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RESUMO HISTÓRIA DO PENSAMENTO ECONÔMICO INTRODUÇÃO - Economia = estuda a produção das riquezas e como um país faz isso. Início com os mercantilistas que descobriram que o dinheiro torna uma nação poderosa Robinson: - “Por que acreditamos no que acreditamos?” - Economia = método de investigação científica (algo que existe e pode ser descrito, mas não está definido porque há mudanças/ há coisas que ainda não foram vistas) - Adam Smith = considera que a moralidade deriva de sentimentos de simpatia. Por mais egoísta que seja o homem, existem sempre alguns princípios que têm como necessidade a felicidade dos outros, embora nada ganhe com isso - Entretanto, impulsos egoístas são mais fortes do que os altruístas - O respeito pela propriedade alheia (individual/privada) deve ser ensinado – código moral, apoiado por sanções - O conteúdo de uma consciência depende da sociedade em que o indivíduo cresça - A moralidade era fornecida por meio da religião, posteriormente, surge a razão - Todo sistema econômico exige um conjunto de regras, uma ideologia para as justificar e uma consciência no indivíduo que o obrigue a lutar para mantê-las - É precisamente a demanda do lucro que destrói o prestígio do homem; embora possa comprar toda espécie de respeito, a riqueza nunca encontra de graça - A função dos economistas não é dizer o que devemos fazer, mas sim mostrar por que razão o que fazemos, de todos os modos, está de acordo com os nossos princípios - A tarefa é separar a mistura de ideologia e ciência. Compreender significa, apenas, revelar as suas contradições Galbraith: - Na época dos papas renascentistas, a própria igreja havia se reconciliado com a ideias de seus padres acumularem riquezas, transmitindo a ideia de que a igreja era semelhante ao reino de Deus (luxuosa) - Relação entre o cristianismo e a economia = cobrança de juros - Arrendamento = contrato de cessão de um fator de produção, pelo qual seu proprietário o entrega a outro para ser explorado - Corporações de ofício = garantir a qualidade do trabalho, assegurar costumes sociais altamente prazerosos, influir na política e regulamentar os preços e os salários - S. Tomás de Aquino = questão da moral religiosa na economia da idade média; questão da justiça dos preços (preço justo) - Três maneiras de obter lucro = troca, custódia e tráfico - Mercantilismo = foi tudo menos um sistema, foi um produto da mente de estadistas, de altos funcionários públicos, e de líderes financeiros e comerciais da época - As teorias econômicas eram expressas numa ampla variedade de diretrizes de ação, e não por economistas ou filósofos específicos - Primeira manifestação da Teoria Quantitativa da Moeda = aumento geral dos preços - Descoberta da América e extremo Oriente (Cristovão Colombo e Vasco da Gama) permitiu grande crescimento do comércio, tanto a nível local, quanto a grandes distâncias - Surgimento dos bancos e das casas de câmbio - Os grandes mercadores eram o próprio governo - A guerra era uma ocupação importante que arrecadava uma enorme parcela dos recursos públicos. Um dos motivos que, posteriormente, leva a França à falência - Fé religiosa adaptou-se às circunstâncias e necessidades econômicas - Erros do mercantilismo = atitude negativa dos mercadores frente à concorrência (monopólio dos preços), intervenção do estado na economia e consenso geral de que a acumulação de ouro e prata deveria ser o principal objetivo das diretrizes públicas e pessoais O QUE É ORIGEM/ÉPOCA PRINCIPAIS AUTORES E SUAS IDEIAS MERCANTILISMO (Fase pré-científica) - Sistema econômico apoiado pelos absolutistas para aumentar a prosperidade material de seus reinos - Sempre buscando vantagens de comércio = vender caro produtos produzidos baratos - O que importa não é o saldo comercial de bens, mas sim, o saldo de acréscimo de valor - Argumento mercantilista = quando entra outro e prata no país a quantidade pode aumentar, então, moeda = riqueza - França/ Inglaterra - Século XV (15) - Iluminismo - Jean-Baptiste Colbert (1619- 1683) - Thomas Mun (1571 – 1641) Roll: - Fatores que contribuíram para acabar com o sistema feudal = crescimento dos estados nacionais, interesse pela riqueza e pelo aceleramento da atividade produtiva, Reforma protestante, invenção da imprensa, descobrimentos marítimos, expansão do comércio exterior, etc - Inglaterra = nitidez do desenvolvimento do capitalismo (forma primitiva de capitalismo industrial), crescimento do comércio em detrimento da agricultura, pequenos artesãos e manufatureiros - Monopólio = aumentar o comércio e arrecadar tributos fiscais - Laços de interesse entre o comércio e o Estado que, no começo, foi interessante. Posteriormente, virou um empecilho para o capitalismo industrial moderno - Explicação para a revolução dos preços no século XVI = abundância de ouro e prata, existência de monopólios, escassez produzida em parte por exportações, luxo do rei e dos grandes senhores e envilecimento das moedas - Metalismo = grande importância dada ao tesouro (existente muito antes da era mercantilista) - A expansão do comércio trouxe a divergência entre os interesses particulares dos comerciantes, a maior parte dos quais via numa autoridade central o meio poderoso de protegê-los de seus rivais - Metais preciosos = primeira forma de riqueza - Holanda= nação por excelência do capitalismo comercial - Desejo de acumular riquezas e horror aos bens - Thomas Mun = Companhia das Índias Orientais – recomenda que o comércio inglês seja feito com os barcos ingleses/ dizia que o país sofreria se guardasse o dinheiro em seu território em vez de empregá-lo no comércio exterior/ desejava que o comércio fosse livre Coutinho: - Juros, preços, taxas de câmbio, questões sobre o desenvolvimento do comércio e da produção - Assuntos econômicos ganham o status de investigação científica - Obstáculos para a discussão da origem da economia política = visão sobre o passado da ciência está presa aos enfoques atuais, o que dificulta as interpretações sobre o passado/ material analisado sofre contínua transformação/dificuldade em entender o ponto de partida se houver restrição ao ambiente intelectual da economia constituída/ filósofos não estudavam só a economia, a outras áreas que devem ser levadas em conta - Raízes filosóficas = filosofia política e moral e filosofia do direito/ razão - A unificação dos estados nacionais e a consolidação do poder central, bem como o crescimento do comércio e das relações internacionais, trouxeram à tona questões relevantes à prática comercial, às finanças do soberano e ao progresso das nações - Mercantilismo = corpo integrado de políticas de Estado, em defesa da riqueza nacional - Vender anualmente mais em valor aos estrangeiros do que consumir deles - Liberalismo = Estado deve garantir liberdade e comércio, desde que não legisle contra as leis naturais (crítica ao mercantilismo) - Petty = começo da ideia fisiocrata mas um mercantilista/ três preços = preço natural (preço de equilíbrio), preço político (preço do trabalho) e preço corrente (preço político em unidades monetárias) - Fisiocracia = renda da terra como produto líquido da terra, expresso em grãos, ou seja, produto total menos insumos e subsistência Kuntz: - Primeira escola baseada em uma filosofia econômica - Fisiocracia = governo da natureza - Como para os fisiocratas apenas a agricultura gerava riqueza, eles não se preocupavam com o estudo de outras áreas de produção - Ordem natural = regras de comportamento, de interesses, de ciência, de felicidade e infelicidade e de vontades. Ou seja, há uma ordem natural que guia a sociedade em todas as relações, assim como guia a agricultura. Afastando-se dessa ordem natural a sociedade acaba entrando em decadência - Três classes sociais = produtiva (agricultura = faz renascer as riquezas anuais da nação), proprietária (receptores da renda fundiária, dos impostos e dos dízimos) e estéril (agentes econômicos urbanos – comerciantes, artesãos, etc: não é sinônimo de inútil, mas