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Direito do Trabalho I: Anotações de Aula 1º Bimestre - UNICURITIBA, prof: Marcia Bruginski

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Direito do Trabalho I
O Trabalho na História e o Nascimento do Direito do Trabalho:
PERÍODIO ANTERIOR A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (PRÉ-INDUSTRIAL)
Escravidão. Feudalismo- Servidão- Os servos entregavam parte da produção aos senhores feudais em troca da proteção militar e política do uso da terra. Corporações de Ofícios- Constituídas por mestres, companheiros e aprendizes. 
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (FINAL SÉC. XVIII) 
Surgimento da máquina a vapor como fonte de energia em substituição a força humana. Surgimento das grandes indústrias- o trabalhador deixou de trabalhar por conta própria e passou a ser assalariado e subordinado ao detentor do capital. Direito do Trabalho veio para equilibrar a relação entre empregado x empregador. 
CARACTERÍSTICAS DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
· O trabalhador era treinado para operar a máquina, sem levar em conta suas habilidades pessoais- trabalho repetitivo. 
· Submissão dos trabalhadores a péssimas condições de trabalho 
· Exploração do trabalho da mulher e do menor 
· Liberdade Contratual - Ausência de limite a autonomia da vontade das partes- sem intervenção estatal. 
· Estrutura Piramidal do Poder - Topo manda, base obedece. 
· Nascimento dos movimentos sindicais- Concentração dos trabalhadores/protestos 
· Intervenção estatal - A partir dessa situação decorreu o surgimento do Direito do Trabalho, ramo jurídico específico que tem como função regular as relações entre empregados e empregadores. 
EVOLUÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO NO MUNDO 
- Fase de formação: Surge na Inglaterra à primeira lei trabalhista tutelar, que proíbe o trabalho dos menores á noite e por duração superior a 12 horas diárias, na França em 1813 foi proibido o trabalho dos menores em minas; em 1814, vedado o trabalho aos domingos e feriados em 1839 foi proibido o trabalho dos menores de 9 anos. 
- Fase de Intensificação: Implantação da primeira forma de seguro social (Alemanha). 
- Fase de Consolidação: Encíclica Papal Rerum Novarum preconizando o salário justo. 
- Fase de Autonomia- Criação da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que visa à proteção da relação entre empregadores e trabalhadores. 
EVOLUÇÃO NO BRASIL
Em 13 de maio de 1888- Abolição da Escravatura- Fato importante para o nosso Direito do Trabalho, eis que um grande número de trabalhadores passou a ter direitos trabalhistas- trabalhador livre. 
Em 1891, o Decreto 1313 inaugura a fase legislativa, regularizando o trabalho e as condições dos menores empregados, traçando, dentre outros, os seguintes direitos: Proibição de trabalho até 12 anos de idade com exceção do contrato de aprendizagem nas fábricas de tecido, cujo limite seria de oito anos, proibição do trabalho nos domingos e feriados e das seis da tarde ás seis da manhã, em qualquer dia, pra menores de 15 anos, normas de higiene no local de trabalho, proibição de trabalhos de menores em locais perigosos e insalubres. 
- Constituição de 1934 - É a primeira constituição brasileira a tratar especificamente do Direito do Trabalho- Garantia a liberdade sindical, isonomia salarial, salário mínimo, jornada de oito horas diárias de trabalho, proteção ao trabalho da mulher e do menor, repouso semanal e férias anuais remuneradas. A designação de Justiça do Trabalho surge pela primeira vez na Constituição de 1934. 
- Constituição de 1937 - Expressa uma maior intervenção do Estado, com proibição da greve, já que visto como recurso anti-social e nocivo á economia. 
- Constituição de 1943- Consolidações das Leis do Trabalho (CLT) - Institucionalizou as leis até então vigentes, passando a funcionar como um verdadeiro Código do Trabalho. 
- Constituição de 1946- Assegurou o princípio da isonomia ao vedar diferença de salário para o mesmo trabalho por motivo de idade, sexo, nacionalidade ou estado civil; restabeleceu o direito de greve e a Justiça do Trabalho passou a integrar o Poder Judiciário, como órgão especializado. 
- Constituição de 1967- Assegurou o salário-família aos dependentes dos trabalhadores e reduziu a idade mínima para o trabalho para 12 anos. 
- Constituiçaõ de 1988- Art.7º- Arrolam os direitos sociais dos empregados urbanos e rurais- redução da carga horária semanal para 44 horas, férias acrescidas de 1/3, fixa a idade mínima para o trabalho em 14 anos, ainda que na condição de aprendiz; a EC 72/2013 igualou os direitos das domésticas a dos demais trabalhadores. 
ORIGEM DA PALAVRA TRABALHO 
“Dor, castigo, sofrimento, tortura – tripalium”.
Definição atual -> trabalho é toda energia física ou intelectual empregada pelo homem com finalidade produtiva.
CONCEITO DE DIREITO DO TRABALHO
1. Corrente subjetiva prioriza os sujeitos (empregado-empregador).
2. Corrente objetiva prioriza o conteúdo do Direito do Trabalho.
3. Corrente mista tanto os sujeitos, quanto o conteúdo.
DIVISÃO *O empregador pode dar/negociar benefícios melhores que os fornecidos pela CLT.
a. Direito individual do Trabalho 
b. Direito coletivo do Trabalho
NATUREZA JURÍDICA
De direito privado, visto que decorre de um negócio jurídico feito entre particulares.
AUTONOMIA DO DIREITO DO TRABALHO
· Didática, doutrinária e jurisdicional.
