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Guia de Identifi__o de Insetos-praga na Cultura do Trigo - Conhecimento Agron_mico

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Autor: Marcelo Roberto Zakseski
Edição: Conhecimento Agronômico, 2020.
2020
Marcelo Roberto Zakseski, fitossanidadeagricola@gmail.com
APRESENTAÇÃO:
Seja bem-vindo(a), caro leitor(a).
Sabe-se que um dos grandes impasses nos dias atuais para a manutenção do potencial
produtivo do trigo é o controle de insetos-praga, nesse sentido, uma das principais formas de controle
desses insetos é através da correta identificação das espécies, ou seja, usando do primeiro alicerce
para a tomada de decisão dentro do Manejo Integrado de Pragas (MIP). Neste e-book você irá ler as
descrições e danos dos insetos, também visualizar algumas fotos dos mais importantes insetos-praga
que ocorrem na cultura do trigo.
Importante ressaltar: jamais tenha como base esse e-book para tomar decisões de manejo,
sempre consulte um técnico responsável.
Boa leitura!
Guia de Identificação de Insetos-praga na Cultura do Trigo – Marcelo Roberto Zakseski / Conhecimento Agronômico
Guia de Identificação de Insetos-praga na Cultura do Trigo – Marcelo Roberto Zakseski / Conhecimento Agronômico
Marcelo Roberto Zakseski, fitossanidadeagricola@gmail.com
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Conhecimento Agronômico se refere a uma página de
interação e criação de conteúdos voltados para as ciências
agrárias, foi fundada em Setembro de 2019. O principal intuito da
página é levar conhecimento para produtores rurais, jovens
estudantes, técnicos, tecnólogos, agrônomos e demais
profissionais.
Quem criou e administra a página?
@conhecimento_agronomico
conhecimento_agronomico
conhecimento-agronomico
Conhecimento Agronômico
“Olá, me chamo Marcelo Roberto Zakseski, tenho 21 
anos, nasci e resido no pequeno município de 
Condor/RS. Sou Tecnólogo em Produção de Grãos 
(IFFar) e atualmente faço mestrado em Entomologia, 
pela UFPel. Entrei para as mídias sociais para que de 
alguma forma eu possa contribuir para a vida das 
pessoas, focando em informação de relevância e 
principalmente conhecimento.”
Guia de Identificação de Insetos-praga na Cultura do Trigo – Marcelo Roberto Zakseski / Conhecimento Agronômico
Guia de Identificação de Insetos-praga na Cultura do Trigo – Marcelo Roberto Zakseski / Conhecimento Agronômico
Marcelo Roberto Zakseski, fitossanidadeagricola@gmail.com
PULGÕES Pág.
Pulgão-verde-dos-cereais, Schizaphis graminum 05
Pulgão-do-colmo-do-trigo, Rhopalosiphum padi 06
Pulgão-da-folha-do-trigo, Metopolophium dirhodum 07
Pulgão-da-espiga-do-trigo, Sitobion avenae 08
Pulgão-preto-dos-cereais, Sipha maydis 09
Pulgão-da-raiz, Rhopalosiphum rufiabdominalis 10
Pulgão-do-milho, Rhopalosiphum maidis 11
LAGARTAS Pág.
Lagarta-do-trigo, Pseudaletia sequax 13
Lagarta-do-trigo, Pseudaletia adultera 15
Lagarta-do-cartucho, Spodoptera frugiperda 16
PERCEVEJOS Pág.
Percevejos-barriga-verde, 
Dichelops melacanthus e D. furcatus
20
Percevejo-verde, Nezara viridula 22
Percevejo-do-trigo, Thyanta perditor 23
Percevejo-raspador ou percevejo-do-capim, Collaria scenica 24
FORMIGAS Pág.
Formiga saúva-Iimão-sulina, Atta sexdens píriventris 25
Formigas Quenquéns, Acromyrmex spp. 26
TRIPES Pág.
Tripes, Caliothrips brasiliensis 18
BROCAS E CORÓS Pág.
Broca-do-colo, Elasmopalpus lignosellus 27
Broca-da-coroa-do-azevém, Listronotus bonariensis 28
Coró, Diloboderus abderus 29
Coró, Phyllophaga triticophaga 30
@conhecimento_agronomicoSUMÁRIO:
Guia de Identificação de Insetos-praga na Cultura do Trigo – Marcelo Roberto Zakseski / Conhecimento Agronômico
Guia de Identificação de Insetos-praga na Cultura do Trigo – Marcelo Roberto Zakseski / Conhecimento Agronômico
Marcelo Roberto Zakseski, fitossanidadeagricola@gmail.com
Pulgão-verde-dos-cereais
Schizaphis graminum (Rondani, 1852)
Descrição: S. graminum é considerada a mais importante, por sua alta
fecundidade, polifagia e injeção de saliva tóxica (GASSEN, 1988). Salvadori &
Tonet (2001) relatam que este afídeo prefere clima quente e seco, como o
encontrado na região noroeste do estado do Rio Grande do Sul. Na interação
pulgão-trigo há certa sincronia entre espécie praga e estágio fenológico da planta.
