Buscar

AULA 1 MERCADO FINANCEIRO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Mercado Financeiro - Prof. Marco Arbex
1
Mercado Financeiro: Introdução
Prof. Marco A. Arbex
marco.arbex@live.estacio.br
Blog: www.marcoarbex.wordpress.com
Introdução
• Investimento e poupança constituem o cerne de 
todo o sistema financeiro (ANDREZO e LIMA, 
2009)
• Poupança é definida como a parte da renda não 
consumida
• Investimento é a utilização dos recursos poupados 
para ampliação da capacidade produtiva
Introdução
• Mas por que poupar?
• Os poupadores aceitam trocar um poder de 
consumo no presente por um poder de consumo 
maior no futuro (considerando a expectativa de que 
este poder de consumo futuro será maior que o 
poder de consumo presente)
Introdução
• E por que precisamos escolher como gastar 
nossos recursos?
• Porque os recursos econômicos são escassos 
(finitos). 
• Essa é a razão do desenvolvimento da própria 
ciência econômica e do estudo sobre o mercado 
financeiro
Mercado Financeiro - Prof. Marco Arbex
2
Se todos os bens e serviços consumidos pelas 
pessoas “caíssem do céu”, ninguém precisaria 
estudar economia, pois não haveria escassez. 
–OBS: a palavra escassez não refere-se somente a 
recursos “em extinção”, mas a recursos que são finitos.
EXEMPLO: Seu salário, seu tempo e o espaço físico
de sua casa são recursos econômicos escassos.
A dinâmica da atividade econômica pode ser explicada
através de um modelo chamado “fluxo circular de renda” 
(VASCONCELLOS; GARCIA, 2009)
Como os 
recursos 
econômicos 
são escassos, 
as famílias e 
empresas 
precisam 
tomar decisões 
sobre o que, 
como e para 
quem produzir
Fluxo circular de renda
•Fluxo real: mercado de fatores de produção 
(como mão-de-obra) e mercado de bens e 
serviços
•Fluxo monetário: circulação do dinheiro usado 
na remuneração dos fatores de produção e no 
pagamento dos bens e serviços. 
•As famílias são proprietárias dos fatores de produção 
(Ex.: mão-de-obra), que são vendidos às empresas, e são 
remuneradas (por exemplo, em forma de salário); 
•As empresas produzem bens com esses fatores e os 
vendem às famílias. Essa troca só é possível com a 
presença da moeda, que é utilizada para remunerar os 
fatores de produção e para o pagamento dos bens e 
serviços
•Nesse contexto, as forças da oferta e demanda atuam 
nos dois mercados (fatores de produção / bens e 
serviços), determinando o preço dos bens e serviços.
Mercado Financeiro - Prof. Marco Arbex
3
• Por um lado, os recursos são escassos; por outro, 
as necessidades das pessoas são ilimitadas.
• Observe as seguintes situações: 
– Jão é casado, tem um filho e um salário de R$ 
1.500,00. Frequentemente, ele reclama que o salário
não supre todas as suas necessidades.
– Zé é casado, tem um filho e um salário de R$ 4.000,00. 
Frequentemente, ele reclama que o salário não supre
suas necessidades.
• ISSO ACONTECE PORQUE AS PESSOAS ESTÃO 
SEMPRE RENOVANDO E RE-HIERARQUIZANDO 
SUAS NECESSIDADES
• O economista Joseph Schumpeter cunhou, em 1942, 
o termo destruição criativa. Este conceito mostra 
que as inovações movem a economia.
• Segundo o economista, as inovações (e novas 
necessidades) são criadas a partir de aspectos como
a introdução de um novo bem, novos métodos de 
produção, novos modelos de gestão e abertura de 
novos mercados.
Custo de oportunidade
• De um lado, há escassez dos recursos; de outro, há 
desenvolvimento constante das necessidades da 
sociedade. 