· Temáticas próprias, como: greve, sindicato, salário, jornada de trabalho, etc.
· Poder normativo (pela Justiça do Trabalho)
RELAÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO COM OUTROS RAMOS DO DIREITO
Artigo 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais (1º Requesito- Omissão da legislação trabalhista), decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por eqüidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público.
FONTES DE INTEGRAÇÃO
Jurisprudência
Ex1: Equiparação Salarial, no qual um empregador que trabalhe na mesma empresa tenha uma diferença salarial, conforme o art. 461 da CLT tem como requisito a Mesma Localidade, o empregado tem que estar localizado mesmo município e região metropolitana e foi decidido pela Súmula 6, X, do TST. 
Ex1: O desligamento do empregado por abandono de emprego, conforme o art. 482, i, CLT- Não esclarece o lapso de tempo para caracterização do abandono, portanto, a Súmula 32 TST veio resolver a questão prevendo que 30 dias é o prazo para caracterização do abandono do emprego. 
Analogia
Processo comparativo em que se pode estender para caso não previsto, o que foi decidido em outros casos semelhantes. Ex: Súmula 346 do TST e OJ 355 SDI-I TST. 
A súmula 346 fala sobre que os digitadores por aplicação analógica se equiparam aos trabalhadores nos serviços de mecanografia, com direito a intervalo de descanso de 10 minutos. O OJ 355 fala sobre o desrespeito sobre o intervalo mínimo interjornadas, por analogia, terá os mesmo efeitos produzidos pelos artigos correspondentes da CLT e da Súmula, devendo-se pagar a integralidade das horas subtraídas do intervalo, acrescido do respectivo adicional. 
Equidade
Ex: Na fixação de Danos morais, o Juiz vai dosar com humanidade, dentro dos limites da lei. Essa fixação do valor se dá por um critério de equidade, ponderando a extensão do dano, condição social, econômica, o transtorno sofrido. A reparação deve ser digna e estabelecida com base em parâmetros razoáveis.
Princípios
O aplicador do direito pode invocar um princípio geral para encontrar uma solução não apresentada de modo expresso pela lei. 
Ex Bis in Idem na aplicação de Justa Causa – critério de singularidade da punição. (*Advertência, Suspensão, Justa causa).
Usos e Costumes
Como exemplo, a lei do trabalhador rural, onde em qualquer trabalho continuo de duração superior a seis horas, será obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação observado os usos e costumes da região, não se computando este intervalo na duração do trabalho. Entre duas jornadas de trabalho haverá um período mínimo de onze horas consecutivas para descanso. 
APLICAÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO NOTEMPO E NO ESPAÇO:
Aplicação espacial
Regime geral: Aplicação da norma mais favorável – artigo 3º, II c/c artigo 2º, III Lei 7064/82 (antes prevalecia o princípio da territorialidade).
Para aplicar a legislação mais benéfica, a empresa deve ter filial no Brasil, além de o funcionário ter trabalhado aqui e ser transferido, ou contratado já para trabalhar fora. *alguns aceitam mesmo sem ter a filial aqui.
Não adianta estabelecer foro de eleição no contrato, vai ser a lei mais favorável.
LEI 7064 de 06/12/1982 
Artigo 1º “Esta Lei regula a situação de trabalhadores contratados no Brasil ou transferidos por seus empregadores para prestar serviço no exterior.
Parágrafo único. Fica excluído do regime desta Lei o empregado designado para prestar serviços de natureza transitória, por período não superior a 90 (noventa) dias..”
Artigo 3º “A empresa responsável pelo contrato de trabalho do empregado transferido assegurar-lhe-á, independentemente da observância da legislação do local da execução dos serviços:
I - os direitos previstos nesta Lei;
II - a aplicação da legislação brasileira de proteção ao trabalho, naquilo que não for incompatível com o disposto nesta Lei, quando mais favorável do que a legislação territorial, no conjunto de normas e em relação a cada matéria.
Parágrafo único. Respeitadas as disposições especiais desta Lei, aplicar-se-á a legislação brasileira sobre Previdência Social, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS e Programa de Integração Social - PIS/PASEP”.
Aplicação temporal
Regime geral: As mudanças entram em vigor na publicação, com eficácia imediata (Se a lei omitir, conta pela lei da vacância de 45 dias).
Os efeitos atingem apenas aos contratos em curso, não modificando os já extintos ou situações consumadas (irretroatividade).
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS:
· Dignidade da pessoa humana – artigo 1º, III 
· Princípio da igualdade – artigo 5º, caput
· Princípio da liberdade de trabalho – artigo 5º, XIII
· Direito a indenização por danos morais, materiais ou à imagem – artigo 5º, V
· Inviolabilidade à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem – artigo 5º, X
PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO:
Princípio protetor – a finalidade do direito do trabalho é a proteção do traballhador, compensadora da inferioridade em que se encontra num contrato de emprego, pela sua posição econômica de dependência do empregador.
1) In dubio pro operário (mísero ou empregado) Diante de uma única disposição, sucetível de interpretações diversas, e ensejadora de uma pluralidade de normas com vigência simultânea, há que se preferir a mais favorável ao trabalhador. 
*Na dúvida de interpretação, em favor do empregado.
2) Princípio da prevalência da norma mais favorável Diante de uma pluralidade de normas com vigência simultânea, há que se preferir a mais favorávvel ao trabalhador. 
3) Princípio da prevalência da condição mais benéfica ao trabalhador Esse princípio importa na garantia de preservação, ao longo do contrato, da cláusula contratual mais vantajosa ao trabalhador, que se reveste de direito adquirido.
