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UNIÃO EDUCACIONAL DO NORTE-UNINORTE FACULDADE DO ACRE – FAC CURSO DE SERVIÇO SOCIAL ALCINEY DE ARAÚJO VIEIRA MUSICA COMO INCLUSÃO SOCIAL E A IMPORTÂNCIA DO ASSISTENTE SOCIAL NO PROCESSO DE INTERVENÇÃO ATRAVÉS DE PROJETOS SOCIAIS Rio Branco-AC 2017 ALCINEY DE ARAUJO VIEIRA MUSICA COMO INCLUSÃO SOCIAL E A IMPORTÂNCIA DO ASSISTENTE SOCIAL NO PROCESSO DE INTERVENÇÃO ATRAVÉS DE PROJETOS SOCIAIS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Serviço Social da Faculdade do Acre – FAC como requisito para a obtenção do título Bacharel em Serviço Social. Orientadora: Prof.ª Edjane Alves Silva Rio Branco-AC 2017 Catalogação na Fonte Biblioteca da União Educacional do Norte, Rio Branco/Acre V658m VIEIRA, Alciney de Araújo Música como inclusão social e a importância do assistente social no processo de intervenção através de projetos sociais / Alciney de Araújo Vieira. Rio Branco: Uninorte, 2017. 33f., 29 cm. Monografia (Graduação – Serviço Social) – Faculdade do Acre (FAC), 2017. Orientadora: Profa. Esp. Edjane Alves Silva. 1.Inclusão social 2. Música 3. Projetos sociais I. União Educacional do Norte (UNINORTE) II.Título CDD: 360 Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Kezia Santos CRB-11/601 ALCINEY DE ARAÚJO VIEIRA MUSICA COMO INCLUSÃO SOCIAL E A IMPORTÂNCIA DO ASSISTENTE SOCIAL NO PROCESSO DE INTERVENÇÃO ATRAVÉS DE PROJETOS SOCIAIS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Serviço Social da Faculdade do Acre – FAC como requisito para a obtenção do título Bacharel em Serviço Social. Banca Examinadora: ...................................................................................................................... Prof.ª - Edjane Alves Silva (Orientadora) ...................................................................................................................... Assistente Social - Dayane Cristina Prado da Silva Oliveira (Membro da Banca) ...................................................................................................................... Prof. - Itamar Magalhães (Membro da Banca) Rio Branco,28 de novembro de 2017 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho primeiramente a Deus, e em especial a essa mulher que tenho como maior exemplo de vida, Irismar de Araújo Vieira, minha mãe. AGRADECIMENTO A Deus, pois sem ele nada disso seria possível de ser alcançado, muitos obstáculos vencidos, muitas dificuldades superadas. A minha família, que é minha base, em especial minha mãe e meus irmão por estarem sempre presentes na minha vida. A minha esposa, que mesmo com toda dificuldade que passamos, nunca desistiu de lutar ao meu lado. Aos meus professores, por todo conhecimento que adquiri, através de suas explicações, e pelo o carinho com minha pessoa. A todos os amigos da faculdade que somaram muito para essa conquista, e aos amigos irmãos que contribuíram muito com essa vitória, em especial a meu maestro Itamar Souza, Djalma Queiroz, Itamar Magalhães, Cleuson Castro. Caminhando e cantando E seguindo a canção Somos todos iguais Braços dados ou não Nas escolas, nas ruas Campos, construções Caminhando e cantando E seguindo a canção Vem, vamos embora Que esperar não é saber Quem sabe faz a hora Não espera acontecer Vem, vamos embora Que esperar não é saber Quem sabe faz a hora Não espera acontecer Pelos campos há fome Em grandes plantações Pelas ruas marchando Indecisos cordões Ainda fazem da flor Seu mais forte refrão E acreditam nas flores Vencendo o canhão Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores Letra de Geraldo Vandré RESUMO Este trabalho tem por finalidade demostrar como foi desenvolvido o Projeto Tocando a Vida no CRAS Sobral. Pois, o objetivo é elucidar para as crianças e adolescentes o contexto da música dentro da cultura brasileira e também suas raízes. Deixar claro, a vital importância que tem a arte em nossas vidas, em especial a música, pois sabe-se que a convivência com a arte é capaz de transforma e mudar vidas, servindo de meio para a socialização das crianças e jovens que são integrantes de famílias carentes, pois é notório a ausência de ludicidade com atividades criativas para essas crianças e adolescente nas comunidades carentes. Ademais esclarecer o quanto a arte supre a necessidade de atenção dos jovens através da linguagem musical com seu desenvolvimento cognitivo de modo que o projeto teve como foco principal esse senso de desenvolvimento de cognição criativa, para levar as crianças e adolescentes a refletirem suas possibilidades e criatividades, como também desenvolver-se como profissionais utilizando no contexto lúdico, a música e também utilizá-la como instrumento de hobby. Palavras-chave: Cras, música, cultura, arte, criança, adolescente. ABSTRACT This work aims to demonstrate how the Project Touching Life in CRAS Sobral was developed. For the purpose is to elucidate for children and adolescents the context of music within Brazilian culture and also its roots. Make clear, the vital importance of art in our lives, especially music, because it is known that living with art is capable of transforming and changing lives, serving as a means for the socialization of children and young people who are members of poor families, since the absence of playfulness with creative activities for these children and adolescents in poor communities is notorious. In addition to clarifying how much the art supplies the need of attention of the young through the musical language with its cognitive development so that the project had as main focus this sense of development of creative cognition, to take the children and adolescents to reflect their possibilities and creations, but also to develop themselves as professionals using, music in the context of play and also to use it as a hobby instrument. Keywords: Cras, music, culture, art, child, teenager. LISTA DE SIGLAS BPC - Benefício de Prestação Continuada CRAS - Centro de Referência de Assistência Social PAIF - Proteção e Atenção Integral a Família PNAS - Política Nacional de Assistência Social SCFV - Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos SUAS - Sistema Único de Assistência Social SUMÁRIO INTRODUÇÃO .......................................................................................................11 1 MUSÍCA COMO INSTRUMENTO EDUCATIVO E DE INCLUSÃO SOCIAL ........ 13 1.1 UMA BREVE HISTORIA DA MÚSICA................................................................. 18 1.2 A MÚSICA NO BRASIL ....................................................................................... 22 2 PROJETO TOCANDO A VIDA- CRAS SOBRAL .................................................. 24 2.1 O QUE É O CRAS ........................................................................................... 25 2.2 SERVIÇO DE CONVIVÊNCIA E FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS (SCFV) NA CIDADE DE RIO BRANCO... .................................................................................... 26 2.3 CRAS SOBRAL ................................................................................................... 28 2.4 HISTORICO DO PROJETO ................................................................................ 29 2.5 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADO DO PROJETO TOCANDO A VIDA........ 34 3 A importância do Assistente Social no processo de intervenção através de projetos sociais ....................................................................................................... 