EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA CIENCIA

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Conceitos Introdutórios
Teorias e Sistemas em Psicologia
Teorias e Sistemas em Psicologia
Prof. Wladimir Jatobá de Menezes
Msc. Psicologia Social do Trabalho e das Organizações - UnB
jatoba.menezes@gmail.com 
A Evolução da Ciência Psicológica
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Teorias e Sistemas em Psicologia
História da Psicologia
Para compreendermos a psicologia, precisaremos buscar a história.
Essa história é extensa, e por ser longa, precisaremos realizar alguns recortes. 
Não é possível apresentar todos os aspectos, autores, filósofos, pensamentos e ideias que ajudaram a compor a narrativa histórica da psicologia. 
Olhar daquele que conta a história. 
Toda e qualquer construção escrita sobre alguma área da ciência será sempre limitada, porque haverá recortes.
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História da Psicologia
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Teorias e Sistemas em Psicologia
Contribuições de inúmeros homens.
Passado e futuro estão no presente.
A Psicologia não é diferente de outras ciências.
Compreender a diversidade de objetos da Psicologia é recuperar sua história. 
A história do pensamento humano é antiga: cerca de 800 a 700 a.C. 
Primeiros estudos relacionados a arché (origem) da phisys (natureza).
É entre os filósofos gregos que surgem as primeiras contribuições do que vem a ser a Psicologia. 
Psicologia vem do grego psyché, que significa alma, e de logos, que significa razão.
O bem estar oferecido pela pólis, permitiu que os homens se dedicassem às coisas do espírito.
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História da Psicologia 
Gregos: O Início de Tudo.
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Gregos: O Início de Tudo.
Pré-Socráticos
Primeiros filósofos ocidentais, iniciaram o processo de sistematização do conhecimento, surgiram por volta dos séculos VII-VI a.C. 
Chamados de pré-socráticos buscavam compreender a origem do cosmo: constituição, princípios e leis. 
Período conhecido como cosmológico. Cada pré-socrático, a partir dos seus estudos e observações, indicava a essência, o princípio, a origem cosmológica da natureza. 
Buscavam explicar a arché (essência, origem) da physis (natureza).
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Gregos: O Início de Tudo.
Pré-Socráticos
Tales de Mileto - (641-546 a.C.), “a observação e o estudo da regularidade dos fenômenos naturais permitem que se extraia uma lei geral”. 
Para ele a água seria o fundamento e a origem do cosmo. Seria a arché. 
Isso porque a água “é o alimento das coisas e as sementes de todas as coisas são úmidas”.
Principal discípulo foi Anaximandro (Anaxímenes).
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Gregos: O Início de Tudo.
Pré-Socráticos
Parmênides - (520-440 a.C.), ao contrário dos filósofos daquela época, não acreditava que a arché fosse algum elemento da natureza. 
Elementos naturais são mutáveis, e a essência não poderia ser mutável. 
Assegura que o Ser seria o princípio, a essência. O Ser aqui não é visível na aparência. Porque tudo que aparece é passível de mudanças. O Ser faz parte de um universo que não pressupõe mutabilidade.
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Gregos: O Início de Tudo.
Pré-Socráticos
Heráclito (530/20 -470/60 a.C.) se opunha ao pensamento de imutabilidade, acreditava e defendia a mutabilidade da realidade. 
Para ele, tanto o ser quanto as coisas são dinâmicas e passíveis de transformação. Sua frase mais famosa é que “tudo flui, como as águas de um rio que nunca são as mesmas”. 
Por esse motivo, ele indicava que o fogo seria a arché (princípio) a physis (natureza/cosmo), pois a chama viva e eterna regeria as mudanças do ser.
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Sócrates (469-399 a.C.) - a Psicologia ganha consistência. 
Abandou as questões sobre a natureza e se concentrou eminentemente nos problemas do ser humano. Questões centrais eram: o que é o bem, a virtude e a justiça. 
Postulava que a principal característica humana era a razão. 
Ao definir a razão como peculiaridade do homem ou como essência humana, Sócrates abre um caminho que seria muito explorado pela Psicologia. 
As teorias da consciência são, de certa forma, frutos dessa primeira sistematização na Filosofia;
Desenvolveu um método da maiêutica 
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Entre os Gregos: Os Primórdios
Sócrates
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Entre os Gregos: Os Primórdios
Platão
Platão (427-347a.C.) – solucionou a problemática pré-socrática sobre a mutabilidade ou imutabilidade. Para ele, há algo que não muda, que permanece. Esse algo estaria no mundo inteligível, ou seja, plano das ideias. 
As ideias seriam fixas, imutáveis e, portanto, a essência de tudo o que existe. Portanto, a verdade, por ser imutável e fixa, só poderia estar no mundo inteligível, na transcendência. Partindo desse pressuposto, a verdade não se manifesta na dimensão visível, no aparente.
O mundo sensível, por sua vez, seria mutável. O mundo sensível (real) é cheio de imperfeições e essa reprodução não comporta a essência da verdade, apenas espelha uma parte do ser e não o que ele é de verdade.
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Entre os Gregos: Os Primórdios
Platão
Definiu um “lugar” para a razão no nosso próprio corpo. 
Na cabeça se encontra a alma do homem. 
A medula seria o elemento de ligação da alma com o corpo.
Platão concebia a alma separada do corpo. 
Quando alguém morria, a matéria (o corpo) desaparecia, mas a alma ficava livre para ocupar outro corpo.