SÚMULA 51 Um acordo pior tem início dos efeitos do momento para frente.
a. Princípio da Primazia da Realidade
*Determina que a realidade dos fatos prevaleça sobre meras cláusulas contratuais ou registros documentais. Por exemplo: o empregador dá um salário maior na realidade, do que no papel. Ele tem como conseguir ajustar que o décimo terceiro e outros benefícios, venha baseado no salário real dele!
b. Princípio da Intangibilidade ou Irredutibilidade Salarial – artigo 7, VI da CF e 462 dá CLT
Artigo 82 + OJ 18 SSC TST
*Irredutibilidade à garantia do trabalhador de não ver seu salário integral reduzido pelo empregador (artigo 7, VI CF).
*Intangibilidade, salário deve ser pago integralmente, sem diminuições através de descontos, salvo o estipulado no artigo 462, CLT. 
c. Princípio da Inalterabilidade Contratual Lesiva (In pejus) – artigo 444 e 468 (importante)
*Os contratos não podem ser alterados para prejudicar o empregado, portanto, como regra geral para configuração da alteração lícita será necessário o cumprimento de dois requisitos:
1- consentimento das partes (empregado e empregador)
2- Não lesividade aos direitos do empregado (ausência de prejuízo)
d. Princípio da Continuidade da Relação de Emprego
Súmula 212 do TST – despedimento. Ônus dá prova ( o ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado)
*A regra é que o contrato de emprego seja sempre por prazo indeterminado e quando se quiser pactuar por prazo determinado, tal condição deverá ser expressamente ajustada. A relação de emprego, por regra, tende a ser duradoura.
e. Princípio da Irrenunciabilidade dos Direitos Trabalhistas
Acordo a respeito dos direitos trabalhistas é autorizado. MAS SOMENTE SE FOR JUDICIAL OU ESTA RENÚNCIA FOR PERANTE O SINDICATO, autorizado por um Juiz, se não for não existe.
*Como regra, não pode o empregado, antes da admissão, no curso do contrato ou após o seu término, renunciar a seus direitos trabalhistas, seja de forma expressa ou tácita. Artigo 9° da CLT
DIREITO COLETIVO DO TRABALHO
É o conjunto de regras, princípios e institutos regulatórios das relações entre os seres coletivos trabalhistas: de um lado, os obreiros, representados pelas entidades sindicais, e, de outro, os seres coletivos empresariais, atuando quer isoladamente, que através de seus sindicatos (Maurício Godinho Delgado).
PRINCÍPIOS DO DIREITO COLETIVO DO TRABALHO
Princípio da Liberdade sindical: artigo 89, I da CF – é o princípio segundo o qual os trabalhadores e empregadores, sem qualquer distinção e sem autorização prévia tem o direito de constituir organizações que entendam convenientes ou a filiar-se a essas organizações e de nela permanecerem.
- não pode ser compelido a permanecer 
Princípio da Preponderância do interesse Coletivo sobre o Individual: o interesse coletivo prevalece sobre o interesse meramente individual, sendo possível, por exceção, a negociação coletiva para suprimir, flexibilizar ou alterar direitos garantidos por lei. Artigo 7° incisos 6, 13 e 14 da CF
Princípio da Autonomia Coletiva: os sindicatos negociam com a finalidade de criar, alterar ou suprimir direitos trabalhistas, vinculando as partes por ela atingidas. Artigo 611 da CLT
Princípio do Equilíbrio Social ou da Paz Social: a negociação coletiva tem como base buscar o equilíbrio entre dois lados desiguais.
Princípio da Adequação: a finalidade da negociação coletiva é adequar os direitos trabalhistas a cada categoria, de acordo com a região, época, situação econômica, condições de trabalho e etc.
Princípio do Limite da Negociação Coletiva: a negociação coletiva encontra limites nas normas de ordem pública. Em regra, tudo o que for mais benéfico que a lei poderá ser objeto de convenção ou acordo coletivo. 
Princípio da Intervenção Obrigatória dos Sindicatos – artigo 8°, III e VI da CF c/c artigo 611 da CLT: A participação da entidade sindical obreira (trabalhador) é indispensável à caracterização da negociação coletiva. Se os trabalhadores não estiverem acompanhados por sua entidade sindical, não se poderá falar na existência de negociação coletiva.
Princípio da Equivalência entre os Negociantes: os contratantes estão no plano de igualdade e dotados dos mesmos instrumentos de ação e resistência. Não há vulnerabilidade dá representação dos trabalhadores. (o sindicato dos trabalhadores não é submisso, ou menor que o sindicato dos empregadores, estão em igualdade).
SINDICATOS
(Seres legitimados para representação dos interesses de um grupo de trabalhadores ou empregadores de uma mesma categoria). 
Artigo 511, caput da CLT “É lícita a associação para fins de estudo, defesa e coordenação dos seus interesses econômicos ou profissionais de todos os que, como empregadores, empregados, agentes ou trabalhadores autônomos ou profissionais liberais exerçam, respectivamente, a mesma atividade ou profissãoou atividades ou profissões similares ou conexas”.
· Sindicato de empregados (categoria profissional): constituído para a defesa e reapresentação dos interesses dos trabalhadores.
· Sindicato patronal (categoria econômica): constituído para a defesa e representação dos empregados do mesmo ramo.
Como os sindicatos são formados? Quem forma?
· Organização​ dos Sindicatos – artigos 511, 570 a 577 dá CLT – categoria >> universo de pessoas que desempenham a mesma atividade profissional ou atuam no mesmo setor econômico, GERALMENTE​ SE REUNEM OS QUE TENHAM O MESMO EMPREGADOR.
