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Unificação da Itália e Alemanha

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Unificação da 
Itàlia 
 
. Foi a união dos reinos da Península Itálica, após a 
expulsão dos austríacos. 
. Ocorreu por ação dos nacionalistas em 1970. 
. A Itália era predominantemente agrária 
. Depois do Congresso de Viena, península foi divi-
dia em sete Estados distintos, com suas próprias 
moedas e línguas. 
 
. A descontentação com tratado de Viena, fizeram 
os nacionalistas formarem partidos que propunham 
a libertação frente ao domínio estrangeiro, o esta-
belecimento de um regime constitucional. 
 
. Esses nacionalistas foram responsáveis pelas revo-
luções de 1830 e 1848 na Itália, influenciadas pelo 
Risorgimento – movimento romântico que pretendia 
ressuscitar o suposto espírito italiano. 
 
. Surgiram os Carbonários – sociedades secretas 
que reuniam monarquistas e republicanos. 
 
. A unificação da Itália foi liderada pelo reino da 
Sardenha-Piemonte, que conhecia um grande de-
senvolvimento industrial. 
 
 
 
. Expulsão dos austríacos da Península Italiana 
(1848-1859); 
. Anexação do reino das Duas Silícias (1860-1866); 
. Anexação dos Estados Pontifícios e de Roma 
(1870) 
 
Expulsão do Império Austro-Hungaro 
→ Itália obtém em 1859 apoio formal com Napo-
leão III, então imperador da França, em troca de 
recompensas territoriais. A aliança provocou rea-
ção da Áustria-Hungria, e foi tomado como pretex-
to para guerra. 
→ Vitória dos nacionalistas resultando na anexação 
da Lombardia, Toscana, Parma e Módena e parte 
dos Estados Pontifícios. 
 
Anexação do reino das Duas Silícias 
→ Obra do líder republicano Giuseppe Garibaldi 
→ Com um exército voluntário( os mil camisas ver-
melhas- sul) e o apoio da Inglaterra e Piemonte, 
Garibaldi marchou e conquistou Nápoles. 
→ Travadas batalhas em que os exércitos italianos 
do norte e do sul venceram as tropas francesas. 
→ Após, determinaram a renúncia de Garibaldi em 
favor do rei de Piemonte. 
. Restavam para ser incorporados apenas a região 
de Vêneto – domínio da Áustria-Hungria- e os Esta-
dos Pontifícios. 
 
Anexação dos Estados Pontifìcios e de Roma 
→ Itália se alia à Prússia contra o Império Austro-
Húngaro 
→ Anexação de Vêneto pela Itália em 1866, após 
uma guerra em que Itália, Prússia e França se opu-
seram a Áustri-Hungria. 
→ A guerra Franco-Prussiana de 1870 abriu espaço 
para que a Itália ocupasse Roma e os Estados Pon-
tifícios, até então defendidos pelo exército francês. 
 
 
 
. Questão Romana: em 1870, o papa Pio IX proibiu 
os católicos de participarem da eleição que elege-
ria o novo parlamento. 
 
. Problema solucionado apenas em 1929, pelo Tra-
tado de Latrão, assinado entre Mussolini e o papa 
Pio IX: 
→ a igreja católica reconhecia o Estado italiano, 
que por sua vez, concedia a soberania ao Vatica-
no, um Estado encravado na Roma sob a chefia 
direta do papa. 
→ a Itália comprometeu-se a instaurar educação 
religiosa católica em todas as escolas públicas da 
nação. 
 
 
 
. A unificação colocou o país em uma situação 
melhor frente aos seus poderosos vizinhos europeus, 
entretanto só a população norte foi favorecida – 
região industrializada. 
 
. A população sul era basicamente agrária e ainda 
semifeudal, a obrigações fiscais arruinaram a massa 
camponesa, decorrendo em uma situação de mi-
séria. 
 
. Corrente migratória italiana pelos habitantes do sul 
em direção à América. 
 
. Itália torna-se um país unificado que começaria a 
exploração na África. 
 
Etapas da Unificação 
Consequências 
O Vaticano e a Itália 
 
 
Unificação da 
Alemanha 
. A unificação aconteceu tardiamente 
 
. Existia na região da Alemanha uma série de Esta-
dos independentes unidos chamados de Sacro 
Império Romano-Germânico, cujo poder era limita-
do pelas tendências feudais de seus soberanos. A 
expansão napoleônica eliminou os restos do antigo 
império medieval com a organização da Confede-
ração do Reno, no mesmo ano. 
→ a formação da Confederação o Reno motivou a 
proliferação do espírito nacionalista entre as popu-
lações germânicas. 
 
