Buscar

trabalho roberto (1)

Prévia do material em texto

FACULDADE DE ANICUNS 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS 
CURSO DE DIREITO 
 
 
 
Mônica Custodio dos Santos 
Ronan Bernardes Correia da Silva Neto 
Vinicius Rosa Camilo 
 
 
 
 
“DAS DIVERSAS ESPÉCIES DE EXECUÇÕES” 
 
 
 
 
 
ANICUNS 
2021 
FACULDADE DE ANICUNS 
 
 
Mônica Custodio dos Santos 
Ronan Bernardes Correia da Silva Neto 
Vinicius Rosa Camilo 
 
 
 
“DAS DIVERSAS ESPÉCIES DE EXECUÇÕES” 
 
 
Trabalho apresentado 
para a composição da 
nota MB1 da Matéria de 
Direito Processual Civil IV- 
Professor: Roberto 
 
 
 
ANICUNS 
2021 
 
Resumo: Fala-se em execução, quando for imposta uma obrigação e seu responsável 
não a cumprir espontaneamente, o processo civil brasileiro estruturou as diversas 
espécies de execução de acordo com o tipo de obrigação cujo adimplemento se reclama. 
E iremos dissertar sobre cada um deles execução de obrigação de fazer e não fazer, 
execução de entrega da coisa. Assim, pode-se falar em vários processos de execução. O 
art. 612 do CPC que há uma autonomia do credor propor a execução contra o devedor, 
exceto quando o devedor é declarado insolvente. 
 
Palavras-chave: Execução, Espécies, Obrigação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
As diversas espécies de execução abordam as formas de cobrar o devedor qual 
sejam pagar, entregar coisa, fazer ou não fazer e as subespécies da execução de 
prestação alimentícia, da execução contra a fazenda pública e da execução fiscal. A 
própria lei exige que o credor aponte o título executivo à petição inicial, exceto se for 
judicial. A execução de obrigação de fazer e não fazer consiste em ser determinado ao 
devedor construir um muro ou não construir um muro, por exemplo, sendo uma 
obrigação positiva e outra negativa. Execução de entrega da coisa, pode ser certa ou 
incerta, a coisa certa consiste em entrega de uma pintura de um pintor celebre, a coisa 
incerta será indicada, ao menos, por gênero e quantidade exemplo entregar sacas de 
soja. Execução de pagar quantia certa incide nas circunstâncias em que há uma 
obrigação do devedor em pagar a seu credor quantia certa em dinheiro, através de título 
executivo judicial ou extrajudicial. As execuções especiais são elas: a execução contra a 
fazenda pública, execução de prestação alimentícia e a execução fiscal. 
Onde pode fundar-se em título judicial ou extrajudicial; no primeiro caso trata-se 
do chamado cumprimento sentença instituído pela reforma do processo executivo 
através da lei 11.232/2006. Há que se fazer referência, ainda, ao procedimento de 
execução por quantia certa contra devedor insolvente, este de caráter coletivo, e 
guardadas as devidas peculiaridades, mais parecido como procedimento de falência da 
pessoa jurídica. 
A escolha do tema está ligada as formas de execução que não é somente de pagar 
um determinado valor fixado na sentença, e que se caso o devedor não adimplir com a 
sentença será obrigado a cumprir deveres e assim satisfazer o crédito do credor lesado. 
O nosso objetivo é mostrar as espécies de execução e como cada uma funciona, de 
acordo com o tipo de obrigação cujo adimplemento se reclama. O problema das 
espécies de execução são as sanções sofridas pelo devedor obrigação deve ser 
equivalente a condição financeira tanto do devedor insolvente quanto do devedor 
solvente. A metodologia utilizada será de doutrinas e outros artigos jurídicos. 
 
 
 
 
DISPOSIÇÕES GERAIS ÀS DIVERSAS ESPÉCIES DE EXECUÇÃO 
 
 
CONCEITO 
 
 
A execução pode ser conceituada como o meio pelo qual o cumprimento de uma 
obrigação é, voluntária ou involuntariamente, satisfeita. Quando a obrigação não é 
cumprida espontaneamente, faz-se necessária a prática de atos executivos pelo Estado, 
com o objetivo de satisfazê-la. 
A execução será classificada de acordo com a natureza da obrigação cuja 
satisfação se pretende, sendo assim, haverá a execução de obrigação de fazer, de não 
fazer, de pagar quantia certa e de dar coisa, conforme será visto em detalhes adiante. 
Cumpre mencionar ainda que, no processo de execução, as partes são 
denominadas “exequente” (o credor) e “executado” (o devedor). 
 