• Isso faz com que cada vez mais se procure otimizar e 
racionalizar a utilização dos recursos econômicos. 
• As situações observadas nos slides anteriores leva a 
um conceito fundamental da economia: CUSTO DE 
OPORTUNIDADE
• Esse conceito mostra que todas as decisões de 
alocação de recursos possuem algum custo 
(financeiro ou não-financeiro).
• O conceito de custo de oportunidade também 
ilustra a idéia de que, ao fazer uma escolha, temos 
que renunciar a outras coisas.
• Como os recursos são escassos, existe um trade-
off (escolha conflitiva) em toda tomada de decisão.
Mercado Financeiro - Prof. Marco Arbex
4
Exemplos:
• Para cada real de seu salário que você gasta com algo, 
existe um real a menos para gastar com qualquer outra
coisa.
 Se você aplicou R$ 1.000,00 na poupança, você deixou
de aplicar esse mesmo valor em qualquer outra coisa
• O custo de investir dinheiro da empresa na troca da 
frota é deixar de investir na troca de equipamentos ou
na ampliação da estrutura física
• O custo de você levar uma TV nova para casa sem ter
dinheiro é ter que pagar juros pelo “empréstimo” que a 
loja onde você fez a compra lhe concedeu.
Qual o custo de oportunidade de você estar
assistindo a esta aula agora?
• Um modelo econômico desenvolvido para
compreender os conceitos fundamentais da economia
é chamado de “curva de possibilidades de 
produção” (VASCONCELLOS; GARCIA, 2009)
• Essa curva expressa a capacidade máxima de 
produção da sociedade, supondo pleno empregos dos 
fatores de produção. Esse modelo ilustra como a 
escassez de recursos impõe limite à capacidade 
produtiva da sociedade, que é obrigada a fazer 
escolhas.
Curva de possibilidades de produção A curva de possibilidades de produção
3.000
2.200
2.000
1.000
0 300 600 700 1.000
Produção
de soja
A
C
Produçãode milho
3.000
2.200
2.000
1.000
0 300 600 700 1.000
Produção
de soja
A
C
Produçãode milho
B
Adaptado de Vasconcellos e Garcia (2009)
No ponto A e no ponto C, a economia 
está em sua capacidade máxima; no 
ponto B ainda há capacidade ociosa 
(não há escassez de recursos)
No ponto A, por exemplo, é possível 
produzir 700 unidades de milho e 2000 
unidades de soja; caso eu queira 
aumentar a quantidade produzida de 
soja para 2.200 unidade, tenho que 
reduzir a produção de milho para 600 
unidades.
Mercado Financeiro - Prof. Marco Arbex
5
Assim, o conceito que está por trás de qualquer decisão de
investimento ou consumo é o custo de oportunidade
Considere a seguinte situação:
- Você tem uma moto para vender hoje pelo valor de R$
5.000,00.
- Seu amigo oferece para comprá-la por R$ 5.100,00,
desde que você espere um mês.
O que você deve considerar para tomar essa decisão, sob
a ótica econômico-financeira?
Custo de oportunidade Custo de oportunidade
• Você tem R$ 100.000,00 disponível no caixa da 
empresa e pretende usar esse dinheiro para adquirir um 
imóvel para ampliar o espaço físico da empresa. Ao 
procurar oportunidades, você encontra um imóvel 
adequado no valor de R$ 100.000,00. 
Responda: 
- Você compraria a casa à vista ou financiaria? 
Considere que você conseguiu uma linha de crédito especial 
para empresas com taxas de juros de 5% ao ano. 
Investimento, consumo e poupança
• O que você faz com sua renda disponível?
• Renda disponível: Renda adquirida pelas pessoas 
menos os impostos devidos (carga tributária). É aquela 
que o indivíduo obtém sob a forma de salários, 
aluguéis, participações em empresas, benefícios 
sociais, etc.