36 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 40 REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 42 11 INTRODUÇÃO A música no Brasil deve grande parte de seu passado e evolução de impulso criativo dos negros escravizados e de seus descendentes, que mesclaram e adaptaram sua cultura ao ambiente que lhe era imposto. Nesse contexto, ritmos como bluss, jazz e componente do choro, o samba e tantas outras vertentes que apareceram depois, nas misturas de ritmos africanos e europeus. O interesse inicial do presente trabalho originou-se da necessidade das Crianças e adolescentes beneficiários do Programa de Transferência de Renda Bolsa Família, que são atendidos no CRAS Sobral (Centro de Referência de Assistência Social), de confluir e fortalecer sua identidade musical como expressão de inclusão e avanço da plena cidadania, ser um pilar de aprendizagens educativas, servir de fortalecimento do ambiente comunitário e preservação da musicalidade. Propor ao poder público municipal a ampliação do projeto para os outros CRAS, acolhendo o maior número de crianças e adolescentes para que entendam os benefícios da música e sua importância na formação do cidadão. Portanto, ao abordar sobre a importância da música na formação de uma pessoa, ocorreu depois de ser levantado alguns números na região onde foi executado o projeto tocando a vida, cujo o objetivo é sensibilizar e mobilizar o povo da comunidade sobre a importância do projeto para a formação e conduta de seus filhos com fundamentos educativos, bem como, potencializar os talentos emergente na comunidade; Fortalecer a musicalidade já existentes; Tornar-se um centro de referência para formação da geração presente e das gerações futuras. Nesse sentido, oportunizar aos mesmos a prática, revelando talentos e exercer a integração e a inclusão social. Principalmente ocupando o tempo ocioso, como uma estratégia para combater a violência, tirar as crianças das ruas, e tornar o CRAS um espaço interativo que desenvolva atividades artísticas do município. Possibilitando desta forma, a inclusão social e a conquista da cidadania e seus direitos a cultura, educação, lazer e à informação. Este trabalho será elaborado em três capítulos, no primeiro capitulo iremos abordar a Importância da música como inclusão social, encaminhando o leitor e 12 mostrando a importância da música. Também no capitulo I abordaremos uma breve história da música, como também as leis de incentivo cultural e musical. No capitulo dois será abordado o projeto “Tocando a Vida” realizado no Centro de Referência da Assistência Social - CRAS no bairro Sobral. Neste capitulo conheceremos o contexto social vivenciado por este CRAS, além do público que participou do projeto. O terceiro e último capítulo será abordado a importância do assistente social nos projetos sociais como ferramenta de intervenção e sua importância como estratégia de desenvolvimento social e promoção da cidadania, equidade, emancipação e autonomia social. Por fim, espera-se que o presente trabalho sirva de consulta para futuros profissionais, como instrumento de pesquisa. 13 1 MÚSÍCA COMO INSTRUMENTO EDUCATIVO E DE INCLUSÃO SOCIAL A música atualmente é difundida em todo o mundo, muitas das pessoas que aprendem a tocar são estimuladas a buscar mais conhecimento aprendendo músicas diferentes, são estimulados a ler partitura, ler sobre a história da música, etc. Desta forma os mesmos buscam mais conhecimento e a música se torna entre eles um meio pelo qual a educação e o aprendizado são estimulados. Muitas vezes tocar algum instrumento musical serve de objeto de inclusão social, onde o tocador muitas vezes reúne pessoas a sua volta, por sua vez interagem em função da pessoa que toca o instrumento, além de a pessoa que toca poder fazer renda e até mesmo viver em função daquela arte. No decorrer do trabalho é objetivado entender como o acesso a música pode influenciar e proporcionar a cidadania e inclusão social de crianças e adolescentes que devido as suas mazelas, não tiveram acesso e nem foram oportunizados a terem- no com a música através de cursos e capacitações. Faleiros entende a inclusão e a cidadania como: “processos complexos, históricos, diversificados, de mobilidade, de redução da desigualdade, [...] de afirmação da identidade, da segurança, do trabalho, da efetivação dos direitos, da criação de oportunidades, da formação de conhecimentos, competências e habilidade, do fortalecimento dos laços sociais, do respeito, da vida digna, de justiça, do empoderamento, do acesso a ativos e à renda, do respeito à diversidade, à cultura e à vida social e comunitária”. (FALEIROS 2006, p.12) Quando pensa-se em inclusão social, lembra-se automaticamente do seu reverso: a exclusão social. Infelizmente, e historicamente, esta é um fenômeno que está presente, no contexto social de muitos povos, assim como também, na realidade brasileira. Ao desenvolver projetos objetivando à cidadania “somos levados a estabelecer a inclusão como um desejo, uma realidade que só será alcançada com grandes transformações sociais e políticas”. Secretaria de Educação Básica, Inclusão Social. 14 No Brasil, a situação de exclusão social é muito grave, portanto buscar estratégias que se traduzam em melhores condições de vida para a população, na igualdade de oportunidades para todos os seres humanos e na construção de valores éticos socialmente desejáveis é uma maneira de enfrentar essa situação e um bom caminho para um trabalho que visa à democracia e à cidadania. (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA, 2008) A ideia de exclusão está impreterivelmente associada a uma práxis da cidadania não factível, esta remete aos direitos que os agentes sociais têm de participar da sociedade e desfrutar de benefícios essenciais para a conjuntura social. Mesmo havendo leis que garantam direitos civis, políticos e sociais, constata-se que uma significativa parcela da sociedade não tem acesso, ocasionando um histórico de inefetividade destes direitos. A inclusão social através da música, pode ser compreendida como uma forma de elevar o desenvolvimento da cidadania, partindo do princípio que, uma vez entendendo e acessando clara e livremente a Linguagem Musical, o indivíduo será capaz de apreciar e de interagir musicalmente e socialmente. A cidadania e a inclusão social propulsionadas pela música vêm sendo há algumas décadas trabalhadas em diversos e importantes projetos sociais.Diante disto, Pavlova destaca que: desde meados dos anos 1990, o ensino de música em comunidades de baixa renda tem sido uma arma contra o aumento da violência e, sobretudo, um instrumento eficaz para o despertar da cidadania. Hoje são dezenas e mais dezenas de projetos de norte a sul do território, alguns mais profissionalizantes, outros menos, mas todos comprovando na prática que a arte é uma ferramenta única na descoberta de novas perspectivas para os jovens e que a música erudita - ao contrário do que muita gente ainda pensa, - pode ser apreciada por todas as pessoas, não importando suas crenças, raça ou classe econômica”. (PAVLOVA 2006, p.21) No entanto quando se fala em música como fator de inclusão social, podemos lembra vários projetos sociais, a ideia surge de pequenos grupos e com o passar do tempo ganha uma grande dimensão, tornando-se um facilitador da socialização e inclusão. Exemplo disso foi o olodum que começou de uma pequena brincadeira para 15 se divertirem no carnaval de Salvador, e de uma forma organizada foram crescendo