Danos: Os prejuízos são maiores em anos de seca, para todas as espécies de
afídeos encontradas nos cereais. Os pulgões, de um modo geral, provocam
amalelecimento da superfície foliar, podendo, em muitos casos, quando o ataque
ocorre no início da cultura, dar origem a plantas raquíticas e mesmo levá-las à
morte. Os maiores prejuízos resultam da transmissão do vírus do nanismo
amarelo da cevada (VNAC).
Figura 02. Amarelecimento de folhas de trigo causado pelo Barley yellow dwarf
virus, agente causal do nanismo amarelo. Foto: Douglas Lau – Embrapa Trigo.
Figura 03. Redução do crescimento de plantas de trigo devido à infecção por Barley
yellow dwarf virus. As plantas no centro da reboleira foram infectadas no início do seu
desenvolvimento, sendo mais afetadas. Foto: Douglas Lau – Embrapa Trigo.
Figura 01. A) detalhe da cabeça mostrando tubérculos antenais pouco desenvolvidos; B) detalhe dos
sifúnculos; C) aspecto geral do adulto áptero, com seta indicando antena de coloração mais escura que o
corpo. Fotos: Paulo R.V.S. Pereira.
A B C
05
Guia de Identificação de Insetos-praga na Cultura do Trigo – Marcelo Roberto Zakseski / Conhecimento Agronômico
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Marcelo Roberto Zakseski, fitossanidadeagricola@gmail.com
Pulgão-do-colmo-do-trigo
Rhopalosiphum padi (Linnaeus, 1758)
Descrição: caracteriza- se por apresentar o corpo de forma piriforme,
coloração verde-oliva-acastanhada, normalmente com regiões
castanho-avermelhadas ao redor dos sifúnculos e entre as bases dos
sifúnculos; as antenas são curtas, com seis segmentos e de
comprimento maior que a metade do comprimento do corpo, sendo
que o processo terminal do segmento VI tem 4 a 5,5 vezes o
comprimento da base; as pernas e os sifúnculos (curtos e cônicos) são
de cor verde-acastanhada; normalmente, apresenta dois pares de
cerdas laterais; possuem tamanho variando de 1,2 a 2,4 mm de
comprimento. Esta espécie prefere se instalar nas folhas e nos colmos,
das plantas de trigo.
Danos: A sua ocorrência se dá principalmente na parte aérea das
plantas, onde suga o limbo foliar das espigas e da bainha das folhas.
Provoca amarelecimento das plantas, podendo, em ataques intensos,
causar até a morte.
Figura 04. Rhopalosiphum padi adulto. A) antena; B) detalhe dos sifúnculos; C) aspecto 
geral do adulto áptero. Fotos: Paulo R.V.S. Pereira.
Figura 05. Pulgões da espécie Rhopalosiphum padi em folhas de trigo. 
Foto: Roger Adriano Uebel.
06
Guia de Identificação de Insetos-praga na Cultura do Trigo – Marcelo Roberto Zakseski / Conhecimento Agronômico
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Pulgão-da-folha-do-trigo
Metopolophium dirhodum (Walker, 1849)
Descrição: Os adultos sem asas têm entre 2 e 3 mm (0,08 a 0de
comprimento, esbelto, verde amarelado brilhante com uma faixa dorsal
mais escura. As antenas, pernas e sifunculos (tubos eretos voltados para
trás no abdômen) são relativamente longos e de cor pálida. Os
indivíduos alados têm entre 1,6 e 3,3 mm de comprimento e uma cor
verde uniforme. Os cereais usados ​​por este pulgão como hospedeiros
secundários incluem trigo, cevada, aveia e centeio. Pesquisas na Nova
Zelândia mostraram que a cevada e a aveia foram mais afetadas por essa
praga do que o trigo, possivelmente porque as folhas inferiores de trigo,
nas quais os pulgões tendiam a se congregar, se tornaram senescentes
no início do ano, dando condições inadequadas para o crescimento
futuro de pragas.
Danos: Estes pulgões causam danos diretos pela sucção da seiva das
plantas, o que pode, em cereais de inverno, reduzir o número de grãos
por espiga, o tamanho do grão, o peso de grãos e o poder germinativo
das sementes . Além desses danos, os pulgões podem ser vetoresde
viroses, principalmente do Vírus do Nanismo Amarelo da Cevada
(VNAC).
Figura 06. Metopolophium dirhodum adulto. A) detalhe da cabeça mostrando
tubérculos desenvolvidos; B) detalhe dos sifúnculos; C) aspecto geral do adulto áptero.
Fotos: Paulo R.V.S. Pereira
Figura 07. Metopolophium dirhodum adulto. Foto: Roger Blackman
07
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Pulgão-da-espiga-do-trigo
Sitobion avenae (Fabricius, 1794)
Descrição: S. avenae é uma importante praga em sistemas agrícolas,
especialmente em climas temperados dos hemisférios norte e sul. Na forma
áptera, mede cerca de 1,3 a 3,3 mm e na forma alada, cerca de 1,6 a 2,9 mm
de comprimento. A coloração é determinada geneticamente, ou de acordo
com a resposta a fatores ambientais, incluindo a nutrição. Porém, a
coloração geral do corpo é verde amarelada, geralmente com mancha negra
dorsal, havendo predominância das cores verde e marrom (Pereira et al.,
2009). Este pulgão não apresenta hábito gregário quando se alimenta de
plantas jovens sobre as folhas (Beirne, 1972) e migra para a inflorescência
quando o trigo inicia o espigamento (Dean, 1974). Sua taxa de crescimento
em trigo é fortemente afetada pelo estágio de crescimento da planta
hospedeira, com a maior taxa de crescimento durante a alimentação em
grãos no estágio leitoso-maduro (Vereijken, 1979).