sim de produção que não gera excedente) - Só podehaver um setor não-agrícola se houver excedente agrícola. Entretanto, somente o setor rural é capaz de gerar um produto líquido (excedente) = fertilidade natural do solo, sendo fonte primária de animação de todo o sistema. No comércio, não a perda nem ganho - Só a terra produz porque ela é viva, ou seja, minas e pedreiras não produzem. Então há uma nova noção de esterilidade = capacidade de manter a vida - Indústria = pouco segura como fonte de poder para o Estado, pois seus recursos são móveis , enquanto seus ganhos são potencialmente efêmeros, além da estreiteza de seus mercados - Propriedade privada estimula a sua melhora e, assim, favorece a sociedade - Lucro temporário = já que há generalização da grande cultura e a renovação dos contratos de arrendamento. O que se ganha de verdade é salário (salário superior). Empresários ganham mais do que os cultivadores porque essa atividade demanda logos estudos Napoleoni: - Existe uma ordem natural para a sociedade semelhante a ordem que rege a natureza física - Economia como forma de organizar a sociedade - Realidade da troca como ponto de partida para os fisiocratas - Propriedade privada = cada um trabalha para os demais, embora acredite trabalhar apenas para si mesmo - É porque o excedente somente existe na agricultura que o capitalismo, como meio para a ampliação do excedente, faz sentido exclusivamente dentro do âmbito da atividade agrícola - Teoria do valor é algo inexistente na fisiocracia, porque eles não abriram a mente para avaliar outros setores - O conceito de excedente nasce a partir da fisiocracia - Juro = parte do produto total que serve à renovação do capital fixo, para os gastos de manutenção e para a constituição de um fundo para infortúnios - Três classes sociais = produtiva (arrendatários capitalistas e assalariados), estéril (atividades que se distanciam da agricultura) e proprietários (rei e Igreja com a coleta dos impostos e dízimo) - Toda a moeda retorna à classe produtiva, o que assinala o término do processo de circulação da riqueza - Quadro econômico = análise do equilíbrio global do sistema econômico/ circulação da riqueza entre as classes - Economia no grau máximo de produtividade = “bom prix” (inexistência de políticas para baixar o preço dos cereais, afinal sem dinheiro aos trabalhadores não há produção), “laissez faire” (fim os monopólios) e “renda da terra” (imposições fiscais que não incidam sobre a produção) Quesnay: - É mais vantajoso gastar todo o dinheiro com a classe produtiva - Todo o consumo desaparece, entretanto, isso não acontece com a classe produtiva porque ela se basta por si - Tudo que é desvantajoso para a agricultura é prejudicial à nação e ao Estado e tudo que favorece a agricultura é útil as Estado e à nação, ou seja, agricultura = prosperidade e força militar do reino - Seria interessante que a classe estéril fizesse parte da classe produtiva, dada a fertilidade natural do solo - Mercantilismo e comércio exterior = apenas troca de igual para igual - Riqueza individual e não da nação FISIOCRACIA (Fase científica) - Fisiocracia pensa agora no indivíduo não mais na riqueza do país - A sociedade deve ter leis tão exatas como as leis da natureza, assim, só a agricultura gera lucro - Filosofia do direito natural = ideias de que existem leis (leis naturais) que se estabelecidas pelo governo podem dar certo - Excedente = valor da produção – gasto necessário com a produção (matéria prima, salário e depreciação) - Lucro temporário = mesmo que os empresários agrícolas só recebam salário, o objetivo deles é o lucro - França - Século XVII (17) - Françoise Quesnay (1694 – 1774) ADAM SMITH (Fase científica) - Herança da fisiocracia = riqueza como produção de bens/ o crescimento da economia depende da acumulação de capital/ motivação para a riqueza = lucro - Conceito de simpatia = se colocar no lugar do outro (expectador imparcial = analisa a situação de fora) - Força de produção = a divisão do trabalho é