até se tornar um grande projeto social, combatendo a desigualdade social e buscando garantir os direitos civis e humanos no Brasil. Durante alguns anos depois, o crescimento foi visível, dos pequenos ensaios de percussão surgiu a grande banda Olodum e com isso fez com que a questão econômica desenvolvesse, gerando renda não somente para seus musicistas, mas também para a comunidade local. Algum tempo depois foi criado o projeto Rufar dos Tambores que tinha como objetivo ensinar as crianças de ruas a tocar um instrumento musical, com intuito de socializar e incluir a criança, e hoje, o projeto se chama Escola Criativa Olodum. A Escola Criativa Olodum, além de inserir crianças no meio musical, ainda influencia para que outros projetos sociais usem como modelo de ensinamento, exemplo disso temos o Afro-Reggae, fundado em 1993 na cidade do Rio de Janeiro com o objetivo de oferecer aos jovens da favela atividades socioculturais, usando a educação musical como principal ferramenta de inclusão. A arte musical, desde o princípio, tem um fim educativo, e também influencia tanto as pessoas que isso chega a gerar movimentos sociais e manifestos, revoluções, marchas etc. A música desperta um lado crítico no cidadão desabrochando sentimentos, isso faz com que enxergamos coisas que muitas vezes jornais e televisão não mostra. Nesse sentido Diego Kobylinski afirma que a música pode despertar diversos sentimentos: O feito de cantar ou escutar uma canção pode desencadear efeitos emocionais numa pessoa. Tristeza, alegria, nostalgia, raiva, muitos são os sentimentos que veem aos ouvintes da música. Estes sentimentos, quando contidos em várias pessoas, podem gerar movimentos sociais. Como exemplo, os movimentos: punk, grunge, alternativo e emotivo (este, o mais popular no Brasil). Muitos movimentos buscavam, como meta, uma maior liberdade de expressão e uma melhor qualidade de vida na sociedade. (Kobylinski,2011, p.03). A música pode ser um elemento importante para estabelecer a harmonia pessoal, facilitar a integração e a inclusão social. É plausível observar como essa relação acontece em um ambiente que promova a inclusão do indivíduo no ambiente 16 que o cerca. Desta forma, abre o questionamento sobre como a música ajudaria neste contexto e de como um projeto social com características musicais interagiria e ajudaria nesta relação. Assim surge o projeto tocando a vida, da presença da música não só nas universidades, mas sua presença na sociedade através do projeto, com sua influência e transformações na educação musical. Por isso Iacat Brescia afirma a importância do conhecimento musical: A musicalização é um processo de construção do conhecimento, que tem como objetivo despertar e desenvolver o gosto musical, apesar de não termos uma tradição educacional como a dos modelos europeus e norte americano, no qual a educação musical sempre esteve ligada à educação formal, favorecendo o desenvolvimento da sensibilidade, criatividade, senso rítmico, do prazer de ouvir música, da imaginação, memória, concentração, atenção, autodisciplina, do respeito ao próximo, da socialização e afetividade, também contribuindo para uma efetiva consciência corporal e de movimentação. (BRESCIA,2003, p.08). Em um artigo escrito por Koellreutter, citado por Teca Alencar de Brito, dizia que a educação musical continua a ser no Brasil, o mais sério problema no terreno da música. Apesar do trabalho incansável e eficiente de Villa Lobos, os pais e educadores desconhecem ainda o inestimável valor educacional e socializante das disciplinas musicais (BRITO 2001, p. 9). A aplicação da educação musical é de suma importância, se dá pelo reconhecimento musical, apesar do nível de valores ter alterado ao passar do tempo, a musicalidade sempre fez parte da sociedade. Pensada como forma de conhecimento que integra a formação do sujeito, acreditando na educação musical, como, estruturação do caráter individual e formação de valores, além da coordenação motora, atenção, reação e percepção. Quando ouvimos uma música, as áreas auditiva, límbica e motora são ativadas, independentemente do estilo musical. Wal Vasconcelos dá ênfase a música como profissão: A música como profissão é levada tão a sério que a mesma foi regulamentada no dia 22 de dezembro de 1996 por meio do decreto 3857. Para que uma http://amenteemaravilhosa.com.br/por-que-gostamos-de-diferentes-tipos-de-musica/ 17 pessoa diplomada possa lecionar é necessário obter o registro junto à Ordem dos Músicos do Brasil. Porém, viver da música não é tão simples quanto parece, em algumas capitais, sobreviver da música é uma luta diária, inicialmente por falta de espaço no mercado fonográfico, dominado por grandes produtoras e produtores, posteriormente pela dificuldade de realizações de shows que atraiam o grande público (VASCONCELOS,2011, p.02). O profissional da música pode atuar de diversas formas como meio de vida, como por exemplo: instrumentista obtendo conhecimento de vários instrumentos, em bandas para realização de shows, em estúdios através de produções e gravações, também pode ser professor já que a música se tornou obrigatório nas escolas através da lei 11.769 de 18 de agosto de 2008, que determina a música. A música também traz em si os instrumentos necessários para o resgate da cultura, auxiliando na construção do conhecimento cognitivo, tratando-se de um excelente instrumento de cidadania. Portanto, projetos sociais que favoreçam crianças e adolescentes, através da música e da integração social estão em alta e com crescimento cada vez mais exponencial, tornando-se mais populares e resultando em casos de sucesso. (BUENO, 2000) Todavia, conforme Souza (1998, p.19) “[...] as oportunidades de aprendizagem de arte, [...] mobilizam a expressão e a comunicação pessoal e ampliam a formação do estudante como cidadão, principalmente por intensificar as relações dos indivíduos tanto com seu mundo interior como com o exterior”. A música também é um importante instrumento na construção da autonomia da criança e do adolescente, proporcionando o exercício da busca de sua identidade e de sua autonomia, gerando e aumentando sua autoestima. Estimular o conhecimento musical, e assim obter essa melhora na autoestima e assim possivelmente ampliar a cidadania e o aprendizado da criança é um dever de todos, em especial do assistente social. Para Iamamoto (2001), o Assistente Social se configura em suas práxis como um dos principais atores no sentido de garantir e ampliar a cidadania e os demais inescusáveis direitos sociais, tornando-se um mediador entre os interesses contraditórios da sociedade, onde a realidade se configura e reconfigura através de suas ações. 