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Aula 00 - Mercado Financeiro - Resumo

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Mercado Financeiro
Aula 01: Panorama do Mercado Financeiro Nacional
# As Seis Fases do Sistema Financeiro Nacional
· 1º Fase - 1808 a 1914
· Em 1808 surge o primeiro Banco do Brasil com funções de banco central e banco comercial, o qual foi dissolvido em 1829. 
· Em 1906 surge o atual Banco do Brasil. 
· Em 1910 o Brasil possuía 16 bancos nacionais e 5 estrangeiros.
· 2º Fase - 1914 a 1945
· Os bancos desenvolvem-se com relativa segurança, sustentando as mudanças que ocorrem na estrutura produtiva do País. 
· Em 1920 é criada a Inspetoria Geral dos Bancos. Nesta fase, o país contava com 2074 instituições financeiras e a estrutura existente não atendia às necessidades.
· 3º Fase - 1945 a 1964
· É criada a Superintendência de Moeda e Crédito e havia a coexistência de vários órgãos com atribuições de Autoridade Monetária. 
· É criado o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (1952), o Banco do Nordeste do Brasil e o Banco da Amazônia.
· 4º Fase - 1964 a 1988
· Ocorre a implementação de mudanças estruturais no sistema financeiro com destaques para as seguintes leis: 
• Lei da Correção Monetária (4357/64);
• Lei do Plano Nacional da Habitação (4380/64);
• Lei da Reforma do Sistema Financeiro Nacional (4595/64);  
• Lei do Mercado de Capitais (4728/65);
• Lei da CVM (6385/76, alterada pela Lei 10411/02);
• Lei das S.A (6404/76, alterada pelas leis 9457/97 e 10303/01).  
· 5º Fase - 1988 a 1994 
· As funções da autoridade monetária passam a ser exclusivamente exercidas pelo Banco Central do Brasil (BCB) e suas atividades atípicas são transferidas para o Tesouro Nacional (TN). 
· Os empréstimos diretos ou indiretos do BCB para o TN, ou qualquer entidade que não fosse uma instituição financeira, ficam proibidos. 
· Surge a Resolução CMN nº 1.524/88, que permite a criação dos chamados Bancos Múltiplos.
· 6º Fase - A partir de 1994
· Surge a Resolução CMN nº 2.099/94 sobre a exigência de capital e patrimônio líquido.
· Houve o enxugamento do sistema financeiro, mediante liquidações, fusões e incorporações, bem como o aumento do interesse de grandes bancos estrangeiros em operar no Brasil.
· O sistema Financeiro Nacional sofreu uma grande transformação depois de 1964, através das Leis Básicas de Reordenamento da Política Econômica Brasileira, Citadas na 4º Fase. São elas:
a) Lei de correção Monetária (4357/64)
b) Lei do plano Nacional de Habitação (4380/64)
c) Lei da Reforma Bancária (4595/64)
d) Lei do Mercado de capitais (4728/65)
e) Lei da CVM (6385/76)
f) Lei das ASs (6404/76)
# Sistema Financeiro
Sistema financeiro é o conjunto de instituições e instrumentos financeiros.
Ele possibilita a transferência de recursos dos ofertadores finais para os tomadores finais e cria condições para que os títulos e valores mobiliários tenham liquidez no mercado.
· Ofertadores finais: São os que possuem superávit financeiro, isto é, aqueles que pretendem gastar (consumo / investimento) menos que sua renda. 
· Tomadores Finais: Estão em posição de débito financeiro – são aqueles que pretendem gastar (consumo / investimento) mais que sua renda.
Precisam complementar com poupanças de outros para executar seus planos, dispondo-se a pagar juros pelo capital que conseguirem.
Pode-se dizer também que é o local onde o dinheiro é gerido, intermediado, oferecido e procurado, por meio de canais de comunicação que se entrelaçam na formação de sistemas.
O mercado nada mais é do que um grande fundo, do qual se pode sacar ou no qual se pode depositar recursos. 
É nele que se determina uma das variáveis cruciais da economia – a taxa de juros – que representa os termos em que se podem realizar transferências intertemporais de recursos.
· Saiba Mais:
Artigo 17 da Leis 4595/64: Consideram-se instituições financeiras, para os efeitos da 
legislação em vigor, as pessoas jurídicas públicas ou privadas, que tenham como atividade principal ou acessória a coleta, a intermediação ou a aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros. 
Para os efeitos desta lei e da legislação em vigor, equiparam-se às instituições financeiras as pessoas físicas que exerçam qualquer das atividades referidas neste artigo, de forma permanente ou eventual.
· Os 03 Subsistemas do Sistema Financeiro Nacional:
· Órgãos Normativos
· Operadoras
· Entidades Supervisoras
· As 02 Formas de classificações das Instituições Financeiras 
· De acordo com a natureza das obrigações que emitem
Esse critério permite classificar as instituições financeiras em:
a) Bancárias/Monetárias: os bancos comerciais, por exemplo, podem ser classificados como instituições monetárias, a quem se permite criação de moeda, uma vez que captam depósitos à vista, emprestam esses recursos e mantêm conta de reserva  junto ao Banco Central. 
b) Não monetárias: não multiplicam a moeda, como as Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários, Bancos de Investimento, Sociedades de Crédito de Financiamento e Investimento (Financeiras).
· De acordo com tipos de operações que estão autorizadas a Realizar
Esse critério permite classificar as instituições financeiras em:
a) Instituições de crédito/Intermediários financeiros: emitem seus próprios passivos, captando poupança diretamente do público por sua própria iniciativa e responsabilidade e, posteriormente, aplicam esses recursos junto às empresas, através de empréstimos e financiamentos, como é o caso dos bancos comerciais.
b) Instituições auxiliares/Distribuidores de Títulos e Valores Mobiliários: colocam em contato os investidores, como as Bolsas de Valores por exemplo, que por intermédio dos corretores de valores encontram quem queira vender ações, quem queira comprá-las e vice-versa.
· O Sistema Financeiro Nacional é composto pelos Seguintes órgãos Normativos
· Conselho Monetário Nacional (CMN)
· Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC)
· Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP)
· São as Entidades Supervisoras do Sistema Financeiro Nacional
· Banco Central do Brasil (Bacen)
· Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc)
· Superintendência de Seguros Privados (SUSEP)
· Comissão de valores Mobiliários (CVM)
# Operadoras 
Os bancos destacam-se entre as Instituições Financeiras Captadoras de depósitos à vista onde se inserem.
· Operadoras: Instituições Financeiras 
· Bancos múltiplos
· Cooperativas de Crédito
· Caixa Econômica Federal
· Bancos Comerciais
· O banco pode afetar a oferta monetária na economia. Isso ocorre em duas situações:
01- Quando o banco mantém 100% dos depósitos em reservas monetárias. 
Nesse caso, a oferta monetária na economia não é afetada.
02- Quando o banco empresta parte dos depósitos.
Nesse caso, a oferta monetária na economia é afetada.
· Exemplo:
	
