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A Europa no século XIX Congresso de Viena: Retração do movimento liberal por toda a Europa, com monarquias restauradas + à Santa Aliança. (dificultaram a retomada do movimento liberal no continente). FATORES QUE ANUNCIAVAM A INSATISFAÇÃO AO ANTIGO REGIME Constitucionalismo - uma das principais bases do Iluminismo espalhava-se pela península Ibérica. Na França - mesmo com a restauração do poder monárquico de Luiz XVIII, o mesmo teve que fazer concessões (liberdade de expressão e direito ao voto direto) e criou uma Constituição (centralização na mão dos reis, mas sem excessos). Seu sucessor, Carlos X, líder dos ultras realistas, endureceu o regime com a retomada do absolutismo. Porém, em 1830, com a oposição aumentando no parlamento, iniciou-se o movimento das barricadas (contrario ao rei). REVOLUÇÃO DE 30 Caráter Liberal. Alta burguesia lidera levantadas populares. Fuga Carlos X. Instalação de um regime monárquico moderado. Fim do absolutismo, na França, de fato. (Retomada do poder burguês) Rei Luís Filipe (rei burguês). GOVERNO DE LUÍS FILIPE DE ÓRLEANS Submete-se à Constituição, fortalece o legislativo, abole a censura e desenvolve a industrialização. Reforma constitucional em setores básicos da economia (atribui à alta burguesia o controle de ferrovias, bancos e minas de carvão/ferro). Opositores: Socialistas, bonapartistas e republicanos. Forma de oposição: Política dos Banquetes (reforma eleitoral) CONTEXO DAS TENSÕES QUE AJUDARAM NA REVOLUÇÃO DE 1848 Processo de industrialização acelerava-se, criando novos focos industriais (população operária submetida a condições precárias). Ondas revolucionárias que acreditavam que um regime republicano, fundado no voto universal, pudesse melhorar a vida da população. Divulgação de novas ideias – socialismo/comunismo. Fome generalizada provocada por uma praga nas plantações de batatas. PRIMAVERA DOS POVOS (1848) Retomada das barricadas pela pequena burguesia, operários e camponeses. Primeira vez que os trabalhadores vão protestar com as suas ideologias. (Socialismo – publicação do Manifesto Comunista no mesmo ano) Movimento com diversos ideais. Liberalismo ressurge como bandeira de luta abalando os regimes absolutistas. Resultados: Demissão de Guizot, deposição e fuga de Luís Filipe. Repercussão por toda a Europa. Monarquias rígidas viram-se obrigadas a liberar as suas leis. Movimentos nacionalistas, em geral, fracassam. SEFUNDA REPÚBLICA FRANCESA (1848/1852) Governo Provisório: Sufrágio Universal. Criação das Oficinas Nacionais (socialistas): frentes de trabalho organizadas pelo governo para a construção de estradas, aragem de terras incultas. Características do período: Polarização política. Burguesia (liberalismo) x Trabalhadores (socialismo) Manifestações de rua. Fechamento das Oficinas Nacionais e suspensão dos direitos individuais. Eleições em 1848: vitória dos moderados. Presidente: Luís Bonaparte. Em 1851: Golpe do “18 Brumário de Luís Bonaparte” (Fecha a Assembleia e estabelece Ditadura) + torna-se Cônsul por 10 anos através de plebiscito. Em 1852: torna-se Imperador Napoleão III (novo plebiscito) SEGUNDO IMPÉRIO (1852/870) Luís Bonaparte (Napoleão III): Ditadura: marginaliza o Legislativo e forças de oposição. Modernização e desenvolvimento econômico (reformas urbanas do Barão de Hassmann) França novamente como uma potência europeia. Política ambígua e desastrosa: defesa da política das nacionalidades e política colonialista. Ex: Guerra Franco-Prussiana (derrota de Napoleão III) TERCEIRA REPÚBLICA FRANCESA (1870/1940) Governo Provisório: Presidente: Adolphe Thiers. Oposição dos populares: AS UNIFICAÇÕES DA ITÁLIA E DA ALEMANHA Regiões fragmentadas em vários Estados independentes. Pós Congresso de Viena a Áustria exerce poder sobre ambas. Base político-ideológica: Liberalismo. Existia um sentimento nacionalista nesses territórios pela existência de um idioma comum + um passado compartilhado. Esse sentimento foi se desenvolvendo com a ajuda da crescente imprensa de massa e dos movimentos culturais (literatura, música). Existia, nesses territórios, uma próspera burguesia com interesses econômicos com o intuito de ampliar mercados e alavancar o desenvolvimento econômico. Unificação Italiana Distribuição da Península Itálica: França: Reino das Duas Silícias (Nápoles) Áustria: Reino da Lombardia-Veneza e Ducados (Parma, Módena e Toscana) Igreja Católica: Estado Pontificias Livre: Reino Piemonte-Sardenha *Supressão do soldo da Guarda Nacional. *Imposição do pagamento das dívidas e aluguéis. *Culmina com a “Comuna de Paris” Precursores: Carbonários – monarquistas e republicanos que atuavam na ITA. Primavera dos Povos influência 2 correntes: Republicanos: Giuseppe Mazzini e Giuseppe Garibaldi Monarquistas: Conde Cavou e Rei Vítor Emanuel II OBS: Movimentos de unificação fracassados. 