18 1.1 UMA BREVE HISTÓRIA DA MÚSICA A origemda palavra música vem da mitologia grega, o significado é “a arte das musas’’ não se sabe exatamente quando surgiu a música, mas estudos falam que já se tem 50.000 anos que houve o primeiro registro da arte musical no continente africano. Ao longo de sua história foram surgindo diversas manifestações culturais de vários gêneros. Durante a Pré-história os sons da natureza eram reproduzidos de forma que já demostravam a presença da música como uma combinação de sons de forma bela, como as ondas do mar, o canto dos pássaros, a queda da água nas cachoeiras entre outras manifestações da natureza. As gravuras de músicos e instrumento musical já existiam nas fontes arqueológica de forma apresentável a serem executadas. Os Gregos tinham a música como algo divino através dos deuses míticos, a música grega tem suas obras musicais e instrumentos criados por seus heróis deuses. De acordo com estudos, as tribos primitivas africanas já se organizavam para o fazer musical, desde sua criação. Andrade (2015) fala sobre a forma de organização. Ora as civilizações da Antiguidade já organizam conscientemente os sons e os agrupam em escalas determinadas teoricamente. Possuem o que se pode, em verdade, chamar de arte musical: uma criação social, com função estética, dotada de elementos fixos, formas e regras – uma técnica enfim. Parece mesmo que ficaram embebedados com o descobrimento da música (ANDRADE, 2015, p 10) Para Andrade (2015) a música é a manifestação mais perfeita na Grécia antiga e também em outras civilizações da antiguidade, influente na civilização cristã. A evolução da música é distinta de diversos períodos, com o passar do tempo as ideias vão desenvolvendo e a evolução é notável de cada geração. Embora os poucos registros, mas foram encontrados na civilização antiga, documentos que comprovassem na época a existência de instrumento musical. Já os povos antigos, os especialistas na arte musical compartilhavam os segredos e técnicas para aquele a quem iria ocupar o cargo, com isso a música sempre esteve em lugar de destaque nas sociedades antigas. 19 A música é uma linguagem universal de várias culturas em diversas civilizações desde a pré-história do paleolítico superior os dias atuais. Ela desenvolveu característica, linguagem e estilo de acordo com o contexto de cada época e povos. Expressões, ritmos, manifestações e gênero são conceito que depende da cultura que está inserida. A música, durante a história da humanidade, tem servido aos diversos povos para acompanhar a mudança das estações. Nas sociedades agraria, os círculos da natureza estão estreitamente vinculados à isso, a música tem sido um meio de expressa os estados de ânimos do agricultor nos trabalhos de semeaduras, colheita e manipulação de seus produtos. As canções e as danças sempre foi e continua a ser uma forma de celebração, evocando um bom cultivo e uma abundante safra. (GONÇALVES, 2008). A música por ser uma linguagem universalizada é estruturada nas sociedades expressando muitas formas de sentimentos através de estilos, ritmos, cânticos, melodia e uso de vários instrumentos musicais como percussão, sopro, corda e outros naipes. As variações de estilos musicais intrinsecamente mudam ou evolui de acordo com o tempo, sociedade e cultura, a exemplo disto na idade média a música recebeu influência da religião católica que tinha como princípio básico a propagação da fé, através do ensino didático, as pessoas eram ensinadas a ter inspiração e atitude de oração, devoção e fé, contemplação em louvor a Deus. Nesse contexto a música medieval era ensinada nos monastérios, sua forma de aprendizagem no contexto TRIVIUM QUADRIVIUM, onde o trivium era dedicado às letras e o quadrivium as ciências, por isso era apreendido as sete notas liberais, como domínio das gramatica, retorica, logica, aritmética, geometria, música e astronomia. Nesse sentido a corista da igreja tinha que domina essas formas de conhecimento até os 14 anos de idade. Com a introdução dos cânticos gregorianos ou cantochão pelo gregório que queria uma reforma nos cânticos da igreja católica foi inserido um estudo para a escrita musical que era as Neuma, cuja essa escrita ainda era muito deficiente. Segundo o papa gregório pôr a música da época ser vocal e sem acompanhamento de instrumentos não podia se perder ao longo da história, pois ela era passada de 20 pessoas para pessoas sem escritas, houve a necessidade de pensa em uma outra forma de escrita musical, mas eficiente como a escrita de Guido d’ arezzo. A mão de Guido Durante a idade média utilizou-se par ensina a cantar, um sistema conhecido como” da mão Guiana”, por ser uma ideia de Guido d’ arezza o monge que também inventou o nome das notas. Essa mão, muitas vezes reproduzida nos manos cristo medievais, era um recurso pelo o qual o maestro sinalizava com o indicador da mão direita as diferentes articulações de sua mão esquerda aberta. Cada ponto da mão de Guido representava uma das 20 notas do sistema. (GONÇALVES, 2008, p.50). 21 Figura 1 Mão de Guido Sendo a música uma expressão de linguagem universal, ela tem o poder de encanta, alegra, fazer chora, sorrir e tantos outros sentimentos, mesmo no período tão religioso como a idade média, pois sabe-se que os cantos gregorianos ou cantochão que era cantado só com vozes sem instrumento musical deixavam as pessoas em estado de êxtase ao ouvir uma missa na notridame de Paris. Uma afirmação, mas linda e incrível nesse sentido foi feita pelo o escrito alemão goette. “ entre todas as coisas imaginavem elegemos a música, porque dela sai caminhões bem traçados em todas as direções”,( GONÇALVES, 2008). Fonte:https://www.google.com.br/search?q=m%C3%A3o+de+Guido&source=lnms&tbm=isch&sa=X &ved=0ahUKEwj4rbDi193XAhVHTZAKHeQyDEgQ_AUICigB&biw=1422&bih=965#imgdii=LoYDLWS KZ7kvmM:&imgrc=f5QKzlpuUMN-9M: Imagem referente a mão de Guido. 22 1.2 A MÚSICA NO BRASIL Desde o início de sua história, o Brasil é marcado por sua dimensão territorial e sua vasta diversidade cultural. Os colonizadores europeus, a população indígena e os escravos foram responsáveis pela disseminação cultural no país, consequentemente com a chegada dos emigrantes italianos, japoneses, alemães, espanhóis, árabes e outros povos as culturas vão se enraizando e diversificando. No Brasil a música mistura elementos de várias culturas. No século XIX, Portugal foi a maior influência para a música brasileira, erudita e popular, principalmente a partir da fusão de elementos culturais, a contribuição africana foi dada através da diversidade rítmicas e danças, e tiveram um papel muito importante no desenvolvimento da música popular e folclóricas. De acordo com Claudinha Rahme, a música no Brasil surgiu da diversidade cultural: A música do Brasil se formou a partir da mistura de elementos europeus, africanos e indígenas, trazidos por colonizadores portugueses, escravos e pelos nativos que habitavam o chamado Novo Mundo. Outras influências foram se somando ao longo da história, estabelecendo uma enorme variedade de estilos musicais. Na época do descobrimento do Brasil, os portugueses se espantaram com a maneira de vestir dos nativos e a maneira como eles faziam músicas: cantando, dançando, tocando instrumentos (chocalhos, flautas, tambores). (RAHME, 2012, p.01). No descobrimento do Brasil com a chegada dos portugueses e os índios que já habitavam, com os primeiros grupos de escravos que chegaram por volta de 1538 trazidos da África para trabalho escravo, surge com eles as primeiras manifestações musicais no Brasil, coros e dança, as religiões como: candomblé e a macumba, contribuem para disseminar sua raiz cultural no Brasil. Com a chegada dosjesuítas vem as primeiras missões, e os princípios do catolicismo para uma civilização nova, os padres aplicam a música europeia de influência brasileira aos índios com o primeiro contato com instrumento musical, com o passar do tempo os índios brasileiros foram praticamente exterminados pelos os colonizadores portugueses, mas a música indígena e africana deixa herança até os dias atuais a música brasileira. 