>> Categoria profissional – att 511 parágrafo 2 dá CLT
>> Categoria econômica – artigo 511, parágrafo 1° / os interesses econômicos dos empregadores 
>> Categoria Diferenciada – artigo 511, parágrafo 3° dá CLT, súmula 374 TST. Tem um órgão de classe (OAB) estatuto próprio. As normas acordadas as vezes, não são melhores e por isso é 
· Natureza jurídica – artigo 564
· Registro – artigo 558, CLT – registro no ministério do trabalho (Súmula 677 do STF – “Ate que lei venha a dispor a respeito, incube ao Ministério do trabalho proceder ao registro das entidades sindicais e zelar pela observância do princípio da unicidade – um sindicato dá categoria).
· Estrutura artigo 522 dá CLT
1. Assembleia geral: Será o órgão de deliberação para qualquer decisão
2. Diretoria: responsável pela administração do sindicato. Máximo 7 e mínimo 3 membros. 
3. Conselho fiscal: 3 membros eleitos pela assembleia geral, responsáveis pela administração financeira do sindicato.
Estabilidade sindical: do registro dá candidatura já fica estável, se eleito durante todo o mandato. Se acabar o mandato, ainda tem um ano de estabilidade. Pra dispensar esse empregado, o empregador tem que bancar esse tempo de estabilidade. O365 Sumula 368
· Funções dispostas no artigo 514 e 564 dá CLT (representação negociam e assistencial – artigo 592 dá CLT – ex. Saúde, assistência jurídica para os que não tenham condições, etc).
· Deveres – artigo 514 da CLT 
· Paralelismo sindical: o nosso sistema adota o paralelismo, um sindicato representativo do trabalhador é o outro dos empregadores – os interesses nunca vão se encontrar, vão andar paralelos... Pra negociar é necessário que haja dois sindicatos, e que os interesses desses sindicatos nunca se encontrem. 
· Unicidade sindical – artigos 516 e 517 dá CLT, artigo 8°, II CF – súmula 677 STF. Só um sindicato representativo de cada classe. 
NEGOCIAÇÃO COLETIVA – acordo coletivo ou a convenção coletiva.
Convenção 154 OIT, define negociação coletiva:
‘Negociação coletiva” compreende todas as negociações que tenham lugar entre, de uma parte, um empregador, um grupo de empregadores (sem representação sindical), ou uma organização (sindicato) ou várias organizações de empregadores e, de outra parte, uma ou várias organizações de trabalhadores (sindicatos -PODE TER EMPREGADOR SSOZINH NO POLO DA AÇÃO MAS TRABALHADOR NÃO, TEM QUE SER REPRESENTADO POR SINDICATO) com o fim de:
· Fixar as condições de trabalho e emprego, ou
· Regular as relações entre empregadores e trabalhadores, ou
· Regular as relações entre os empregadores ou suas organizações é uma ou várias organizações de trabalhadores ou alcançar todos estes objetivos de uma vez só.
>> Convenção coletiva do trabalho – artigo 611 caput, dá CLT 
SEMPRE: sindicato dos empregadores x sindicato dos empregados abrangência para toda a categoria 
>> Acordo coletivo do trabalho – artigo 611, p 1° dá CLT
SEMPRE: sindicato dos trabalhadores x empregador (ou empregadores sem sindicato) Abrangência restrita, só para os trabalhadores do empregador que negociou.
Condições da Validade das Normas Coletivas:
· Conteúdo artigo 613 CLT
· Forma artigo 613, parágrafo único da CLT 
· Depósito da norma artigo 614 CLT 
· Entrada em vigor artigo 614 parágrafo 1° CLT
· Duração artigo 614 p 3° CLT + OJ 322, SDI-I do TST
· Incorporação ao contrato súmula 277 do TST redação antiga - “os direitos previstos não se incorporam em definitivo no contrato e acabam ”
 	REDACAO ATUAL DA SÚMULA – as cláusulas normativas dos acordos coletivos ou convenções coletivas integram os contratos individuais de trabalho e somente poderão ser modificadas ou suprimidas mediante negociação de trabalho. A súmula está suspensa desde 2016 para o Tribunal observar se a lei deve permanecer ou ser alterada. 
FORMAS DE CUSTEIO DE SINDICATOS – CONTRIBUIÇÕES SINDICAIS
1) Contribuição Sindical Compulsória
Artigo 578 e ss. da CLT 598, 580, §6
É obrigatória, e recolhida de uma só vez no ano de acordo com os meses, e os montantes fixado na CLT. *Por decisão do STJ, os servidores públicos também tem que contribuir (eles são estatutários, e não se aplica a eles a CLT, por isso a decisão pelo STJ).
Quem não paga: Lei 8906/94
Destino da contribuição compulsória – arts. 589 a 591.
2) Contribuição Estatutária ou Mensalidade Sindical 
Artigo 548, b da CLT
É facultativa, devida apenas pelos associados e se destina a serviços acessórios, como atividades recreativas, serviços odontológicos, etc.
3) Contribuição Confederativa 
Artigo 8º, IV da CF
É facultativa, prevista em assembleia (o seu valor será decidido pela mesma) e se destina para custear o sistema confederativo (o que é? Sistema de organização sindical). 
4) Contribuição Assistencial 
Artigo 545 da CLT
Aprovada em Assembleia, e prevista em ACORDO COLETIVO DE TRABALHO OU CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO, e é devida apenas pelos trabalhadores filiados ao sindicato. Destinada a serviços acessórios, e ao custeio do processo negocial 
*Vide Precedente Normativo 119 do TST – CONTRIBUIÇÕES SINDICAIS – INOBERVÂNCIA DE PRECEITOS CONSTITUCIONAIS. É inconstitucional cobrar as contribuições facultativas de quem não for sindicalizado.