. Após a queda d Napoleão, o Congresso de Viena 
tentou reorganizar o mapa político da Europa. Cria-
ram a confederação Germânica que reuniu 39 Es-
tados independentes. 
 
. O poder disputado entre o Império Austro-Húngaro 
e a Prússia, coube a Áustria – mais influente. 
→ o império Austro-Húngaro era Multinacional e 
católico, que o colocava em choque com as con-
cepções religiosas da maior parte dos alemães, 
que era protestante. 
 
 
 
 
. Unificação das fronteiras econômicas entre os 
diversos Estados - Zollverein (1834); 
. Eliminação do poderio austríaco sobre a Confede-
ração Germânica; 
. Anexação dos Estados localizados ao sul do Rio 
Meno, completando a Unificação Alemã. ( Guerra 
Franco-Prussiana) 
 
Zollverein ( 1834) 
→ Prússia propõe a seus vizinhos a criação, de uma 
união aduaneira entre os Estados germânicos que 
ficou conhecida como Deutscher Zollverein 
→ foram suprimidas as alfândegas e, consequen-
temente as taxações de importação e exportação, 
que dificultou o livre comércio da Confederação 
Germânica 
→ até 1853, quase todos os Estados alemães faziam 
parte do Zollverein, menos a Áustria 
→ favoreceu a ampliação do sistema ferroviário 
alemão, e contribuiu para o desenvolvimento soci-
oeconômico 
→ marcou decrescente influência austríaca sob o 
poder militar e industrial da Prússia, que na metade 
do século XIX passou a liderar firmemente o proces-
so de unificação dos Estados alemães. 
Eliminação do poderio austríaco sobre a Confederação 
Germânica 
→ Nomeação de Otto Bismarck (Chanceler de Fer-
ro)como primeiro-ministro, defensor do Real Politik: 
. atuação política extremamente pragmática para 
o desenvolvimento da nação, segundo o qual os 
fins da nação sempre justificavam os meios. 
→ A meta era eliminar definitivamente a influência 
austríaca da Confederação Germânica 
. Bismarck aliou-se a Áustria em uma guerra territo-
rial contra a Dinamarca, que rendeu-se 
. a assinatura da Paz de Viena provou atritos entre 
Prússia e Áustria quanto a partilha dos ducados 
. em 1866 tais atritos culminaram com a Guerra de 
Sete Semanas (Austro-Prussiana/Austro-Itálica) em 
que a Áustria enfrentou a Prússia (região alemã) e o 
Piemonte (Península Itálica). Derrota austríaca, que 
teve de consentir a dissolução da Confederação 
Germânica. 
→ Formação da Confederação Germânica do 
Norte em 1867, cujo presidente hereditário seria o 
imperador da Prússia 
 
Guerra Franco-Prussiana ( 1870-1871) 
e formação do Segundo Reich 
→ Escalada das tensões entre França e Prússia 
→ França protesta contra sucessão ao trono espa-
nhol por um nobre da dinastia prussiana 
→ os franceses passam a enviar cartas ao monarca 
prussiano atacando o crescimento da Prússia, que 
através de Guilherme I usa uma resposta como es-
tratégia 
. o chanceler prussiano confeccionou uma carta 
em nome do rei Guilherme I, em tom de agressivi-
dade contra a França. O vazamento da carta 
(Despacho de Ems) para a imprensa despertou 
ódio da opinião pública francesa, que clamou pela 
Guerra. 
. os Estados alemães apoiaram a Confederação 
Germânica do Norte levados a acreditar que esta-
vam sendo vítimas de uma agressão. 
→ A guerra terminou com a derrota da França na 
Batalha de Sedan 
→ Anexação dos quatro Estados meridionais e for-
mação do Império Alemão, conhecido como Se-
gundo Reich. 
 