23 Choro e samba aparece pela primeira vez no estado de Pernambuco espalhando-se por todo Brasil, especialmente no Rio de Janeiro, que logo foi mesclado com carnaval de rua, os famosos blocos de rua ou escola de samba. Ao longo do tempo ouve várias divisões e misturas de ritmos alguns desses locado na região nordeste como: o frevo, coco, maracatu, forro e tantos outros. Porem as outras regiões não ficaram de fora dessa mesclarem de estilos, o sul e o Sudeste produziram estilos como: o fandango, moda de viola, cururu, rasqueado, maneira entre outros. Os estilos musicais no Brasil podem ser identificados a partir de sua origem geográfica, mas, com a divulgação pelo o meio de comunicação de massa elas se expandem, até se tornarem intercambiáveis. 24 2 PROJETO TOCANDO A VIDA- CRAS SOBRAL A música é uma arte de inúmeras qualidades. Ela desperta sentimentos, imprime mensagem em nossos corações, eleva a nossa alma, enfim nos ajuda a viver melhor. A música é uma das artes mais antigas e valiosas formas de expressão da humanidade e está sempre presente na vida das pessoas. Antes de Cristo, na Índia, China, Egito e Grécia já existia uma rica tradição musical. Na antiguidade, filósofos gregos consideravam a música como “uma dádiva divina para o homem...” Segundo historiadores, o fazer musical de uma forma ou de outra, sempre esteve presente nas sociedades, desde a mais primitivas até as atuais. Sem dúvida, o nível de complexidade musical se alterou com o passar do tempo, mas não perdeu a sua característica de reunir pessoas. Hoje se percebe que a música tem a capacidade de aglutinar crianças, jovens e adultos, para cantar, tocar instrumentos, ou ambas. De acordo com o pensamento da pedagoga e especialista em música para crianças, Maria Lúcia Cruz (2013) A música estimula áreas do cérebro não desenvolvidas por outras linguagens, como a escrita e a oral. Verifica-se que os jovens que se identificam por um mesmo gênero musical, partilham de conhecimentos e interesses afins que lhes dá a sensação de pertencimento a um grupo social. Assim, podemos afirmar que a vivência musical faz parte do dia a dia do ser humano, portanto, salutar para o desenvolvimento de trabalhos em grupos de aprendizagem musical. A arte da música, em especial, pode modificar consideravelmente um espaço, implementando nele identidade ou características através de estilos musicais ou por grandiosos festivais, como ocorre em Itacoatiara-AM, que vive uma efervescência musical, revelando grandes interprete e compositores, Olinda-PE, através do frevo, Parintins-AM, na nossa região, que expressa o folclore amazônico de forma belíssima, exportando profissionais até para o carnaval do Rio de Janeiro e outros festivais no mundo. Esses são exemplos de que a cultura pode mudar a vida de uma cidade, independentemente da região ou do segmento cultural de referência. É visível que nosso país é extremamente rico em diversidades de talentos artísticos, apesar da prática musical não possuir incentivos, principalmente para crianças iniciando a vida 25 escolar que seus sentimentos possam ser expressos de forma mais significativa na arte musical, que sobrevive há gerações, contando unicamente com a sensibilidade e força individual, do que necessariamente uma política de estado. Antes da criança nascer, ainda no útero da mãe, já demonstra grande sensibilidade ao ambiente sonoro e responde com movimentos corporais. O ambiente sonoro e a presença da música em diferentes e variadas situações do cotidiano fazem com que bebês e crianças iniciem seu processo de musicalização de forma intuitiva. Vários estudos comprovam a importância da música ao ser humano, especialmente às crianças, em fase de desenvolvimento e aprendizado do mundo. 2.1 O QUE É O CRAS CRAS, Centro de referência de assistência social, é um órgão público destinado a pessoa em situação de vulnerabilidade social, tem como objetivo atender a família em todo seu núcleo, através de atendimentos individuais, em grupos, apoio e orientações, com isso fortalecer os vínculos familiares. Através de seus profissionais identificar o cidadão que ainda está fora das demandas, fazendo lhe uma visita e diagnosticando a problemática, e com isso aplicar a política de assistência social nos municípios. De acordo com a PNAS o CRAS deve ser localizado em área maio vulnerabilidade e risco social, prestando serviços socioassistenciais as famílias através da proteção básica. Na proteção social básica temos o PAIF serviço de proteção e atendimento integral a família, que tem como finalidade a prevenção do não rompimento do vínculo familiar, orientando as famílias sobre seus direitos e contribuindo para melhores qualidades de vida. O serviço de convivência e fortalecimento de vínculos, SCFV o qual é através de atendimentos em grupos, os quais complementa a família com atividades culturais, artística e esportivas, orientando e estimulando os mesmos a construir sua própria história. O Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio para Pessoas com Deficiência e Idosas, também está na proteção básica e visa a inclusão social das pessoas idosas e pessoas com deficiência para a garantia de direitos a partir de suas necessidades. 26 2.2 SERVIÇO DE CONVIVÊNCIA E FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS (SCFV) NA CIDADE DE RIO BRANCO O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, no município de Rio Branco tem feito um belo trabalho com crianças e adolescentes através do projeto clube do talento, que tem por finalidade a proteção e prevenção dos mesmos em situação de risco social. Participam do projeto crianças e adolescentes com faixa etária de 6 a 17 anos de idade, proporcionando o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários. Ao todo são 891 pessoas beneficiadas com esse projeto, sendo que desse número 402 são crianças, 213 adolescentes e 276 idosos, sendo esses números mostrados percentualmente no gráfico 1. O projeto está dividido em 40 turmas e 20 núcleos, que são abrangidas com aulas de violão, dança, teatro, jogos recreativos, jiu jitsu, etc. Sendo que é dado prioridade a quem está em situação de violência física, sexual e psicológica; negligencias e isolamento; situação de trabalho infantil e exploração sexual; em cumprimento e egressos de medidas socioeducativas; egressos do serviço de acolhimento, dentre outros riscos sociais. Hoje esse programa é um dos principais serviços de prevenção distribuídos pela rede de proteção social em rio branco, tendo alcançados efetivos resultados na superação de riscos sociais em todas as faixas etárias e abrangendo mais de 20 mil pessoas beneficiadas. Sendo este um dos doze serviços socioassistenciais do sistema único de assistência social –SUAS e sendo ofertado pelos oitos Centro de referência de assistência social – CRAS que o município de Rio Branco tem. Sendo que o principal motivador do serviço é a proteção da família, mantendo seu núcleo, prevenindo rupturas de vínculos familiares e promovendo o acesso e usufruto de direitos, advindo de acompanhamento sociofamiliar continuado. O projeto tem como metodologia a educação não formal considerando os interesses, demandas, necessidades e as especificidades das faixas etárias. Nos grupos SCFV são desenvolvidos percursos formativos pelo período de um ano, respeitando cada ciclo de vida. As atividades lúdicas,artísticas e culturais como oficinas de arte, violão, teatro, dança, música, dentre outros complementam os 27 percursos formativos, colaborando, desta forma, para o desenvolvimento cognitivo dos usuários. Esses grupos são oferecidos nos bairros com maiores indicadores de vulnerabilidade social. Acontecem nos espaços dos CRAS e em espaços cedidos pelas igrejas católicas e evangélicas, escolas municipais e