Relatório de Flexner e Dawson - IEM

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Relatório de Flexner e Dawson
· Flexner:
Flexner foi um estudioso Norte - americano que dedicou sua vida ao estudo do ensino médico na Europa, EUA e Canadá. 
Ele foi convidado para atuar na pesquisa sobre educação médica no Canadá e EUA em 1910. Visitou 155 escolas médicas no total e percebeu que apenas 31 dessas teriam condições de prestar serviços de qualidade, entretanto, durante suas visitas Flexner não utilizou nenhum método avaliativo padrão, apenas analisava os laboratórios de forma fugaz, com duração de aproximadamente 1h.
Durante esse período a quantidade de escolas médicas só crescia, pelo fato de não precisarem do aval governamental para o funcionamento, com isso a qualidade de ensino prestado nessas instituições eram péssimos, alguns exemplos são os laboratórios incompletos e os diferentes períodos de duração do curso em cada universidade.
· O relatório de Flexner abordou pontos como:
- Divisão do estudo médico em ciclo básico e ciclo clinico, cada um com 2 anos de duração.
- Medicina baseada de cientificismo.
- A atenção integral ao paciente era desvalorizada.
- A função da medicina seria apenas tratar a doença e não o paciente como um todo. 
- O método cientifico seria a única forma de se obter conhecimento médico.
Além disso, Flexner defendia que a educação médica era destinada à elite. Ele era uma figura polêmica, e o termo flexneriano é tido como pejorativo. 
· Dawson:
Dawson foi um médico que trabalhou na organização de serviços emergenciais na I guerra mundial. Era o coordenador de uma comissão que precisava definir e sistematizar esquemas de serviços médicos que deveriam estar disponíveis para a população de uma área especifica. 
· Em oposição ao pensamento de Flexner, Dawson publica em 1920 o Informe Dawson, onde os principais pontos foram:
- Inicia-se o conceito de centro primário à saúde.
- A prevenção é mais importante no processo saúde- doença.
- Perspectiva de regionalização e hierarquização dos serviços médicos.
- O primeiro nível do sistema deveria resolver 80 a 90% dos problemas clínicos, preventivos.
- Propôs uma medicina humanizada, voltada para um olhar holístico no paciente, o qual deveria ser tratado num contexto de determinantes sociais.