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Resumo hunt capitalismo

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Economia Política – Hunt - Capitalismo 
Hunt afirma que o sistema capitalista tem como base quatro conjuntos de esquemas 
institucionais e comportamentais que são: a produção de mercadorias, orientada pelo 
mercado, propriedade privada dos meios de produção, um grande segmento da população 
que não pode existir, a não ser que venda sua força de trabalho no mercado, 
comportamento individualista, aquisitivo, maximizador, da maioria dos indivíduos dentro 
do sistema econômico. 
A produção de mercadorias, de acordo com Hunt, não tem qualquer ligação com o 
consumo dos produtores. Aliás, a produção de mercadorias é o meio pelo qual o homem 
consegue moedas para trocar no comércio por mercadorias que tenham para si a melhor 
utilidade, isto é, valor de uso. Assim, a produção, no capitalismo, é a transformação de 
um produto em mercadoria, estas só existem quando o homem as produz sem ter interesse 
em seu valor de uso, apenas em seu valor de troca (quantia que irá receber após a venda). 
A produção de mercadorias permite que o produtor se especialize em um tipo de 
produção, esta, por sua vez o torna dependente direto de compradores – pessoas que não 
tenham relação direta com o ofertante- se interessem por seu produto e os troque por 
moeda. É importante lembrar ainda que, o consumo e a atividade produtiva são mediados 
pela troca e pelo mercado. Assim como os produtores e os consumidores são mediados 
pelo mercado. 
Além disso, o capitalismo tem como comportamento base a propriedade privada dos 
meios de produção. A propriedade privada enquanto ideia nascente daria a cada produtor 
o direito de controlar a sua produção (este era o argumento utilizado pelos ofertantes). 
Todavia, como afirma E K Hunt, a evolução do capitalismo se desenvolveu muito 
diferente do que as ideias iniciais propuseram. Assim, para que cada produtor tivesse sua 
própria propriedade privada e pudesse controlar os meios de produção, atividades 
produtivas – para que o sistema funcionasse como a teoria propõe- seria necessário excluir 
uma parcela de indivíduos. 
Junto a isso, o terceiro aspecto do conjunto de esquemas institucionais e comportamentais 
que define o capitalismo é que a maior parte dos produtores não são proprietários dos 
recursos fundamentais para a produção. Apenas um pequeno grupo tem propriedade sobre 
os meios de produção, os capitalistas. Os capitalistas proprietários não precisam estar 
inseridos na produção monitorando tais com frequência. Os capitalistas proprietários 
detêm tal poder pois a propriedade assegura isso. E fora essa propriedade que os concedeu 
o excedente social, o que posteriormente os definiu como classe social dominante. Essa 
dominação de classe resultante da propriedade privada revela uma enorme quantidade de 
indivíduos que não possui nenhum controle sobre os meios de produção e esse grande 
grupo de trabalhadores apenas produzem mercadorias que pertencem a classe dominante, 
capitalistas. O homem que não pertence à classe dominante, ao entrar no mercado, possui 
apenas a sua força de trabalho, esta será vendida a um capitalista. Ao vender sua força de 
trabalho o indivíduo recebe uma quantia em moeda, seu salário. Salário o qual compra 
apenas uma pequena parte da mercadoria que ele mesmo produziu. O restante da 
mercadoria é o excedente social que será apropriado pelo capitalista. 
A quarta e última parte do conjunto de esquemas institucionais e comportamentais do 
capitalismo, afirma ser este é um sistema econômico onde os indivíduos são motivados 
por uma mentalidade individualista, aquisitiva e maximizadora. Agiam com tal 
comportamento pois a oferta de mercadorias precisava ser necessariamente maior do que 
o valor das mercadorias que eles consumiam. Nos primeiros anos do sistema isso foi 
conseguido pois os trabalhadores recebiam salários baixíssimos e viviam na extrema 
pobreza. E a forma de suprimir essa pobreza era trabalhando mais horas por dia para obter 
um salário mais elevado e, dessa maneira, escapar da parcela de trabalhadores 
desempregados. A mentalidade de que ''a felicidade vem com a aquisição de mercadorias'' 
nasceu nessa época, os trabalhadores dedicavam mais hors para tentar comprar mais e 
satisfazer seus desejos. O desemprego, desde cedo, foi um fenômeno social sempre 
presente no capitalismo, afirma Hunt. 
 