 
ESPÉCIES DE EXECUÇÃO 
 
 
A execução pressupõe a existência de um título executivo judicial ou 
extrajudicial, que materializa a obrigação exigível. Este título poderá ser: 
Título executivo judicial: é aquele que decorre de uma decisão judicial. É 
importante ressaltar que a execução do título executivo judicial prosseguirá nos próprios 
autos do processo onde foi constituída a obrigação. Assim, não se trata de um processo 
autônomo, mas de um processo sincrético. Ao título judicial aplicam-se as regras do 
cumprimento de sentença previstas nos artigos 513-519 do Código de Processo Civil. 
Título executivo extrajudicial: os títulos executivos extrajudiciais são aqueles a 
que a lei confere a força de título executivo. Diversamente do que ocorre com o título 
executivo judicial, execução de título executivo extrajudicial constitui processo 
autônomo. Ao título extrajudicial aplicam-se as regras previstas no Título II do Código 
de Processo Civil, que trata “Das Diversas Espécies de Execução”. 
Procedimentos executivos 
O procedimento executivo pode ser dividido, ainda, em comum e 
especial. Procedimento executivo comum é aquele cabível nos créditos em geral, 
enquanto o procedimento executivo especial é utilizado para a execução de alguns 
créditos específicos como, por exemplo, a execução de alimentos e a execução fiscal. 
Esta distinção é importante para os casos em que se pretende cumular execuções, 
conforme previsto na Súmula 27 do Superior Tribunal de Justiça, a qual diz: “Pode a 
execução fundar-se em mais de um título extrajudicial relativos ao mesmo negócio.” 
Contudo, para que os procedimentos sejam cumuláveis, é necessário, antes, que 
sejam compatíveis entre si, de acordo com o artigo 327, § 1°, inciso III do Código de 
Processo Civil. Assim, não é possível cumular as execuções de um título sujeito a 
procedimento comum com a de outro título sujeito a procedimento especial. 
Além disso, para que as demandas executivas sejam cumuláveis, é necessário que 
haja identidade de partes e que o juízo competente para apreciação delas seja o mesmo, 
nos termos do artigo 780 do Código de Processo Civil. 
Outra distinção importante também deve ser feita: a execução, no caso dos títulos 
executivos extrajudiciais, é sempre definitiva. Todavia, admite-se execução provisória 
no cumprimento de sentença judicial, haja vista a sentença pode não ter ainda transitado 
em julgado, por exemplo. Assim, em determinados casos, não é necessário aguardar o 
trânsito em julgado da sentença para que a obrigação seja satisfeita, sendo esta cumprida 
provisoriamente. 
 
 
EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL 
 
 
A execução de um título extrajudicial tem início com o ajuizamento de uma ação 
pela parte interessada. Deverão ser atendidos os requisitos gerais de uma petição inicial, 
previstos no artigo 319 do Código de Processo Civil, assim como observadas as 
particularidades do caso concreto. Será sempre desta maneira porque, reforça-se, a 
execução de título executivo extrajudicial se dá sempre através de processo autônomo. 
No que diz respeito à causa de pedir, deverá ser demonstrada a existência do 
direito à satisfação de uma obrigação certa, líquida e exigível, materializada no título 
executivo, bem como o inadimplemento do devedor. 
Considera-se líquido o título executivo que determina, de forma clara e precisa, a 
existência da dívida, do credor e devedor, do objeto da prestação e, quando for possível, 
do quantum devido. 
Já a certeza de que se fala diz respeito à ausência de dúvidas quanto à existência 
obrigação. Assim, da simples leitura do título executivo deve ser possível identificar a 
veracidade da existência da obrigação, quem é o credor, o devedor e qual o objeto daprestação. 
Finalmente, é necessário que o título seja exigível. Deste modo, não deve a 
obrigação estar sujeita a termo ou condição suspensiva, assim como não deve estar 
pendente de prazo para cumprimento. 
 