· Saiba Mais
# [B]3 Brasil Bolsa Balcão
# Outras entidades do Mercado Financeiro
· Entidades Ligadas aos Sistemas de Previdência e Seguro
• Entidades Abertas de Previdência Privada Complementar
• Sociedades Seguradoras
• Sociedades de Capitalização
• Entidades Fechadas de Previdência Complementar
· Outras Entidades Relevantes
• Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC)
• CETIP S.A. - Balcão Organizado de Ativos e Derivativos
• Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC)
• Agentes Autônomos de Investimento
• Investidores qualificados e investidores não residentes
· Principais Associações do Mercado Financeiro
• ANBIMA - Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais
• ANCOR - Associação Nacional das Corretoras de Valores Câmbio e Mercadorias 
• APIMEC - Associação dos Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais 
· Organismos Financeiros Internacionais
• Fundo Monetário Internacional (FMI)
• Banco Mundial
• Banco para Pagamentos Internacionais (BIS)
• Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)
Aula 2 – Os Mercados do Dinheiro
Para o mercado financeiro são estabelecidas quatro grandes subdivisões:
· Mercado Monetário;
·Mercado de crédito;
· Mercado Cambial;
· Mercado de Capitais;
As subdivisões sugeridas muitas vezes se confundem na prática, permitindo que várias operações financeiras interajam por meio de um amplo sistema de comunicações.
# Mercado Monetário
· Oferta Pública Formal Eletrônica (OFPUB)
Neste leilão formal a autoridade monetária divulga ao mercado as condições dos negócios, tais como, entre outras informações:
• tipo;
• características;
• quantidade; 
• prazo dos títulos que serão objetos do leilão. 
Os investidores efetivam suas propostas de compra, que são encaminhadas ao SELIC para serem efetuadas as respectivas transferências de titularidade e liquidações financeiras 
· Leilão Informal Eletrônico de Moeda e de Títulos (LEINF)
Caracteriza-se pela possibilidade do Banco Central intervir no mercado, comprando ou vendendo títulos, conforme seus objetivos.
Neste processo, o Banco Central atua junto com instituições por ele credenciadas a operar no mercado aberto, conhecidas como dealers. 
Ao decidir entrar no mercado para comprar ou vender títulos, o Banco Central avisa aos agentes de sua intenção, através dos dealers, e os interessados na negociação enviam suas ofertas que poderão ser aceitas ou rejeitadas.
A administração do SELIC e de seus módulos complementares é de competência exclusiva do Departamento de Operações do Mercado Aberto (DEMAB) do Banco Central do Brasil.
Os pagamentos no SELIC são processados por meio de reservas bancárias e as transferências dos títulos entre os investidores somente são autorizadas pelo sistema mediante movimentações nessas reservas.
· CETIP
A CETIP S.A. - Balcão Organizado de Ativos e Derivativos - é uma sociedade administradora de mercados de balcão organizados, ou seja, de ambientes de negociação e registro de valores mobiliários, títulos públicos e privados de renda fixa e derivativos de balcão. É, na realidade, uma câmara de compensação e liquidação sistemicamente importante, nos termos definidos pela legislação do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) (Lei n º10.214), que efetua a custódia escritural de ativos e contratos, registra operações realizadas no mercado de balcão, processa a liquidação financeira e oferece ao mercado uma Plataforma Eletrônica para a realização de diversos tipos de operações online, tais como leilões e negociação de títulos públicos, privados e valores mobiliários de renda fixa.
Criada pelas instituições financeiras e o Banco Central, iniciou suas operações em 1986, proporcionando mais segurança e agilidade às operações do mercado financeiro brasileiro. A CETIP, hoje uma sociedade anônima de capital aberto com ações negociadas no Novo Mercado, da BM&FBovespa, é a maior depositária de títulos privados de renda fixa da América Latina e a maior Câmara de ativos privados do mercado financeiro brasileiro. Sua atuação garante o suporte necessário a todo o ciclo de operações com títulos de renda fixa, valores mobiliários e derivativos de balcão.
· Segundo Assaf Neto:
# Mercado de Crédito
· Segundo Assaf Neto:
· Existem duas instituições importantes no Mercado de crédito:
a) Central de Risco de Crédito;
A Central de Risco de Crédito (CRC) é uma central de informações de crédito do sistema financeiro nacional, gerenciada pelo Banco Central, englobando informações de todas as instituições financeiras que o compões. O objetivo básico de criação da CRC é o de prever e prevenir eventuais crises no mercado financeiro provenientes de problemas de cobranças nas carteiras de crédito das instituições.
b) Fundo Garantidor de Crédito.
O FGC tem por objetivos prestar garantia de créditos contra instituições dele associadas, nas hipóteses de: 
- decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da associada; 
- reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
# Mercado Cambial
· O mercado cambial está segmentado de acordo com a seguinte estrutura:
· Mercado de câmbio de taxas livres:
Câmbio comercial cobrindo:
• operações de importações e exportações;
• pagamentos internacionais de juros e dividendos;
• empréstimos externos;
• investimentos de capital etc.
· Mercado de câmbio de taxas flutuantes:
Câmbio turismo que inclui as negociações de moeda estrangeira para operações de turismo e demais despesas relacionadas.
· Tipos de Taxas Internacionais de Juros
· Libor: 
· Prime rate:
# Mercado de Capitais
· Intermediários financeiros não bancários: Bancos múltiplos, de investimento, corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários.
· Os principais títulos negociados no mercado de capitais são:
· ações que constituem a menor parcela (fração) do capital social de uma sociedade anônima;
· opções sobre ações que representam um direito de compra (ou venda) de ações a um preço previamente fixado e válido por determinado período;
· debêntures, que representam títulos de dívida de médio e longo prazo emitidos por sociedades anônimas, cujos recursos são destinados ao financiamento de projetos de investimentos ou para alongamento do perfil de endividamento das empresas. Em sua grande parte, as empresas emitentes de debêntures transformam-se em sociedade anônimas de capital aberto;
· Depositary Receipts, os Recibos de Depósitos são títulos negociáveis no mercado e lastreados na existência de ações de uma sociedade instalada em outro país. O recibo pode ser trocado a qualquer momento pelas ações custodiadas no banco depositário;
· Commercial Paper, destinado à subscrição pública, cujos recursos são canalizados para financiar suas necessidades correntes de capital de giro. 
· OBS: Além dos títulos emitidos pelas empresas privadas e de economia mista mencionados, existem títulos emitidos pelas Instituições Financeiras, tais como: letras de câmbio, certificados de depósitos/recibos bancários, cadernetas de poupança, letras hipotecárias, warrants, entre outros.
· Os principais financiamentos no mercado de capitais são:
· financiamento de capital de giro - realizado por bancos comerciais/múltiplos e bancos de investimentos com objetivo de suprir as necessidades de recursos do ativo circulante das empresas;
· operações de repasses - empréstimos contratados por instituições financeiras do mercado de capitais e repassados à empresas carentes de recursos para investimentos de longo prazo. Podem ser de recursos internos e externos;
· arrendamento mercantil – é celebrado um contrato de arrendamento (aluguel) efetuado entre um cliente (arrendatário) e uma sociedade de arrendamento mercantil (arrendadora), visando à utilização, por parte do primeiro, de certo bem durante um prazo determinado, cujo pagamento é efetuado em forma de aluguel (arrendamento);
· oferta pública de ações e debêntures – caracteriza-se por emissão de títulos (ações e debêntures) pelas empresas, visando levantamento de recursos para financiamento de suas atividades;
· securitização de recebíveis – caracteriza-se como uma forma de captação de recursos envolvendo a emissão de títulos de crédito pelo tomador, que são garantidos mediante caução de recebíveis. Esta operação permite que a empresa levante recursos sem comprometer seus níveis de endividamento;
· bônus (bonds) - são títulos de renda fixa muito utilizados pelas empresas privadas, governos etc. para levantar recursos no mercado financeiro internacional como fonte de recursos a longo prazo.
· Cotação do mercado de ouro no Brasil
Segundo Assaf Neto, o mercado de ouro no Brasil, assim como em outras economias do mundo, tem suas cotações baseadas nos preços internacionais do metal.
As principias variáveis que afetam o preço do ouro no Brasil são:
• comportamento das taxas de juros internas;
• paridade cambial da moeda nacional com o dólar;
• risco país.
 