COMPOSIÇÃO DO SISTEMA SINDICAL
Arts. 533 Constituem associações sindicais de grau superior as federações e confederações organizadas nos termos desta Lei. 
Art. 534 É facultado aos Sindicatos, quando em número não inferior a 5 (cinco), desde que representem a maioria absoluta de um grupo de atividades ou profissões idênticas, similares ou conexas, organizarem-se em federação.
§1º - Se já existir federação no grupo de atividades ou profissões em que deva ser constituída a nova entidade, a criação desta não poderá reduzir a menos de 5 (cinco) o número de Sindicatos que àquela devam continuar filiados. 
§ 2º - As federações serão constituídas por Estados, podendo o Ministro do Trabalho, Industria e Comercio autorizar a constituição de Federações interestaduais ou nacionais. 
§ 3º - É permitido a qualquer federação, para o fim de lhes coordenar os interesses, agrupar os Sindicatos de determinado município ou região a ela filiados; mas a união não terá direito de representação das atividades ou profissões agrupadas.
Art. 535 As Confederações organizar-se-ão com o mínimo de 3 (três) federações e terão sede na Capital da República.
§ 1º - As confederações formadas por federações de Sindicatos de empregadores denominar-se-ão: Confederação Nacional da Indústria, Confederação Nacional do Comércio, Confederação Nacional de Transportes Marítimos, Fluviais e Aéreos, Confederação Nacional de Transportes Terrestres, Confederação Nacional de Comunicações e Publicidade, Confederação Nacional das Empresas de Crédito e Confederação Nacional de Educação e Cultura.
§ 2º - As confederações formadas por federações de Sindicatos de empregados terão a denominação de: Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria, Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio, Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Marítimos, Fluviais e Aéreos, Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Terrestres, Confederação Nacional dos Trabalhadores em Comunicações e Publicidade, Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito e Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Educação e Cultura.
§ 3º - Denominar-se-á Confederação Nacional das Profissões Liberais a reunião das respectivas federações.
§ 4º - As associações sindicais de grau superior da Agriculturae Pecuária serão organizadas na conformidade do que dispuser a lei que regular a sindicalização dessas atividades ou profissões.
Art. 536
Art. 537 O pedido de reconhecimento de uma federação será dirigido ao ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, acompanhado de um exemplar dos respectivos estatutos e das cópias autenticadas das atas da assembléia de cada sindicato ou federação que autorizar a filiação.
§ 1º A organização das federações e confederações obedecerá às exigências contidas nas alíneas b e c do art. 515.
§ 2º A carta de reconhecimento das federações será expedida pelo ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, na qual será especificada a coordenação econômica ou profissional conferida e mencionada a base territorial outorgada.
§ 3º O reconhecimento das confederações será feito por decreto do Presidente da República.
Art. 538  A administração das federações e confederações será exercida pelos seguintes órgãos: 
a) Diretoria;  
b) Cnselho de Representantes; 
c) Conselho Fiscal.
§ 1º - A Diretoria será constituída no mínimo de 3 (três) membros e de 3 (três) membros se comporá o Conselho Fiscal, os quais serão eleitos pelo Conselho de Representantes com mandato por 3 (três) anos.  
§ 2º - Só poderão ser eleitos os integrantes dos grupos das federações ou dos planos das confederações, respectivamente.  
§ 3º - O Presidente da federação ou confederação será escolhido dentre os seus membros, pela Diretoria.  
§ 4º - O Conselho de Representantes será formado pelas delegações dos Sindicatos ou das Federações filiadas, constituída cada delegação de 2 (dois) membros, com mandato por 3 (três) anos, cabendo 1 (um) voto a cada delegação. 
§ 5º - A competência do Conselho Fiscal é limitada à fiscalização da gestão financeira.  
Art. 539 - Para a constituição e administração das Federações serão observadas, no que for aplicável, as disposições das Seções II e III do presente Capítulo.
561 e 562 da CLT. Em uma estrutura piramidal, os sindicatos ficam na base, as federações no meio , e as confederações no topo (com força nacional), NÃO HÁ HIERARQUIA, serve para juntar força.
a. Sindicatos se não existir sindicato em uma cidade pequena, a federação poderá compor o polo de uma ação.
b. Federações artigo 534. É estadual, e deve ter no mínimo 5 sindicatos de uma mesma categoria, e existe para coordenar as forças dos sindicatos.
c. Confederações artigo 535. A nível federal, com sede em Brasília, e formada por, no mínimo 3 federações. E terá como escopo coordernar as forças das federações.
CENTRAIS SINDICAIS – Lei 11.648/08:
· Não podem: declarar graves, realizar acordos e convenções coletivas nem de forma supletiva, representar a categoria. Ex: CUTI
· Só existe central sindical de trabalhador.
· Diálogo entre trabalhadores, poder público e empregadores.
RELAÇÃO DE TRABALHO E RELAÇÃO DE EMPREGO
Maurício Godinho Delgado – “relação de trabalho traduz o gênero a que se acomodam todas as formas de pactuação de prestação de trabalho existente no mundo jurídico atual” – autônomo, eventual, avulso, estagiário etc.
Afirma-se todo empregado é trabalhador, mas nem todo trabalhador é empregado. A relação de trabalho inclui a relação de emprego (trazida pela CLT) e mais os autônomos, os eventuais, os estagiários etc, estes não protegidos pela CLT, tendo lei próprias.