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Aristóteles (384-322 a.C), discípulo de Platão, foi um dos mais importantes pensadores da história da Filosofia. 
Postulou que alma e corpo não podem ser dissociados. 
Para Aristóteles, a psyché seria o princípio ativo da vida. Tudo aquilo que cresce, se reproduz e se alimenta possui a sua psyché ou alma. 
Vegetais - alma vegetativa, que se define pela função de alimentação e reprodução. Animais - essa alma e a alma sensitiva, que tem a função de percepção e movimento. Homem - os dois anteriores e a alma racional, que tem a função pensante. Estudou as diferenças entre a razão, a percepção e as sensações. Da anima (primeiro tratado em Psicologia.)
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Entre os Gregos: Os Primórdios
Aristóteles
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Aristóteles defendia que o conhecimento advém da observação da realidade. Esse conhecimento que nasce da observação do real, do sensível, daquilo que é mutável, ficou conhecido como método indutivo. 
Contrapõe-se a Platão, defende também que o mundo inteligível e sensível andariam juntos e constituiriam a realidade, pois as coisas são o que são. Para conhecê-las, seria necessário partir do dado empírico, perceptível aos sentidos.
Além de superar a cisão entre mundo sensível e inteligível, ultrapassou também o dualismo entre corpo e mente. Defendeu que corpo e mente são indivisíveis. 
Foi o primeiro a discutir questões muito peculiares para a psicologia, como: “mente, sentidos, sensação, memória, sono e insônia, geriatria, brevidade da vida, juventude e velhice, vida, morte e respiração”.
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Entre os Gregos: Os Primórdios
Aristóteles
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Características desse período é o aparecimento e desenvolvimento do cristianismo no ocidente — uma força religiosa que passa a força política dominante.
Período muito atrelado a Igreja Católica como instituição social. 
O Deus cristão (teocentrismo) passou a ocupar o centro em todas as esferas: arte, literatura, filosofia, educação, arquitetura e outros.
É tida como a era do obscurantismo, das trevas, visto que o pensamento cristão exercia uma grande influência e passou a nortear todas as concepções dessa época.
Psicologia relacionada ao conhecimento religioso.
IgrejaCatólica monopolizava o saber e o estudo do psiquismo.
Império Romano e na Idade Média
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A filosofia medieval pode ser dividida em: padres apostólicos, apologistas, patrística e escolástica. 
Padres apostólicos - desenvolvida no início do Cristianismo, entre os séculos I e II. Os filósofos desenvolveram os ensinamentos ligados à vida de Jesus Cristo. Entretanto, exerciam a filosofia num meio ainda profano. Paulo de Tarso - epístolas que estão inclusas no Novo Testamento. 
Padres Apologistas - ligado a ideia de enaltecimento. Apologia em relação a fé cristã. Defendiam o Cristianismo como forma de pensamento superior às questões dos pensamentos da filosofia clássica. Principais nomes: Justino Mártir, Orígenes de Alexandria e Tertuliano.
Idade Média
A filosofia medieval pode ser dividida em: padres apostólicos, apologistas, patrística e escolástica.
O nome de Filosofia Patrística tem sua origem nos escritos feitos pelos “Padres da Igreja”, palavra que vem do latim Pater – “pai”.
Os Padres constituíam os pensamentos cristãos baseados na filosofia de Platão e relacionavam a palavra de Deus com os escritos do filósofo grego. Dessa forma, acreditavam que os indivíduos podiam conhecer e entender a Deus por meio das ideias reveladas.
A patrística tem como principal representante Santo Agostinho, que foi influenciado por algumas ideias da filosofia platônica. 
Idade Média
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Santo Agostinho, inspirado em Platão, também fazia uma cisão entre alma e corpo.
Entretanto, para ele, a alma não era somente a sede da razão, mas a prova de uma manifestação divina no homem. 
A alma era imortal por ser o elemento que liga o homem a Deus. 
Alma sede do pensamento, a Igreja passa a se preocupar também com sua compreensão.
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Império Romano e a Idade Média
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A filosofia medieval pode ser dividida em: padres apostólicos, apologistas, patrística e escolástica.
A escolástica é representada por São Tomás de Aquino, que foi influenciado por Aristóteles.
São Tomás de Aquino viveu no período de ruptura da Igreja Católica (protestantismo).
Definiu novas justificativas para a relação entre Deus e o homem. 
Buscou em Aristóteles a distinção entre essência e existência. Como o filósofo grego, considera que o homem, na sua essência, busca a perfeição através de sua existência. 
Portanto, a busca de perfeição pelo homem seria a busca de Deus.
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Idade Média
A filosofia medieval tinham como finalidade defender e estruturar as verdades da fé católica. 
Nada contribuiu para o pensamento psicológico. 
Contudo, deve se compreender esse período para se compreender o renascimento, o iluminismo e o fervor que construiu a idade moderna e constituiu a nova ciência e o racionalismo.
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Idade Média
As transformações ocorrem em todos os setores da produção humana:
Por volta de 1300, Dante escreve A Divina Comédia; 
Entre 1475 e 1478, Leonardo da Vinci pinta o quadro Anunciação; 
Em 1484, Boticelli pinta o Nascimento de Vênus; 
Em 1501, Michelangelo esculpe o Davi; 
Em 1513, Maquiavel escreve O Príncipe, obra clássica da política.
História da Psicologia: Renascimento
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Aula de Anatomia do Dr. Tulp - Rembrandt
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