As cotações internacionais do ouro são fornecidas diariamente em dólar por onça-troy, que equivale a 31,1035 gramas. No Brasil, as cotações são estabelecidas em reais por grama de ouro puro.
Os negócios com ouro no Brasil são realizados pela Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) e suas cotações refletemde alguma forma os preços dos mercados internacionais, principalmente de Londres e Nova York.
Aula 3: Riscos das Instituições Financeiras
# Algumas definições de risco para o mercado financeiro
Segundo Assaf Neto:
Podemos também definir risco como:
· Considerando que o risco não pode ser eliminado, é essencial adotar medidas para reduzi-lo, com o objetivo de permitir que a organização atinja seus objetivos.
· Um bom sistema de gerenciamento de risco compreende o conjunto de:
· Equipamentos
· Pessoas
· Softwares
· Normativos processos
· Metodologias
· Banco de dados
Esses elementos são utilizados para medir e controlar os riscos que fazem parte das atividades diárias de uma instituição, permitindo aumentar a competitividade das instituições financeiras e estabelecer estratégias de atuação.
A gestão de riscos é importante para identificar a exposição da empresa ao risco e seus aspectos mais frágeis, bem como minimizar perdas financeiras e imunizar o capital da empresa.
# A origem dos riscos de uma instituição
A origem dos riscos financeiros de uma instituição financeira, principalmente dos bancos, provêm das suas diversas atividades operacionais, tais como:
• créditos concedidos;
• captações;
• variações das taxas de juros de mercado;
• falhas internas;
• controle.
# Os principais riscos financeiros
Atualmente enfrentados pelos bancos em suas atividades de intermediação financeira.
· São classificados segundo Assaf Neto como:
1- Risco de Variação da Taxas de Juros
2- Risco de crédito
3- Risco de Mercado
4- Risco Operacional
5- Risco de câmbio
6- Risco Soberano
7- Risco de Liquidez
8- Risco Legal
· Risco de Variação da Taxas de Juros
· Risco de Crédito
· Objetivos:
1- Cobrir o risco de crédito determinado pela inadimplência esperada (provisão para devedores duvidosos).
2- Remunerar os acionistas pelo capital aplicado.
3- Cobrir todas as despesas administrativas e de pessoal alocadas ao crédito.
· As origens do risco de crédito no mercado financeiro
· Risco de Mercado
Segundo Assaf Neto:
· Exemplo
· A metodologia amplamente adotada para a Gestão do risco de mercado é o Valor no Risco (VaR) – Value at Risk.
O VaR, através de técnicas estatísticas, mensura em condições normais de mercado e, considerando um certo grau de confiança num horizonte de tempo, a perda esperada máxima de um título ou de uma carteira de títulos. 
Pode-se entender o VaR como uma medida que evidencia a exposição da carteira ao risco de mercado, bem como suas chances de perda. 
É uma medida que resume a perda máxima esperada, facilitando bastante a compreensão do risco de uma carteira. 
O maior motivo para utilizarmos o conceito de VaR é o fato de que ele integra, em uma única medida numérica, o risco de ativo e passivo simultaneamente, resumindo assim o risco total de uma instituição financeira e facilitando o acompanhamento por parte de sua diretoria.
O VaR, como método de avaliação de risco, vem se difundindo rapidamente em todo o mundo, sendo muito utilizado pelos bancos centrais como padrão para a regulamentação do sistema bancário.
Uma das exigências da regulamentação é a obrigação das instituições financeiras de divulgar as medidas de avaliação de risco.
· Risco Operacional
· Os 3 segmentos do risco operacional
1- Pessoas
2- Processos / 3- Tecnologia
· Lições de Risco operacional
· Risco de câmbio
· Risco Soberano
Segundo Assaf Neto:
Assim, uma aplicação em um país estrangeiro (empréstimo ou investimento envolve, entre outros riscos:
· Risco de crédito do tomador da aplicação;
· Risco soberano da economia de destino dos recursos
a) Mesmo que a qualidade de crédito do tomador seja considerada boa, o risco soberano elevado pode inviabilizar a operação.
· Risco de Liquidez
Está associado a alguns fatores que têm origem externa e outros de origem interna.
1- Origem externa:
Registra-se por exemplo, situações de instabilidade macroeconômica e de mercado.
2- Origem interna: 
Está associado a uma avaliação negativa da instituição financeira, que pode gerar solicitações de saques em montante superior ao normal, ocasionando uma crise de liquidez na instituição.
Pode- se considerar que o risco de liquidez está relacionado com a disponibilidade imediata de caixa diante de demandas por parte dos depositantes aplicadores de uma instituição financeira.
A liquidez de mercado se faz quando todo agente puder praticar negociações, em qualquer volume, sem que isso venha a afetar a estabilidade do mercado ou causar alterações relevantes nos preções praticados.
· Risco legal
# Iniciativas de aprimoramento do controle de Risco e Instrumentos internacionais
· Iniciativas das instituições financeiras
Dentre as iniciativas encontra-se aquela que impõe às instituições financeiras uma área denominada de Compliance que representa um setor que supervisiona, faz cumprir as normas, os procedimentos, o código de conduta, o cumprimento das leis que regem o segmento de modo geral e a instituição financeira de modo específico. O Compliance, que complementa a função da Auditoria Interna na organização, é o setor responsável pela certificação de que as diversas áreas da empresa estejam atendendo a todas as regras e normas aplicáveis. Segundo Assaf Neto, os benefícios de Compliance em uma organização podem ser resumidos:
· evita o descumprimento de leis e normas e suas consequências punitivas;
· protege a imagem da empresa perante o mercado colaborando para a formação de seu caráter ético;
· colabora na formação de uma cultura de controle interno e cumprimento dos regulamentos aplicáveis a cada unidade;
· desenvolve uma relação mais transparente e de atendimento imediato com os órgãos reguladores e fiscalizadores;
· avalia a observância de princípios éticos e normas de conduta.
· Instrumentos Internacionais
Podemos destacar alguns instrumentos internacionais que vieram intensificar o investimento das instituições financeiras, tais como:
· Lei Sarbanes-Oxley (SOX) editada em 2002 pelo Congresso dos Estados Unidos. A Lei Sarbanes-Oxley (em inglês, Sarbanes-Oxley Act) é uma lei estadunidense, assinada em 30 de julho de 2002 pelo senador Paul Sarbanes (Democrata de Maryland) e pelo deputado Michael Oxley (Republicano de Ohio).Motivada por escândalos financeiros coorporativos (dentre eles o da Enron, que acabou por afetar drasticamente a empresa de auditoria Arthur Andersen), essa lei foi redigida com o objetivo de evitar o esvaziamento dos investimentos financeiros e a fuga dos investidores causada pela aparente insegurança a respeito da governança adequada das empresas.
A lei Sarbanes-Oxley, apelidada de Sarbox ou ainda de SOX, visa garantir a criação de mecanismos de auditoria e segurança confiáveis nas empresas, incluindo ainda regras para a criação de comitês encarregados de supervisionar suas atividades e operações, de modo a mitigar riscos aos negócios, evitar a ocorrência de fraudes ou assegurar que haja meios de identificá-las quando ocorrem, garantindo a transparência na gestão das empresas. Atualmente grandes empresas com operações financeiras no exterior seguem a lei Sarbanes-Oxley.
A lei também afeta dezenas de empresas brasileiras que mantém ADRs (American Depositary Receipts) negociadas na NYSE, como a Petrobras, a GOL Linhas Aéreas, a Sabesp, a TAM Linhas Aéreas, a Brasil Telecom, Ultrapar(Ultragaz), a Companhia Brasileira de Distribuição (Grupo Pão de Açúcar), Banco Itaú, TIM e a Telemig Celular.
· Requisitos da lei
1- Controlar a criação, edição e versionamento dos documentos em um ambiente de acordo com os padrões ISO, para controle de todos os documentos relativos à seção 404;
2- Cadastrar os riscos associados aos processos de negócios e armazenar os desenhos de processo;
3- Utilizar ferramentas como editor de texto e planilha eletrônica para criação e alteração dos documentos da seção 404;
4- Publicar em múltiplos websites os conteúdos da seção 404;
5- Gerenciar todos os documentos controlando seus períodos de retenção e distribuição;
6- Digitalizar e armazenar todosos documentos que estejam em papel, ligados à seção 404. 
· Seção 404
A seção 404 determina uma avaliação anual dos controles e procedimentos internos para emissão de relatórios financeiros. Além disso, o auditor independente da companhia deve emitir um relatório distinto, que ateste a asserção da administração sobre a eficácia dos controles internos e dos procedimentos executados para a emissão dos relatórios financeiros; Destacamos também o Acordo da Basiléia, se originou através do BIS – Bank ofInternational Settlements que criou o Comitê da Basiléia, voltado para Fiscalização Bancária.
Este Comitê, no mesmo ano editou o conhecido Acordo da Basiléia, com o objetivo de estabelecer controle sobre o mercado e diminuir o risco de insolvência bancária. Este acordo foi assinado pelos dez maiores Bancos Centrais do mundo, prevendo forte adequação do capital dos bancos em todo o mundo ao novo ambiente dos mercados financeiros. O Acordo sugere em documento emitido as diretrizes orientando-as para o cálculo da alocação adequada de capital de capital nas instituições financeiras. A preocupação básica do Acordo de Basiléia na alocação de capital é a de cobrir principalmente o risco de crédito e o risco de mercado.
Aula 4: Principais Produtos do Mercado Financeiro
As instituições financeiras utilizam diversos tipos de produtos financeiros:
· Tanto para realizarem a captação de recursos;
· Quanto para fazerem a aplicação dos mesmos.
Existem diversos tipos de produtos financeiros (ativos e passivos) no mercado financeiro.
Os produtos que serão abordados nesta aula são baseados em rendimentos que provêm de títulos de renda fixa.
# Títulos de Renda Fixa
 
# Características fundamentais dos títulos de renda fixa
# As formas de remuneração dos títulos
No mercado de títulos emitidos pelas instituições financeiras existem duas formas de remuneração:
· Remuneração Prefixada
· A rentabilidade é conhecida no momento da aplicação, isto é, o aplicador sabe quanto vai receber na data do resgate.
· Remuneração Pós-Fixada
· O investidor só tomará conhecimento da sua remuneração na data do resgate;
· Ao fazer a aplicação, sabe-se apenas que o rendimento está vinculado a um idexador mais uma taxa de juros prefixada.
· Observe
• Os títulos são emitidos de forma escritural e registrados em sistemas de custódia. 
• No Brasil, existem dois grandes sistemas de custódia: SELIC e CETIP.
• Segundo Fundo Garantidor de Crédito o valor máximo, por instituição, é de R$250.000,00 por depositante ou aplicador, independentemente do valor total e da distribuição em diferentes formas de depósito e aplicação.
# Tributação
Os títulos de renda têm uma tributação regressiva de acordo com o prazo de aplicação no título. Acompanhe na tabela:
· A instituição financeira na qual o investidor/ aplicador realizou a operação é o responsável tributário pelo pagamento dos rendimentos e pela retenção e recolhimento dos tributos.
# Principais produtos oferecidos pelas instituições Financeiras
 
· Certificado de Depósito Bancário – CDB
· Outras características do CDB
a) Prorrogação
Não podem ser prorrogados;
No vencimento o investidor pode renovar a aplicação através da emissão de um novo CDB.
b) Recompra
A recompra pelo banco emissor, antes do vencimento, é facultativa para o banco.
O banco também não pode colocar obstáculos na negociação com terceiros de um CDB emitido por ele.
c) Tributação
Há incidência de imposto de renda retido na fonte sobre o ganho
Nos resgates inferiores a 30 dias, também incidirá IOF sobre o rendimento, de forma regressiva, com alíquotas que variam de 96% (1 dia) até 3% (29 dias) sobre a rentabilidade do título. A partir desse período não há incidência de IOF.
· Alta da taxa de juros / Queda da taxa de juros
· Prazos mínimos:
• Prefixados: não há.
• Pós-fixados atrelados ao CDI: não há.
• TR ou TJLP: 30 dias.
• TBF: 2 meses.
• Índice de preços (IGP-M): 1 ano.
· Garantias: pelo Fundo Garantidor de Crédito até R$ 250.000,00.
· Resgate antecipado.
· Recibo de Depósito Bancário – RDB
Tem as mesmas características de um Certificado de Depósito Bancário – CDB, com a diferença de que não admite negociação antes de seu vencimento.
Porém, pode ser rescindido em caráter excepcional, desde que com o acordo da instituição depositária. Neste caso, só pode ser devolvido o valor principal, ou seja, sem os juros.
· Certificado de Depósito Interfinanceiro – CDI
· Outras Características do CDI
a) Impostos e Juros
Está isento de IR e IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Os juros são definidos pela denominada taxa over, geralmente expressa linear mensal e capitalizada pelos dias úteis previstos na operação.
b) Taxas
As taxas de CDI e Selic são usadas para negócios no overnight (de um dia para outro).
O mercado de Selic, cujas operações se caracterizam pela exigência de títulos públicos em garantia, movimenta diariamente R$ 60 bilhões.
c) Garantias
O CDI não é lastreado por títulos de qualquer natureza, por isso não possui garantias e deve operar amparado em limites de crédito fixados individualmente pelos bancos para suas contrapartes. 
Apesar do risco de crédito, a taxa de CDI é normalmente menor que a Selic.
· Hot Money
Acompanhe a definição de Hot Money segundo Assaf Neto:
(...) são operações de curtíssimo prazo (um dia), visando atender às necessidades imediatas de caixa das empresas. 
· O hot money tem como referencial o CDI, acrescido de um spread cobrado pela instituição intermediadora. 
· A operação incorre também em IOF calculado sobre a repactuação diária da taxa de juro.
· Desconto de Notas Promissórias e Duplicatas
São instrumentos de crédito emitidos pelas empresas contra seus clientes, que contemplam prazos diferenciados de financiamento de aquisição de mercadorias e serviços.
As instituições financeiras oferecem a possibilidade do desconto destes títulos às empresas.
· Características
· Factoring
De acordo com Assaf Neto, Factoring é uma operação voltada, sobretudo, à prestação de serviços às pequenas e médias empresas, veja alguns exemplos.
· Gestão de caixa e estoque
· Controle de contas a pagar e a receber
· Negociações com fornecedores
· Como o Lucro da empresa de Factoring é formado
a) (+) Valor nominar dos créditos mercantis adquiridos (vendas a prazo realizadas por uma empresa cliente);
b) (-) Preço pago pela compra desses títulos;
c) (=) Lucro;
Os títulos de crédito são adquiridos pela empresa de factoring através da aplicação de um fator que inclui todos os custos incorridos pela mesma, tais como: 
• despesas operacionais;
• impostos;
• custo de oportunidade do capital investido e margem de lucro esperada. 
Além dessa modalidade de operações de factoring, existem outras que serão apresentadas em uma próxima aula.
· Commercial Papers
· Debêntures
· Vantagens
 