Danos: Devido ao hábito de se alimentar nas espigas, S. avenae causa dano
direto, na formação dos grãos, e dano indireto, devido o fato de ser vetor de
vírus (Bruehl, 1961). Com relação aos danos diretos, S. avenae pode causar
diminuição do número de espigas, além da redução do número de grãos por
espiga, redução do peso dos grãos e queda da viabilidade de sementes
(Reutappa, 1996).
Figura 08. Sitobion avenae. A) sifúnculos; B) aspecto geral do adulto áptero. 
Fotos: Paulo R.V.S. Pereira.
Figura 09. Sitobion avenae. A, B e C) Infestação de pulgão nas espigas.
A B C
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Guia de Identificação de Insetos-praga na Cultura do Trigo – Marcelo Roberto Zakseski / Conhecimento Agronômico
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Pulgão-preto-dos-cereais 
Sipha maydis (Passerini, 1860)
Descrição: Os adultos ápteros são pequenos (1,0-1,9 mm); o corpo é
piriforme, achatado dorso-ventralmente e coberto de pêlos,
apresentando coloração marrom-escura brilhante na superfície
dorsal, que é totalmente esclerotizada. Os alados apresentam uma
placa dorsal escura sobre os tergitos abdominais 4 a 7 e medem
entre 1,3 e 2,0 mm. As ninfas têm a cabeça, tórax e abdômen
amarelo-alaranjado e olhos vermelhos.
Danos: Este pulgão alimenta-se preferencialmente nas folhas,
preferindo as partes mais tenras e verdes. Geralmente as colônias
estão alojadas próximas da base das folhas. Folhas altamente
infestadas se tornam amareladas, enrolam e secam e pode ser
observada necrose do tecido no local de alimentação. Esta espécie é
vetora dos vírus Barley yellow dwarf virus (BYDV) e Cucumber
mosaic virus CMV.
Figura 10. Sipha (Rungsia) maydis. A) antena com cinco segmentos; B) detalhe dos sifúnculos
(setas) que são pequenos e pouco evidentes; C) aspecto geral do adulto áptero.
Fotos: Paulo R.V.S. Pereira.
Figura 11. Ninfas e adultos da espécie Sipha maydis. Foto: José Roberto Salvadori.
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Pulgão-da-raiz
Rhopalosiphum rufiabdominalis (Sasaki, 1899)
Descrição: Os adultos ápteros apresentam corpo arredondado e de
coloração verde-escuro a oliva, geralmente com manchas
avermelhadas ao redor e entre as bases dos sifúnculos; tamanho
variando de 1,2mm a 2,2mm de comprimento; antenas com cinco
segmentos, cerdas com comprimento maior que o diâmetro do III
segmento e processo terminal caracteristicamente curvo; cauda
curta, de cor negra e com dois pares de setas laterais.
Danos: Os prejuízos são maiores nos anos de seca. Estes pulgões,
além de sugarem a seiva das raízes, injetam toxinas, causando
amarelecimento das plantas e paralisando o crescimento.
Figura 13. Rhopalosiphum rufiabdominalis (Sasaki, 1899). A) antena com cinco segmentos,
apresentando processo terminal caracteristicamente curvo; B) aspecto geral do adulto áptero.
Fotos: Paulo R.V.S. Pereira.
Figura 14. Rhopalosiphum rufiabdominalis, (a) adulto; (b) Ninfas e adultos da espécie. 
Foto: Sunil Joshi & Poorani, J..
Figura 12. Infestação de Rhopalosiphum rufiabdominalis. Foto: Sunil Joshi & Poorani, J.
a b
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Pulgão-do-milho
Rhopalosiphum maidis (Fitch, 1856)
Descrição: Os adultos ápteros apresentam corpo alongado, de coloração amarelo-
esverdeado ou azul-esverdeado e com manchas negras na área ao redor dos
sifúnculos; tamanho variando de 0,9mm a 2,6mm de comprimento; patas e
antenas de coloração negra; tubérculos antenais pouco desenvolvidos; antenas
curtas e com seis segmentos, processo terminal do segmento VI com duas a 2,3
vezes o comprimento da base; sifúnculo com base mais larga que ápice, de
coloração negra e com constrição apical; cauda de coloração negra com dois pares
de cerdas laterais.
Danos: A praga ataca as partes jovens da planta, como o cartucho e as gemas
florais, mas pode atacar o pendão também. O principal dano causado por esta
praga estão relacionados à transmissão do vírus do mosaico, que pode ocorrer
com qualquer densidade de população, principalmente quando as formas aladas
estão presentes, já que transmissão do vírus se dá por via mecânica, através da
picada de prova.
As populações do inseto ficam sobre as folhas, quando em altas densidades,
provocando murchamento das mesmas em época de seca, em virtude da intensa
atividade de sucção. Quando ocorre a infecção da planta pela transmissão do
vírus, estas apresentam sintomas no limbo foliar na forma de um mosaico de cor
verde claro sobre um fundo verde escuro.
