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Aula06PED - Alimentação complementar

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Anna Beatriz Fonseca | MED UNIFTC 2020.2 – 3º semestre 
 
INTRODUÇÃO 
A introdução de alimentos na dieta da criança após os seis meses 
de idade deve complementar as numerosas qualidades e funções do 
leite materno. Além disso, a introdução da alimentação 
complementar aproxima progressivamente a criança aos hábitos 
alimentares de quem cuida dela e exige todo um esforço adaptativo 
a uma nova fase do ciclo de vida, na qual lhe são apresentados novos 
sabores, cores, aromas, texturas e saberes. 
▪ Qualquer alimento, que não o leite materno, oferecido à 
criança amamentada: 
o Não existe evidência suficiente para introduzir um 
alimento ou outro preferencialmente, e na maioria das 
vezes, sem sequência pré-definida; 
o Considerar as limitações fisiológicas do lactente: Os tratos 
digestório e renal e o sistema imunológico encontram-se 
em fase de maturação. 
▪ Quando iniciar é um tema controverso e discutível, mas a OMS 
recomenda o aleitamento exclusivo até os 6 meses; 
o O lactente está pronto fisiologicamente para receber 
alimentos sólidos a partir de 4 meses; 
o A sociedade europeia (ESPGHAN), através de estudos, 
recomenda aleitamento materno até dois anos, 
entretendo à dieta complementar deve ser iniciada entre 
17 e 26 semanas de vida. 
MOTIVOS PARA ESTUDAR 
A criança é um ser em evolução e, assim, necessita de substrato para 
crescer e se desenvolver adequadamente, com aquisição de 
capacidades psicomotoras e neurológicas que podem ser 
observadas a cada mês. Ganho anual desejável: 
▪ 1° ano: Aumento de 24cm e 6000g; 
▪ 2° ano: Aumento de 12cm e 2500g; 
▪ 3° ano em diante: Aumento de 5 a 7cm ao ano. 
PRÁTICAS ADEQUADAS DA ALIMENTAÇÃO INFANTIL 
PELA OMS 
▪ Fornecer quantidade de alimentos adequada para suprir os 
requerimentos nutricionais e crescer de forma adequada; 
▪ Proteger as vias aéreas da criança contra a aspiração de 
substâncias estranhas; 
▪ Não exceder a capacidade funcional e metabólica do trato 
gastrointestinal e renal da criança. 
SINAIS DO DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR 
APTIDÃO PARA RECEBER DIETA SÓLIDA 
▪ Sustentação cervical; 
▪ Senta com apoio; 
▪ Diminuição do reflexo da exclusão lingual – movimento de 
protrusão da língua; 
▪ Insatisfação com o leite materno ou fórmula associada ou não 
com redução dos intervalos. 
TEORIA DOS 1000 D IAS 
▪ Período que começa após a concepção até o 2º ano de vida, e 
nesse tempo há um conjunto de intervenções altamente 
efetivas para a redução da desnutrição e obesidade, e outras 
doenças metabólicas. 
Tabela 1: Intervenções segundo domínios do desenvolvimento com 
ênfase nos 1000 dias. 
DEZ PASSOS PARA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL 
PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE E SOCIEDADE BRASILEIRA 
DE PEDIATRIA 
1. Dar somente leite materno até os 6 meses, sem oferecer água, 
chás ou qualquer outro alimento. 
❖ Diante da impossibilidade do aleitamento materno, deve-
se utilizar fórmula infantil que satisfaça as necessidades 
desse grupo etário. 
Pediatria 
 
 
 