· Desvantagens
a) Nível de Risco
· Observe anexo 01
· Garantias
· Espécies
a) Simples (não conversíveis)
b) Conversíveis em ações
· Forma
a) Normativa: Somente podem assumir a nominativa, devido ao fato da inexistência de títulos ao portador, desde o período do governo Collor.
· Como a forma do título pode ser dividida:
1- Normativa Escriturais;
2- Normativa Não escriturais (com emissão de certificado).
· Processo de Emissão
A assembleia geral, na qual os acionistas deliberam sobre a emissão das debêntures, cria o título mediante a aprovação de suas principais características, tais como:
• espécie;
• montante da emissão;
• tipo de garantia oferecida;
• remuneração.
Portanto, as condições de remuneração do título e todas as suas características, além de constarem, em sua maioria, da ata da assembleia geral que deliberou sobre o assunto, deverão estar incluídas nos termos da escritura de emissão de debênture.
Para que as emissões de debêntures das companhias abertas sejam ofertadas ao público investidor (emissão pública), é necessário que sejam contratados os serviços de uma instituição financeira para solicitar o pedido de registro da emissão e elaboraro prospecto da venda, bem como realizar a intermediação dos títulos junto aos investidores.
	
· Os limites de emissão de debêntures podem ser:
a) o montante do capital social;
b) se existirem garantias reais, o limite pode ser de até 80% do valor das garantias;
c) se a garantia for flutuante (total dos ativos), o limite poderá ser de até 70% do ativo contábil líquido, ou seja, subtraído do ativo total as dividas com garantias reais.
· Outras características
· Observe o anexo 02
· Títulos Públicos
A responsabilidade pela administração da dívida pública federal é de competência do tesouro Nacional. O Banco Central é responsável pela execução da política monetária e utiliza a sua estrutura para operacionalizar a emissão de títulos pelo Tesouro Nacional.
· O Tesouro Nacional emite os títulos públicos de duas formas.
1- Emissão direta;
2- Oferta Pública
	Os leilões podem ser nas modalidades preço único ou preços múltiplos. Podem participar dos leilões as instituições regularmente habilitadas a operar no sistema Selic.
	Assim como nas demais aplicações de renda fixa, existe incidência regressiva de IOF caso o resgate seja feito antes de 30 dias, e cobrança de imposto de renda sobre os rendimentos no período. 
· Observe o anexo 03
· Tesouro Direto
Aula 5: Mercado Primário de Ações
# A diferença entre o mercado Primário e o Mercado Secundário de Ações
· O Mercado Primário é utilizado pelas empresas para se capitalizarem, através de emissão de novos títulos/valores mobiliários. Para lançar novos títulos no mercado, as empresas fazem emissões públicas, conhecidas como operações de underwriting ou subscrição ou IPO – Initial Public Offering.
 
· Já no Mercado Secundário, quando o detentor das ações de uma empresa deseja se desfazer de sua posição, busca no mercado, por intermédio de um corretor, outro investidor que deseje comprar suas ações. Esta transferência dos títulos entre investidores se dá através das Bolsas de Valores ou do mercado de balcão.
· Segundo Assaf Neto
No Mercado Primário, quem vende os títulos são as empresas emissoras através dos intermediários financeiros devidamente credenciados, que fazem tais títulos chegarem às mãos dos investidores.
# Ações
Ações são títulos de renda variável, emitidos por sociedades anônimas, que representam a menor fração do capital da empresa emitente.
· As Sociedades Anônimas (S.A.) podem ter o capital fechado ou aberto.  
 
· Companhia aberta é aquela cujos valores mobiliários são admitidos para negociação nos mercados organizados (bolsas de valores e mercado de balcão) e que está registrada no órgão competente (no Brasil, a CVM - Comissão de Valores Mobiliários).
· As ações podem ser classificadas quanto ao tipo
· As ações preferenciais garantem ao acionista a prioridade no recebimento de dividendos e no reembolso de capital, no caso de dissolução da sociedade. 
De acordo com a Lei das S.A. (6404, atualizada pela nova Lei nº 10.303/01), as ações preferenciais têm direito adicional a 10% de dividendos, acima do valor destinado aos detentores de ações ordinárias.  Entretanto, não dão direito a voto.
· As ações ordinárias conferem ao acionista o direito de voto em assembleias gerais. 
De acordo com a Lei das S.A. (10303/01), uma empresa tem que emitir um mínimo de 50% do seu capital social em ações ordinárias. 
As exigências do investidor e as boas práticas de governança corporativa têm levado as empresas a cada vez mais aumentarem seu percentual desse tipo de ação.
· Quanto à forma de circulação, as ações podem ser:
· Normativas
Em que há a emissão de cautelas ou certificados que apresentam o nome do acionista, cuja transferência é feita com a entrega da cautela e a averbação de termo, em livro próprio da empresa emitente, identificando o novo acionista. 
Existem também as nominativas endossáveis, que registram somente o nome do primeiro acionista, sendo as transferências de titularidades processadas mediante endosso na própria cautela.
· Escriturais
Não há emissão de cautelas ou movimentação física dos documentos.  É como se fosse uma conta corrente.  
Hoje em dia, quase a totalidade das ações é do tipo escritural, controlada por meios eletrônicos, o que não significa que não haja um controle dos proprietários das ações.  
· Os direitos e proventos de uma ação
· Direitos dos acionistas
1- Dividendos;
2- Juros sobre Capital Próprio;
3- Bonificação;
4- Direitos de Subscrição;
5- Venda de direitos de Subscrição;
6- Split Ou desdobramento;
7- Agrupamento ou Inplit;
1- Dividendos
Quando a empresa gera lucro, parte desse lucro é distribuída para seus acionistas na forma de dividendos. O restante é utilizado para reinvestimentos e para constituição de reservas. A distribuição de dividendos – como percentual a ser distribuído e as datas de pagamento – é definida em assembleia dos acionistas, após o fechamento dos demonstrativos financeiros anuais. O Art. 201 da Lei das S.A.s menciona que “a companhia somente pode pagar dividendos à conta de lucro líquido do exercício, de lucros acumulados e de reserva de lucros; e à conta de reserva de capital, no caso das ações preferenciais”. Logo, só há dividendo se houver lucro.
Existem ações que não têm direito aos dividendos daquele exercício específico. São as chamadas ações ex-dividendos. Diz-se “ex-dividendos”, pois caso o acionista que receberá os dividendos anunciados decida vender a ação, ele a venderá sem este direito àquele dividendo anunciado, retendo esse direito. Isso ocorre por determinação da Bolsa de Valores e é baseado na informação fornecida pela empresa. Ou seja, até um determinado dia, quando a empresa anuncia a distribuição dos dividendos, este direito cabe ao acionista que detém as ações naquela data. Após o anúncio, a ação é negociada sem este direito, para aquela distribuição específica, o que reduz o preço da ação durante o período em que estiver sendo negociada “ex-dividendo”.
2- Juros sobre Capital Próprio
O mecanismo dos juros sobre o capital próprio é determinado com a aplicação da TJLP sobre o patrimônio líquido (com alguns ajustes) da sociedade pagadora .A pessoa jurídica poderá deduzir na determinação do lucro real, observado o regime de competência, os juros pagos ou creditados individualizadamente a titular, sócios ou acionistas, a título de remuneração do capital próprio, calculados sobre as contas do patrimônio líquido e limitados à variação pró-rata dia da Taxa de Juros de Longo Prazo.
3- Bonificação
A bonificação na forma de ações é o resultado do aumento de capital de uma empresa, mediante a incorporação de reservas e lucros, ocasionando a distribuição gratuita de novas ações a seus acionistas, em número proporcional às já possuídas.
4- Direitos de subscrição
Ao emitir novas ações, para o aumento do capital da empresa, os acionistas têm a preferência na aquisição destas novas ações, de forma a manter a mesma proporção na participação que detêm na empresa.
5- Venda de direitos de subscrição
Caso não haja interesse por parte do acionista em adquirir as novas ações oriundas da subscrição, ele poderá vender a terceiros, em Bolsa, este direito.
6- Split ou desdobramento
Ocorre um split quando uma ação se divide em outras ações. Suponhamos, por exemplo, que o preço de uma ação da empresa X seja R$ 50,00, e a empresa decida fazer um split de 1 para 5. Desta forma, o detentor dessa ação passaria a ter cinco vezes a mesma quantidade de ações, com o preço de 1/5 por ação – R$ 10,00 – do valor original. Num primeiro momento, seu resultado financeiro é nulo.
7- Agrupamento ou inplit
O inplit é o inverso do split. Neste caso, há o agrupamento de uma quantidade de ações para formar uma nova ação. Assim como no split, o resultado financeiro da operação é nulo, no primeiro momento.
· Algumas características das ações
1- Valor;
2- Resultado econômico;
3- Risco;
4- Impostos;
# A evolução da Abertura de capital nas empresas
1- Constituição da Empresa Limitada
Um representante autônomo, a cada dia fechando contratos maiores, decide transformar-seem uma empresa limitada, contratar vendedores, alugar uma sede etc. 
Ele está provavelmente agindo no momento correto, porque existem outros representantes que ameaçam o seu espaço atual.
2- Constituição da Sociedade Anônima
Após anos de expansão, os sócios decidem compartilhar seu patrimônio e os resultados com seus colaboradores, ou aceitar investimentos de outras empresas que também acreditam na sua expansão. 
Para isso, a Ltda. transforma-se em S.A. e passa a emitir ações.
3- A abertura de Capital
A S.A. percebe que só permanecerá competitiva se realizar investimentos que lhe garantam ganhos de escala e de qualidade. 
Dado o montante dos recursos necessários, abre seu capital, ao concluir que é mais racional obtê-los atraindo novos acionistas do que se endividando.
4- Companhia aberta
É aquela cujos valores mobiliários são admitidos à negociação nos mercados organizados (bolsas de valores e mercado de balcão), e que se encontra registrada no órgão competente (no Brasil, a CVM - Comissão de Valores Mobiliários). Algumas características:
 
