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SEMINARIO PATOLOGIA

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Deterioração das Estruturas de concreto: 
Corrosão por correntes de fuga Abrasão e 
Erosão 
 
 
 
 
ANA CLAUDIA NUNES DE SANTANA 
ANA PAULA DA SILVA REIS 
BRUNO DA SILVA AMPARO 
DAVI FERNANDES DAMASIO 
DAVI LEMOS PINHEIRO 
JOAO MAURICIO PEIXOTO MIRANDA FRAGA MAIA 
MATHEUS SANTANA DE CASTRO 
NELSON FERNANDEZ LEIRO FILHO 
RAFAHEL BRITO GALVAO DA SILVEIRA 
TAILANE FERREIRA DE MATOS MENENZES 
TARCILA PEREIRA GUIMARAES 
 
 
 
 
 
Salvador/2021 
INTRODUÇÃO 
 
Desde os primórdios da civilização que o homem tem se preocupado com a 
construção de estruturas adaptadas às suas necessidades, sejam elas 
habitacionais (casas e edifícios), laborais (escritórios, indústrias, silos, galpões, 
etc.), ou de infraestrutura (pontes, cais, barragens, metrôs, aquedutos, etc.). 
Com isto, a humanidade acumulou um grande acervo científico ao longo dos 
séculos, o que permitiu o desenvolvimento da tecnologia da construção, 
abrangendo a concepção, o cálculo, a análise e o detalhamento das estruturas, 
a tecnologia de materiais e as respectivas técnicas construtivas. 
O crescimento sempre acelerado da construção civil, em alguns países e 
épocas, provocou a necessidade de inovações que trouxeram, em si, a aceitação 
implícita de maiores riscos. Aceitos estes riscos, ainda que dentro de certos 
limites, a progressão do desenvolvimento tecnológico aconteceu naturalmente, 
e, com ela, o aumento do conhecimento sobre estruturas e materiais, em 
particular através do estudo e análise dos erros acontecidos, que têm resultado 
em deterioração precoce ou em acidentes. 
Este complexo conjunto de fatores gera o que é chamado de deterioração 
estrutural. Objetivamente, as causas da deterioração podem ser as mais 
diversas, desde o envelhecimento "natural" da estrutura até os acidentes. 
Designa-se genericamente por “patologia das construções” um novo campo da 
Engenharia das Construções que se ocupa do estudo das origens, formas de 
manifestação, consequências e mecanismos de ocorrência das falhas e dos 
sistemas de degradação das estruturas. 
Os processos principais que causam a deterioração do concreto podem ser 
agrupados, de acordo com sua natureza, em mecânicos, físicos, químicos, 
biológicos e eletromagnéticos. Na realidade, a deterioração do concreto ocorre, 
muitas vezes, como resultado de uma combinação de diferentes fatores externos 
e internos. São processos complexos e determinados pelas propriedades físico-
químicas do concreto e da forma como esse está exposto. Mediante tudo vamos 
falar um pouco sobre Deterioração das Estruturas de concreto: Corrosão por 
correntes de fuga Abrasão e Erosão, que são causas de deterioração físicas que 
causa o desgaste superficial do concreto. A deterioração das estruturas por 
correntes de fuga a abrasão, (esforços superficiais de fricção devido ao tráfego 
de veículos, pessoas, arraste de cargas etc.) e erosão (desgaste pelo 
escoamento das águas, causado pela passagem abrasiva dos fluidos contendo 
partículas finas suspensas) são exemplos de deterioração de natureza 
mecânica. 
 
 
 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
Corrosão a abrasão 
De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de transportes – DNIT 
(2006), a causa de deterioração do concreto pode ser por desgaste superficial, 
ou perda da massa do concreto devido á abrasão, a erosão e á cavitação. 
O desgaste por abrasão de uma superfície de concreto é provocado pelo 
mecanismo de fricção ou atrito, a seco, que tem como agente qualquer material 
abrasivo, proveniente do tráfego de pessoas, veículos, ou até mesmo pela ação 
do vento, provocando a perda do material e geração de pó (ANDRADE, 2005). 
A resistência superficial e a dureza do concreto influenciam o desgaste por 
abrasão. A utilização de agregados graúdos mais resistentes e o aumento da 
resistência à compressão, elevam a sua resistência à abrasão (ALMEIDA,2000). 
Para ACI 201.2R (2008), o fenômeno do desgaste superficial por abrasão em 
concretos ocorre de forma progressiva, sendo que inicialmente a resistência á 
abrasão do material está relacionada com a qualidade da camada superficial. 
Com esse desgaste os agregados miúdos e graúdos são expostos, e com 
permanência da solicitação por abrasão, o processo de desgaste continuará 
ocorrendo. Nesta etapa mais avançada, a resistência a abrasão passa a 
depender da dureza dos agregados e a aderência com a pasta do cimento. 
(Andrade 2005) afirma que, quanto maior a dureza e menor a porosidade da 
pasta de cimento, maior será a resistência do concreto a abrasão. As estruturas 
mais suscetíveis ao desgaste por abrasão podem ser: pavimentos rodoviários, 
pontes, pisos indústrias, (figura 1), etc. 
 