· Relação de emprego é um tipo de relação de trabalho. A CLT se preocupa somente com o EMPREGADO (não cuida de empregado doméstico ou rural).
EMPREGADO
ART. 3º DA CLT “Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual ao empregador, sob a dependência deste e mediante salário”.
Parágrafo único Não haverá distinções relativas À espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual”.
Requisitos do EMPREGADO 
· Pessoa física 
· Não eventual
· Onerosidade (salário)
· Pessoalidade 
· Subordinação jurídica (dependência)
· Alteridade – não assunção dos riscos de empreendimento (interpretação extraída do artigo 2º da CLT. AJENIDAD não traballha por conta própria, trabalha por conta de outras pessoas, ou seja, o professor que trabalha pra faculdade não vai se preocupar com o lucro da faculdade.
ELEMENTOS COMPONENTES DA RELAÇÃO DE EMPREGO:
1) Trabalho por Pessoa Física – o empregado sempre vai ser pessoa física.
2) Pessoalidade – caráter intuitu personae
· O contrato de emprego é pessoal em relação ao empregado – aquela pessoa física escolhida é quem deve executar o serviço.
· Casos em que a pessoalidade é atenuada – trabalho em domicílio/teletrabalho, por exemplo fabricação de uniforme. O que garante a pessoalidade é que o Juiz traz a responsabilidade pessoal, então o fato de ser auxiiado por terceiro não diminui a responsabilidade da pessoa contratada.
3) Onerosidade
· Para todo trabalho deverá haver uma retribuição (salário), isso porque o trabalho tem por meta a subsistência humana.
· Intenção contraprestativa das partes – aspecto subjetivo (intenção de que o trabalho não era gratuito, ter intenção econômica).
4) Habitualidade ou não eventualidade
4.1 Fins do Empreendimento: a necessidade daquele tipo de serviço para o empregador é permanente ou acidental (fortuita)? Ex. Garçom para restaurante, engenheiro para construtora etc. Vai depender se é um dia trabalhado ou mais, o que interessa é saber se tem intenção de continuidade.
Trabalhador eventual – circunstâncias excepcionais ou transitórias
A necessidade do serviço independe se o empregado traballhar continuamente ou com intermitência – ex. Garçom contratado para trabalhador somente sábados ou domingos em diasde maior movimento, etc.
4.2 Comparecimento do empregado de forma usual/frequente: não importa que o comparecimento do trabalhador ocorra só uma ou mais vezes na semana, pois o requisito não é o ccomparecimento diário.
5) Subordinação jurídica
Não significa submissão pessoal ou sujeição pessoal – não compreende a pessoa do empregado, mas tão somente a atividade laborativa, esta sim submetida de forma limitada e sob ressalvas, ao jus variandi. A ausência de liberdade caracteriza a subordinação.
· A subordinação significa que o empregador, dentro dos limites legais, coordena a realização dos serviços, definindo o modo de execução do contrato (não tem liberdade pra definir como vai trabalhar), podendo controlar e fiscalizar o desenvolvimento das atividades do empregado.
VÍNCULO DE EMPREGO. ADVOGADO ASSOCIADO. A liberdade intelectual na confecção de petições, bem como o patrocínio de ações particulares e a liberdade de realizar viagens mediante simples comunicação revelam a ausência de exclusividade e subordinação jurídica do Advogado. Diante disso, prevalece a tese de que a autora era "advogada associada, situação jurídica que foi recentemente regulamentada pelo Conselho Federal da OAB.
ADVOGADA. VÍNCULO DE EMPREGO. "AFFECTIO SOCIETATIS" NÃO CONFIGURADO. É incontroverso que a prestação de serviços sempre foi realizado pessoalmente pela Autora, motivo pelo qual se conclui pela caracterização do primeiro pressuposto, a pessoalidade. Também incontroverso que o serviço prestado não era eventual. A onerosidade igualmente não se discute. E a subordinação? A existência de metas, o pagamento fixo de salário, sem participação de honorários sucumbenciais, a orientação e supervisão dos trabalhos, a dependência econômica, a alteridade, tendo em vista que prestava os serviços por conta alheia.
· Lei 12.551/11 - acrescentou o parágrafo único do artigo 6º CLT 
Artigo 6º Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado a distância desde que estejam caracterizados os pressupostos na relação de emprego. 
Parágrafo único: Os meios telemáticos e informatizados de comandoo, controle e supervisão se equiparam para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos de comando, controle e supervisão do trabalho alheio.
· Variação de intensidade: Quanto mais você sobe na escala empregatícia da empresa, a intensidade da subordinação diminui,até por exemplo o diretor.
· Natureza da subordinação – teorias: 
1. Subordinação técnica: dar ordens técnicas, diretrizes de desenvolvimento das tarefas que o empregado deve desempenhar.
2. Subordinação econômica: algumas vezes ela não existe, mas mesmo não precisando ocntinua subordinada. 
3. Subordinação juridica:resultante de um contrato. É através de tal situação contratual, que o empregado aceita se sujeitar ao recebimento e cumprimento de ordens lícitas, ditadas pelo empregador. ARTIGO 3º
Subordinação estrutural -- A moderna teoria da subordinação objetiva - trazida pelo Godinho Delgado.
6) Não assunção dos riscos (Alteridade) - artigo 2º CLT
· O empregador não assume os riscos da atividade desenvolvida pelo empregador, estando alheio a qualquer dificuldade financeira ou econômica deste ou do seu empreendimento.