• são sociedades anônimas: o seu capital é dividido em ações. As S.A.s cujos valores mobiliários não são admitidos nos mercados organizados são classificadas como companhias fechadas;
• são fiscalizadas pela CVM: que é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Fazenda, que tem papel normatizador e fiscalizador, visando estimular o mercado de capitais e proteger os investidores;
• devem divulgar informações: são obrigadas a prestá-las ao mercado, ao grande público, às bolsas de valores ou entidades de balcão organizado e à própria CVM, de forma padronizada, de modo a garantir transparência (disclosure) aos investidores;
• propiciam acesso acionário: a negociação nas bolsas de valores significa que uma parcela de seu capital tem sua propriedade disponível à negociação.
	# Etapas da abertura de capital
1- Análise preliminar: estudo sobre a viabilidade e interesse. 
2- Contratação de Auditoria Externa Independente.
3- Contratação de Intermediário Financeiro.
· Sobre a escolha do Intermediário Financeiro, é exigência da legislação que a operação de lançamento de valores mobiliários seja coordenada por uma instituição financeira - banco de investimento, banco múltiplo, sociedade corretora ou sociedade distribuidora de títulos e valores mobiliários.
São atribuições do intermediário financeiro:
 
 • assessoramento na definição do perfil da operação; 
 • elaboração do prospecto (vide adiante); 
 • encaminhamento dos processos junto à CVM (companhia e emissão); 
 • registro dos valores mobiliários na BOVESPA e na SOMA; 
 • marketing da operação; 
 • distribuição dos títulos (em conjunto com demais participantes); 
 • liquidação.
4- Contrato de Coordenação e Distribuição.
5- Adaptação dos Estatutos.
6- AGE deliberativa da operação – Autorização da Assembleia Geral.
7- Nomeação de um Diretor de Relações com Investidores.
8- Criação de uma área de atendimento aos acionistas/debenturistas.
9- Processos de obtenção dos registros na CVM (registro de emissão e registro da companhia).
· Sobre a Aprovação do Registro pela CVM - Instrução 480, a CVM terá 20 dias para a análise do registro. 
Não se manifestando, o mesmo estará aprovado. 
Este prazo poderá ser interrompido, uma única vez, caso sejam necessários documentos e informações adicionais.
10- Processo de registro da empresa em Bolsa de Valores ou no Mercado de Balcão Organizado.
11- Anúncio de início de distribuição pública.
12- Divulgação da empresa junto ao público investidor.
13- Liquidação financeira.
14- Anúncio de encerramento de distribuição pública.
· O processo de abertura de capital é regido pelas instruções 400 e 482 da CMV e podem ser feito de duas formas:
1- Underwriting
Significa subscrição, ou seja, emitir títulos para captar novos recursos junto aos investidores. Essa operação faz parte do mercado primário, pois existe uma transferência de recursos diretamente do investidor para o caixa da empresa. 
Pode ser dos seguintes tipos:
· Firme: a instituição mediadora subscreve todo o lote de títulos, paga-os integralmente à empresa emitente e se encarrega de colocá-los posteriormente no mercado;
· Residual: a instituição mediadora compromete-se a absorver os títulos eventualmente não vendidos, garantindo à empresa o recebimento da totalidade dos recursos previstos;
· Melhores esforços: o risco da não colocação dos títulos corre exclusivamente por conta da empresa emissora. A instituição mediadora compromete-se apenas a fazer o melhor esforço na venda. 
2- Bookbuilding
Os valores mobiliários (debêntures e ações, por exemplo) são oferecidos em uma oferta primária ou secundária a determinado preço, que pode ser fixo ou resultar do processo de bookbuilding.
A formação de preço por esse mecanismo considera a demanda apresentada pelos investidores (quantidade que cada um deseja comprar) e o preço máximo por ativo que cada um está disposto a pagar. Ou seja, o bookbuilding consiste em recolher intenções de compra, respectivas quantidades e preços, de forma a que os colocadores da emissão de títulos possam determinar o preço ao qual esta deve ser colocada. 
É um mecanismo em que, durante um período de tempo pré-estabelecido, são recebidas as ordens dos investidores particulares e institucionais. Neste processo, podem ser estabelecidos preços mínimos e máximos. Esta apuração das ofertas de intenções de compra de investidores auxilia a companhia na definição da remuneração do título que está sendo colocado, pois permite que o coordenador tenha uma melhor percepção das condições do mercado.
Conclusão, o bookbuilding é o processo pelo qual um coordenador busca determinar o preço de lançamento de uma oferta pública, baseado na demanda de grandes investidores. Esse processo realiza uma consulta prévia para definição de remuneração do título ou de eventuais variações (ágio ou deságio) no preço de subscrição.
# Vantagens e Desvantagens da abertura de capital de uma empresa
· Vantagens
· Desvantagens
# Prospecto
· Ele é dividido em 4 partes:
1ª parte - Informações sobre lançamento;
2ª parte - Informações sobre a empresa;
3ª parte - Documentos Societários;
4ª parte - Eventuais anexos;
# A fixação do preço de emissão
· O preço fixado deverá decorrer, alternativa ou conjuntamente
# A distribuição secundária de valores mobiliários 
	# Tag Along
· Período de Silêncio: uma nova leitura por: Atademes Branco Pereira em 14/10/2005.
 
No Brasil, em 29 de dezembro de 2003, a CVM editou a Instrução nº 400, que dispõe sobre as ofertas públicas de distribuição de valores mobiliários, nos mercados primário e secundário. A nova norma unificou a regulamentação sobre as ofertas públicas de distribuição de valores mobiliários e modernizou algumas regras já previstas nas Instruções CVM nº 13/1980 e nº 88/1988, as quais foram revogadas. Além disso, regulamentou práticas que vinham sendo adotadas pelo mercado, bem como introduziu novas regras no ordenamento jurídico relativas à oferta pública de valores mobiliários. 
Dentre as várias inovações, a nova instrução estipulou por meio de seu artigo 48, inciso IV, o chamado Período de Silêncio. De acordo com a disposição, a emissora, o ofertante e as instituições intermediárias (estas últimas a partir de sua contratação) e seus respectivos assessores, em processo de oferta pública de valores mobiliários, decidida ou projetada, devem "abster-se de se manifestar na mídia sobre a oferta ou o ofertante até a publicação do anúncio de encerramento da distribuição.
Em linha com os princípios gerais da Instrução CVM nº 400/03, o Período de Silêncio tem por objetivo assegurar a adequada divulgação de informações ao investidor. Isso para evitar que pronunciamentos da emissora, do ofertante ou das instituições intermediárias na mídia representem publicidade indevida da oferta ou do ofertante de valores mobiliários (procedimento esse conhecido no mercado norte-americano como gun jumping). Também se tenta impedir que a emissora, o ofertanteou as instituições intermediárias divulguem informações sobre a oferta ou o ofertante a agentes específicos do mercado em detrimento do público investidor em geral, ou seja, a adoção de prática não equitativa ou insider trading.
Aula 6: Mercado Secundário de Ações
# Mercado de Capitais – Mercado secundário
 