1860 – Liderados por Garibaldi, os “camisas vermelhas” (forças populares republicanas) libertam o sul da Itália e Sicília. Garibaldi retira-se do processo de unificação a qual passa a ser liderada pelo Rei Vitor Emanuel II do Reino Piemonte Sardenha. (choque de republicanos x monarquistas). Conquistas de Vítor Emanuel II: Territórios italianos ao norte: com ajuda de Napoleão III. Veneza: ao aliar-se à Prússia contra a Áustria na Guerra das Sete Semanas (1866) Estados Pontificiais: quando Napoleão III é obrigado a retirar suas tropas de Roma para combater os alemães de Bismarck. A perde de territórios e da soberania em favor da cidade de Roma fez com que o Papa não reconhecesse o novo Estado. Questão Romana foi resolvida em 1929, com o Papa XI e Mussolini assinando o Tratado de Latrão. Cria-se o Estado de Vaticano, dirigido pela Igreja. Questão das províncias irredentas (Ístria, Trentino e Tirol) – ficaram sobre comando da Áustria. A unificação acelerou o desenvolvimento do capitalismo. No Sul, houve estagnação econômica e pobreza = emigração p/ América. Unificação Alemã Contexto: Congresso de Viena: cria a Confederação Germânica (formada por 39 Estados sob a liderança do Império Austríaco). Prússia: Estado mais desenvolvido comercialmente e industrialmente (lidera a unificação). 1834: Zollveirein: (união alfandegária entre os estados alemães, menos a Áustria). 1860: a Prússia irá empreender um programa de modernização militar financiada pela alta burguesia, proprietários e aristocratas. Líder da unificação: Chanceler Otto Von Bismarck - Chanceler de Ferro – ministro de Guilherme I. Estratégia de Bismarck: exaltar o espírito nacionalista alemão e afastar ambições austríacas sobre o território, despertando o espírito nacionalista através da participação em guerras. GUERRAS DE UNIFICAÇÃO Guerra dos Ducados 1864: Prússica e Áustria x Dinamarca. Motivo: reincorporar os Ducados de Holstein e Chleswing. Resultado: derrota da Dinamarca. Entretanto, inicia-se divergências entre Prússia e Áustria no que se refere a distribuição de terras dos Ducados, o que resultará em uma nova guerra. Guerra das Sete Semanas 1866 Prússia x Áustria. Motivo: conflito partilha dos Ducados conquistados: Resultados: Vitória da Prússia. Tratado de Praga: Áustria reconhece o fim da Confederação Germânica. Estados do norte se reorganizam sob a liderança do Kaiser Guilherme I Hohenzolern e seu chanceler Bismarck na agora denominada Confederação Germânica do Norte. Bismarck convence os estados alemães do sul a se unirem a Confederação para lutar na Guerra Franco-Prussiana. Guerra Franco - Prussiana 1870 Estados da CGN x França. Motivo: Napoleão veta a sucessão da Coroa espanhola por um membroda dinastia Hohenzolern. Resultado: Vitória da Prússia na Batalha de Sedan (1870). Concretização da Unificação Alemã. 1871 – criação do II REICH. Tratado de Frankfurt: Alemanha obtém as regiões da Alsácia e Lorena (rico em minérios) + França deve pagar uma grande indenização à ALE. Desdobramentos: Desperta o “revanchismo francês” – Comemoração da unificação no palácio de Versalhes. 1900: ALE supera a produção de aço da ING. Hegemonia britânica se vê ameaçada. Exigência, por parte da ALE, de uma redivisão colonial. Fim da PAX Britânica e início da PAZ ARMADA até o início da Primeira Guerra Mundial. Comuna de Paris CONTEXTO Estágios finais da Guerra Franco- Prussiana. Exército francês derrotado. Governo revolucionário de tendência socialista (1871). Primeira experiência histórica de autogestão democrática e popular. Contra o governo burguês francês e também contra os alemães. Administração municipal eleita pelo povo. Acelerou o acordo de paz com a Alemanha. Em semanas, a Comuna de Paris introduziu mais reformas do que todos os governos franceses nos dois séculos anteriores. CARACTERÍSTICAS Igualdade civil de homens e mulheres. Supressão do trabalho noturno Pensões para viúvas e órfãos. Ensino laico, gratuito, obrigatório e profissional. Exército permanente substituído por destacamentos armados do povo. Ocupação das fábricas. Bandeira vermelha adotada. Símbolos elitistas e religiosos foram destruídos. Resultado: Maio de 1971. Paris foi invadida pelas tropas leais à República burguesa, ajuda da Prússia, e os membros da Comuna foram massacrados (Semana Sangrenta). A MOBILIZAÇÃO DOS TRABALHADORES Em 1864, teve a Primeira Internacional – uma tentativa de unificar as forças políticas em defesa dos proletários. Voto universal masculino: *EUA – 1870 *ALE – 1871 *FRA - 1875 Em 1889, teve a Segunda Internacional – reunião de diversos movimentos operários em torno do projeto social democrata. A partir disso, acelerou-se o processo de conquistas de direitos trabalhistas. Século XIX – Mobilização pelo voto feminino: Alemanha em 1918. Inglaterra em 1928. França em 1944. Século XX – Os governos considerados de esquerda passaram a se dividir entre aqueles que aceitavam algum tipo de “ditadura do proletariado” e governos de partido único e aqueles que levaram a diante o projeto social democrata a partir de reformas sociais/diretos dos trabalhadores mantendo uma postura de Estado capitalista.
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