Políticas mercantilistas e a transição do feudalismo para o capitalismo: 
Os mercantilistas apoiavam um Estado paternalista que zelasse e promovesse o bem estar 
geral. A presença do Estado iria assegurar todos os impasses com vistas a economia. Para 
isso, seria necessário um estado absoluto. 
Hunt afirma que, segundo a maior parte dos historiadores, crescimento e fortalecimento 
do comércio foi um dos pontos cruciais para a desagregação do sistema feudal. O 
crescimento do comércio interno Europeu foi um ponto importante na transição do 
feudalismo para o capitalismo. Os acontecimentos básicos como a ida de trabalhadores 
para os centros urbanos, as novas tecnologias implementadas na atividade agrícola 
(sistema de plantio de 3 campos que possibilitou o maior aproveitamento da terra), os 
progressos da energia e transporte, segundo Hunt, foram essenciais para o fortalecimento 
da indústria, esses pré-requisitos estimularam o comércio. 
Entretanto, para Hunt, dizer que o comércio foi o ponto principal para tal acontecimento 
– dissolução do feudalismo- é difícil, pois as cidades, vilas e centros comerciais Europeus 
caminhavam por caminhos dissemelhantes. Haviam vilas onde o comércio era mais 
avançando do que noutros. Vale ressaltar rapidamente, que o comércio até então era 
subordinado a classe dominante, aos senhores feudais. Mas, essa ideia já estava se 
desfazendo com os avanços econômicos. Além disso, o comércio, inclusive o de longa 
distância, já era praticado desde os primórdios do regime feudal, no sul da Europa. 
Outrossim, na Europa Ocidental, o comércio acelerou o processo de dissolução do regime 
feudal. 
As políticas propostas pela segunda geração dos mercantilistas, foram o ponto crucial, 
pois o Estado estimulou fortemente o comércio externo afim de acumular riquezas. Para 
conseguirem o saldo da balança comercial favorável - política mercantilista-, os teóricos 
defendiam a maior exportação e redução da importação. Dessa forma, a criação de 
monopólio comercial foi fortemente estimulada. A criação do monopólio ajudou a 
aumentar o valor das exportações, pois com apenas um vendedor aos países atrasados, 
não havia concorrência, o país comprador acabava aceitando o preço dado. 
Os mercantilistas estimularam a produção em larga escala, e mais, apoiavam a produção 
voltada ao comércio o que veio a aumentar a produtividade geral dos agricultores. Assim, 
inegavelmente, o que encorajou a dissolução do sistema foi a ocorrência a elevação da 
produtividade. Com pequenos produtores agrícolas produzindo e vendendo, fez com que 
o excedente social se reduzisse drasticamente. Dessa maneira, estava ficando cada vez 
mais difícil sustentar a classe dominante que sobrevivia por meio desse excedente. 
Conflitos entre o clero e a nobreza estimularam ainda mais a separação da classe 
dominante, que por sua vez motivaram ainda mais o comércio e os pequenos 
comerciantes. 
Outro ponto relevante nesse debate, é que o capitalismo se afirma como sistema 
econômico, pois a natalidade estava crescendo - devido ao aumento da produtividade -, 
os saláros dos trabalhadores estavam cada vez mais baixos e a nobreza perdendo os seus 
privilégios. Assim, uma onda de indivíduos ao perceberem que o Estado estava rico, 
passaram a querer a liberdade no comércio na tentativa de melhorar as condições de vida. 
Quando um sistema não dá conta de estabelecer o bem-estar, é necessário estimular outros 
sistemas. Assim, o capitalismo se afirmou por meio das políticas mercantis, ou por meio 
dos erros dos mercantilistas em criar um estado absoluto que cuidava detoda entrada e 
saída de moedas.

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