Figura 15. Rhopalosiphum maidis. A) antena; B) detalhe dos sifúnculos; C) aspecto geral
do adulto áptero. Fotos: Paulo R.V.S. Pereira.
Figura 16. Adulto da espécie Rhopalosiphum
maidis. Foto: Girsh Mahajan
Figura 17. Agrupamento de pulgões-do-
milho. Foto: Nigel Cattlin
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Guia de Identificação de Insetos-praga na Cultura do Trigo – Marcelo Roberto Zakseski / Conhecimento Agronômico
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Figura 18. Características morfológicas de afídeos: A) antena-número de segmentos (I a VI), B) segmento antenal apical, C) aspecto e forma do corpo, 
D) tubérculos antenais bem desenvolvidos e E) tubérculos antenais pouco desenvolvidos. Ilustrações: Paulo R.V.S. Pereira 12
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Lagarta-do-trigo
Pseudaletia sequax (Franclemont, 1951)
Descrição: O adulto é uma mariposa que mede a 30 a 35 cm de envergadura,
apresentando a coloração do corpo e asas anteriores semelhantes, sendo cinza amarelada
com sombreamento de pardo ate negro. As asas posteriores são maisclaras.Os ovos são
esféricos, branco amarelado, sendo colocado em linhas juntos uns dos outros. A lagarta no
primeiro estagio de seu desenvolvimento tem coloração verde, com listras dorsais e
longitudinais; lateralmente possui faixas brancas e amarelas.
Danos: As lagartas alimentam-se durante a noite ou dias nublados. Na presença de sol,
elas possuem o hábito de se protegerem na base das plantas, sob as folhas secas. Quando
não há mais alimento, migram para outras lavouras em grupos, sendo, por esta razão,
confundidas com a lagarta militar.
Devido ao hábito de postura aglomerada e preferência por áreas com plantas acamadas
ou com maior vigor vegetativo, as lagartas causam danos iniciais em pequenas áreas na
lavoura.
Em trigo, consomem o limbo foliar, arista e espigueta, permanecendo, algumas vezes,
somente o colmo e parte do ráquis das plantas. Na fase de maturação, é comum
observarem-se as espigas dos afilhos mais atrasados, cortadas e caídas no solo.
Figura 18. Lagarta em 6º instar da espécie Pseudoaletia sequax.
Foto: Centro de Microscopia Eletrônica de Varredura (UFPR).
Figura 19. Mariposa da espécie Pseudoaletia sequax.
13
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Lagarta-do-trigo, Pseudaletia sequax (Franclemont, 1951)
a
b
c
d
e
f
g
h
Figura 20. (a) oviposição/posturas dos ovos; (b) larvas de 1º instar; (c) larva de 2º instar; (d) larva de 4º instar; (e) larva de 5º instar. (f) pupa; (g) adulto (mariposa) macho; (h) 
adulto (mariposa) fêmea. Escala, 5 mm. Fotos: Centro de Microscopia Eletrônica de Varredura (UFPR). 14
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Lagarta-do-trigo
Pseudaletia adultera (Schaus, 1894)
Descrição: A mariposa possui asas de coloração pardo-acinzentada uniforme e aspecto
estriado, apresenta também um pequeno ponto esbranquiçado no centro da asa anterior.
A oviposição ocorre sobre folhas e colmos, que são protegidos por uma substância viscosa.
As lagartas são pardo-escuras, com várias estrias pelo corpo, apresentam seis ínstares,
sendo que, até o segundo ínstar, caminham como se estivessem medindo palmo, e no
último ínstar, adquirem a capacidade de migrarem da cultura atacada.
A fase de pupa ocorre no solo e apresenta coloração marrom. O ciclo biológico dessa
praga pode variar de 25 a70 dias.
Danos: As lagartas alimentam-se durante a noite ou dias nublados. Na presença de sol,
elas possuem o hábito de se protegerem na base das plantas, sob as folhas secas. Quando
não há mais alimento, migram para outras lavouras em grupos, sendo, por esta razão,
confundidas com a lagarta militar.
Em trigo, geralmente tem preferência por consumir o limbo foliar, em alguns casos de alta
infestação podem atacar a espigueta, permanecendo, algumas vezes, somente o colmo e
parte do ráquis das plantas. Na fase de maturação, é comum observarem-se as espigas dos
afilhos mais atrasados, cortadas e caídas no solo.
Figura 21. Lagarta da espécie Pseudoaletia adultera.
Foto: Lucas Rubio.
Figura 22. Mariposa da espécie Pseudoaletia adultera.
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Lagarta-do-cartucho ou lagarta militar
Spodoptera frugiperda (Smith, 1797)
Descrição: As lagartas totalmente desenvolvidas possuem 35 a 40 mm d e comprimento.
Apresentam pontos pretos denominados pináculos distribuídos, em pares, em cada lado
dos segmentos do corpo, cada um com uma seta longa. No último segmento abdominal
apresenta quatro pontos pretos distribuídos como os vértices de um quadrado. A cabeça
apresenta uma figura de um ípsilon invertido, mas essa característica não é suficiente para
confirmar a espécie. A fase larval transcorre em duas semanas durante o verão e até
quatro semanas no inverno (Embrapa, 2014).