estaduais, associações e outras instituições localizadas nas áreas prioritárias para o desenvolvimento das atividades. Figura 2 Pessoas atendidas pelo SCFV. Fonte: Autoria própria (2017). Gráfico referente as pessoas atendidas pelo SCFV 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 Crianças adolescentes idosos 45 24 31 Quantidade de pessoas atendidas pelo Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos 28 2.3 CRAS SOBRAL O CRAS sobral foi o primeiro CRAS a ser implantado na cidade de Rio Branco, precisamente em janeiro de 2004, ele tem sua própria estrutura. Localizado na região da baixada do sobral, onde o número de famílias em situação de vulnerabilidade e risco social é muito grande, famílias com grandes números de membros, as drogas são bastante comuns nessa região e o índice de violência é alto. Em conversa com a coordenadora Cosma Gabriel, ela fala sobre o trabalho desenvolvido e dos profissionais que atuam junto ao CRAS, apesar de termos uma equipe reduzida, trabalhamos com determinação e estratégia, com isso somamos força para o bom desempenho das atividades, o respeito e a união é o que diferencia a equipe. Atualmente estamos com duas assistentes sociais, uma pedagoga, uma psicóloga, dois educadores sociais e seis estagiários. O CRAS tem como foco a família, a convivência e o fortalecimento familiar é a base de tudo, resgatando princípios e valores. Tais famílias são inseridas no PAIF, cuja prioridade são os serviços de proteção social básica. A oficina grupo PAIF no CRAS sobral hoje atende 20 famílias. O encontro acontece a cada 15 dias com a equipe multiprofissional. Alguns dos serviços realizados pelo PAIF junto às famílias atendidas pelo CRAS, são: participação das famílias; conhecimento territorial; orientação de seus direitos tantos as famílias quanto ao indivíduo; entrevista social; palestras voltadas às famílias; fortalecimento de grupos; direitos e deveres junto a metodologia do PAIF entre outros. Recentemente foi implantado o programa criança feliz, o mesmo através de visitas domiciliares que acontece diariamente, com crianças de zero a três anos de idade, com mulheres gravidas e crianças de zero a seis anos que recebe o BPC. O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, junto ao CRAS sobral realiza as seguintes atividades: aula de teatro, turma manhã, crianças de 7 a 11 anos de idade e turma a tarde com adolescente de 12 a 18 anos, total matriculado 6; aula de violão, turma da manhã, crianças de 7 a 11 anos de idade e turma da tarde com adolescente de 12 a 18 anos, com um total de 18 alunos matriculados; atividades com os idosos, no total de 67 idosos participando ativamente. 29 2.4 HISTÓRICO DO PROJETO No ano de 2016, nos meses de junho a dezembro (ver cronograma) foi executado um projeto no CRAS sobral com o objetivo de executar a música como fator de inclusão social e abrir portas para o mercado de trabalho, despertando nesse nicho da juventude o interesse pela arte e cultura, elementos importantes para a identidade e formação de uma sociedade, como mostra a tabela 1 Figura 3 projeto social sendo executado. No mês de junho e julho de 2016, em parceria com o clube do talento, foi divulgado na escola Serafim da Silva Salgado para as crianças e adolescentes beneficiarias do Programa Bolsa Família, que no mês de agosto e setembro as inscrições para aula de violão iriam está aberta no CRAS sobral. Devido à grande procura de alunos, e a pouca quantidade de violão, foi feito uma seleção entre os inscritos, na qual foi dado prioridade à criança e adolescente com maior idade para ter melhor aproveitamento nas aulas. Fonte: Autoria própria (2017). Tabela referente as atividades desenvolvidas no projeto JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Divulgação do projeto na escola Serafim da Silva Salgado X X Inscrição dos alunos para o curso de violão X X Seleção dos alunos por turmas X Início das aulas práticas e teóricas X Avaliação X Apresentação musical dos alunos para encerramento do projeto X 30 As aulas eram ministradas todas as quinta-feira, com início às 14 horas e termino as 17 horas, com intervalo de 30 minutos para o lanche e jogos educativos, utilizando essa diversão como forma de aprendizado e técnica para maior concentração e memorização. As aulas práticas e teóricas se iniciaram no mês de novembro, com a apresentação e aproximação da criança com o instrumento, e durante todo o projeto foi aplicado também, formação de acordes maiores e menores, dedilhados, acordes com sétima, ritmos e etc. O projeto consistiu numa forma de abordagem qualitativa para se avaliar o desenvolvimento dos alunos, foram realizadas provas práticas, teóricas, recitais e apresentações no próprio CRAS, para estimular até mesmo a curiosidade dos usuários da Assistência Social, em especial os integrantes que participam do projeto. A seguir (fig. 2). Temos a apresentação dos alunos do projeto. 31 Figura 4 Apresentação dos alunos. Estimulando os alunos a desenvolverem o talento musical, fomentando a capacidade de interação com outras pessoas e com movimentos culturais da nossa região, colocando a música como patamar de entretenimento e formação artística e cultural. Tornando o CRAS Sobral referência no que diz respeito ao incentivo e disseminação da cultura local. Melhorando a forma com que os alunos do projeto veem no estudo da prática musical uma oportunidade de profissionalização. Acrescentamos no repertório dos alunos a música regional, valorizando os artistas da terra. Foi analisada a importância no que se refere à inserção social e o que isso podia representar na vida de cada criança e adolescente envolvido no projeto, identificando a sensibilidade musical de cada aluno e a vivência com o mundo da arte, Fonte: Autoria própria (2017). Imagem tirada do próprio celular, aulas práticas. 32 mostrando as dificuldades encontradas por cada indivíduo no projeto e foi apresentado a solução para que eles venham se tornar grandes músicos instrumentistas. Foram realizadas palestras sobre a música e o compromisso de cada beneficiário do bolsa família, deixando-os cientes de seus direitos e deveres com o programa. Tivemos como parceiro na execução do Projeto Tocando a Vida o professor de música Gleydson Cunegundes Cruz, do serviço de convivência e fortalecimento de vínculos (clube do talento) e a Assistente Social Dayane Cristina Prado da Silva Oliveira (CRAS Sobral). Desta forma, pode-se identificar uma aula pratica com os alunos do projeto “tocando a vida” como mostra a imagem, (fig.3) aula pratica. Figura 5 Aula pratica. Fonte: Autoria própria (2017). Imagem tirada do próprio celular, aulas práticas. 