 
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA 
 
 
O cumprimento de sentença tem início através de petição simples, juntada aos 
autos do processo onde foi constituída a obrigação. Não é necessário que esta petição 
atenda a todos os requisitos de uma petição inicial, mas que apresente de forma 
compreensível a pretensão deduzida. 
Tal como no título executivo extrajudicial, deverá ser demonstrada a existência do 
direito à satisfação de uma obrigação certa, líquida e exigível, materializada no título 
executivo, bem como o inadimplemento do devedor. 
 
 
DIREITO DE PREFERÊNCIA GERADO PELA PENHORA 
 
 
A penhora, ato típico e fundamental da execução por quantia certa, tem como 
objetivo imediato destacar um ou alguns bens do devedor para sobre eles fazer 
concentrar e atuar a responsabilidade patrimonial. A partir da penhora, portanto, 
começa-se o procedimento expropriatório por meio do qual o órgão judicial obterá os 
recursos necessários ao pagamento forçado do crédito do exequente. 
O art. 797 do Código atual atribui, ainda, à penhora um especial efeito, que é o de 
conferir ao promovente da execução “o direito de preferência sobre os bens 
penhorados”. Erigiu-se a penhora, portanto, em nosso atual direito processual civil, à 
posição de autêntico direito real. Por isso mesmo, “recaindo mais de uma penhora sobre 
o mesmo bem, cada exequente conservará o seu título de preferência” (art. 797, 
parágrafo único), o credor com segunda penhora só exercitará seu direito sobre o saldo 
que porventura sobrar após a satisfação do credor da primeira penhora. Não haverá 
concurso de rateio entre eles, mas apenas de preferência (art. 908 e § 2º). 
Em nosso atual processo, portanto, a penhora confere ao exequente uma 
preferência, colocando-o na situação de um verdadeiro credor pignoratício. Adquire ele 
com a penhora “a mesma posição jurídica que adquiriria com um direito pignoratício 
contratual”. 
Essa posição do credor penhorante tem efeitos tanto perante o devedor como 
perante outros credores, permitindo a extração de duas importantes ilações: 
(a) a alienação pelo devedor, dos bens penhorados é ineficaz em relação ao 
exequente; 
(b) as sucessivas penhoras sobre o mesmo objeto não afetam o direito de 
preferência dos que anteriormente constringiram os bens do devedor comum. 
Ressalte-se, porém, que a preferência da penhora é plena apenas entre os credores 
quirografários e enquanto dure o estado de solvência do devedor. Não afeta nem 
prejudica em nada os direitos reais e preferências de direito material constituídos 
anteriormente à execução e desaparece quando os bens penhorados são arrecadados no 
processo de insolvência. 
A prelação de um credor hipotecário ou pignoratício, sobre os bens gravados do 
devedor, não é atingida pela penhora de terceiro, nem mesmo no caso de insolvência. 
“O credor privilegiado participará do concurso universal em sua verdadeira posição, 
independentemente da penhora, que poderá nem se ter verificado, se a execução (dele 
credor com garantia de direito real) não tiver sido movida”. 
O novo Código de Processo Civil dispensa aos privilégios da penhora, adquiridos 
nos termos do art. 797, tutela equivalente à dos direitos reais de garantia. Assim: 
(a) assegura ao exequente, a partir da penhora, preferência no pagamento a ser 
realizado com o produto da alienação judicial sobre todos os demais 
credores que estejam em posição inferior na gradação das penhoras; e 
(b) garante ao exequente com penhora averbada no Registro Público o direito a 
intimação relacionada com penhoras supervenientes sobre o mesmo bem, a 
ser realizada antes da adjudicação ou alienação promovidas por outro credor 
(NCPC, art. 889, V), tal como se passa com os credores que contam com 
garantia real. Tudo se passa, portanto, exatamente como na tutela processual 
aos credores titulares de garantia real. 
 
 
A PETIÇÃO INICIAL 
 
 
A execução é um processo e se subordina ao princípio geral da provocação da 
parte interessada. Não existe execução ex officio no processo civil. O credor deverá 
sempre requerer a execução para estabelecer-se a relação processual (título executivo 
extrajudicial), ou para prosseguir nos atos de cumprimento da sentença, dentro da 
própria relação em que ela foi proferida (título executivo judicial). 
A execução será iniciada, destarte, por meio de uma petição inicial que, além de 
preencher os requisitos do art. 319, deverá indicar (art. 798, II, do NCPC): 
(a) espécie de execução de sua preferência, quando por mais de um modo 
puder ser realizada; 
(b) os nomes completos do exequente e do executado e seus números de 
inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro nacional da Pessoa 
Jurídica; e 
(c) os bens suscetíveis de penhora, sempre que possível. 
 
