Muhamad Ibn Abdullah, o homem que trouxe a última revelação divina à humanidade para completar as revelações anteriores, com um verdadeiro sistema de vida e legislação universal, baseada na fé, libertando a humanidade dos grilhões da ignorância e escravidão que se encontravam. Aos 40 anos, recebeu a primeira mensagem divina e, a partir daí, durante os 23 anos seguintes, o conjunto dessas mensagens foi sendo ordenado e sistematizado em um livro, o Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos, de onde emana toda a base do Direito Islâmico. Muhamad não foi simplesmente um líder político ou um reformador, nem se dirigiu a um país ou comunidade em especial, mas sim era um exortador e pregador da palavra Divina. Ele não possui ambições.
O Islam não se trata de uma mera religião, A principal característica da ideologia islâmica é o fato de não aceitar conflitos nem separações significativas entre a vida espiritual e mundana, não se limitando apenas a purificar a vida espiritual e moral do homem no sentido restrito da palavra, mas estende-se à todas as esferas da vida, sendo assim um completo código de vida.
Os pilares que estabelecem a fé islâmica são são:
Primeiro: A fé em Deus como o Único Criador, Sustentador, Legislador e Divindade digna de ser adorada e venerada.
Segundo: A fé na existência de anjos que, na concepção islâmica, são seres puramente espirituais, cuja natureza não precisa de alimentos, bebidas ou sono, não possuem nenhum desejo físico, nem necessidades materiais, criados por Deus para cumprirem determinadas funções e passarem dias e noites à Seu serviço.
Terceiro: A fé nos Profetas e Mensageiros enviados por Deus. Por exemplo Muhamad, que se trata do mesmo Maomé
Quarto: A fé e crença em todos os Livros Sagrados revelados aos Profetas por Deus. Entre esses livros encontra-se a Torá, os Salmos, o Evangelho, respectivamente revelados a Moisés, Davi e Jesus, sendo o Alcorão o último dos livros, revelado por Deus a Muhamad.
Quinto: A fé na predestinação, que é a crença no conhecimento infinito e completo de
Deus e no Seu poder de conceber e cumprir Seus planos, não sendo Ele indiferente ou neutro para com Sua criação. Baseia-se na máxima: “o conhecimento eterno de Deus antecipa os acontecimentos, eos acontecimentos verificam-se exatamente conforme o Conhecimento de Deus”.
Sexto: A fé no Dia do Juízo Final, que consiste na crença de que este mundo acabará qualquer dia, e os mortos comparecerão a um juízo final eqüitativo.
A ciência que estuda o Direito Islâmico (Shariah) chama-se Fiqh, esta analisa o Direito Islâmico de forma geral, em todos os seus aspectos, seja em aspectos referentes ao culto seja referente às relações inter-humanas em particular. As fontes do Direito Islâmico são:
· O Alcorão Sagrado
· A Sunnah (Tradições do Profeta Muhamad)
· O Ijtihad (Resoluções dos sábios e jurisprudentes)
O Alcorão Sagrado: O Alcorão é a Palavra literal de Deus revelada ao Profeta Muhamad
O Alcorão Sagrado, portanto, é a Constituição Islâmica, e é a primeira e mais importante fonte do Direito Islâmico. Nos versículos do Alcorão constam Direito Cultual, Direito Civil, Direito de Família, Direito Comercial, Direito Penal.
A Sunnah: A Sunnah consiste na compilação dos ensinamentos do Profeta Muhamad (que a paz esteja com ele) na sua qualidade de Mensageiro de Deus. Trata-se da segunda fonte imutável do Direito Islâmico.
Vale ressaltar que a sunnah não modifica nem vai de encontro com os preceitos do Alcorão, ao contrário, explicam e aclaram tais preceitos.
 	
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