33 Despertando no aluno a busca por sua própria identidade musical, para que além do instrumento ele se interesse também pelo o canto e composição, para que venha tornar também uma renda para seu próprio sustento. Foi apresentada ao aluno características de artistas, para que cada um possa assumir sua própria identidade,e através da prática musical venha surgir oportunidades de profissionalização. O Projeto foi finalizado com o recital de apresentações dos mesmos para os pais e os usuários do CRAS que ali se encontraram presentes. Figura 6 Material utilizado no projeto. Fonte: Autoria própria (2017). Tabela referente aos materiais utilizados no projeto. Quant Descrição Valor unitário Valor total 30 Violão 150,00 4.500,00 30 Apostilas (xerox) 3,00 90,00 30 Pincel para Quadro Branco 4,00 120,00 30 Lápis 0,55 16,50 30 Apontador 1,50 4,50 30 Borracha 0,40 1,20 16 Suco 1,10 17,60 16 Bolacha/Biscoito 3,25 52,00 01 Resma de papel A4 17,00 17,00 10 Gasolina 4,07 40,07 Valor total 4.859,50 34 O material utilizado pelo o projeto Tocando a vida foi custeado pelo Serviço de convivência e fortalecimento de vínculos (Clube do talento), como mostra a seguinte tabela. As aulas eram ministradas todas às quintas-feiras, com início às 14 horas e termino as 17 horas, com intervalo de 30 minutos para o lanches e jogos educativos, usando como ferramenta para aprendizado e estímulo a memorização. Desta forma a música contribui para a inserção social e cultural de crianças e adolescentes Beneficiárias do Bolsa Família, por ajudar na diminuição da ociosidade e também oportunizar aos mesmos momentos de construção das relações em grupos, o que contribui na elevação da autoestima, bem como na formação da cidadania e incentivando futuros profissionais. (Formando futuros profissionais na área, e estabelecendo uma nova profissão). 2.5 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADO DO PROJETO TOCANDO A VIDA A música sempre esteve presente em diversas atividades da vida humana, essa foi uma das razões que fizeram o projeto granjear tantos benefícios a seus participantes. As metas do projeto foram: Levar a música ao encontro das crianças e adolescentes, apresentar a arte musical e acima de tudo oferecendo mecanismos e ferramentas que possam viabilizar a transformação de suas vidas por meio do aprendizado de uma nova arte. No decorrer desses sete meses em que foi aplicado o projeto Tocando a Vida no CRAS Sobral, pode-se observar enormes benefícios tanto individuais, como em grupo a todos os envolvidos. Foi feito acompanhamento e observado todos os alunos individualmente no intuito de não apenas incluir música em suas mentes, mas também criar um legado do bem em seus corações. O aprendizado dos alunos no projeto foi valorado pelo interesse, envolvimento e vontade dos mesmos por aprender música, essa grande vontade os fez centrar cada vez mais os pensamentos em tocar e essa dedicação pela música de uma forma espetacular foi tamanha, que refletiu até na escola, onde os profissionais e a própria coordenadora do CRAS afirmaram que os alunos tiveram um notável crescimento nas suas avaliações escolares. 35 A música como arte é deveras impactante para a vida em sociedade, não apenas como um novo saber que é desencadeado em mentes ávidas por esse aprendizado, mas também por ser uma forma de inclusão e socialização das pessoas. Essa arte é capaz de verdadeiramente moldar maciçamente o caráter dos indivíduos, através do convívio, participação, interação e responsabilidades de fazer parte de um ambiente onde o conjunto é mais importante. Por diversas vezes os familiares dos alunos do projeto, os acompanharam no CRAS e mencionaram ao professor a mudança que os alunos tiveram em suas casas, os mesmos aumentaram a disciplina, dedicação e até respeito por seus familiares. Em conversa com a coordenadora Silvia Ivone do Serviço de convivência e fortalecimento de vínculos, ela aborda que em reunião com os professores da escola onde foi feita a seleção dos alunos para as aulas de violão, eles elogiaram a questão disciplinar dos alunos que fazem parte do projeto e até mesmo a atenção e a percepção deles melhoraram bastante, se tornaram mais criativos e espontâneo com seus colegas e professores. Além de trazer consigo a estruturação do caráter individual, ocupando um tempo ocioso, dificultando assim o envolvimento destes com práticas ilícitas propondo a oportunidade de se destacarem e, quem sabe, percorrerem o mundo em apresentações levando a arte e inspirando mais e mais adeptos. 36 3 A IMPORTÂNCIA DO ASSISTENTE SOCIAL NO PROCESSO DE INTERVENÇÃO ATRAVÉS DE PROJETOS SOCIAIS O Assistente Social deve ter como foco principal no exercício de sua profissão o combate as mazelas engendradas pelo sistema capitalista, tais como: fome, desemprego, vulnerabilidade social, precarização dos vínculos sócio afetivos e das relações de trabalho, exploração de menores, violência contra mulheres e idosos dentre outras. Em suma, as sequelas da questão social. Questão social apreendida como conjunto das expressões das desigualdades da sociedade capitalista madura, que tem raiz comum: a produção social é cada vez mais coletiva, o trabalho torna-se mais amplamente social, enquanto a apropriação dos seus frutos mantém-se privada, monopolizada por uma parte da sociedade. A globalização da produção e dos mercados não deixa dúvidas sobre esse aspecto: hoje é possível ter acesso a produtos de várias partes do mundo, cujos componentes são fabricados em países distintos, o que patenteia ser a produção fruto de um trabalho cada vez mais coletivo, contrastando com a desigual distribuição da riqueza entre grupos e classes sociais nos vários países, o que sofre a decisiva interferência da ação do Estado e dos Governos. (IAMAMOTO, 2008, p. 27) Este profissional deve pensar e engendrar projetos que ajudem a construir estratégias de luta contra o atual sistema capitalista. Essas estratégias podem se configurar em formas de debates, socialização de informações, políticas e diversificados projetos e programas sociais. Neste âmbito, entendermos que o exercício profissional orientado por um projeto profissional que contenha valores universalistas, baseado no humanismo concreto, numa concepção de homem enquanto sujeito autônomo, orientado por uma teoria que vise apreender os fundamentos dos processos sociais e iluminar as finalidades, faculta aos assistentes sociais a consciência de pertencer ao gênero e lhe permite desenvolver escolhas capazes de desencadear ações profissionais motivadas por compromissos sociocêntricos que transcendem a mera necessidade pessoal e profissional[...], orientados por um projeto profissional crítico os assistentes sociais estão aptos, em termos de possibilidade, a realizar uma intervenção profissional de qualidade, competência e compromisso indiscutíveis (GUERRA, 2007, p.15) 37 O Assistente Social possui conhecimento necessário, sendo capacitado a gerar ações de intervenção na realidade, possuindo a competência necessária para investigar problemas sociais. Esse profissional possui inúmeras possibilidades para estes fomentar a cidadania e a inclusão social, tais como: socializar informações visando a orientação da população quanto aos seus direitos; incentivar a participação dos cidadãos através de organizações de lutas e Conselhos Municipais. O Assistente Social pode promover a mudança e assim materializar suas práxis em uma nova ordem social contrária as desigualdades e explorações, cuja ação deve ser pautada na emancipação do ser humano. Iamamoto (2011) nos induz a uma importante reflexão acerca do trabalho do Assistente Social: Os assistentes sociais trabalham com a questão social nas suas mais variadas expressões quotidianas, tais como os indivíduos as experimentam no trabalho, na família, na área habitacional, na saúde, na assistência social pública, etc. Questão social que sendo desigualdade é também rebeldia, por envolver sujeitos que vivenciam as desigualdades e a ela resiste, se opõem.