 
EXECUÇÃO PARA ENTREGA DE COISA 
 
 
A execução para a entrega de coisa corresponde às obrigações de dar em geral. 
Compreende, pois, prestações que costumam ser classificadas em dar, prestar e restituir. 
Diz-se que a prestação é de dar quando incumbe ao devedor entregar o que não é seu, 
embora estivesse agindo como dono; de prestar, quando a entrega é de coisa feita pelo 
devedor, após a respectiva conclusão; e de restituir, quando o devedor tem a obrigação 
de devolver ao credor algo que recebeu deste para posse ou detenção temporária. 
Em qualquer caso, será indiferente a natureza do direito a efetivar, que tanto pode 
ser real como pessoal. Por exemplo, no feito – contra o alienante (possuidor direto) – 
baseado numa escritura pública de aquisição de imóvel, com constituto possessório, 
devidamente assentada no Registro Imobiliário, o adquirente (possuidor indireto) que 
reclama a posse direta do bem retido injustamente pelo primeiro, tem-se uma execução 
lastreada em direito real. Já no caso de o comprador da coisa móvel que o vendedor não 
lhe entregou, a execução do contrato se referirá a um direito pessoal, já que o domínio 
só será adquirido pelo credor após a tradição. Ambas as hipóteses, no entanto, ensejarão 
oportunidade ao exercício da execução para entrega de coisa. 
Ocorre, porém, que a coisa a ser entregue pode não estar completamente 
individuada. Se estiver, fala-se em entrega de coisa certa. Do contrário, a entrega será de 
coisa incerta. O novo Código separou essas duas situações em seções distintas, a entrega 
de coisa certa (arts. 806 a 810) e a de coisa incerta (art. 811 a 813), já que, no último 
caso, deve-se passar, preliminarmente, por uma fase de individualização das coisas 
indicadas no título executivo apenas pelo gênero e quantidade. 
 