Anna Beatriz Fonseca | MED UNIFTC 2020.2 – 3º semestre 
 
2. Ao completar 6 meses, introduzir em 1 mês a dieta 
complementar total, seguindo uma ordem que for mais 
conveniente para a família e o bebê, mantendo o leite materno 
até os 2 anos de idade ou mais. 
Porque dieta aos 6 meses? 
▪ Aos 6 meses de idade o leite materno não é mais suficiente para 
atender a todas as necessidades nutricionais da criança; 
▪ O lactente já apresenta maturidade fisiológica e neurológica 
para receber outros alimentos: 
o Enzimas digestivas em quantidade suficiente; 
o Aparecimento da dentição; 
o Desaparecimento do reflexo de protusão da língua; 
o Pescoço firme. 
3. Ao completar 6 meses, deve ofertar alimentos complementares 
(cereais, tubérculos, carnes, leguminosas, frutas e legumes), se 
a criança estiver em aleitamento materno: três vezes ao dia; e 
se desmamada 5x ao dia (3 dietas de alimentação 
complementar e 2 de fórmula). 
❖ Três vezes ao dia: Papa de fruta, papa principal e papa de 
fruta; 
o Fornecem energia, micronutrientes e proteína, além 
de preparar para a formação de hábitos saudáveis. 
❖ Aos 7 meses se acrescenta a 2° papa principal: 
o Obs.: Nomenclatura de papas salgadas foram 
substituídas por papa principal de misturas 
múltiplas para desconstruir ideia de sal. 
4. A alimentação complementar deve ser oferecida de acordo 
com os horários de refeição da família, em intervalos regulares 
e de forma a respeitar o apetite da criança. 
❖ Intervalos regulares entre as refeições (2 a 3 horas). 
5. A alimentação complementar deve ser desde o início e 
oferecida de colher, iniciar com a consistência pastosa 
(papas/purês) e, aumentar a consistência até chegar à 
alimentação da família. 
❖ Avaliar a qualidade dos alimentos consumidos pela 
família e do uso de condimentos que não são permitidos 
para os lactentes (deve ser preparado de forma natural, 
sem uso de condimentos temperos industrializados, ex.: 
Sazon e Knorr): 
o O lactente possui pequena capacidade gástrica: 20 a 
30 ml por kg de peso. 
❖ Temperos in natura são permitidos na elaboração de 
preparações (salsinha, cebolinha, coentro, manjericão, 
tomilho, alecrim, etc.); 
❖ Não oferecer alimentos simplesmente para prover 
calorias, sem outros benefícios nutricionais adicionais. 
6. Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia, fazendo uma 
alimentação variada (colorida), que contém alimentos de 
todos os grupos todos os dias. 
❖ Importância da proteína ex.: carne e frango: Contém 
ferro e facilitam a absorção do ferro contido nos vegetais. 
7. Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas 
refeições, pois são as principais fonte de vitaminas, minerais e 
fibras. 
❖ As frutas devem ser oferecidas in natura e amassadas, ao 
invés de sucos; 
❖ No início, verduras e legumes podem ser pouco aceitos 
pelas crianças pequenas, que normalmente preferem o 
sabor doce, mas são necessárias 8 a 10 exposições a um 
novo alimento para que ele seja aceito pela criança; 
❖ As refeições não devem ser substituídas por lácteos 
(leites) ou lanches; 
❖ Não se recomenda que os alimentos sejam muito 
misturados (sabores e texturas – alimentos separados no 
prato). 
O Departamento de Nutrologia da SBP recomenda que no 
momento da alimentação o lactente deve receber alimentos 
amassados oferecidos de colher, mas deve experimentar com as 
mãos, explorar diferentes texturas dos alimentos como parte do 
aprendizado sensório-motor: Técnica BLW (Baby-Led-Weaning. 
8. Deve-se evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, 
balas, salgadinhos e outras guloseimas, nos primeiros anos de 
vida: 
❖ Baixo valor nutricional e interferem na absorção de 
nutrientes; 
❖ Não adicionar sal antes dos 12 meses e após usar com 
moderação; 
❖ Alimentos ultra processados, enlatados e embutidos 
contêm sal em excesso, aditivos e conservantes artificiais; 
❖ As frituras são desnecessárias, uma vez que fonte de 
lipídeos está presente no leite, nas proteínas e no óleo 
vegetal natural. 
Riscos: 
▪ O mel está contraindicado no 1° ano pelo risco do botulismo; 
▪ O consumo dos industrializados está associado à anemia, ao 
sobrepeso e às alergias alimentares; 
▪ Uso de água de coco como substituto de água é 
contraindicado. 
Anna Beatriz Fonseca | MED UNIFTC 2020.2 – 3º semestre 
 
