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Ebook_Proteção de Dados Digitais e Gamificação

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6ª Jornada de Comunicação Institucional
O Poder do Digital
Mesa Digital: Proteção de Dados Digitais e Gamificação
Ebook elaborado pelos alunos da disciplina de Cerimonial Protocolo e Even-
tos, do curso de Comunicação Institucional, em parceria com a Empresa Júnior 
Fábrica de Comunicação.
 
 
 
Coordenação geral: 
Rafaela Pereira França Leite
Conteúdo:
Giovanna Albiero Salles
Tiffany Cunha de Jesus
Capa e diagramação:
Maria Eduarda Mischiatti de Marco
Miriah Benedito Zanão
Revisão:
Letícia Fernandes Bispo
Apoio:
Gláucia Maria de Macedo
Letícia Fernandes Bispo
Luisa Clara Machado
Venilson Mendes Farias
Orientação:
Letícia Salem Herrmann Lima
 
 
 
 
1º edição - Dezembro/ 2020
 
 
 
Esse ebook é licenciado sob a Creative Commons Atribuição BY-NC-ND 4.0 
(Não comercial, Sem derivações)
SUMÁRIO
Capítulo I - Proteção de Dados para Comunicação
 1. A LGPD
1.1. O que são dados pessoais
1.2. Os princípios
1.3. Alguns direitos previstos na lei
2. A LGPD na Comunicação
2.1. Consentimento
2.2. Acesso
2.3. Foco
3. Conclusão
Capítulo II - Impactos da LGPD na Comunicação Digital e gamificação 
como meio para melhorar o engajamento
1. Adequação nas ações de marketing segundo a LGPD
2. Comunicação Digital acessível e transparente
3. Conceito de gamificação e formas de utilizá-la em campanhas 
4. Benefícios dessa estratégia e as comunidades digitais
5. Uma última mensagem
 