IMPORTANTE - EXCLUSIVIDADE NÃO É CARACTERÍSTICA, NEM ELEMENTO DE CARACTERIZAÇÃO OU DESCACTERIZAÇÃO DA RELAÇÃO DE EMPREGO.
DESCONTOS. COMISSÕES. INADIMPLÊNCIA DOS CLIENTES. PRINCÍPIO DA ALTERIDADE. É vedado descontar do empregado os valores inadimplidos pelos clientes, sob pena de se transferir o risco de atividade econômica, violando-se o princípio da alteridade insculpido no artigo 2º da CLT.
· TRABALHADOR AUTÔNOMO = É aquele trabalhador que presta serviços sem vinculo de subordinação, assumindo os ricos de suas atividades.
 
· Autônomo é sinonimo de independência, liberdade no modo e execução do contrato.
EMPREGADOR 
Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.
§ 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados.
· A Clt se equivoca ao vincular o conceito de empregador a palavra empresa, mas ela teve como objetivo proteger o empregado. 
Teoria da despersonificação do empregador: é uma forma de proteger o os direitos do empregado, vinculando o empregado a empresa e não ao empregador, logo se mudar a estrutura, o empregado fica protegido e não tem prejuízo de direitos.
Desde que se contrate alguem como empregado você é empregador, não interessa se é uma empresa ou não. O empregador é que assume os riscos (alteridade) e o empregador que deve dar os meios para se trabalhar, deve ser disponibilizado pela instituição. A lei legitima o empregador a ter o poder de organizar o empreendiemnto pagando o trabalhador. 
A CLT sabendo de sua incorreção, vem no parágrafo 1° e diz o que se equipara a empregador, apenas para fins de direito do trabalho. Empregador é empresa mas tambem é (...) ou seja, empregador é quem tem empregado, não interessa se é uma pj regularmente constituida ou irregularmente. 
ART 2 - § 2º - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas. 
Efeito: responsabilização solidária dos componentes do grupo – confere ao credor empregado o poder de exigir de todos os componentes so grupo ou de qualquer deles o pagamento por inteiro de sua dívida, ainda que tenha sito contratado e laborado por apenas uma das pessoas juridicas integrantes do grupo. 
GRUPO ECONÔMICO: ocorre quando dois ou mais entes se favorecerem direta ou indiretamente do mesmo contrato de emprego, em decorrencia de existir entre eles laços de direção ou cordenação. Artigo 2°, §2° da CLT
Efeito – responsabilidade solidaria dos componentes do grupo – confere ao credor empregado o poder de exigir de todos os componentes do grupo ou de qualquer eles o pagamento por inteiro de sua dívida, ainda que tenha sido contratando e laborando por apenas uma das pessoas jurídicas integrantes do grupo. (É uma faculdade, tem que noticiar ao juiz, não tem necessidade de provar, pois na emprega nos “atos constitutivos” tem-se o conhecimento do grupo econômico). 
“Grupo econômico ocorre quando dois ou mais entes se favorecerem direta ou indiretamente do mesmo contrato de emprego, em decorrência de existir entre eles laços de direção e coordenação”.
Bradesco – que tem vários outros desmembrados (Bradesco previdência, informática, seguros), mas com objetivo de gerar lucro para o lucro. 
Liberdade de entrar sobre todos os componentes do grupo, ajuizar a demanda (Bradesco informática, previdenciária, informática), como se for um empregador único. Como se todos eles se responsabilizam de maneira solidaria, podendo executar em face de qualquer um deles. 
IMPORTANTE – não pode mencionar apenas na fase de execução sobre qual ente quer cobrar, logo, tem que mencionar na PI. 
Súmula 129, TST – CONTRATO DE TRABALHO. GRUPO ECONÔMICO – a prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de ttrabalho, salvo ajuste em contrário. 
JURISPRUDENCIA 
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. CARACTERIZAÇÃO...In casu, resto comprovando que muito embora cada uma das empresas inscrição diversa no cadastro nacional de pessoas jurídicas (CNPJ), dando a entender que se tratavam de estabelecimentos independentes, ambas eram controladas pelo terceiro e quarto reclamados (pessoas físicas), e tinham até o mesmo objeto social. Além de compartilharem os mesmos empregados para a comercialização de seus produtos, o que é suficiente para a caracterização do grupo econômico notificado pelo obreiro. Por tais razoes, forçoso é manter a responsabilidade solidaria nos moldes reconhecidos pelo juízo a qui...
SUCESSÃO TRABALHISTA DE EMPREGADORES 
· A sucessão trabalhista se caracteriza sempre que a pessoa do empregador é substituida na exploração do negócio, com tranferência de estabelecimento, entendido este como uma organização dos fatores de produção, e sem ruptura na continuidade da atividade empresárial. 
Para ser sucessão trabalhista não pode mudar nada, tem que dar continuidade do que já vinha sendo realizado na empresa, se mudar a finalidade da empresa é outro regramento. A partir no momento que o novo grupo assume ele não pode diminuir os benefícios, os direitos já conquistados (os contratos de trabalho, não podem ser afetadas por essa mudança), neste caso pode demitir, mudar cargos, menos tirar os direitos!! 
Exemplo: quando o Itaú comprou o Banestado. Que no caso o Banestado possuía mais benefícios que os do Itaú, e os empregados do Itaú queriam ter os mesmos benefícios que os trabalhadores do Banestado, mas o Itaú não tem essa prerrogativa de ajustar os salários de acordo com os do Banestado, pois no momento que foi contratado era diferente, NÃO PODE DIMINUIR. 