9. É preciso cuidar da higiene no preparo e manuseio dos 
alimentos, garantindo o seu armazenamento e conservação 
adequados. 
❖ A introdução da alimentação complementar expõe ao 
risco de infecções (ex.: doença diarreica); 
❖ É necessário cuidados com higiene das mãos, utensílios 
(mamadeiras, talheres, etc.) e a dos alimentos, além de 
mantê-los cobertos e conservados em geladeira. 
10. Estimula-se a criança doente e convalescente a se alimentar, 
oferecendo sua alimentação habitual e seus alimentos preferidos, 
respeitando a sua aceitação. 
A anorexia na criança doente é um fenômeno universal e pode 
persistiralém do episódio da doença. 
ALIMENTAÇÃO DO LACTENTE – 1º ANO 
ATÉ O 6º MÊS: 
▪ Aleitamento materno exclusivo. 
A PARTIR DO 6º MÊS: 
▪ Leite materno e alimentação complementar. 
o Fornecer dieta equilibrada (sem excesso de carboidratos 
e lipídios – risco de HAS e DM). 
▪ A criança tende a rejeitar as primeiras ofertas dos alimentos, 
pois tudo é novo, a colher, a consistência e o sabor; 
o Nos primeiros dias, é normal a criança derramar ou 
cuspir o alimento. 
▪ A papa deve ser amassada, sem peneirar ou liquidificar e 
ofertada em pequenas quantidades do alimento, entre uma e 
2 colheres de chá; 
▪ Com o decorrer do tempo, há uma capacidade da criança 
autorregular sua ingestão alimentar; 
▪ Pais são “modelos” para a criança, logo, se os mesmos não 
possuem alimentos em suas alimentações diária, é bem 
provável que a criança não tenha afeição por esses alimentos; 
▪ Ferro e zinco em maior quantidade do que o leite materno 
costuma oferecer, leva ao crescimento acelerado, 
característicos dessa faixa etária: 
o Cerca de 50-70% de zinco e 70-80% de ferro devem vir 
de fontes complementares por meio da alimentação 
(carnes e vísceras). 
▪ Realizar a introdução de alimentos, potencialmente 
alergênicos (glúten, peixe, crustáceos e ovos) após 6º mês 
de vida juntamente com a alimentação complementar: 
o Retardar a introdução desses alimentos não protege a 
criança do desenvolvimento de doenças alérgicas, 
podendo, inclusive, aumentar esse risco. 
Considerações: 
▪ Orientar pela opção não vegetariana, mas, caso seja opção da 
família, devem ser suplementadas (cálcio, ferro, zinco, 
vitaminas A, D, B1, B2, B6, B12, DHA e proteínas); 
▪ O leite de vaca integral não deverá ser introduzido antes dos 
24 meses de vida; 
▪ Oferecer água potável, a partir da introdução da alimentação 
complementar. 
ESTRATÉGIAS QUE DEVEM SER ADOTADAS 
▪ Manter o aleitamento materno até os 2º ano de vida; 
▪ Aumentar a frequência das refeições, flexibilizando horários e 
regras alimentares; 
▪ Oferecer alimentos prediletos, ricos em calorias, em 
consistência que facilite a deglutição. 
Tabela 2: Aleitamento e introdução alimentar de cada mês. 
Tabela 3: Sugestão de esquema para o dia alimentar. 
▪ Fatores que interferem no autocontrole pela demanda de leite: 
o Desconhecimento do comportamento normal da criança, 
que leva a uma dificuldade para distinguir quando há 
alterações, ex.: diferenciar fome de outras causas de choro 
(sede, calor, frio, etc.); 
o Expectativa exagerada ou diminuída quanto ao volume 
de alimentos que a criança deve receber. 
Anna Beatriz Fonseca | MED UNIFTC 2020.2 – 3º semestre 
 