Especial sobre a carga tributária no Brasil:
http://veja.abril.com.br/tema/desafios-brasileiros-carga-tributaria
Investimento, consumo e poupança
• Comparação da carga tributária brasileira (em % do PIB) 
IBPT (2013)
• Carga tributária média (em % do PIB) em governos distintos:
– Governo FHC (1995 a 2001): 28%
– Governo Lula (2003 a 2010): 33%
– Governo Dilma (a partir de 2011): 36%
Mercado Financeiro - Prof. Marco Arbex
6
Investimento, consumo e poupança
• Carga tributária brasileira entre 1986 e 2013 (IBPT, 2013)
Investimento, consumo e poupança
• A maior parte da carga tributária é a do imposto 
indireto, cobrado sobre o consumo e não sobre a
renda. Cerca de 60% do total de impostosrecolhido no Brasil incide sobre o que as pessoas 
consomem (ICMS, IPI, ISS, Cofins)
• Além disso, o imposto sobre a renda é baixo para 
quem ganha muito e alto para quem ganha pouco, 
com poucas faixas de renda.
Investimento, consumo e poupança
Assim, temos:
• O consumo (C) representa gastos com a aquisição de bens de 
consumo (C), sendo uma função crescente da renda disponível 
(RD); portanto, quanto maior a renda disponível, maior o consumo.
C = f (RD)
• A renda disponível (RD) pode ser definida como a renda (R) 
deduzidos os impostos (T). Ou, seja, é a parcela da renda que os 
consumidores podem gastar ou poupar livremente.
RD = R - T
Dessa forma, à medida que a tributação aumenta, a Renda 
Disponível decresce e, consequentemente, o consumo se reduz.
Investimento, consumo e poupança
• Um conceito importante criado por Keynes é o de
“Propensão marginal a consumir” (PMgC). Este
mostra a variação esperada no consumo da
população dada uma variação na renda nacional
disponível
PMgC = _ ΔC_
ΔRD
No Brasil, temos uma PMgC de 
0,8. Isso indica que um aumento 
de R$ 1,00 na RD gerará um 
aumento de R$ 0,80 no consumo.
Mercado Financeiro - Prof. Marco Arbex
7
Investimento, consumo e poupança
• A parte da renda disponível que não vira consumo se torna 
poupança (S):
S = RND – C
• Propensão marginal a poupar (PMgS): no exemplo, anterior, 
a PMgS é de 0,20. Isso porque, dos R$ 1,00 de aumento da 
renda nacional, R$ 0,80 seriam destinados a consumo e 
sobrariam R$ 0,20 para a poupança.
• Em outras palavras, a função poupança é complemento da 
função consumo, pois ambos os fatores são 
proporcionais à renda nacional disponível. 
Investimento, consumo e poupança
• Investimento representa o acréscimo ao estoque de
capital que leva ao crescimento da capacidade
produtiva (construções, instalações, máquinas...)
• Nesse contexto, estamos falando do investimento
produtivo
• Exemplos:
Não é investimento produtivo 
(simples transferência de posse)
É investimento produtivo (criação de 
valor)
Comprar um terreno Construir uma casa
Comprar ações na Bolsa de Valores Comprar ações no seu lançamento 
(IPO)
Investimento, consumo e poupança
• O investimento produtivo é considerado o principal 
fator que explica o aumento da renda de um país 
(pois o aumento dos investimentos tendem a 
estimular o aumento do consumo, que por sua vez, 
acabam estimulando novos investimentos).
• Seu comportamento é de difícil previsão, pois 
depende de diversos fatores, como o ambiente de 
negócios e as expectativas quanto ao futuro, por 
exemplo.
Investimento, consumo e poupança
O que determina o nível de investimentos?
A) Taxa de rentabilidade esperada (ou eficiência
marginal do capital): é calculada a partir da
estimativa do retorno líquido esperado pela
aquisição do bem de capital (desenvolvimento
de empresas ou negócios). Ou seja, quanto
maior a rentabilidade esperada de um negócio
ou projeto, maior será o investimento total.