· A sucessão trabalhista se caracteriza sempre que a pessoa do empregador é substituída na exploração do negócio, com transferência de estabelecimento, entendido este como uma organização dos fatores de produção, e sem ruptura na continuidade da atividade empresarial
· Fundamento – artigos 10 e 448 da CLT. 
· Consequência – A sucessão de uma sociedade por outra ou a alteração de titularidade da empresa ou do estabelecimento, preservam com os novos empregadores os antigos contratos de trabalho, com todos os seus efeitos passados, presente e futuros!
Exemplo: OJ 261 SDI-1 TST
JURISPRUDÊNCIA 
SUCESSÃO DE EMPREGADORES. CRÉDITO TRABALHISTA. RESPONSABILIDADE DO SUCESSOR. CABIMENTO. A teoria moderna pressupõe apenas a transferência significativa do estabelecimento ou da empresa de modo a afetar os contratos de trabalho, para caracterizar a sucessão de empregadores. Entende-se como objeto da aludida transferência, não apenas o espaço físico, mas, principalmente, o fundo do comércio. Caracterizada a sucessão de empregadores, a responsabilidade quanto a débitos eobrigações trabalhistas, inclusive o passivo, recai sobre o sucessor, nos termos dos arts. 10 a 448 da CLT, em fase do princípio da despersonificação da pessoa jurídica, tornando-se irrelevante o fato de o reclamante jamais haver prestado serviços à sucessora ou que esta não tenha integrado antes o polo passivo da ação 
É POSSÍVEL O SUCEDIDO SER RESPONSABILIZADO? SIM!!
...A permanência do sucessivo no polo passivo da demanda, com vistas à possibilidade de sua responsabilização solidaria e/ ou subsidiaria, somente é admitida, portanto, quando evidencia fraude no negócio jurídico, a teor do que dispõe os arts. 949 do CC e 9º da CLT, em geral com a demonstração de que o sucessor não é capaz de honrar as obrigações do pacto laboral, constituídas antes ou depois da alteração empresarial, o que não se verifica na hipótese examinada. Recurso ordinária segunda Reclamada a que se nega provimento. 
No caso do grupo familiar, quando o empregador morre, pode o cônjuge continuar com o mesmo vinculo de trabalho é configurado por uma sucessão trabalhista. Mas diferente de quando uma pessoa sozinha é empregadora, e se ela morrer, não pode a mãe dela assumir o vínculo trabalhista existe. 
Diferente do caso das falências que quando a empresa é comprada, o comprador não assume nenhum tipo de prestação passada existe da empresa. 
GREVE – LEI 783/89
Conceito: artigo 2° 
Greve garantia constitucional, constante do artigo 9 da CF/88.
Efeito suspensão do contrato de trabalho – artigo 7° “Não há obrigatoriedade de prestação de serviços, tampouco de pagamento dos salários relativos aos dias de trabalho”.
REQUISITOS: 
Insatisfação – provocação do sindicato – convocação dá assembleia (legitimidade artigo 4°) – deliberação sobre a pauta de reivindicações – tentativa de negociação diretamente com o patrão (OJ 11 SDC TST artigo 3° da Lei de greve) – negociação frustrada – nova assembleia – deliberação pela greve – comunicação no prazo legal ao empregador e a comunidade, conforme o caso (artigos 3° e 13 da Lei de greve) – GREVE. 
**Artigo 17 vedada a paralisação do empregador com tentativa de frustrar greve dos empregados. 
1. Greve – prejuízos irreparáveis – artigo 9°. No caso de máquinas que não podem parar, ou vendedor de produtos perecíveis, o prejuízo que o empregador teria é irreparável, e por isso uma equipe deve trabalhar pra isso não acontecer.
Artigo 7° grevistas não podem ser demitidos apenas por esse motivo, bem como não é válido a contratação de trabalhadores temporários, em regra. Exceção parágrafo único do artigo 9°.
1. Greve – serviços ou atividades essenciais para a comunidade – artigo 10.
1. Limitação Direito de Greve – artigos 11 e 12. 
1. Greve abusiva – artigo 14.
OJ 10 GREVE ABUSIVA NÃO GERA EFEITOS. É incompatível com a declaração de abusividade de movimento grevista o estabelecimento de quaisquer vantagens ou garantias a seus partícipes, que assumiram os riscos inerentes à utilização do instrumento de pressão máximo.
OJ 11 SDC TST GREVE. IMPRESCINDIBILIDADE DE TENTATIVA DIRETA E PACÍFICA DA SOLUÇÃO DO CONFLITO. ETAPA NEGOCIAL PREVIA. É abusiva a greve levada a efeito sem que as partes hajam tentado, direta e pacificamente, solucionar o conflito que lhe constitui o objeto. 
OK 38 SDC TSTS GREVE. SERVIÇOS ESSENCIAIS. GARANTIA DAS NECESSIDADES INADIÁVEIS DA POPULAÇÃO USUÁRIA. FATOR DETERMINANTE DA QUALIFICAÇÃO JURÍDICA DO MOVIMENTO. É abusiva a greve que se realiza em setores que a lei define como sendo essenciais à comunidade, se não é assegurado o atendimento básico das necessidades inadiáveis dos usuários do serviço, na forma prevista na lei número 7783/89.
Diferenças entre o Trabalhador Autônomo e o Empregado
Vendedor empregado: ele terá ajuda de custeio para gastos com o veículo, gasolina, estacionamento pelo empregador. Mas terá de cumprir os horários estabelecidos, etc.
Vendedor autônomo: o carro é do vendedor, ele custeia o combustivel, paga o estacionamento. É livre e corre os riscos do seu trabalho

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