Adultos: possuem envergadura de asas de 32 a 38 mm e apresentam dimorfismo sexual.
As asas anteriores são cinzas-amarronzadas nas fêmeas e nos machos são mais escuras,
com margens escuras e listras mais claras próximas da margem da asa e com pontos
brancos próximos do centro da mesma. As fêmeas não apresentam um padrão de cor
definido, sendo predominantemente cinzas. As asas posteriores em ambos sexos são
branco-prateadas, suas veias são evidentes, e sua margem externa possui uma banda
marrom e estreita próxima da borda. Os ovos são sub-esféricos, colocados em camadas e
são cobertos por escamas provenientes do abdome da fêmea. Cada fêmea pode colocar
até 1000 ovos (Embrapa, 2014).
Danos: Geralmente tem preferência por consumir o limbo foliar, deixando sinais de
raspagem da folha, em alguns casos de alta infestação podem atacar a espigueta.
Figura 23. Lagarta da espécie Spodoptera frugiperda.
Foto: Phytus Group.
Figura 24. Mariposa macho da espécie Spodoptera frugiperda.
Quatro pontuações 
pretas formando um 
quadrado
Y invertido 
visível na 
cabeça
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Guia de Identificação de Insetos-praga na Cultura do Trigo – Marcelo Roberto Zakseski / Conhecimento Agronômico
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Danos da lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) em Trigo
Figura 25. Danos de Spodoptera frugiperda em trigo. (a) dano da lagarta rente ao solo, diretamente no colmo da planta; (b) raspagem em folhas de 
trigo; (c) lavoura após infestação de lagartas da espécie. Fotos: Alessandro Braucks.
a b c
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Tripes
Caliothrips brasiliensis (Morgan, 1929)
Descrição: São insetos muito ágeis e pequenos, com geralmente medindo de 2 a 3
mm de comprimento na fase adulta. Os adultos possuem coloração escura com asas
translúcidas e franjadas, essa espécie possui uma listra branca nas asas, o que facilita
sua diferenciação das demais espécies. As formas jovens são mais claras e áptera.
Vivem em colônias nas folhas e nas brotações que. O ciclo biológico dura cerca de 15
dias.
Danos: Alimentam-se da seiva das plantas nas fases ninfal e adulta. Para isso, raspam
a superfície foliar (figura ) e sugam a seiva que extravasa. As folhas infestadas ficam
prateadas em razão dos ferimentos. Também podem ter sua consistência alterada,
ficar quebradiças e arqueadas e cair prematuramente quando em alta infestação.
Esses danos raramente causam prejuízos significativos. Em períodos de temperatura
baixa e estiagem, o manejo fitossanitário deve ser ainda maior, pois essas condições
favorecem o inseto.
Figura 26. Tripes da espécie Caliothrips brasiliensis em folha de trigo.
Foto: Marcelo Roberto Zakseski.
Figura 27. a) Caliothrips brasiliensis adulto; b) ninfa. Foto: Paulo R.V.S. 
Pereira.
Figura 26. Tripes da espécie Caliothrips brasiliensis em folha de trigo.
Foto: Marcelo Roberto Zakseski. 18
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Danos de tripes (Caliothrips brasiliensis) em folhas de trigo
Raspagem de 
tripes
Raspagem de 
S.frugiperda
Figura 28. Danos de tripes em folhas de trigo. a) Caliothrips brasiliensis adulto; b) raspagem nas folhas: (1) tripes, (2) S. frugiperda. Fotos: Marcelo Roberto Zakseski.
a b
1
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Guia de Identificação de Insetos-praga na Cultura do Trigo – Marcelo Roberto Zakseski / Conhecimento Agronômico
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Percevejos-barriga-verde, Dichelops melacanthus (Dallas, 1851) 
e D. furcatus (Fabricius, 1775)
Descrição: Os adultos do percevejo barriga-verde medem entre 9 e 11 mm de
comprimento, sua coloração em vista dorsal varia de castanho-amarelada a
acinzentada, e o abdômen apresenta a cor verde. A cabeça termina em duas projeções
pontiagudas e a parte anterior do tórax apresenta margens dentadas e expansões
laterais espinhosas (Panizzi et al., 2015) (Figura 29).
É importante identificar corretamente a espécie de percevejo barriga-verde presente na
propriedade. Existem características morfológicas que permitem separar uma espécie
da outra, as quais constam da Tabela 1. É importante salientar que embora essas duas
espécies sejam conhecidas pelo nome popular ‘barriga-verde’, pelo fato de terem a cor
verde no lado ventral, isso nem sempre é verdadeiro. Nos meses mais frios do ano, em
especial durante o inverno, a coloração ventral passa a ser marrom- -acinzentada,
perdendo a cor original verde, típica do verão (Panizzi et al., 2015) (Figura 30).
Figura 29. Adulto de Dichelops furcatus (a) e Dichelops melacanthus (b).
Foto: Lisonéia Fiorentini Smaniotto.