Mercado Financeiro - Prof. Marco Arbex
8
Investimento, consumo e poupança
O que determina o nível de investimentos?
B) Taxa de juros de mercado: se a taxa de 
rentabilidade esperada de um negócio (descrita no 
slide anterior) supera a taxa de juros de mercado, o 
investidor utilizará seu dinheiro na compra de bens 
de capital (investir no negócio); se for inferior, ele 
não investirá, preferindo direcionar seus recursos 
em aplicações financeiras (“CUSTO DE 
OPORTUNIDADE”).
Investimento, consumo e poupança
• Podemos concluir, portanto, que a capacidade de 
investimento de um país depende da capacidade de 
poupança da sociedade.
• No entanto, Assaf Neto (2012) nota que para contribuir com 
o crescimento econômico, a poupança deve ser 
direcionada, por meio dos instrumentos financeiros 
adequados, para o financiamento de investimentos 
produtivos.
• Dessa forma, em uma economia moderna, temos as figuras 
dos “poupadores” e “tomadores” (Andrezo e Lima, 2009)
Intermediação financeira
Grupos de agentes econômicos no que se refere ao processo 
poupança-investimento:
• Unidades econômicas superavitárias ou 
poupadores: aqueles que apresentam desejo de investir 
inferior à capacidade de poupança (possuem recursos em 
excesso);
• Unidades econômicas deficitárias ou 
tomadores: aqueles que apresentam desejo de investir 
superior à capacidade de poupança (necessitam de 
recursos).
Intermediação financeira
• Os mercados financeiros consistem no conjunto de 
agentes e instrumentos destinados a oferecer 
alternativas de aplicação e captação de recursos 
financeiros. 
• Dessa forma, os mercados podem exercer a importante 
função de otimizar a utilização de recursos financeiros, 
por meio da transferência desses recursos dos 
poupadores para os tomadores, bem como na criação 
de condições de liquidez (facilidade na venda dos 
ativos) e administração de riscos.
Mercado Financeiro - Prof. Marco Arbex
9
Intermediação financeira
• Quando o capital é investido, revertendo-se em capital 
real (indústrias, edifícios, máquinas, estoques,etc.), 
recebe uma remuneração sob a forma de lucros.
• Quando o capital é investido em produtos de captação 
oferecidos no mercado financeiro recebe uma 
remuneração sob a forma de juros. 
• Devemos observar que os investimentos a que 
vamos nos referir daqui em diante não 
necessariamente são os investimentos produtivos 
(como explicados anteriormente)
Intermediação financeira
• Para Assaf Neto (2012), economias desenvolvidas 
se caracterizam por apresentar um sistema de 
intermediação financeira bastante diversificado e 
ajustado às necessidades dos agentes.
• A função desses intermediários é oferecer 
alternativas adequadas para guarda e aplicação de 
recursos bem como acesso a fontes de 
financiamentos para satisfazer as necessidades de 
consumo e investimento
Intermediação financeira
• Os intermediários financeiros agregam vantagens 
ao mercado ao trabalhar de forma especializada, o 
que permite ofertar instrumentos mais sofisticados 
de intermediação. 
• Os poupadores, por exemplo, ao invés de 
administrarem individualmente seus portfólios, 
podem transferir essa tarefa para instituições 
especializadas, mais bem preparadas 
tecnicamente para essa função
Intermediação financeira
• Vantagens dos intermediários financeiros:
– Podem oferecer dinheiro rápido a um custo de escala 
bem menor do que seria possível a um agente 
econômico isolado
– Oferece gestão do risco aos investidores, possibilitando 
a montagem de carteiras diversificadas
– Viabilizam aplicações e captações com diferentes 
expectativas de prazos (tomadores buscam prazos 
maiores que os desejados pelos poupadores)
– Operam com recursos de inúmeros poupadores, 
permitindo negociar montantes variados com o mercado
Mercado Financeiro - Prof. Marco Arbex
10
Intermediação financeira
• No lado monetário, devemos abordar o meio utilizado para as 
transações: a moeda
• Conceito de Moeda: objeto aceito pela coletividade para 
intermediar as transações econômicas para o pagamento de 
bens e serviços.