 
EXECUÇÃO DE ENTREGA DA COISA CERTA E INCERTA 
 
 
A execução de entrega de coisa prevista em processo civil brasileiro dispôs ao 
Poder Judiciário para que pudesse ter a realização de implantação do direito aplicado ao 
mundo dos fatos, havendo então divisões sobre: 
 Execução por expropriação a execução por quantia certa 
 Execução por desapossamento e execução para entrega da coisa 
 Execução por transformação e execução de obrigações de fazer e não fazer 
A execução para entrega de coisa corresponde às obrigações de dar em geral, 
sendo indiferente a natureza do direito a efetivar, que tanto pode ser real como pessoal. 
No feito contra o alienante (possuidor direto) baseado numa escritura pública de 
aquisição de imóvel, com constituído possessório, devidamente assentado no registro 
imobiliário, o adquirente possuidor indireto que reclama a posse direta do bem retido 
injustamente pelo primeiro, ter-se a uma execução lastreada em direito real, já no caso 
de o comprador de coisa móvel que o vendedor não lhe entregou, a execução do 
contrato se referirá a um direito pessoal, já que o domínio só será adquiridopelo credor 
após a tradição. Ambas as hipóteses, no entanto, ensejarão oportunidade ao exercício da 
execução para a entrega da coisa. Compreende essa modalidade de execução forçada 
prestações que costumam ser classificadas em dar, prestar e restituir. 
Diz-se a prestação e de dar quando incumbe ao devedor entregar o que não é seu, 
embora estivesse agindo como dono; de prestar quando a entrega é de coisa feita pelo 
devedor após a respectiva conclusão; e de restituir, quando o devedor tem a obrigação 
de devolver ao credor algo, que recebeu deste para posse ou detenção temporária. O 
objeto da prestação, em tais obrigações nem sempre vem completamente individuado, 
por isso, o código separou em seções distintas a execução da entrega de coisa certa (art. 
621) e a de coisa incerta (art. 629), já que no último caso deve-se passar, 
preliminarmente, por uma fase de individualização das coisas indicadas no título 
executivo apenas pelo gênero e quantidade. 
A área de abrangência da execução forçada para entrega de coisa certa passou nos 
últimos tempos por marcantes modificações legais, sucessivamente adotada, ao mesmo 
tempo em que o respectivo procedimento, antes único se adaptou ao propósito da busca 
da maior utilidade e eficácia, graças ao recurso de opções modernas recomendadas pela 
técnica das tutelas diferenciadas. Tal como a definia o art. 621, em sua redação 
primitiva, a execução para entrega de coisa certa tinha cabimento contra ‘’quem for 
condenado a entregar coisa certa’’. 
Sendo prevista no artigo 681 do CPC, essas diferentes execuções foram feitas para 
que haja uma obrigação adequada e que possa dar também satisfações ao credor, 
estruturando essas espécies e tenha uma execução ao que o adimplemento que se 
reclama. Com essas execuções existem vários procedimentos para cada tipo de 
obrigação, nas obrigações personalíssimas apenas o devedor que pode adimplir, existe 
também a obrigação alimentícia que é solicitada até mesmo a prisão civil do devedor, 
dentre outras obrigações, a execução de entregar coisa certa nada mais é que deve pagar 
quantia certa, sendo possível até expropriação de bens do devedor, onde o juiz solicita a 
chamada “sentença executiva’’ dando início ao processo, para garantir ao credor o 
cumprimento da obrigação. No direito nada mais é que um processo de conhecimento, 
sentença executiva mencionada, esclarecendo, é que posso impor ao devedor uma 
obrigação, pois existe um inadimplemento e o juiz sentenciado determina providências 
necessárias à garantia do cumprimento ao título que o credor solicitou, o juiz pode fixar 
multa, dando prazo de 10 dias e se caso houver um atraso do cumprimento imposto, e 
ressalto também que pode ser que haja busca e apreensões dos bens do devedor. 
 Tratando de execução da obrigação, pois é interposto ao de entregar a coisa certa, 
o juiz que atribui o menor poder de atuação, é que a prioridade é que o próprio devedor 
cumpra a obrigação e assim que é estabelecido esse cumprimento o juiz defere a tutela 
especifica da obrigação e enquanto ao credor é sempre possível a reparação dos danos 
causados por inadimplementos e se houver descumprimento ensejará perdas e danos, 
causando uma medida executiva, pois coercitivamente há um modo para ser feito e que 
cumpra sendo possíveis multas diárias ou até mesmo prisão civil dependendo da 
obrigação interposta ao caso. Sendo conveniente e após a entrega feita pelo réu, antes do 
juiz extinguir o feito, procede à constatação em ação de pagamento de consignação o 
qual o devedor procura vencer, não haveria medida executiva e sim cognitiva, devido ao 
devedor ter a consciência e teve o conhecimento por ter a percepção e bom senso de 
efetuar o pagamento dando ao credor, a coisa certa. 
 
 
EXECUÇÃO PARA A ENTREGA DE COISA CERTA 
 
 
A execução para a entrega de coisa tem por objetivo a entrega de um objeto, que 
poderá ser, inclusive, um bem imóvel. Ela divide-se em entrega de coisa certa e incerta. 
A execução para a entrega de coisa certa trata da entrega de algo que já está 
individualizado. Ela está prevista nos artigos 806 a 810 do Código de Processo Civil. 
Após o ajuizamento da ação autônoma para a execução do título extrajudicial, o 
executado será citado para cumprir a obrigação no prazo de 15 dias, sob pena de imissão 
na posse (caso se trate de um bem imóvel) ou de busca e apreensão (se for um bem 
móvel). Além disso, é possível a aplicação de multa diária no caso de descumprimento 
da obrigação. 
Pode o executado, ainda, depositar a coisa em juízo, e, posteriormente, apresentar 
sua defesa através dos embargos à execução. 
O prazo para apresentação dos embargos à execução é de 15 dias, contados a 
partir da juntada do mandado citatório nos autos, conforme disposto no artigo 915, § 1° 
do Código de Processo Civil. 
Os embargos à execução, em regra, não possuem efeito suspensivo, o qual 
entretanto poderá ser concedido desde que presentes os requisitos para a concessão da 
tutela provisória e o depósito da coisa. 
Pode ocorrer, ainda, de a coisa ter sido alienada a terceiro após a propositura da 
execução. Nesta hipótese, resta caracterizada a fraude à execução e a coisa sofrerá 
constrição judicial. Será expedido mandado executivo contra o terceiro adquirente, que 
deverá depositar a coisa litigiosa a fim de apresentar sua defesa. A defesa do terceiro 
adquirente é realizada através dos embargos de terceiro, previstos no artigo 792, § 4° do 
Código de Processo Civil. 
É uma faculdade do exequente buscar a coisa que está em poder de terceiros, 
assim, ele pode optar por somente receber do executado o correspondente ao valor da 
coisa, além de perdas e danos. 
Deve-se observar que, no caso do terceiro adquirente, sua responsabilidade é 
limitada à entrega da coisa, ou seja, se o bem não estiver mais em seu poder, ele não 
terá a obrigação de indenizar o exequente. Somente o executado possui a obrigação de 
indenizar o exequente pela perda da coisa. 
Havendo benfeitorias indenizáveis, seu valor deverá ser apurado por liquidação. 
Execução para a entrega de coisa incerta 
A coisa incerta será determinada pelo gênero e pela quantidade, nos termos do 
artigo 811 do Código de Processo Civil. A escolha da coisa pode caber ao exequente ou 
ao executado. 
Caso a escolha da coisa caiba ao exequente, ele individualizará, desde logo, em 
sua petição inicial, aquilo que pretende receber. Note-se que a quantia em dinheiro não é 
abrangida pela execução para a entrega de coisa incerta, visto que esta consiste em outra 
obrigação específica, a pagar quantia certa. 
Por outro lado, se a escolha couber ao executado, este será citado para entregar a 
coisa já individualizada a seu critério. Cabe destacar que, de acordo com o artigo 244 do 
Código Civil, o devedor “não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a 
melhor”. 
No prazo de 15 dias, a escolha poderá ser impugnada pela parte interessada. Caso 
seja necessário, o juiz poderá ouvir um perito de sua nomeação para decidir a 
impugnação. 
 