# Bolsas de valores
· Histórico
· 1845 - A história do setor no país iniciou em 1845 com a criação da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro.
· 1890 – 1960 - Posteriormente, surgiram outras bolsas, com destaque para a Bovespa, criada em 1890 sob a denominação de Bolsa Livre.
A partir de 1895, passou a se chamar Bolsa de Fundos Públicos de São Paulo, alterando sua denominação em meados dos anos 1960 para Bolsa de Valores de São Paulo - Bovespa.
· 2000 - Em 2000, foi celebrado um acordo de integração das nove bolsas de valores existentes na época, em atividade no Brasil, por meio do qual toda a negociação de renda variável em bolsa, no país, passou a ser realizada na Bovespa.
· 2002 - Em 2002, a Bovespa adquiriu a SOMA, assumindo toda a administração da negociação de renda variável mercado organizado no Brasil.
Após esse processo de integração, a Bovespa e a BM&F passaram a ter campos de atuação bem definidos:
1- a Bovespa passou a responder pela negociação de valores mobiliários, de derivativos de renda variável e de títulos de renda fixa corporativa, enquanto as atividades de compensação e liquidação continuaram sob a administração da CBLC - Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia;
2- a BM&F, criada em 1985, passou a responder pela negociação de mercadorias, derivativos de índices, taxa de juros, câmbio e futuros e, a partir de 2002, de títulos de dívida públicas, emitidos pelas três esferas de governo.
# Empresas do Grupo BM&FBovespa
Com a incorporação da BM&F e das ações da Bovespa Holding pela BM&FBovespa, a estrutura societária passou a ser a seguinte:
· Conceitos importantes sobre a Bovespa
· Bolsa de valores é o ambiente onde é realizada a compra e a venda das ações das empresas de capital aberto.
· A Bovespa, portanto, não compra nem vende ações, mas fornece o que é necessário para que as corretoras de valores comprem e vendam ações para investidores.
· Práticas equitativas de mercado.
· Características Fundamentais:
1- Legitimação de compra e venda;
2- Os negócios são Realizados durante o pregão;
3- O pregão tem preços públicos.
· Disclousure – É a divulgação da informação como elemento essencial da decisão de investir. Veja alguns exemplos:
1- Dados sobre o desenrolar do pregão.
2- Dados sobre as companhias negociadas.
3- Fundamentos sobre a atividade econômica.
4- Indicadores econômicos.
· As funções da Bolsa de Valores de São Paulo
1- Meio de ligação: Permite que pessoas interessadas em aplicarem suas economias em ações invistam nas empresas que precisam de recursos para crescer.
2- Centro de liquidez: Proporciona as condições necessárias para que as corretoras de valores possam intermediar as negociações para seus clientes de forma segura, rápida e transparente.
3- Formação de preços: Oferece um ambiente em que os preços são formados pela livre interação da oferta e da procura, atuando para garantir que os negócios sejam realizados seguindo as regras e normas estabelecidas pela CVM. Para isso, utiliza os chamados mecanismos de liquidez e formação de preços.
4- Ambiente seguro e Transparente: A partir do seu poder de auto regulação, propicia aos investidores, corretoras de valores e empresas um ambiente no qual as operações podem ser efetuadas de forma transparente e segura, oferendo:
· Sistemas operacionais adequados com emprego de alta tecnologia; e 
· Equipe técnica que monitora as negociações para garantir a credibilidade e a transparência do mercado.
5- Missão educativa: Transmite os conceitos sobre o mercado acionário para que os investidores conheçam a importância de formar um patrimônio investindo em ações. Mostrar os seus reflexos para o desenvolvimento econômico do país.
· Custódia
A custódia e liquidação dos títulos negociados na Bovespa são feitas pela câmara de Ações e Renda Fixa.
· A Bolsa de Valores no Sistema Financeiro Nacional
Além de ter um poder auto regulador, a Bovespa é uma entidade integrante do SFN – Sistema Financeiro Nacional, Sendo assim fiscalizada pelos órgãos governamentais competentes.
· O posicionamento físico das entidades não guarda qualquer relação de importância.
· Corretoras de títulos e valores mobiliários
As corretoras estão sujeitas às normas do conselho monetário Nacional, Banco Central e supervisão da Comissão de Valores Mobiliários.
Elas podem executar os seguintes serviços:
· Abertura de conta
	# Modalidades operacionais
· Mercado à vista
· O investidor pode dar uma ordem de compra ou venda para o corretor de diversas formas:
· Liquidação das operações: 
Toda operação é registrada automaticamente na BOVESPA ou no SOMA e é informada ao sistema de compensação e liquidação da CBLC. A comparação das informações das partes compradoras e vendedoras e validação dos negócios são feitas automaticamente pelo sistema eletrônico de registro. As operações registradas na Bovespa devem ter o investidor final identificado pelas corretoras que atuam como seus intermediários.
Depois de registradas as operações, os corretores devem iniciar o processo de especificação dos comitentes finais (identificação de quem vendeu ou comprou as ações). O processo de identificação dos comitentes é obrigatório e é feito por meio da Rede de Serviços CBLC. Mediante instruções dos Agentes de Custódia e Usuários Especiais de Custódia, o Serviço de Custódia Fungível da CBLC transfere automaticamente da posição do comitente vendedor a quantidade de ações negociada para a posição do comitente comprador. O comprador só é debitado pelo valor da compra se efetivamente as ações forem creditadas em sua posição na custódia fungível.
· Ciclo de Liquidação:
a- D+0 – Dia da operação no Pregão. Único dia para especificação de operações à vista, termo, futuro e opções. Cobertura de termo, futuro e opções. Depósito de margem de garantia (ativos) para operações a termo e opções.
b- D+1 - Prazo final para reespecificação de operações do mercado à vista. Depósito de margem em espécie para operações a termo e opções. Liquidação financeira das operações de futuro e opções.
c- D+2 - Entrega dos relatórios definitivos. Relatório de Previsão de Vendas Descobertas –Potenciais Inadimplentes.
d- D+3 – Entrega das ações – Liquidação Física (até as 10horas). Pagamento – Liquidação Financeira (até às 15h30min horas). Chamada de margem para vendedor inadimplente.
e- D+4 - Último dia para regularização da pendência (até às 10 horas). Liberação da Ordem de Recompra a favor do comprador (14horas). Início do prazo para execução da recompra.
f- D+5 – Prazo para execução da recompra e confirmação.
g- D+6 – Prazo para confirmação e término do prazo para execução da recompra.
h- D+7 – Prazo final para confirmação da recompra.
i- D+8 – Reversão da operação.
· Day Trade:
Muito se especula sobre a questão do Day trade, palavra de língua inglesa adotada pelo mercado, que significa operação (trade) no mesmo dia (Day). Em outras palavras, Day trade significa comprar e vender no mesmo dia, uma quantidade de ações de uma mesma empresa pelo mesmo investidor, através da mesma corretora e utilizando o mesmo agente de compensação. A operação será liquidada por saldo em D+3.
# Aluguel de ações
O aluguel de ações é uma operação em que os investidores disponibilizam títulos para empréstimos e os interessados os tomam mediante aporte de garantias.
A câmara de ações e renda fixa atua como contraparte no processo e garante as operações.
· Por que alugar ações? 
A possibilidade de alugar papéis acrescenta eficiência operacional e flexibilidade ao mercado, sobretudo em operações de arbitragem. 
O tomador pode utilizar as ações em operações, tais como: 
a- vendas à vista; 
b- garantia de operações em mercados de liquidação futura;
c- cobertura no lançamento de opções de compra.
· QuantoCusta?
As taxas que incidem sobre a operação são: 
a- taxa de juros previamente estipulada pelo doador, expressa em base anual, com capitalização composta por dias úteis (pró-rata), a ser paga no primeiro dia útil após o encerramento do contrato; 
b- corretagem fixa a ser paga no ato do aluguel; 
c- corretagem variável nas negociações subsequentes (as ordens de venda do ativo devem ser todas realizadas pela mesa de operações, já as compras podem ser realizadas pelo home broker).
· Como garantir a devolução?
A certeza existe porque a Bolsa requer uma margem, que é o valor do aluguel mais o deságio específico do papel, calculado pela CBLC. 
O valor das margens é acompanhado diariamente e recomposto, se necessário, na forma e nos prazos estabelecidos.
	# Processos de negociação
· Comum: Realizada entre dois representantes dos investidores (corretoras) através do Sistema Eletrônico de Negociação.
· Direta: O mesmo operador compra e vende, representando os interesses dos clientes da sua corretora – passa por um representante da Bolsa que anuncia um negócio direto aguardando um tempo. A operação será fechada pelo melhor preço.
· Leilão: Semelhante ao processo de negociação direta.
· Oferta: Será fechada sem a presença do operador, que registra a oferta no Sistema Eletrônico de Negociação.
· Os custos dos processos de Negociação
· Tabela de Corretagem 
· Alguns home brokers cobram corretagem fixa. Nesses casos, o cliente paga um valor fixo (exemplo: R$ 20,00), toda vez que faz uma compra ou venda de algum papel. 
· Emolumentos
· Taxa de Registro
· Custódia
Além dos custos acima, há ainda o custo de custódia. A custódia é um serviço onde a empresa custodiante atua como depositária dos títulos. A custódia da Bovespa é feita pela Câmara de Ações e Renda Fixa.
A custódia na Câmara de Ações e Renda Fixa é feita na conta da corretora, em nome do investidor. Para efetuar esse serviço, as corretoras cobram uma taxa de corretagem, que varia de corretora para corretora. Algumas corretoras isentam seus clientes dessa taxa. Há corretoras que cobram uma taxa fixa anual, em outras corretoras a taxa pode ser variável.
	# Home Broker
· As vantagens
Além da praticidade e rapidez nas negociações, o Home Broker oferece outras vantagens:
a- agilidade no cadastramento e no trâmite de documentos; 
b- acompanhamento de sua carteira de ações; 
c- acesso às cotações (algumas corretoras poderão oferecer também notícias e análises sobre o mercado); 
d- envio de ordens imediatas, ou programadas, de compra e venda de ações; 
e- recebimento da confirmação de ordens executadas etc. 
# Riscos
O mercado secundário de ações também oferece riscos. 
· Inerentes ao Mercado de ações
· Operacionais do Uso da Internet
· Relacionados ao ciclo de liquidação
· A não entrega total ou parcial das ações objeto da negociação em D+3 ou a ausência de 
apresentação de documentos necessários à liquidação caracterizam a falta da entrega de ativos e 
resultam em multa ao vendedor das ações. 
· Caso os ativos não sejam entregues, a CBLC aciona, no mesmo dia, o mecanismo de tratamento de 
falta de entrega - o Processo de Recompra de Ativos - além de cobrar nova multa sobre o valor dos 
ativos não regularizados.
· A ordem de recompra emitida em D+4 é o instrumento que autoriza a contraparte a executar, a preço 
de mercado, uma nova operação de compra dos ativos adquiridos em D+0 e não recebidos no prazo 
regulamentar por falta na entrega. Essa ordem de recompra deve ser executada até D+6 e ter 
confirmada sua execução, perante a CBLC, até D+7. O vendedor em falta com a entrega dos ativos 
arcará com a diferença de preço da recompra, quando ela ocorrer. 
· Caso a recompra não seja executada até o prazo estipulado por qualquer que seja o motivo, a CBLC, 
em D+8, reverterá a operação, retornando os valores financeiros ao comprador da operação. 
· O cliente deve estar ciente de que uma venda realizada sem ter as ações em sua conta, ou sob 
a expectativa de seu recebimento por conta de uma compra do mesmo ativo realizada em data 
anterior, poderá resultar em sua inadimplência, com o consequente ônus, conforme 
demonstrado, caso essa compra sofra problemas em sua liquidação.
	# Índices do mercado Acionário
	O índice é um indicador de desempenho que serve para avaliar a performace do mercado durante determinado período.
	Os principais índices da Bolsa de Valores brasileira são:
· Cada índice tem sua metodologia de cálculo, mas todos são formados por uma carteira teórica de ações, agrupada segundo algum critério.
Aula 7: Risco, Retorno e Mercado
 