Figura 30. Coloração do abdômen de fêmeas de Dichelops furcatus: (a) 
marrom-acinzentada, predominante em condições de temperaturas 
baixas (inverno); (b) verde, presente em condições de temperaturas 
altas (verão). Foto: Lisonéia Fiorentini Smaniotto. 
a b
a b
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Danos dos percevejos-barriga-verde, Dichelops melacanthus e D. furcatus
Danos: A atividade alimentar dos percevejos causam lesões
características nas folhas, com perfuração e destruição dos
tecidos, ocasionalmente levando ao dobramento da folha,
que pode apresentar enrugamentos que lembram viroses
(Figura 32 A, B, C). Esses danos têm sido referidos como
dando um aspecto às plantas de trigo semelhante às plantas
de cebolinha (Figura 32 D). Observa-se também que o
ataque dos percevejos no período vegetativo promove a
emissão de um número maior de afilhos pela planta, em
comparação às plantas não infestadas.
Figura 32. Danos do percevejo barriga-verde Dichelops furcatus em plantas de trigo; pontuações na folha
decorrentes da inserção do aparelho bucal (A); morte da porção superior da folha, a qual se estende por
toda a área foliar acima do local das pontuações (B); dano apical resultante na folha de trigo que fica com
aspecto filiforme (C); planta de trigo mal desenvolvida (atrofiada) e com aspecto de cebolinha (D). Foto: A,
B, C = Antônio Ricardo Panizzi; D = Viviane Ribeiro Chocorosqui Barbosa.
Figura 33. Ciclo biológico do percevejo-barriga-verde. 
Fotos: Henrique J. da Costa Moreira e Flávio D. Aragão. 
26 diasFigura 31. Espiga branca em planta de trigo cultivar BRS Parrudo
infestada com o percevejo barriga-verde Dichelops furcatus no
período de emborrachamento em telado.
Foto: Antônio Ricardo Panizzi 21
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Percevejo-verde, Nezara viridula (Linneaus, 1758)
Descrição: Os ovos são branco-amarelados e tornam-se rosados próximo à eclosão, que
ocorre aos 12 dias da postura. A postura é feita na face inferior das folhas ou em locais
mais protegidos, no interior da copa. São postos em grupos e formam a figura de um
hexágono. Ninfas: Até o terceiro ínstar, as ninfas são de coloração preta com manchas
brancas espalhadas sobre o dorso. Elas permanecem aglomeradas, sem causar danos às
plantas. Mais próximas da fase adulta, no quarto e quinto ínstares se tornam verdes com
algumas manchas brancas de formato circular e, nessa fase, já se alimentam dos grãos
da soja. A fase adulta dessa praga são percevejos com até 2 cm de comprimento e
coloração verde, sendo a barriga mais clara do que a área dorsal. Os adultos apresentam
longevidade de até 60 dias. Sua ocorrência na cultura do trigo não é frequente,
aparecendo esporadicamente.
Danos: Durante o ato da alimentação, os percevejos injetam toxinas nos grãos e nos
orifícios deixados pelo aparelho bucal dos insetos penetram microorganismos que
determinam o chochamento dos grãos causando depreciação do produto no ato da
comercialização. Além disso, as toxinas atingem as plantas determinando uma redução
em sua produtividade.
Figura 34. Nezara veridula adulto. Foto: Piter Kehoma Boll.
Figura 35. Ilustração do ciclo de vida do Nezara veridula, desde a fase de 
ovo até a fase adulta, passando por todas fases ninfais. 
Fonte: Embrapa, 2014. 22
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Descrição: Os adultos com 9 a 11 mm de comprimento, apresentam
coloração verde ou parda com uma listra transversal marrom-
avermelhada na parte dorsal do tórax, próxima da cabeça e com duas
expansões laterais no pronoto em forma de espinho. Os ovos são
colocados em forma de tonel em massas de 25 a 35, são castanho-
acinzentados e apresentam lateralmente, duas faixas esbranquiçadas. As
ninfas são de coloração negra a ocre, com manchas brancas amareladas.
Figura 36. Vista lateral do Thyanta perditor adulto. Foto: Garcia Quesada.
Figura 37. Thyanta perditor adulto. Foto: Francisco Acgo.
Percevejo-do-trigo, Thyanta perditor (Fabricius, 1756)
Danos: Durante o ato da alimentação, através do seu aparelho bucal os
insetos penetram microorganismos que determinam o chochamento dos
grãos causando depreciação do produto no ato da comercialização. Em
sorgo se alimenta das sementes e deixa as panículas com aspecto murcho-
enrugado, também causa falha dos grãos no trigo diminuindo o
rendimento das sementes.
Figura 38. Thyanta perditor. (a) postura/ovos; (b) ninfa 3º instar. Fotos: Jade L. Fortnash.
a
b
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Descrição: Os espécimes adultos do percevejo-raspador-das-pastagens medem aproximadamente
6mm de comprimento, têm os olhos compostos situados nas laterais da cabeça, apresentam o
corpo delgado e de coloração marrom-escura, com porções das asas e das pernas mais claras. No
Sul do Brasil, o ciclo biológico do percevejo-raspador normalmente se completa em 30 a 40 dias,
viabilizando o desenvolvimento de até sete gerações anuais (Carlessi et al., 1999; Oliveira et al.,
2010). Essas características biológicas explicam por que a população dessa praga pode aumentar
rapidamente em curto espaço de tempo.
Figura 39. Raspagem em folha de trigo ocasionado pelo percevejo-raspador (Collaria scenica).