 
 
 
 
EXECUÇÃO DAS OBRIGAÇÕES DE FAZER E NÃO FAZER 
 
Conforme já se viu no Capítulo que trata do cumprimento de sentença relativa às 
obrigações de fazer e não fazer, a primeira é positiva e tem por objeto a realização de 
um ato do devedor, já a segunda é negativa e importa no dever de abstenção do 
obrigado, isto é, em não praticar determinado ato. O objeto da relação jurídica, portanto, 
é um comportamento do devedor. Já, nas obrigações de dar, a prestação incide sobre 
coisas, sendo objeto realizáveis de execução específica, mesmo quando o devedor se 
torna inadimplente, pois a interferência do Estado é quase sempre capaz de atingir o 
bem devido para entregá-lo ao credor. 
Ocorre que, nas obrigações de fazer acontece o contrário, visto que raramente se 
conseguirá a atuação compulsória do devedor faltoso para realizar a prestação a que 
pessoalmente se obrigou.Há, no caso, razões de ordem prática e ordem jurídica criando obstáculos à 
execução forçada específica. Subordinado o cumprimento da obrigação a uma atividade 
ou abstenção do devedor, na ordem prática, fica a prestação na dependência de sua 
vontade, contra a qual o Estado nem sempre dispõe de meio adequado para exigir o 
implemento específico. Na ordem jurídica, encontra-se o tradicional repúdio ao 
emprego da força contra a pessoa para constrangê-la ao cumprimento de qualquer 
obrigação, retratado no princípio geral de que nemo potest cogi ad factum. 
Daí o motivo pelo qual o Direito Romano proclamava que o inadimplemento das 
obrigações de fazer ou não fazer resolver-se-ia sempre em indenização, princípio 
conservado, em toda pureza, pelo direito medieval e que foi contemplado no Código de 
Napoleão (art. 1.142). 
Com o correr dos tempos, todavia, tornou-se forçosa uma distinção, que veio 
abrandar o rigor da impossibilidade da execução específica dessas obrigações. 
Estabeleceu-se, então, a diferença entre as obrigações só exequíveis pelo devedor e 
aquelas cujo resultado também pode ser produzido por terceiros. 
Criou-se, destarte, o conceito de obrigações de fazer fungíveis e infungíveis, com 
soluções diversas para cada espécie no processo de execução. 
 