# O conceito de Risco e Retorno associados ao mercado ( à tomada de decisões financeiras)
Todos nós sabemos que não existem certezas nas relações de tomada de decisões financeiras. Além disso, ao tomarmos estas decisões estamos com os nossos interesses voltados para o futuro, que é incerto. Daí, torna-se indispensável a introdução da variável incerteza como um dos aspectos mais relevantes do estudo das operações do mercado financeiro.
· Segundo Assaf Neto
O risco é representado pelo desvio padrão, revelando a dispersão das variáveis em relação à média. Dessa forma, ao se tomarem decisões de investimento com base num resultado médio esperado, o desvio padrão passa a revelar o risco da operação, ou seja, a dispersão das variáveis (resultados) em relação à média. 
· O risco de mercado pode ser analisado de duas maneiras distintas:
· Risco de mercado relativo:
· Risco de mercado absoluto:
# Mercado Eficiente
O reflexo do consenso dos investidores com relação ao desempenho esperado do ativo é que definem o seu valor. Veja algumas características básicas deste tipo de mercado e suas imperfeições.
· Características
• Aquele onde os preços refletem as informações disponíveis e apresentam grande sensibilidade a novos dados, ajustando-se rapidamente a outros ambientes. Os preços não devem ser tendenciosos.
• Nenhum participante sozinho tem capacidade de influenciar os preços nas negociações.
• Constituído de investidores racionais.
• Informações disponíveis, gratuitas e instantâneas.
• Inexistência de racionamento de capital.
• Os ativos são divisíveis e negociáveis sem restrições.
• Expectativas dos investidores homogêneas.
• Rapidez na execução das ordens de compra e venda num ambiente organizado.
• Elevado número de participantes envolvidos na negociação de ações.
• Disseminação das informações das empresas, muitas vezes analisadas por especialistas.
• Os retornos oferecidos pelos diversos investimentos devem remunerar seu risco, com visão de longo prazo.
· Imperfeições
• Estimativas não homogêneas dos investidores.
• Nem todos os investidores são racionais.
• O mercado sofre influências de políticas econômicas.
Como você já viu, o que define o valor do mercado eficiente é o reflexo do consenso dos investidores com relação ao desempenho esperado do ativo.
Na hipótese da eficiência, considera-se que o preço de um ativo qualquer é formado a partir das diversas informações publicamente disponíveis aos investidores, que vão tomar suas decisões de compra e de venda com base em suas interpretações dos fatos relevantes.
Os fatores que influenciam a decisão dos investidores ou participantes do mercado são determinados pelo ambiente conjuntural, pelo comportamento do mercado, pelas informações relativas à própria empresa emitente do título, o que determina ajustes em seus valores.
No mercado eficiente, levamos em consideração as novas informações vistas como relevante pelos participantes que tenham o poder de promover alterações nos preços dos ativos negociados.
Quando ocorrerem previsões ou estimativas de preços que venham a ser efetuadas com relação a determinado cenário futuro, deverão ser incorporadas também novas informações esperadas, e não somente àquelas referentes às informações passadas.
Vale a ressalva que o conceito de eficiência de mercado não implica necessariamente numa permanente presença de preços perfeitos dos diversos ativos transacionados, isto é, preços exatamente iguaisaos seus valores reais. O que deve ser levado em consideração nestes mercados ditos eficientes é que os preços não sejam tendenciosos, ou seja, formados de acordo com alguma intenção e interesses individuais.
Dessa forma, conforme o exposto acima, nenhum investidor seria capaz de identificar, consistentemente, ativos com preços em desequilíbrio.
# Risco e retorno esperado
· Segundo Assaf, o conceito de risco pode ser entendido de diversas maneiras, dependendo do contexto da pessoa que o está avaliando.
Nessa ampla abrangência do entendimento do risco, a avaliação de uma empresa delimita-se aos componentes de seu risco total: Econômico e Financeiro.
· Risco econômico
Também chamado de Risco de Conjuntura por alguns autores. Este tipo de risco é baseado em um conceito mais profundo e está relacionado com o impacto das variações de ordem econômica (inflação, taxa de juros etc.) sobre as operações de uma corporação como um todo.
O risco econômico está frequentemente interessado nos efeitos indiretos do impacto das oscilações do sistema econômico sobre a empresa. Abrange muitas áreas, sendo que algumas são mais afetados do que outras. Por essa complexidade, é menos óbvio no seu impacto. 
O efeito do aumento na taxa de juros provoca outras reações em todo o mercado, inclusive atraem investidores estrangeiros, levando a um fortalecimento momentâneo da moeda nacional. Com isso, os preços dos produtos importados caem em relação à moeda nacional e, por outro lado, os preços dos produtos exportados aumentam em relação à moeda estrangeira. Em resumo, tais fatos causam uma diminuição de competitividade da empresa e uma redução no seu capital.
· Risco financeiro
É o impacto no desempenho financeiro de qualquer empresa que se expõe ao risco. A grande maioria das empresas é afetada de algum modo por mudanças em uma ou várias variáveis financeiras. Movimentações nestas variáveis como taxas de câmbio, preços dos commodities, taxas de juros e preço de ações geram uma incerteza em relação ao fluxo de caixa da maioria das instituições.
Além das variáveis financeiras já descritas, toda a estrutura envolvida com o mercado de capitais como sistemas operacionais, sistemas de crédito, modelos de precificação de ativos, liquidez, regulamentações e outros fatores ligados à dinâmica dos mercados financeiros, serão agrupados nesta categoria de risco.
 Dessa maneira, podemos considerar que o risco total de qualquer ativo é definido pela sua parte sistemática (risco sistemático ou conjuntural) e não sistemática (risco específico ou do próprio ativo).
· Commodities: Termo do mercado globalizado relacionado aos agronegócios. São compromissos de compra e venda de produtos agrícolas nas bolsas de mercadorias, como a BM&|F Bovespa.
· Risco Total
O risco total de qualquer ativo é mensurado pela fórmula:
· Risco sistemático (+) Risco não sistemático (=) Risco Total
· Risco sistemático ou conjuntural
· Risco não sistemático ou diversificável
· A forma que a mensuração do risco continua a se processar
Geralmente, por meio de critérios probabilístico, que consiste em atribuir probabilidades, objetivas ou subjetivas, com relação aos diferentes estados de natureza esperados e em consequência aos possíveis resultados de investimentos.
· Como o risco pode ser interpretado
O retorno esperado está vinculado aos fluxos incertos de caixa do investimento, sendo determinado pela ponderação entre valores financeiros esperados e suas respectivas probabilidades de ocorrência. 
A figura abaixo retrata os diferentes graus de dispersão dos valores em relação à média da distribuição.
· Desvio Padrão
Em probabilidade e estatística, o desvio padrão é a medida mais comum da dispersão estatística. O desvio padrão define-se como a raiz quadrada da variância.
· DP(R) = [Var(R)]1/2
É definido assim para nos fornecer uma medida da dispersão que:
1- seja um número não-negativo;
2- use as mesmas unidades de medida que os nossos dados.
Faz-se uma distinção entre o desvio padrão σ(sigma) do total de uma população ou de uma variável aleatória, e o desvio padrão s de um subconjunto em amostra.
O termo desvio padrão foi introduzido na estatística por Karl Pearson (1894) no seu livro "Sobre a dissecção de curvas de frequência assimétricas".
Quanto maior o desvio padrão, maior é o “risco” do ativo. Estatisticamente, quanto maior o risco, maior tende a ser o retorno esperado deste ativo.
· Importante: Perceba que isso pode significar que o aplicador tanto pode ter grandes ganhos como grandes perdas.
# Relação Risco X Retorno e Investidor
	Seguindo u comportamento de natureza comparativa, o investidor pode selecionar racionalmente uma alternativa de aplicação de capital que lhe proporcione a maior satisfação (utilidade) possível. A escala de preferência do investidor é representada pela curva de indiferença.
	Qualquer combinação inserida sobre a curva de indiferença é igualmente desejável, pois deve proporcionar o mesmo nível de utilidade (satisfação). Analise a imagem a seguir. Qual destes investidores é mais ousado? Por quê?
A quantidade de curvas de indiferença de um investidor é praticamente ilimitada. 
A figura ilustra a escala de preferências de um investidor representada por mais de uma curva de indiferença. De forma convencional, o mapa das curvas é apresentado de acordo com uma ordem de preferência.
As mais distantes são preferíveis às anteriores e assim por diante. 
As curvas R1, R2, R3 representam investidores mais ousados que aceitam mais risco. Quanto mais as curvas se deslocam para cima, se afastando do eixo horizontal, vão indicando um maior nível de satisfação do investidor, oferecendo maior retorno esperado para idêntico nível de risco.
Vamos ver agora um caso extremo de curvas de indiferença que retrata o comportamento de um investidor com ausência de aversão ao risco, demonstrando aceitar o mesmo retorno para qualquer nível de risco, ou o mesmo risco para qualquer nível de retorno esperado.
	# Retorno esperado de um portifólio
	