1. A LGPD 
A LGPD dispõe sobre o tratamento de dados pessoais, seja por meios digitais 
ou não, e tem como objetivo a proteção dos direitos fundamentais de liberdade e 
privacidade, bem como, o livre desenvolvimento da pessoa natural. 
A aplicação da LGPD se limita aos profissionais ou empresas que: 
a) Tenham estabelecimento no Brasil; 
b) Ofereçam ou forneçam bens ou serviços no Brasil; 
c) Coletem e tratem dados pessoais de pessoas localizadas no Brasil, indepen-
dentemente da nacionalidade. 
1.1. O que sãO DaDOs PessOais 
Dado pessoal é a informação relacionada a pessoa natural/física identificada 
ou identificável. Como exemplo de dados pessoais: nome, endereço, CPF, e-mail, 
fotografia, assinatura, dados acadêmicos, e qualquer informação que permita a 
individualização de uma pessoa. 
1.2. Os PrincíPiOs 
 Os três princípios mais relevantes da lei e que norteiam o tratamento de dados 
são: 
Finalidade: o tratamento de dados deve ser apenas feito quando houver propósi-
tos legítimos, específicos, explícitos e informados ao titular. 
Adequação: compatibilidade do tratamento com as finalidades informadas ao ti-
tular, de acordo com o contexto do tratamento. 
Necessidade: limitação do tratamento ao mínimo necessário para a realização 
de suas finalidades, com abrangência dos dados pertinentes, proporcionais e não 
excessivos em relação às finalidades do tratamento de dados. 
1.3 alguns DireitOs PrevistOs na lei 
O titular dos dados pessoais tem direito a obter a qualquer momento e median-
te requisição: 
a) Direito a confirmação da existência de tratamento de dados; 
b) Acesso aos dados; 
Proteção de dados 
Para ComuniCação
c) Correção de dados incompletos, inexatos ou desatualizados; 
d) Anonimização, bloqueio ou eliminação de dados desnecessários, excessivos 
ou tratados em desconformidade com o disposto nesta Lei; 
e) Portabilidade dos dados a outro fornecedor de serviço/produto, mediante 
requisição expressa e observados os segredos comercial e industrial; 
f) Eliminação dos dados pessoais tratados com o consentimento do titular; 
g) Informação das entidades públicas e privadas com as quais o controlador 
realizou uso compartilhado de dados; 
h) Informação sobre a possibilidade de não fornecer consentimento e sobre as 
consequências da negativa; 
i) Revogação do consentimento. 
2. A LGPD nA ComuniCAção 
O profissional da Comunicação é o chamado “operador” de dados, pois é ele 
quem faz o tratamento dos dados a comando do “controlador”, que é a agência ou 
empresa onde esse trabalha. Para tanto, importa a este profissional preocupar-se 
com três áreas chave acerca da proteção de dados e a LGPD: 
2.1. cOnsentimentO
 O consentimento que você recebe para tratar os dados está diretamente rela-
cionado aos “opt-ins” do e-mail, ou seja, a pessoas que solicitou o recebimento de 
material promocional ao clicar no quadrado que diz algo como “Eu desejo receber 
promoções e novidades”. Você não pode supor as pessoas queiram ser contatadas, 
NUNCA. 
Para a LGPD, consentimento é: “manifestação livre, informada e inequívoca pela 
qual o titular concorda com o tratamento de seus dados pessoais para uma finalidade 
determinada”. O que isso significa? Na prática isso significa que os leads, clientes e 
parceiros precisam confirmar de forma expressa, por vontade própria de fazer o 
click, que desejam ser contatados. 
Portanto, uma caixa pré-marcada que opta automaticamente pelo recebimento 
de promoções e novidades não é mais válido. Os opt-ins precisam ser uma esco-
lha deliberada. 
2.2. acessO 
A LGPD oferece ao titular de dados um método para obter mais controle sobre 
como seus dados são coletados e usados - incluindo a capacidade de acessá-los 
ou removê-los - de acordo com o direito deles de serem esquecidos. 
Como profissional será sua responsabilidade garantir que seus usuários pos-
sam acessar facilmente seus dados e remover o consentimento para seu uso. Na 
prática, isso pode ser tão simples quanto incluir um link de cancelamento de ins-
crição em seu modelo de e-mail de marketing e vincular a um perfil de usuário 
que permita ao titular de dados gerenciar suas preferências de e-mail. 
2.3. FOcO
Como profissionais que se valem de base de dados para dar cabo a nossos ne-
gócios, todos nós podemos ser culpados de coletar um pouco mais de dados do 
que realmente precisamos. A partir da LGPD isso não mais será possível. 
Portanto, pergunte a si mesmo ao criar suas estratégias e modelos de negócio: 
Eu realmente preciso conhecer o filme favorito de alguém antes de ele se inscre-
ver em nosso boletim informativo? Provavelmente não. 
Com isso em mente, a LGPD exige que você justifique expressamente quais da-
dos está coletando, porquê e o que exatamente fará com estes dados. Aliás, é uma 
determinação legal que os Termos de Privacidade venham separados dos Termos 