 
 
 
. Tratado de Frankfurt: o franceses tiveram de acei-
tar anexação das regiões da Alsácia e Lorena ao 
território alemão, além de pagar uma indenização 
de 5 bilhões de francos em reparação às perdas 
sofridas pela Prússia 
 
. Fomentação do nacionalismo francês, que ga-
nhou aspecto de revanche contra a Alemanha 
 
. Constituiu-se uma das origens da Primeira Guerra 
Mundial 
Etapas da Unificação 
Consequências 
 
 
 
A posição de Itália e Alemanha na política 
internacionalapós 1870 
 
. Após 1870 Itália e Alemanha passaram influir deci-
sivamente na política internacional da Europa e do 
Mundo 
. O rápido desenvolvimento industrial dos novos 
países começa a colocar em risco a supremacia 
da Inglaterra e da França sobre a Europa 
. As duas novas potências unificadas logo lança-
ram-se na corrida expansionista em direção à Ásia 
e à África. 
. Pelo desejo de aumentar suas possessões coloniais 
de variadas maneira, a postura dos dois países, 
principalmente a Alemanha, era mais um elemento 
desestabilizante da política internacional entre 1870 
e 1914. 
. As alianças políticas e militares que se sucederam 
entre os países europeus têm origem nesse desequi-
líbrio de poderes que levou o mundo à Primeira 
Guerra Mundial. 
 
 
A Comuna de Paris 
 
. Após a derrota na Guerra Franco-Prussiana, o re-
gime imperial de Napoleão III colapsou, este foi 
deposto e a república foi novamente proclamada. 
 
. O novo governo de caráter conservador, coman-
dado por Louis Adolphe Thiers, aceitou incondicio-
nalmente os termos da rendição imposta pelos 
prussianos. 
 
. O proletariado parisiense, submetido à fome, à 
miséria e à humilhação, ficando inconformado com 
a pronta aceitação por parte da burguesia gover-
nante, organizou uma rebelião de caráter socialis-
ta. 
 
. Os trabalhadores da capital francesa sublevaram-
se contra a capital francesa em 18 de março de 
1871. Apoiados pela guarda nacional, constituíram 
um comitê central que criou um órgão de governo 
revolucionário e popular, a Comuna de Paris. 
 
→ composta por noventa membros, identificados 
com o socialismo, eleitos por sufrágio universal. 
→ dispunha das condições para assumir um movi-
mento em massa. 
→ durante dois meses cidade foi administrada pela 
comuna. 
→ compunham a comuna: socialistas, anarquistas e 
liberais radicais. Todos unânimes ao governo fran-
cês conservador, mas discordavam profundamente 
quanto aos objetivos da revolução proletário-
socialista. 
 
. Entre as decisões, a comuna decretou: 
→ separação entre igreja e Estado 
→ substituição dos exércitos permanentes por milí-
cias populares 
→ congelamento dos preços de alimentos e alu-
guéis 
→ criação de creches para os filhos dos trabalha-
dores 
→ reabertura das fábricas – direcionadas por cor-
porações operárias 
 
. O governo central francês refugiou-se no Palácio 
de Versalhes, e organizou a retomada de Paris. 
 
→ apoiado pela pequena e alta burguesia, Thiers 
reuniu um exército de 100 mil homens que, em 21 
de maio, invadiu Paris dando início à Semana San-
grenta, durante o qual a Comuna foi violentamente 
esmagada. 
→ conforme se retiravam dos bairros tomados pelo 
governo, a Comuna incendiava as posições aban-
donadas, 
→ no dia 24 estavam concentrados no centro, de 
lá enfrentaram as tropas conservadoras a acaba-
ram derrotados no dia 26. 
→ as últimas barricadas foram desmanteladas no 
dia 28 e a cidade ardeu em chamas. 
→ apesar da resistência, foram mortos 20 mil com-
batentes, além de mulheres e crianças, outras 40 
mil foram presas e 7500 foram deportadas 
 
. A Comuna de Paris, considerada a primeira expe-
riência de governo operário e socialista da História, 
permaneceu no poder por 72 dias, e o movimento 
operário francês perdeu seus elementos mais ativos 
com a derrota. 
 
. Por receio da classe burguesa europeia de a Co-
muna servir de exemplo para outras revoluções 
operárias, a política de instalação da democracia 
liberal nos países ocidentais foi, em parte, uma es-
tratégia para esvaziar o movimento do proletaria-
do. 
→ essa limitada inclusão do proletariado no sistema 
político burguês enfraqueceu o teor revolucionário 
das organizações trabalhistas. 
 
. A Comuna passou a simbolizar, mesmo derrotada, 
a esperança na revolução e na tomada do poder 
pelos operários. 
 
. No final do século XIX o movimento dos trabalha-
dores começaria a recobrar suas forças, com a 
criação de novos sindicatos e retomadas de gre-
ves, porém só voltou a ter uma vitória com a Revo-
lução Russa de 1917.

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