 
Tabela 4: Componentes das misturas das demandas nas crianças. 
Definições: 
▪ Legumes são vegetais cuja parte comestível não são folhas 
(cenoura, beterraba, abóbora, chuchu); 
▪ Verduras são vegetais cuja parte comestível são as folhas 
(alface, couve, repolho, rúcula); 
▪ Tubérculos são caules curtos e grossos, ricos em carboidratos 
(batata inglesa, mandioca). 
Tabela 5: Recomendações de textura e quantidade para idade. 
ALIMENTAÇÃO DO LACTENTE – 2º ANO 
As refeições passam a ser similares às consumidas pela família – 
devem ser feitas à mesa ou em cadeira própria para a criança – e 
amamentação deve continuar, sendo incentivada a ingestão média 
de 600ml de leite (e também outros derivados – iogurtes, queijos), 
visando à boa oferta de cálcio, no segundo ano de vida. 
▪ Princípios de alimentação responsiva: 
o Alimentar a criança pequena diretamente e assistir as 
crianças mais velhas quando elas já comem sozinhas; 
o Alimentar tenta e pacientemente e encorajar a criança a 
comer, mas não forçá-la; 
o Se a criança recursar muitos alimentos, experimentar 
diferentes combinações de alimentos, de gostos, texturas 
e métodos de encorajamento; 
o Minimizar distrações durante as refeições (ex.: telas de 
TV, celular); 
o Reforçar que o período destinado a realização as refeições 
deve ser momentos de aprendizados e amor: falar com a 
criança durante a alimentação, manter contato olho a 
olho. 
Neofobia natural: A queixa de recusa alimentar frequente. 
Observações: 
o Não permitir a utilização de alimentos artificiais e 
corantes; 
o Não deve haver restrição de gordura e colesterol; 
o O famoso “café com leite” não deve ser ofertado a crianças 
de 6 meses até 2 anos. 
SUPLEMENTAÇÃO 
▪ Vitamina K: Ao nascer com 1,0mg por via intramuscular; 
▪ Vitamina D: 1ª semana de vida (única das vitaminas que é 
sintetizada pelo organismo, desde que haja exposição solar): 
o Deficiência: Raquitismo; 
o RN termo: 400 UI/dia após 1º semana de vida até 1 ano e 
600 UI/dia após 1º ano até 24 meses; 
o RN pré-termo: Iniciar quando peso > 1500g e se houver 
tolerância plena à nutrição enteral (profilática). 
▪ Ferro: A partir do 3° mês (AAP/SBP), na dose de 1mg/kg/dia 
até os 2 anos de idade e sua deficiência se associa a vários 
problemas: 
o Anemia ferropriva; Retardo do DNPM; Diminuição das 
defesas; Queda da capacidade intelectual e motora. 
Tabela 6: Recomendações quanto à suplementação do ferro. 
▪ Vitamina A: Em megadoses (áreas endêmicas) ou diária: 
o É essencial para o crescimento e desenvolvimento das 
crianças apenas em áreas endêmicas de hipovitaminose 
(no Brasil, em menores de 2 anos é adequada): 
❖ Fígado, gema de ovo, produtos lácteos, vegetais e 
frutas cor de laranja, folhas verde escuras. 
 
Anna Beatriz Fonseca | MED UNIFTC 2020.2 – 3º semestre 
 
o Megadoses: 
❖ Crianças 6 a 12 meses: 100.000 UI a cada 4-6 meses; 
❖ Crianças 12 a 72 meses: 200.000 UI a cada 4-6 meses. 
Atenção: Uso de polivitamínicos com vitamina A contraindica 
megadoses. 
ALIMENTAÇÃO DO PRÉ-ESCOLAR 
Fase de 2 a 6 anos com redução do crescimento e o comportamento 
alimentar caracteriza-se por ser imprevisível e variável. 
▪ Quantidade ingesta de alimentos pode oscilar; 
▪ Caprichos podem fazer com que o alimento favorito de hoje 
seja inaceitável amanhã ou um único alimento seja aceito por 
muitos dias seguidos. 
 