Figura 1: processo de perda de material por abrasão em superfícies de concreto. Fonte: adaptado 
de OLIVEIRA; TULA, 2006. 
Alguns Fatores que influenciam no desenvolvimento da resistência à abrasão em 
concretos são: 
 Influência da relação água/cimento: a redução da relação a/c implica no 
aumento da resistência do concreto, isto é, para uma melhora da 
resistência à abrasão deste material é necessário um aumento da 
resistência característica; 
 Baixa qualidade do material empregado; 
 Exsudação: é um fenômeno cuja manifestação externa é o aparecimento 
de água superficial logo após o lançamento e adensamento do concreto, 
porém antes de ocorrer a sua pega; 
 Acabamento inadequado; 
 Cura de má qualidade; 
 Excesso de carregamento; 
 Influência dos agregados; 
 Influência das adições. 
 
Vamos observar algumas estruturas sujeitas ao desgaste da abrasão, como por 
exemplo pisos industrias, calçadas, pavimentos rodoviários, estacionamentos, 
entre outros. 
 
 
 
Figura 2: piso de estacionamento desgastado pela ação da abrasiva, desgaste superficial. Fonte: 
Google fotos 
 
Figura 3: Piso desgastado por abrasão. Fonte: LATORRE, 2002. 
 
 
Figura 4: ilustra o defeito causado pela abrasão do tráfego (exsudação). 
 
Para melhorar a resistência à abrasão das superfícies de concreto, aconselha-
se evitar, ao máximo, a segregação e a exsudação do concreto, através das 
seguintes medidas: 
 Cuidado no lançamento do concreto, para evitar segregação; 
 Garantir a qualidade, coesão e maior envolvimento dos agregados pela 
pasta de cimento; 
 Empregar dosagem bem proporcionada e utilizando o abatimento o mais 
baixo possível (desde que não prejudique o lançamento e acabamento do 
concreto); 
 Evitar excesso de vibração, que também resulta em segregação e 
exsudação; 
 Respeitar o tempo de cura do concreto para garantir a máxima hidratação 
do cimento na superfície, potencializando a dureza e a resistência 
superficial do concreto. 
 
E se chegar ao fim de vida útil do pavimento, o que fazer? 
 
De uma forma mais econômica podemos: 
 Remover o piso executar um novo pavimento de concreto; 
 Adicionar um sobrepiso de concreto ou microconcreto; 
 Aplicação de endurecedores de superfícies, como silicatos, flúor-silicatos 
e lítio. 
 
 
Figura 5: superfícies tratadas com endurecedores de superfícies. Endurecedor a base de 
silicatos 
 
 
Figura 6: superfícies tratadas com endurecedores de superfícies. Endurecedor a base de flúor-
silicatos 
 
Figura 7: superfícies tratadas com endurecedores de superfícies. Endurecedores a base de lítio. 
 
 Na recuperação desta patologia, duas situações podem se apresentar: ou 
as áreas a recuperar são percentualmente pequenas, da ordem de 20% 
a 30% da área total, ou percentualmente consideráveis; no primeiro caso, 
a recuperação é localizada e artesanal e, no segundo caso, é geral e 
mecanizada. Em virtude das pequenas espessuras das camadas 
desgastadas, a preparação superficial do concreto deve aumentar um 
pouco esta espessura, com auxílio de escarificadores e alargar a área 
afetada; o material de reposição, deve ser, no mínimo, uma argamassa 
de cimento Portland enriquecida por microsílica, acrílico, látex ou epóxi.Corrosão por erosão 
 
A corrosão do concreto por erosão está ligada às estruturas sujeitas ao desgaste 
pelo escoamento das águas (ambiente molhado). É necessário a separação do 
desgaste provado pelo carreamento de partículas finas pela água e causado pela 
cavitação. Erosão é o desgaste causado pela passagem abrasiva de fluidos 
contendo partículas finas suspensas, a cavitação é a degradação da superfície do 
concreto causada pela implosão de bolhas de vapor de água quando a velocidade ou 
direção do escoamento sofre uma mudança brusca (ANDRADE,1992). 
Santos (2012), afirma que o desgaste por erosão é causado pela passagem 
abrasiva dos fluidos contendo partículas finas suspensas conforme a figura 9, 
sendo influenciado pela velocidade da água, quantidade do concreto e ás 
características da partícula transportada, como: massa específica, quantidade, 
forma, dureza, etc. 
 
Figura 9: Evolução do desgaste superficial do concreto por erosão, devido ao movimento do 
liquido e/ou atrito de partículas suspensas neste. Fonte: SANTOS, 2012. 
 