 
 
 
 EXECUÇÃO DAS OBRIGAÇÕES DE FAZER 
 
 
Vem tratando no art. 814NCPC, as obrigações de fazer são aquelas em que o 
devedor se compromete a realizar uma prestação, consiste em atos ou serviços de 
natureza material ou imaterial. Distingue-se das obrigações de dar porque nestas o 
interesse do credor não está no facere propriamente dito, mas na coisa. O que interessa 
credor é a restituição da coisa, não a conduta do devedor. Já nas obrigações de fazer, o 
interesse concentra-se na atividade dele, e suas qualidades pessoais podem adquirir 
grande importância. (Proferido o juiz de admissibilidade da petição inicial (que 
observará as regras do art. 798), o executado será citado para satisfazê-la no prazo que o 
magistrado designar, salvo se outro constar do título executivo art. 815). A 
determinação do magistrado poderá ser – e na pratica o é – fortalecida pela cominação 
de multa nos moldes do art. 814 ou de outra medida de cunho coercitivo que se 
justifique diante do caso concreto. Se não satisfeita a obrigação, o exequente pode 
buscar seu cumprimento à custa do executado ou, desde logo, requerer sua reversão em 
perdas e danos, a serem liquidadas no mesmo processo, que converter-se-á em execução 
por quantia certa (art. 816). 
Em se tratando de obrigação que possa ser cumprida por terceiro, o exequente 
poderá requerer ao magistrado que ele satisfaça a obrigação à custa do executado (art. 
817, caput). Nesse caso, o exequente adiantará as quantias previstas na proposta do 
terceiro que, após a oitiva das partes, o juiz houver aprovado (art. 817, parágrafo único). 
Cumprida a prestação, as partes serão intimadas para se manifestarem no prazo de dez 
dias. Não havendo impugnação, a obrigação será considerada satisfeita (art. 818, caput), 
o que, na perspectiva do direito material, não exclui o prosseguimento de eventuais 
perdas e danos em favor do exequente (art. 249, caput, do CC). Se houver qualquer 
questionamento, o juiz decidirá (art. 818, parágrafo único). Na hipótese de a obrigação 
ser infungível, isto é, nos casos em que foi convencionado que o executado deve 
satisfazê-la pessoalmente, o exequente poderá requerer ao magistrado que fixe prazo 
para cumpri-la (art. 821, caput). Na hipótese de haver recusa ou mora do executado, a 
obrigação converter-se-á em perdas e danos (art. 247 do CC). Após eventual liquidação, 
o processo prossegue como execução por quantia certa (art. 821, parágrafo único). 
 
 
EXECUÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER 
 
 
A obrigação de fazer consiste na realização de um ato pelo devedor, enquanto que 
a obrigação de não fazer trata de uma abstenção. 
Em ambos os casos, o juiz aplicará multa por período de atraso no cumprimento 
da obrigação. Note-se que, nos casos das obrigações de fazer ou de não fazer, sempre 
será aplicada multa pelo descumprimento, ao contrário da execução para entrega, na 
qual a aplicação de multa é uma faculdade do juiz. 
O prazo para o cumprimento da obrigação é determinado pelo juiz no próprio 
título executivo, não havendo prazo legal determinado. 
A obrigação de não fazer implica uma abstenção. É interessante observar que, nas 
obrigações negativas, não há mora. Assim, a prática do ato o qual o devedor deveria se 
abster caracteriza, por si só, a inexecução da obrigação. 
Se o executado praticar o ato do qual deva se abster, o exequente poderá pedir que 
o ato seja desfeito por terceiros, às custas do executado. 
O art. 822, pressupondo a descrição do inadimplemento tal qual o do precipitado 
art. 251 do C.C, na petição inicial autoriza o magistrado a assinar o prazo ao executado 
para desfazer o que não deveria, por força de lei ou de contrato, ter feito. Também aqui 
é plenamente justificável a cominação de multa coercitiva do art. 814, que poderá ser 
adotado em combinação e sem prejuízo de outras medidas de apoio. Se houver recusa 
ou mora do executado, o exequente requererá ao juiz que mande desfazer o ato à custa 
do próprio executado, que responderá por perdas e danos (art. 823, caput). Se o 
desfazimento não for possível, a obrigação resolve-se em perdas e danos a serem 
apurados (liquidados) no mesmo processo, que prosseguirá como execução por quantia 
certa (art. 823, parágrafo único). 
Na impossibilidade de desfazimento, o ato será convertido em perdas e danos. 
Na execução de obrigação de fazer, é exigida uma obrigação positiva, ou seja, a 
realização de um ato. 
Tal qual na execução da obrigação de não fazer, será determinado o prazo para 
cumprimento da obrigação, que não é determinado. 
Prestações fungíveis e infungíveis 
A obrigação de fazer poderá ser fungível ou infungível. Entende-se por obrigação 
fungível aquela que pode ser satisfeita por terceiros, quando o devedor não a cumprir. Já 
a obrigação infungível não pode ser satisfeita por terceiros, tendo em vista que foram 
contraídas em razão das aptidões ou qualidades pessoais do devedor. Pode-se citar como 
exemplo a contratação de um renomado arquiteto para elaboração de um projeto 
arquitetônico. A elaboração de tal projeto por outro arquiteto não calharia no 
cumprimento da obrigação desejada. 
Após o decurso do prazo para o cumprimento da obrigação, caso o executado não 
a satisfaça, sendo a obrigação fungível, o exequente poderá exigir a satisfação da 
obrigação por um terceiro às custas do executado. Se a obrigação for cumprida por 
terceiro, então, deverá ser apresentada proposta de valor. 
Aprovada a proposta pelo juiz, o exequente realizará o adiantamento. É 
importante observar que, embora a obrigação seja cumprida às custas do executado, é o 
exequente quem irá realizar o adiantamento dos valores necessários ao seu 
cumprimento. 
É possível, ainda, que o exequente opte por executar por si mesmo a obrigação, ou 
sob sua supervisão, às custas do executado. Neste caso, o exequente não poderá cobrar 
mais caro do que as outras propostas que foram apresentadas por terceiros. 
O executado poderá optar, também, pela conversão da obrigação em perdas e 
danos. Neste caso, o valor será apurado por liquidação e, após, a execução prosseguirá 
por cobrança de quantia certa. 
A obrigação pessoal, isto é, aquela que não pode ser executada por terceiros, será 
sempre convertida em perdas e danos quando o executado não a cumprir no prazo 
estipulado. A conversão em perdas e danos faz com que seja aplicado o procedimento 
de execução por quantia certa. 
Após a prestação da obrigação, as partes têm 10 dias para apresentar a 
impugnação. Se não houver a impugnação, a obrigação será considerada satisfeita. 
 