1. Neofobia (dificuldades em aceitar alimentos novos ou 
desconhecidos): 
Quanto mais neofóbica a criança, mais os pais usam de persuasão, 
recompensa, contingência e preparo de alimentos especiais, 
relacionando sentidos (ex. visão e olfato) na experiência, e não é 
correto agir dessa forma. 
▪ Correção: Necessário que a criança prove o novo alimento, em 
torno de 8 a 10 vezes. 
2. Apetite: 
o É variável, momentâneo e depende de vários fatores, mas 
deve atentar-se que a criança tem direitos fundamentais 
na alimentação e possui mecanismos internos de 
saciedade que determinam a quantidade de alimentos 
que ela necessita; 
o O apetite pode diminuir se, na refeição anterior, a 
ingestão calórica foi grande; 
o Crianças em idade pré-escolar devem utilizar sentidos 
como visão, odor na experiencia com novos alimentos; 
o Os alimentos preferidos pela criança são os de sabor doce 
e muito calóricos, mas deve-se observar o consumo de, no 
máximo, 25g/dia de açúcar (AAP, 2016). 
3. Comportamentos e atitudes: 
▪ Quando a criança já for capaz de se servir à mesa e comer 
sozinha, essa conduta deverá ser permitida e estimulada; 
▪ Os conflitos nas relações familiares e na relação mãe-filho são 
demonstrados com clareza na alimentação pela criança; 
▪ Comportamentos como recompensas, chantagens, subornos, 
punições ou castigos para forçar a criança a comer, devem ser 
evitados; 
▪ A alimentação deve ser lúdica e em família, com a participação 
ativa da criança no preparo dos alimentos, autonomia para 
alimentar-se sozinha sem a coerção do adulto. 
 
Figura 7: Seletividade x Dificuldade alimentar. 
EDUCAÇÃO NUTRICIONAL 
Os objetivos nutricionais fundamentais desta prática são o 
crescimento e desenvolvimento adequados, a evitação dos déficits 
de nutrientes específicos e a prevenção de problemas de saúde na 
idade adulta que são influenciados pela dieta (hipercolesterolemia, 
HAS,obesidade, DM2, doença cardiovascular, osteoporose, cáries, 
etc.). 
▪ Mamadeiras: Não são indicadas, mas, se estiverem em uso, 
deve-se eliminá-las até os 3 anos de idade; 
▪ Sucos: Devem limitar a quantidade máxima de 120mL/dia 
para crianças de 1 a 3 anos e de 175mL/dia para crianças de 4 
a 6 anos – suco é processado, e as fibras são lisadas; 
▪ Refrigerantes: Não precisam ser proibidos, mas devem ser 
evitados; 
▪ Bebidas e produtos à base de soja: Não devem ser consumidos 
de forma indiscriminada; 
▪ Salgadinhos, balas e doces: Devem ser evitados; 
▪ Estar atento à qualidade da gordura consumida; 
▪ Alimentos que possam provocar engasgos devem ser evitados 
(ex. uva inteira, pedaços grandes de alimentos, pipoca, etc.). 
Figura 8: Número de porções recomendadas de acordo com a faixa 
etária, segundo grupos da Pirâmide alimentar. 
Anna Beatriz Fonseca | MED UNIFTC 2020.2 – 3º semestre 
 
FOME OCULTA 
Problema nutricional mais prevalente em todo o mundo, sendo 
uma carência silenciosa (sem manifestação) de um ou mais 
micronutrientes no organismo. 
▪ Baixa qualidade dos alimentos consumidos reflete em crianças 
deficientes em micronutrientes (vitaminas e minerais): 
o Depleta silenciosamente os estoques desses 
micronutrientes; 
o Sequelas irreversíveis: Devido a precocidade de instalação 
e exposição prolongada à deficiência. 
▪ Crianças obesas: Falsa idade de “bem nutrida”. 
Curiosidade: Tabela 9: Diferença entre o leite humano, de vaca 
integral e o geral das fórmulas infantis. 
 
Materiais complementares para estudo: 
1. Manual de orientação – 
Departamento de Nutrologia, pela 
Sociedade Brasileira de Pediatria 
(indicação da professora). 
 
2. QR Code: Caderneta da criança – 2020 Brasil: 
 
 
 
Respectivamente, da 
menina e do menino. 
Páginas de alimentação 
complementar: 32-37.

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