Foto: Luís Antônio Chiaradia.
Percevejo-raspador, percevejo-do-capim ou 
percequito, Collaria scenica (Stal, 1859)
Danos: Em geral, ataca as folhas em diferentes estádios de desenvolvimento das plantas. Para se
alimentar, rompe as célulasdo tecido foliar, provocando o aparecimento de manchas
esbranquiçadas, diminuindo, com isso, a área fotossintética das plantas (Costa 1958, Gassen 1996,
Kalvelage 1988).
Figura 40. Thyanta perditor adulto.
Foto: Luis Gerardo Cubillos Quijano.
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Descrição: A colônia apresenta uma notável organização, pois nos formigueiros existem câmaras com
diferentes propósitos e castas, ocorrendo a divisão do trabalho. Além disso, observa-se a presença de
várias gerações na mesma colônia e o cuidado com a prole, sendo considerados insetos eussociais. As
formigas-cortadeiras apresentam uma considerável distribuição geográfica, existindo em praticamente
todos os países do continente Americano. Também ocorrem em boa parte do território brasileiro e
apresentam atividade de forrageamento durante todo o ano, sendo uma constante ameaça para
agricultores, silvicultores e pecuaristas. O ataque das saúvas e quenquéns muitas vezes causa
considerável perda de produção e prejuízos econômicos, podendo provocar, inclusive, a morte das plantas
cultivadas (Galloet al. 1988, Lima & Racca Filho 1996, Della Lucia 2003, Cantarelli et al. 2008)
Formiga saúva Iimão sulina
Atta sexdens píriventris (Santschi, 1919) 
Danos: Os prejuízos causados pelas formigas cortadeiras são consideráveis. Atacam quase todas as
culturas, cortando folhas e ramos tenros, podendo destruir completamente as plantas. As formigas
operárias causam grande desfolha principalmente em plantas jovens, sendo consideradas pragas
secundárias em culturas estabelecidas. Em áreas de reflorestamente e pomares recém implantados,
causam grandes danos, bem como em viveiros de mudas.
Figura 42. Adulto da espécie Atta sexdens píriventris.
Foto: Luiz Vaiper.
Foto 41. Formiga saúva cortando folha de uma gramínea. Foto: Marcos Paulo de Pinho Flecha / MilkPoint.
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Descrição: Muitas pessoas confundem as saúvas com as
quenquéns que também são formigas cortadeiras. Para
diferenciá-las basta observar o número de pares de espinhos
presentes no mesossoma. As quenquéns possuem quatro
pares de espinhos e as saúvas três. As operárias da
quenquém são polimórficas e seu tamanho varia de 2,0 a
10,5 mm. Operárias de coloração diferente podem ser
observadas dentro do mesmo ninho. As rainhas e machos das
quenquéns não têm nomes comuns como as da saúva e
ambos são responsáveis pela reprodução da colônia. A
biologia das quenquéns é pouco conhecida. Os ninhos das
quenquéns não são facilmente visualizados como os das
saúvas. Podem ser cobertos por palha, terra e fragmentos de
vegetais. Algumas espécies fazem montes de terra solta que
são bem menores que os das saúvas.
Formigas Quenquéns (Acromyrmex spp.)
Danos: Os prejuízos causados pelas formigas cortadeiras são
consideráveis. Atacam quase todas as culturas, cortando
folhas e ramos tenros, podendo destruir completamente as
plantas.
Figura 43. Formiga quenquén (Acromyrmex spp.). Foto: Dreamtime Nature Photography. 
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Descrição: A mariposa, de hábito noturno, mede de 1,5 a 2,5 cm de
envergadura e tem asas de coloração cinza-amarelada. Ela deposita os ovos
preferencialmente no colo das plantas ou no solo, que são inicialmente claros,
mas com o aproximar da eclosão tornam-se vermelho-escuros. A lagarta
possui coloração verde-azulada, com estrias transversais marrons, purpúreas
ou pardo-escuras, e mede cerca de 1,5 cm.
Danos: É uma praga esporádica, porém, polífaga, se alimentada de diversas
culturas (como soja, milho e algodão), com grande capacidade de destruição
num curto intervalo de tempo, principalmente entre os estádios VE e V3.
Após eclosão, a lagarta raspa as folhas da planta e inicia sua penetração no
colmo, permanecendo nesse local durante o dia. Ela constrói um abrigo com
teia e terra, que fica preso ao orifício da galeria também feita por ela, onde
vão sendo acumulados excrementos. Seus danos estão associados à estiagem
depois da emergência das plantas; e os maiores deles são observados em
áreas de plantio convencional, com solos leves e bem drenados, e os menores
em plantio direto e locais irrigados.
Figura 45. Lagarta da espécie Elasmopalpus lignocellus. Foto: Paulo Viana.
Figura 44. Abrigo, lagarta e pupa, Elasmopalpus lignocellus. Foto: John C. French.