 
 
 
 
 
 
CONCLUSÃO 
 
 As diversas espécies de execução abordam asformas de cobrar o devedor qual 
sejam pagar, entregar coisa, fazer ou não fazer e as subespécies da execução de 
prestação alimentícia, da execução contra a fazenda pública e da execução fiscal. A 
própria lei exige que o credor aponte o título executivo à petição inicial, exceto se for 
judicial. A execução de obrigação de fazer e não fazer consiste em ser determinado ao 
devedor construir um muro ou não construir um muro, por exemplo, sendo uma 
obrigação positiva e outra negativa. Execução de entrega da coisa, pode ser certa ou 
incerta, a coisa certa consiste em entrega de uma pintura de um pintor celebre, a coisa 
incerta será indicada, ao menos, por gênero e quantidade exemplo entregar sacas de 
soja. Execução de pagar quantia certa incide nas circunstâncias em que há uma 
obrigação do devedor em pagar a seu credor quantia certa em dinheiro, através de título 
executivo judicial ou extrajudicial. 
A escolha do tema está ligada as formas de execução que não é somente de pagar 
um determinado valor fixado na sentença, e que se caso o devedor não adimplir com a 
sentença será obrigado a cumprir deveres e assim satisfazer o crédito do credor lesado. 
O nosso objetivo foi mostrar as espécies de execução e como cada uma funciona, de 
acordo com o tipo de obrigação cujo adimplemento se reclama. O problema das 
espécies de execução são as sanções sofridas pelo devedor obrigação deve ser 
equivalente a condição financeira tanto do devedor insolvente quanto do devedor 
solvente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERENCIAS 
 
https://trilhante.com.br/trilha/direito-processual-civil/curso/especies-de-
execucao/aula/processo-de-execucao-especies-2 
 
https://jus.com.br/artigos/52778/diversas-especies-de-execucao 
 
Curso de Direito Processual Civil – Volume III, 47.ª edição 
 
https://www.even3.com.br/anais/ectfaro/69335-das-diversas-especies-de-
execucao/ 
 
https://www.sajadv.com.br/novo-cpc/art-797-a-805-do-novo-cpc/ 
https://jus.com.br/artigos/52778/diversas-especies-de-execucao
https://www.even3.com.br/anais/ectfaro/69335-das-diversas-especies-de-execucao/
https://www.even3.com.br/anais/ectfaro/69335-das-diversas-especies-de-execucao/

Continue navegando