• Funções da moeda:
• Instrumento ou meio de trocas: facilita o intercâmbio de
bens e serviços
• Unidade de conta: permite apurar o valor monetário
• Reserva de valor: representa um ativo com liquidez
absoluta (porém sofre os efeitos da inflação)
Intermediação financeira
• Tipos de moeda:
• moedas metálicas;
• papel-moeda;
• moeda escritural ou bancária (depósitos bancários. É
movimentada via cheque, cartão, DOC, TED e boleto).
As duas primeiras são denominadas moedas
manuais, por estarem em poder do público.
Intermediação financeira
Por que as pessoas demandam moeda?
• Demanda de moeda para transações (gastos do
dia-a-dia);
• Demanda de moeda por precaução (imprevistos);
• Demanda demoeda por especulação (manter
liquidez imediata para a captação de oportunidades
de aplicação)
Intermediação financeira
• A demanda por moeda em uma economia se eleva 
a medida que se produz mais renda, ou seja 
quando a atividade produtiva agrega mais riqueza.
• A demanda por moeda decresce quando os juros 
sobem, gerando maiores expectativas de lucros 
aos investidores.
• A demanda por moeda diminui quando aumenta a 
inflação, que destrói o poder de compra da moeda.
Mercado Financeiro - Prof. Marco Arbex
11
Intermediação financeira
• No Brasil O BC (Banco Central) regula o montante de
moeda, crédito, taxas de juros e câmbio, de forma
compatível com o nível de atividade econômica.
• O BC é responsável por executar política monetária:
controle da oferta da moeda e crédito (através de
alterações na SELIC, compulsórios, compra e venda
de títulos públicos)
Além do BC, os bancos comerciais também “criam” 
moeda. Veja o exemplo a seguir:
Intermediação financeira
–Um banco recebe R$ 100.000,00 de um cliente como 
depósito em sua conta-corrente
–Suponha que a taxa de depósito compulsório seja de 40% 
(percentual de depósitos que os bancos devem deixar nono 
Banco Central) . Ou, seja, do total depositado, o banco pode 
emprestar R$ 60.000,00 para outros clientes.
–Parte desses R$ 60.000,00 pode ser depositado também em 
uma conta bancária. Supondo que R$ 30.000,00 seja 
depositado, o banco pode emprestar R$ 18.000,00 para 
outro cliente (60%), e assim por diante.
Intermediação financeira
• Nesse mecanismo, os R$ 100.000 de moeda manual 
iniciais tornam-se bem mais que R$100.000,00 em 
moeda escritural e vários correntistas, simultaneamente, 
tornam-se donos de parte desse valor. Dessa forma, a 
moeda escritural existe em maior quantidade que a 
moeda manual.
• Esse efeito chama-se criação de moeda pelos bancos ou 
“multiplicador bancário”
• É papel do governo interferir na quantidade de 
moeda existente no mercado, como forma de 
influenciar as taxas de juros e os níveis de inflação. 
Isso ocorre através da política monetária.
• Da mesma forma, o governo também influencia 
diretamente na renda disponível das pessoas, 
através da política fiscal.
• Esses assuntos serão abordados nas próximas aulas.
Mercado Financeiro - Prof. Marco Arbex
12
Textos base
• LIMA, I. S; LIMA, G. A. S F.; PIMENTEL, R. C. 
Curso de Mercado Financeiro. São Paulo: Atlas, 
2009
• ASSAF NETO, A. Mercado Financeiro. 11ed. São 
Paulo: Atlas, 2012

Outros materiais