Broca-do-colo, Elasmopalpus lignosellus (Zeller, 1848) 
Pupa
LagartaAbrigo
Figura 46. (a) e (b) Adulto E. lignocellus. Fotos: Jerry Powell (a) e Jon Hart (b).
a b
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Descrição: Essa praga ataca principalmente as culturas de trigo, azevém,
cevada, milho e aveia, sendo considerada uma espécie sul-americana. A forma
adulta desse inseto é um pequeno besouro (2 a 3 mm de comprimento) que,
por aderir partículas de terra ao seu corpo, adquire a tonalidade do solo. Os
ovos, quase pretos, alongados e cilíndricos, geralmente são colocados em
duplas, na parte inferior do colmo das plantas, sob a epiderme da bainha foliar.
As larvas são ápodas (sem pernas), com o corpo de coloração esbranquiçada,
semelhante ao tecido vegetal, e a cabeça castanho-claro.
Danos: Os danos causados por esse coleóptero podem ser provenientes do
adulto por meio do consumo foliar, principalmente de tecidos jovens, sendo o
principal deles ocasionado pela sua forma larval. As larvas desenvolvem-se na
coroa basal das plantas, alimentando-se das gemas que dariam origem a
perfilhos e raízes adventícias, podendo comprometer o caule.
Figura 48. Adulto da espécie Listronotus bonariensis. Foto: AgPest.
Figura 47. (a) danos/raspagem na folha; (b) galeria formada pela larva de L. bonariensis. 
Fotos: (a) AgPest; (b) SL Goldson - MAFTech, Lincoln.
Broca-da-coroado-azevém, Listronotus bonariensis (Kuschel, 1955)
Figura 49. (a) ovos; (b) larva abrigada dentro do colmo. Fotos: AgPest.
a ba b
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Descrição: Os corós são larvas escarabeiformes (corpo
recurvado em forma da letra “C”), de coloração geral
branca, com cabeça e pernas (três pares) marrons. As
espécies rizófagas que ocorrem em milho podem atingir
de 4 a 5 cm de comprimento quando em seu tamanho
máximo. Para a safrinha, em lavouras instalada em
semeadura direta sobre a resteva da soja, os danos são
mais acentuados. Em áreas anteriormente cultivadas
com poáceas (gramíneas), a população do inseto
geralmente é elevada. D. abderus é uma espécie
univoltina, desenvolvendo-se no solo, entre 10 e 19cm
de profundidade. Os ovos ocorrem de janeiro a abril, as
larvas de fevereiro a novembro, as pupas de outubro a
dezembro e os adultos de novembro a abril (SILVA &
LOECK, 1996).
Danos: O inseto é polífago alimentando-se de plantas de
diversas famílias. As larvas têm hábitos subterrâneos e
ingerem, principalmente, raízes de numerosas espécies
de plantasusadas em cultivos de lavouras, de hortaliças
e de forrageiras, além de pastagens naturais ou artificiais
e gramados. Seus danos são decorrentes da destruição
de plântulas, as quais são puxadas para dentro do solo
ou secam e morrem pela falta de raízes, ou ainda
originam plantas adultas pouco produtivas. O nível de
dano para esse inseto ocorre a partir de 5 larvas/m-2.
Figura 50. Diloboderus abdorus, (a) macho e (b) fêmea. Fotos: (a) Sole Cucchiarini; (b) Stanislav Krejčík.
Figura 51. Fase larval (coró) de Diloboderus abderus. (a) coró/larva; (b) infestação em uma gramínea. 
Fotos: (a) José Luis Ianiro; (b) Mariana Alejandra Cherman.
Coró-das-pastagens, Diloboderus abderus (Sturm, 1826) 
a b
a b
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Descrição: As larvas vivem muito próximas à superfície
do solo, geralmente até 10 cm de profundidade,
aprofundando-se um pouco mais nos períodos mais frios
e secos. Não constroem galerias, sendo favorecidas por
solos não compactados ou desestruturados (SALVADORI,
2000). As larvas recém-eclodidas medem cerca de 0,5 cm
e podem atingir até 4 cm no final do terceiro ínstar. As
pupas são exaratas de coloração amarela. Os adultos são
besouros de cerca de 1,8 cm de comprimento e 0,8 cm
de largura, de coloração marrom avermelhada brilhante
com pelos dourados na lateral do tórax. Em função do
ciclo bianual dessa espécie, no Rio Grande do Sul, há
alternância de anos com e sem danos nas culturas de
inverno (SALVADORI, 2000).
Danos: Os danos devem-se às larvas, especialmente ao
terceiro instar que comem sementes, raízes e parte aérea
das plantas, que puxam para o interior do solo, sendo
que os sintomas são, murchamento, secamento, morte e
desaparecimento de plântulas, mais tarde, podem
ocorrer mortes de afilios, secamento de folhas, redução
do porte de plantas, redução de tamanho e/ou no
enchimento de espigas e tombamento de plantas por
falta de raízes. O período mais critico das culturas vai de
maio à outubro-novembro do ano 2.
Figura 54. Phyllophaga triticophaga; (a) adulto; (b) larva (coró). Fotos: (a) Centro de espécies invasoras 
(University of Georgia); (b) Igor Forigo Beloti.
Figura 55. (a) raíz atacada por P. triticophaga; (b) ovos; (c) pupa (crisálida). Fotos: (a) Embrapa Trigo; (b) e 
(c) Charles Martins de Oliveira.
Coró-do-trigo, Phyllophaga triticophaga (Morón e Salvadori, 1998)
a b
a b
c
1-1,5mm
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