tão poderosa que gera um excedente para ser trocado (exemplo príncipe da África) - As atividade econômicas só tem impulso se ao final do processo atingirem um amplo mercado consumidor - Reino Unido - Século XVIII – XIX (18-19) - Adam Smith (1723 – 1790) Adam Smith: A divisão do trabalho = - Não permanece o pensamento fisiocrata que apenas a agricultura gera riqueza – - Exemplo da fábrica de alfinetes = Produção de 20 para 4800 cada trabalhador. Em qualquer outro ofício ou manufatura os efeitos da divisão do trabalho são semelhantes - Na agricultura não há tanta facilidade para a divisão do trabalho - Divisão do trabalho = aumenta a habilidade-destreza do trabalhador por ser uma atividade de repetição e focar apenas em uma etapa de produção/ poupa o tempo que se perde na passagem de uma atividade para outra/ auxilia na invenção de um grande número de máquinas (exemplo das crianças nas fábricas) - Cada trabalhador tem que vender uma grande quantidade de seu próprio trabalho, além daquela de que ele mesmo necessita - Sem a ajuda e cooperação de muitos milhares não seria possível prover as necessidades nem mesmo de uma pessoa de classe mais baixa de um país civilizado O princípio que dá origem a divisão do trabalho = - Propensão existente na natureza humana à troca - Cada um pode comprar qualquer parcela da produção dos talentos dos outros, de acordo com as suas necessidades A divisão do trabalho limitada pela extensão do mercado = - Como é o poder de troca que leva à divisão do trabalho, a divisão é limitada pela extensão do mercado (exemplo do transporte marítimo = só vale a pena exportar para o exterior se o custo for baixo - O interior do país pode durante muito tempo não ter mercado para a maior parte de suas mercadorias A origem e o uso do dinheiro = - O trabalhador necessita da produção dos outros trabalhadores - Toda sociedade deve ter uma certa quantidade de outras mercadorias para receber em troca do produto de seu próprio trabalho (gado, sal, concha, fumo, açúcar, pedra, prego, metal, etc) - Os metais apresentam a vantagem de poderem ser conservados, sem perder o valor - Casas da moeda = garantir a qualidade e a quantidade de metal nas moedas - Dinheiro se transformou no instrumento universal do comércio - Significados da palavra valor = valor de uso (utilidade de um determinado objeto) e valor de troca (poder de compra que o referido objeto possui, em relação às outras mercadorias) O preço real e o preço nominal das mercadorias = - A maior parte das necessidades do homem é atendida com o produto do trabalho do outro - Trabalho = difícil de determinar proporções devido ao tempo gasto em cada tipo de trabalho e aos graus diferentes de necessidade. Ouro e prata = como qualquer mercadoria, variam de valor. Trabalho = para o empregador o trabalho também varia. Trigo = varia de um ano para o outro, diferentemente do ouro e da prata que só varia de um século para o outro. Ouro e prata = inúmeras flutuações. Assim, o trabalho é a única medida universal, ou seja, o único padrão através do qual se compara valores de mercadorias diferentes Fatores que compõem o preço das mercadorias = - O lucro tem como base o gasto com matéria prima e salários - O produto total do trabalho nem sempre pertence ao trabalhador (exemplo a renda da terra) - Agregação de valor = quanto mais um produto sofre uma transformação manufatureira, a parte do preço representada pelos salários e pelo lucro se torna maior em comparação com a que consiste na renda da terra - Receita = salários (trabalho), lucros (capital) e renda da terra (terra) O preço natural e o preço de mercado das mercadorias = - Preço natural = mercadoria vendida exatamente pelo que vale - Preço de mercado = preço efetivo = acima ou a baixo do preço natural dependendo da demanda. Quantidade inferior a demanda = sobra produtos, quantidade superior a demanda = sobra compradores e quantidade igual a demanda = preço de mercado se iguala ao preço natural
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