· 
· Exemplo
# Risco na estrutura de uma carteira de ativos
Nas decisões financeiras deve-se levar em consideração a seleção de alternativas que levem à melhor diversificação e, consequentemente, à redução do risco dos investimentos e produzam, ao mesmo tempo, um retorno admitido como aceitável no âmbito dos investidores.
Na imagem, temos dois exemplos:
1- carteiras cujas aplicações são negativamente correlacionadas, indicando que os investimentos produzem retornos inversamente proporcionais. Nesse comportamento, ocorre uma eliminação total do risco da carteira, onde os resultados desfavoráveis de alguns ativos serão compensados pelos resultados favoráveis de outros;
2- carteiras perfeitamente correlacionadas, onde não ocorre compensação do risco assumido pelos ativos como citado acima, podendo a correlação positiva perfeita gerar altos lucros e também elevados prejuízos.
# Riscos na estrutura de uma carteira de ativos
O objetivo básico do estudo das carteiras de ativos, de acordo com a moderna teoria formulada do portifólio, é selecionar a carteira definida com base no critério de investimento proposto no item anterior, ou seja:
1- selecionar a carteira que oferece o maior retorno possível para um determinado grau de risco ou de forma idêntica;
2- Selecionar a carteira que produza o menor risco possível para um determinado nível de retorno esperado.
# Diversificação do Risco
· Risco na estrutura de uma carteira de ativos
O risco de um ativo pode ser reduzido mediante um processo de diversificação, permanecendo unicamente o elemento sistemático, que está relacionado com o comportamento do mercado em geral. Dessa forma, ao compor uma carteira de ativos, sua medida relevante passa a ser o risco sistemático, já que o outro componente pode ser eliminado pela diversificação.
Aula 8: INVESTIDORES INSTITUCIONAIS NO MERCADO DE CAPITAIS
# Investidor Institucional
· Segundo Assaf:
“toda pessoa jurídica que tem por obrigação legal investir parte de seu patrimônio no mercado financeiro é conhecida por InvestidorInstitucional”.
No Brasil, são considerados investidores institucionais:
► Fundos de investimento
► Fundos de pensão
► Companhias seguradoras
► Sociedades de capitalização
► Clubes de investimento
► Entidades de previdência privada abertas
O investidor institucional deve ser o mais importante participante dos mercados de dinheiro, em face de suas imensas massas de manobras, que são os recursos captados junto a seus públicos. Eles são os profissionais da aplicação de poupança – a mola propulsora do investimento, em todos os modelos de sociedade capitalista.
# Fundos de Investimentos
· Os fundos mútuos de investimento são entidades financeiras que, pela emissão de títulos de investimento próprios, concentram capitais de inúmeros indivíduos para aplicação em carteiras diversificadas de títulos e valores mobiliários.
Há Várias vantagens nesta modalidade de investimento:
1- “A união faz a força: ao fazer pare de um grande bolo, tem-se acesso a investimentos e mercados que, com menos recursos, não seria possível.
2- Gestão profissional: A administração dos recursos é entregue a um profissional do mercado, com formação específica e dedicado em tempo integral à análise e decisão de investimento.
3- Diversificação: devido à grande massa de recursos, é possível diversificar a carteira de ativos do fundo, de forma a minimizar riscos.
4- Isonomia no tratamento dos cotistas: Equidade – não importa quanto um investidor específico tenha aplicado no fundo, todos os cotistas de um mesmo fundo recebem a mesma rentabilidade.
5- Facilidade no acompanhamento da performance: As cotas e sua rentabilidade podem ser acompanhadas diariamente, através de publicações em jornais ou em consulta aos sites dos bancos.
· Sendo um condomínio e tendo CNPJ, o fundo apresenta:
· Ativo: São os papéis que compõem a carteira do fundo.
· Passivo: São as obrigações, ou seja, o custo a pagar.
· Patrimônio Líquido: É a diferença entre ativo e passivo.
Ao aplicar num fundo, o investidor compra cotas desse fundo.  Seu dinheiro não vai “gerar funding” para o banco, ou seja, não vai para o caixa do banco para ser emprestado.  Um investimento em fundo não conta, portanto, com a garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), como é o caso do CDB, da poupança e da conta-corrente, por exemplo. 
Os fundos agem em nome de uma coletividade, substituindo grande número de investidores, e oferecendo as vantagens decorrentes dessa concentração.
· Os fundos se enquadram no grupo dos condomínios voluntários, em que cada cotista participa até o limite de suas cotas expressas por um único titulo representativo de propriedade, chamado Certificado de Investimento, emitido pelo administrador do fundo. Esses certificados são, quase sempre, escriturais, representados por extratos de conta emitido pelo Administrador do fundo.
A propriedade das cotas não é averbada em livro próprio. Assim, o certificado de propriedade – e seus substitutos autorizados nos regulamentos do Banco Central – é o documento hábil e final para comprovação de propriedade. 
Os fundos são condomínios voluntários porque seus proprietários participam dele por livre e espontânea vontade, visando atender interesses individuais de investimento.
Os cotistas do fundo nomeiam ou aceitam, se já nomeado, um administrador ou mandatário, que se serve de um contrato de mandato, de regulamentos e outros instrumentos jurídicos, para administrar os valores do condomínio segundo regras previamente estabelecidas.
· Há várias entidades trabalhando para os Fundos de Investimento, todas remuneradas pelo serviço que prestam.  Veja quais são:
· Gestor: 
· Administrador:
· Auditor:
· Custodiante: 
· Distribuidor:
· Cabe aqui uma explicação relevante:  Note que gestor e distribuidor são figuras diferentes.  A instituição banco apenas vende as cotas dos fundos, não administra (gerência) sua carteira de investimentos.  Na realidade, em 1995, o Banco Central instituiu uma norma, conhecida como Chinese Wall, na qual determinou que quem cuida de recursos de clientes não pode cuidar da carteira própria do banco.  Foram, então, criadas as empresas de Asset Management.  As Assets são empresas independentes operacionalmente e fisicamente da Tesouraria dos bancos.  Isso evita possíveis problemas de conflito de interesse entre a administração da carteira do banco e os recursos de clientes, preservando, desta forma, o investidor. A Tesouraria cuida da carteira própria do banco.
· Tipos de Fundos
Os fundos podem ser classificados de acordo com os seguintes parâmetros:
 	 • Emissão de cotas
 	 • Tipo de ativo que compõe a carteira
  • Prazo da carteira
  • Natureza e objetivo do investidor
 	 • Tipo de risco da carteira
 	 • Políticas de investimentos e riscos (ANBID)
· Órgão Reguladores
De acordo com a Lei 6385/1976 e demais atualizações (Lei 10303/2001 e 10411/2002), cabe à CVM disciplinar e fiscalizar a emissão e distribuição de valores mobiliários.  A mesma legislação, em seu artigo 2º define as cotas de fundos de investimento em valores mobiliários ou de clubes de investimento em quaisquer ativos como valores mobiliários.  Por conseguinte, a edição de normas, concessão de autorizações e de registros e supervisão dos fundos de investimento são de competência da CVM.
· Cabe a ANBIMA, como associação representante de bancos de investimento e gestores de recursos, a auto-regulação da emissão de valores mobiliários, aí cabendo as cotas dos fundos de investimento, as debêntures e as notas promissórias (ou commercial papers).
· Forma de emissão de cotas
De acordo com a forma de emissão de cotas, os fundos podem ser abertos ou fechados.
· Fechados: 
· Valor Patrimonial: Dado pelo valor do Patrimônio líquido do fundo dividido pelo número de cotas, como nos fundos abertos.
· Valor de mercado: Dado pelo mercado secundário. Este é o valor que interessa ao cotista que deseja vender suas cotas antes da liquidação do fundo.
· Aberto
· Natureza e o objetivo do investidor
De acordo com a natureza e o objetivo do investidor, os fundos podem ser classificados em:
· Fundos de investimento: Para investidores com objetivos genéricos de investimento.
· Fundos de privatização: Para investidores que querem participar do processo de desestatização.
· Fundos Off Shore: Para investidores domiciliados no exterior e que queiram investir em ativos brasileiros, emitidos tanto no Brasil quanto no exterior. O domicílio desses fundos é no exterior.
· Fundos de Previdência: Para investidores com objetivo de formação de poupança de longo prazo, visando complementação da aposentadoria oficial.  Eles se apresentam de três formas:
· FAPI – Fundo de Aposentadoria Programada Individual 
·  PGBL – Plano Gerador de Benefício Livre – foca os indivíduos que preenchem o imposto de renda pelo modelo completo, pois permite que os aportes ao fundo sejam abatidos até o limite de 12% da renda bruta.
· VGBL – Vida Gerador de Benefício Livre – dirigido para indivíduos que preenchem o imposto de renda no modelo simples.
· Tipos de ativos que compõe a carteira
De acordo como tipo de ativos que compõe a carteira, os fundos podem ser classificados em FI e FICF. Veja:
· Fundo de Investimento (FI): Compra de títulos e valores mobiliários negociados no mercado financeiro e de capitais. Não compra cotas de outros fundos do mercado.
· Fundo de Investimento em cotas de fundos de investimento (FICFI ou FIC): Compra cotas de fundos de investimentos.
A instrução CVM 409 e demais atualizações, contempla os seguintes tipos de fundos, classificados de acordo com a composição de suas carteiras: 
· Fundo de curto Prazo
· Fundo Referenciado
· Fundo de Renda Fixa
· Fundo de ações
· Fundo Cambial
· Fundo de Dívida Externa
· Fundo Multimercado
Existem, ainda, outros tipos de fundos não contemplados pela Instrução CVM 409:
· Fundo de Investimento Imobiliário – FII
 
· Fundo de Investimento em Participações – FIP
· Fundo de Investimento em Direitos Creditórios
# Fundos exclusivos
A legislação permite aos grandes investidores – os Qualificados – a montagem de Fundos

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