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FISIOPATOLOGIA - Secreção deficiente de insulina pelas células β; - Em geral por processo autoimune; - Resistência a ação da insulina; - Frequentemente associado a síndrome metabólica; - Combinação de ambos fatores. Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2): - Perda progressiva da secreção insulínica pelas células β; - Background de resistência insulínica; - Deficiência relativa de insulina. Resumo Integração Expositiva 3 CONCEITO DE DIABETES MELLITUS -Grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos que levam à hiperglicemia persistente; Influenciada por fatores genéticos, biológicos e ambientais. { CLASSIFICAÇÃO ETIOLÓGICA Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1): - Déficit na produção insulínica, geralmente de forma absoluta, por destruição autoimune de células β. CAD e EHH FATORES DE RISCO - História familiar de DM; - Avançar da idade; - Sedentarismo; - Obesidade; - Presença de componentes da Síndrome Metabólica (HAS, DSL, aumento da circunferência abdominal); -Diagnóstico prévio de pré-diabetes ou DMG. { { DIABETES MELLITUS GESTACIONAL (DMG) - Hiperglicemia diagnosticada durante a gestação (não pode ter DM prévia); - Ausência de critérios claros para diagnóstico de DMG. { - Autossômico dominante; Indivíduos < 25 anos; - Defeito genético na secreção de insulina; - Pelo menos 6 subtipos de MODY, cada um com suas características (heterogeneidade). MODY { - Diferença: quantidade de insulina (no geral: DM1 insulinopenia e DM2 hiperinsulinemia pelo menos no início) Sintomas clássicos de hiperglicemia: - Poliúria; - Polidipsia; - Polifagia; - Perda de peso. 4Ps - Em comum: hiperglicemia DM 1 X DM 2 OUTRAS CAUSAS - Pancreatite; - Fibrose cística; - Pancreatectomia; - Endocrionopatia; - Infecções; - Diabetes neonatal..{ { RASTREIO DA DIABETES Critérios para rastreio em adultos assintomáticos: - Pacientes obesos ou com sobrepeso que tenham 1 ou mais dos seguintes fatores de risco: Familiares de primeiro grau com diabetes; Etnicidade de alto risco; Histórico de DCV; Hipertensão (PA ≥ 140/90 mmHg ou em tratamento de HAS); HDL < 35 mg/dL e/ou triglicerídeos > 250 mg/dL; Mulheres com diagnóstico de síndrome dos ovários policísticos; Sedentarismo. { { - Pacientes com pré-diabetes devem ser testados anualmente; - Mulheres com diagnóstico de DMG devem ser testadas pelo menos a cada 3 anos; - Para todos os outros pacientes, os exames devem ser pedidos a partir dos 45 anos; - Se resultados normais, repetir exames a cada 3 anos no mínimo ou mais frequentemente, de acordo com os resultados iniciais e status de risco. CETOACIDOSE DIABÉTICA A cetoacidose diabética é causada pela deficiência relativa ou absoluta de insulina e consequente estimulação de liberação de hormônios contrarreguladores (glucagon, catecolaminas, cortisol e hormônio do crescimento). A hiperglicemia provoca a diurese osmótica, resultando em desidratação e perda de eletrólitos. Simultaneamente, a lipólise (provocada pela ação do glucagon, cortisol e do hormônio de crescimento associados à deficiência de insulina) promove a oxidação hepática de ácidos graxos a corpos cetônicos, resultando em cetonemia e acidose metabólica. Esses fatores provocam um aumento da produção hepática e renal de glicose e reduzem a utilização periférica da mesma, resultando em hiperglicemia e hiperosmolaridade. Diagnóstico laboratorial da CAD, segundo Albuquerque e Carvalho, 2013: a) Glicemia > 200mg/dl; b) Gasometria: pH venoso < 7,25 ou arterial < 7,3 e/ou HCO3 < 15 mmol/l; c) Cetonemia > 3 mmol/l, associada a cetonúria. De acordo com a severidade da acidose, ela pode ser classificada em: a) Leve: pH entre 7,2 e 7,3 e/ou HCO3 entre 10 e 15 mmol/l; b) Moderada: pH entre 7,1 e 7,2 e/ou HCO3 entre 5 e 10 mmol/l; c) Grave: pH < 7,1 e/ou HCO3 < 5 mmol/l. + COMUM EM DM1 Os principais objetivos do tratamento são: - Restauração dos déficits de volume; - Resolução da hiperglicemia e cetose/acidose; - Correção das anormalidades eletrolíticas (o nível de potássio deve ser >3.3 mmol/L [>3.3 mEq/L] antes do início da insulinoterapia; o uso da insulina em um paciente com hipocalemia pode causar paralisia respiratória, arritmias cardíacas e morte); - O tratamento de eventos desencadeantes e prevenção de complicações. PARA CONDUTA TERAPÊUTICA DA CAD CAD LEVE -Estabelecer a gravidade: CAD MODERADA A GRAVE ESTADO HIPERGLICÊMICO HIPEROSMOLAR O EHH é caracterizado por elevações extremas nasconcentrações de glicose sérica e hiperosmolalidade sem cetose significativa. Esses distúrbios metabólicos são resultados da deficiência relativa de insulina e do aumento da concentração de hormônios contrarreguladores (catecolaminas, glucagon, cortisol e hormônio do crescimento). No entanto, a patogênese da SHH não é totalmente compreendida. A secreção mensurável de insulina em pacientes com SHH é maior que em pacientes com CAD. Acredita-se que essa concentração mais alta de insulina seja suficiente para suprimir a lipólise e a cetogênese, mas inadequada para regular a produção hepática de glicose e promover a sua utilização. + COMUM EM DM2 Exames laboratoriais: - Glicemia: >600 mg/dL; - Osmolalidade sérica é geralmente >320 mmol/kg; - Cetonúria está normal ou somente levemente positivo; - Cetonas no soro estão negativas; - Ânion gap é variável, mas tipicamente <12 mmol/L; - Déficit total de cloreto é de 5 a 15 mmol/kg; - Gasometria arterial: o pH arterial >7.30; - Bicarbonato arterial é >15 mmol/L (>15 mEq/L). As principais metas no tratamento do estado hiperosmolar hiperglicêmico (EHH) são: - Restauração do deficit de volume. A fluidoterapia deve ser iniciada imediatamente depois das avaliações laboratoriais iniciais. A infusão de cloreto de sódio 0.9% deve começar a uma taxa de 1 a 2 L/hora para a primeira hora - Remissão da hiperglicemia - Correção das anormalidades eletrolíticas (o nível de potássio deve ser >3.3 mmol/L) antes do início da terapia com insulina; - O tratamento de eventos desencadeantes e prevenção de complicações. FLUXOGRAMA MANEJO CAD