É nesta tensão entre produção da desigualdade e produção da rebeldia e da resistência, que trabalham os assistentes sociais, situados nesse terreno movido por interesses sociais distintos, aos quais não é possível abstrair ou deles fugir porque tecem a vida em sociedade (IAMAMOTO, 2011, p. 28). A atuação do assistente social em projetos sociais é de fundamental importância, de certo, esse profissional carrega em seu escopo funcional ferramentas teórico-metodológica e técnico-operativo tornando-o capacitado para compreender a realidade através de acurada visão crítica, desvelando as demandas, buscando medidas que gerenciem e promovam o desenvolvimento social. Para Iamamoto (2011) um dos maiores desafios que o Assistente Social enfrenta na atualidade é de ser um profissional propositivo e não somente executor, não se atendo apenas a simples compreensão de uma determinada realidade, mas também, propondo intervenções criativas e eficazes para a efetivação de direitos. O assistente social tem muito a contribuir com projetos sociais, já que traz como característica básica de sua profissão a transformação social, sabendo que essa torna-se factível da busca e inserção de instrumentos que possam ressignificar a 38 realidade dos sujeitos, viabilizando o acesso aos direitos e contribuindo para a construção e concretização da cidadania. A instrumentalidade pode ser considerada uma propriedade adquirida pela profissão, a partir do momento que seus objetivos são concretizados. Isso se dar pelo fato desta proporcionar aos assistentes sociais a objetivação de sua intencionalidade através de respostas profissionais. Essas propriedades adquiridas conseguem dar suporte para modificação e transformação, como mudanças significativas e subjetivas no âmbito das relações sociais e também interpessoais (SANTOS, SANTOS e SILVA, 2012, p. 10). A intervenção social através de projetos sociais, efetiva no Assistente Social o compromisso de proporcionar a consolidação da democracia, garantindo a liberdade, a igualdade e a justiça social, além de garantir o acesso aos direitos, podendo atuar no enfrentamento das desigualdades sociais, além de intervir nas diversas manifestações das questões sociais. Quando se encontra à frente dos projetos sociais, o assistente social deve intervir de imediato nas necessidades levantadas, buscando alternativas para solucionar os problemas e enfrentar os desafios da sociedade lutando principalmente pela emancipação e autonomia dos cidadãos. No projeto “tocando a vida” foi notável o quão importante e essencial é o papel do assistente social para o êxito dos projetos sociais. A assistente social Dayane Cristina Prado da Silva Oliveira realizou palestras referente ao objeto do programa, a saber o ensino musical. Onde a mesma salientou a necessidade da presença e interação dos alunos nas aulas, esta foi fundamental para o bom andamento do projeto haja visto que, às vezes crianças e adolescentes advindas de lares carentes ou de família em situação de vulnerabilidade social poderiam apresentar dificuldade na interação e busca de aprendizado, esse cuidado e incentivo desde os dias iniciais por meio de palestra mostra o quanto os assistidos são bem vindos, assim os mesmos se sentem quisto no ambiente do projeto. Além do mais deixou os alunos cientes de seus deveres e compromissos com o projeto e com o programa Bolsa-Família. Durante os intervalos para o lanche haviam oportunidades de conversas juntamente as atividades recreativas onde surgiam momentos em que o aluno citava 39 problemas pessoais ou familiares e tanto o professor quanto a assistente social agiam e buscavam dar possíveis soluções, auxilio e orientação no intuito de prover um amparo psicológico e quando necessário o encaminhamento a um profissional especifico para ajudá-lo. 40 CONCLUSÃO Diante o exposto fica devidamente clara a importância da atuação de um profissional de serviço social em projetos sociais que evidenciem e promovam a educação musical, através de sua formação este profissional torna-se capaz de vislumbrar e suscitar estratégias eficazes na busca da viabilização da construção da cidadania. Com as experiências no Projeto Tocando a Vida, constatamos que a presença de um Assistente Social frente a projetos sociais, deve buscar não somente a intervenção na realidade após constatação das demandas acarretadas pelos usuários que frequentam o projeto, mas também o desvelamento das peculiaridades que as constituem na intenção de estabelecer processos de acompanhamento atenção às famílias destes beneficiários, para que possam enfrentar os desafios da presente sociedade, podendo através do desenvolvimento de suas próprias potencialidades, lutar pela sua emancipação e autonomia, tornando-os cidadãos conscientes na busca de sua liberdade econômica, cultural e social. O projeto social “Tocando a Vida” apareceu como um importante alternativo, além de ser uma imprescindível ferramenta estratégica, angariando respostas positivas às manifestações das questões sociais levantadas no CRAS SOBRAL. Ressalta-se, porém, que Projetos Sociais que utilizam atividades musicais como estratégia de intervenção, devem ter como finalidade precípua a oferta de oportunidades de acesso a cidadania, educação, e inclusão, e etc., contribuindo para a construção de um presente e um futuro diferente da atual situação vivenciada. O projeto “Tocando a Vida” viabilizou a efetivação da cidadania e a inclusão social. Dessa maneira se faz necessário que o Assistente Social configure-se como um articulador diante a realidade social, no caso presente tendo como ferramenta a música, garantindo que a aplicação desta arte leve os sujeitos a uma melhor ressignificância da sua consciência acerca da cidadania, sendo esta parte integracional do seu cotidiano nos diversos espaços em que se relacionam. O presente trabalho revelou sistematicamente e pontualmente que as práticas musicais nos projetos sociais mostram-se como estratégias potencialmente favoráveis 41 na consecução de uma transformação social. Esta obra contribui para uma profunda reflexão acerca da inserção da música em projetos sociais, imersos no objetivo de transformar, reconfigurar e tornar-se factível a justiça social, minimizando desigualdades, e fomentando a dignidade humana. Reconhecemos que os atuais processos de intervenção exigem um trabalho interdisciplinar e o uso de diversificadas e criativas estratégias. Diante do exposto, deve-se garantir que estes processos sejam introduzidos, de forma cada vez mais significativa, à formação profissional em Serviço Social. Se faz notório que os processos intervencionistas devam exercitar a sensibilidade e a criatividade podendo propiciar o desenvolvimento e a aquisição de habilidades necessárias ao exercício de algumas atribuições ou competências que precisam ser solidificadas e sistematizadas em sua formação. Por fim, o Assistente Social deve apontar estratégias criativas e que promovam o fortalecimento dos direitos inerentes aos cidadãos como solução possível e viável para o enfrentamento das problemáticas sociais, resultando em cidadania, inclusão, emancipação e autonomia social. 42 REFERÊNCIAS ANDRADE, Mario, Pequena história da música, Rio de Janeiro: Nova fronteira,2015. BRÉSCIA, Iacat, A importância da musicalização na educação infantil e no ensino fundamental, Disponível em:<http://www.iacat.com/revista/recrearte/recrearte03/musicoterapia.html>Acesso em 13/10/2016. BUENO, Chris. A Função Social da Música. Artigo: Educação, 2000. Disponível em: <http://trombeta.cafemusic.com.br/trombeta.cfm?CodigoMateria=1160>. Acesso em 10 de setembro de 2017. FALEIROS,Vicente de Paula. Inclusão social e cidadania. In: Conferência Internacional de Bem - Estar Social, 32, 2006, Brasília – Brasil. Palestra. Brasília: ICSW/CBCISS, 2006. Disponível em PUC- Rio - Certificação Digital Nº 0510672/ CA. 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