e Condições de Uso no que se refere a sites ou aplicativos, e que nos Termos de 
Privacidade venha em destaque acerca do tema do tratamento dos dados, inclusi-
ve quando forem sensíveis, pois o consentimento para uso desses deverá ser tam-
bém expresso e nunca genérico. 
3. ConCLusão
Para se adequar contrate um bom advogado que saiba como escrever bons con-
tratos para o seu negócio digital, e não se preocupe, a LGPD não é tão assustadora 
quanto parece: foque nos dados que são de fatos necessários para seu negócio e 
não em coletar porque “é bom ter”, você precisará justificar isso expressamente ao 
seu cliente/ usuário, do contrário, tente evitar a coleta de dados desnecessários e 
continue com o básico. 
1. ADequAções nAs Ações De mArketinG 
seGuinDo A LGPD
A LGPD tem diversos impactos no cotidiano do setor de marketing, pois afeta 
diretamente o processamento de dados. É muito importante seguir orientações 
de um profissional especializado, pois existem diferentes casos, e é recomendado 
um diálogo entre a equipe para planejamento das ações e nivelamento do conhe-
cimento de todos.
Caso a empresa não esteja adequada ainda, há algumas atitudes a serem feitas: a 
Política de Privacidade e outros documentos devem ser revisados; a base de con-
tatos e dados atuais deve ser ajustada; os materiais já publicados (como pop-ups, 
formulários, banners) devem ser atualizados conforme requisitos legais.
Para empresas já em situação regular com a Lei Geral de Proteção de Dados, 
deve continuar com o padrão correto nas comunicações e novas ações, sempre 
buscando estar atualizado com as normas.
2. ComuniCAção DiGitAL ACessíveL 
e trAnsPArente
O planejamento, acessibilidade, clarezae transparência são essenciais para a 
LGPD, pois todos os processamentos feitos com os dados coletados já tem que 
estar previamente descritos e comunicados às pessoas que preencherem um lan-
ding page, por exemplo. Mas não só para a regulamentação, esses são princípios e 
boas práticas para todas as comunicações, principalmente as digitais, tendo em 
vista que todos na internet tem a opção em um clique de trocar de canal.
Por isso, mostrar ao seu público para que e como está utilizando os dados dele é 
importante, bem como engajar ele nas campanhas. Uma boa linha para seguir é o 
foco na entrega de valor com conteúdo, e isso pode ter ainda melhores resultados 
com a utilização da gamificação.
ImPaCtos PrátiCos da LGPd na 
ComuniCação diGitaL e 
GamifiCação Como meio Para
meLhorar o enGajamento 
3. ConCeito De GAmifiCAção e formAs
De utiLizá-LA nAs CAmPAnhAs
Gamificação é entendida como a inclusão de elementos de jogos em atividades 
que necessariamente não resultam em um jogo. Essa técnica está sendo cada vez 
mais utilizada em diversas áreas, por exemplo, na educação, saúde e comunica-
ção, que é o foco nesse e-book.
 O potencial da gamificação no marketing é imenso e está começando a 
ser trabalho por diversas empresas, já que torna processos mais interessantes. Os 
elementos de dinâmica de um jogo são diversos, pois se tratam desde uma con-
quista até a mecânica de um puzzle complexo. Para apresentar melhor na prática, 
estes são alguns exemplos de recursos usados em comunicações digitais: um con-
tador com rank de experiência em um perfil de comunidade, concursos de enga-
jamento em redes sociais e até aulas extras por cumprir uma meta de convidados 
em um evento online.
Todos os exemplos citados seguem uma mesma base para a interação que é a 
de um jogo, com regras e metas claras se cria o ambiente e a linha de chegada, ao 
comunicar dá a oportunidade e mantém o interesse com a recompensa de valor.
4. BenefíCios DessA estrAtéGiA 
e As ComuniDADes DiGitAis
Ter um objetivo factível e ser recompensado com algo que quer por atingir essa 
meta leva as pessoas a terem naturalmente uma motivação e participação ativa no 
processo. Então, utilizando bem a gamificação todas as comunicações, por mais 
simples que sejam, podem ser mais interativas e efetivas.
Assim, as pessoas que participarem irão compartilhar com outras e por con-
sequência terá a criação de uma comunidade viva, sendo o retorno de cativar de 
maneira verdadeira e engajar seu público ou equipe (sim, essa estratégia também 
pode ser utilizada dentro das instituições, como para gerenciamento de times re-
motos).
Portanto, o poder do digital tem muito apoio na comunicação e nas inovações, 
mas claro que isso vem com responsabilidades e por esse motivo foi criada a LGPD, 
mas também é por isso que ser transdisciplinar é um grande diferencial para um 
profissional.
5. umA úLtimA mensAGem
Comunique-se sempre com outras pessoas e aprenda a aprender, porque isso 
além de ajudar na vida em geral, irá te fazer uma pessoa que se adapta mais fácil 
ao novo, como as poderosas mudanças digitais do agora e do futuro.
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