Quando um fluido em movimento, ar ou água, esta principalmente em pontes, 
contendo partículas em suspensão, atua sobre superfícies de concreto, as ações 
de colisão, escorregamento ou rolagem das partículas podem provocar um 
desgaste superficial do concreto. A intensidade da erosão que, em ambiente 
aquífero, que é também conhecida como lixiviação, depende da porosidade e 
resistência do concreto e da quantidade, tamanho, forma, massa específica, 
dureza e velocidade das partículas em movimento. Para obtenção de uma boa 
resistência à erosão em superfícies de concreto, deve ser usado agregado com 
alta dureza e concreto com resistência à compressão, aos vinte e oito dias, de 
40MPa, curado adequadamente antes da exposição ao ambiente agressivo. 
Exemplos de estruturas com desgastes pelo efeito da erosão 
Figura 10: Pilar em Estado de Pré-Ruína: Erosão, Desplacamento de concreto, Trincas e 
Armaduras aparentes corroídas. Fonte: Manual de Recuperação de Pontes e Viadutos 
Rodoviários 
 
 
 
Figura 11: Erosão na base do pilar. Fonte: Manual de Recuperação de Pontes e Viadutos 
Rodoviários 
 
 
 
 
 
Figura 12: Base do pilar e blocos atacados pela erosão. Ponte sobre o rio extrema-Grande, BR-
040/MG, 68,00 x 10,10m. Fonte: Manual de Recuperação de Pontes e Viadutos Rodoviários 
 
 
 
 
Figura 13: Erosão em parede frontal. Fonte: Manual de Recuperação de Pontes e Viadutos 
Rodoviários 
 
 
Alguns Fatores que influenciam no desenvolvimento da resistência a erosão são: 
 O comitê ACI 210R recomenda que, para se obter um concreto resistente 
à erosão, deve-se empregar agregados de diâmetros máximos maiores e 
de elevada dureza, além de utilizar pasta de cimento de baixo fator a/c; 
 Recomenda-se utilizar o concreto de alto desempenho; 
 O acabamento superficial e o regime de cura afetam muito mais a 
resistência à abrasão do que a resistência à compressão dos concretos; 
 As ligações da pasta de cimento à areia e ao agregado graúdo são 
fundamentais para conferir ao concreto boa resistência à erosão por 
abrasão; 
 A resistência à abrasão do concreto é relacionada com a dureza do 
agregado graúdo, logo, depende do tipo de agregado utilizado na sua 
composição. 
 
 
 
 
CONCLUSÃO 
 
O concreto armado está sujeito a alterações ao longo do tempo em função das 
interações dos seus elementos construtivos (cimento, areia, brita, água e aço) e 
agentes externos. Muitas dessas interações resultam em anomalias que podem 
comprometer diretamente o desempenho da estrutura, resultando em efeitos 
estéticos indesejáveis. Portanto, a saúde da estrutura é entendida como a 
capacidade de desempenho das funções para as quais foram idealizadas. 
Através do diagnóstico são identificadas as origens do problema, suas causas, 
os fenômenos que interviram e seus mecanismos de ocorrência. Quando a 
patologia é identificada, procura-se alternativas para solucionar o problema, 
podendo estas se originar nas fases de projeto, execução e utilização de um 
elemento qualquer. 
Conclui-se que há uma grande necessidade pela busca de qualidade na 
construção civil, assim como em qualquer outra área da engenharia civil. É 
preciso entender que para uma estrutura de concreto alcançar um bom nível, 
com a ausência de manifestações patológicas, todas as áreas envolvidas, desde 
a mão de obra de execução e os projetistas, os materiais utilizados, o 
conhecimento sobre o solo e o ambiente no qual se deseja construir, devem estar 
em harmonia de excelência. Pois de nada adianta haver um bom quadro humano 
na área da execução, se os materiais utilizados são de baixa qualidade e 
procedência desconhecida. Para evitar a ocorrência de problemas patológicos, 
todos os aspectos devem andar juntos e possuírem um padrão mínimo de 
aceitação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
BAUER, R. J. F. et al Influência dos endurecedores de superfícies sobre a 
resistência ao desgaste por abrasão In: Congresso Brasileiro do Concreto– 
REIBRAC, 44, 2002, Belo Horizonte - MG. Anais. São Paulo: IBRACON, 2002 
(CD Rom) 
HELENE, Paulo R.L. Manual prático para reparo e reforço de estruturas de 
concreto. São Paulo: Pini, 1992. 119 p 
https://www.baserevest.com.br/novo/artigos/desgaste-por-abrasao-em-piso-de-
concreto/ 
LAPA, J. S. Patologia, Recuperação e Reparo das Estruturas de Concreto. 
Monografia (Especialização em Construção Civil). Escola de Engenharia 
Departamento de Engenharia de Materiais e Construção. Universidade Federal 
de Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais. 2008. 56p. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: projeto de 
estruturas de concreto: procedimento. Rio de Janeiro, 2007. 
https://www.gov.br/dnit/pt-br/assuntos/planejamento-e-pesquisa/ipr/coletanea-
de-manuais/vigentes/709_manual_de_inspecao_de_pontes_rodoviarias.pdf

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