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DIREITOS HUMANOS E MOVIMENTOS SOCIAIS - AV1 DHMS - UNILEÃO - 2021.1

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1
	
	Nota
	
AV1
2021.1 
	Alun@:
	Lais Rodrigues Teles
	Alun@:
	Maria Letícia da Silva Ribeiro
	Alun@:
	
	Alun@:
	
	Alun@:
	
	Professor:
	DR. MIGUEL MELO IFADIREÓ
	Curso:
	DIREITO
	Data:
	Prazo final de envio: 30/04 até as 23h59m
	Turma:
	113.3
	Disciplina:
	DIREITOS HUMANOS E MOVIMENTOS SOCIAIS
Orientações:
	LEIA COM ATENÇÃO AS INSTRUÇÕES:
1. A avaliação consta de questões subjetivas discursivas, assim distribuídas:
	Partes
	Número das questões
	Ponto das questões
	Questões Subjetivas-discursivas 
	01 a 05
	7,0 pontos
	Questões Subjetivas-discursivas (EXTRA PARA AUSENTES DE AVP1)
	06 a 07
	3,0 pontos
2. As questões subjetivas de 01 a 05 serão realizadas pelos discentes que realizaram a avp1, podendo ser realizadas em equipe de até 5 discentes;
3. Os discentes que perderam a AVP1, seja qual for o motivo, deverão realizar a av1 valendo de zero à dez de forma individual, não poderão realizar a presente avaliação, de forma alguma, em equipe.
4. As questões discursivas deverão ser digitalizadas. 
5. Será desconsiderado, para efeito de avaliação, qualquer fragmento de texto que estiver igual a outra avaliação;
6. Será desconsiderado, para efeito de avaliação, qualquer resposta com limite inferir a 7 linhas e máximo 21 linhas, podendo ultrapassar em até 4 linhas este número máximo permitido; 
7. As questões discursivas serão corrigidas com base nos seguintes critérios: fundamentação e coerência com o conteúdo estudado (conhecimento do assunto); capacidade de interpretação e exposição das ideias (clareza de pensamento); adequação da resposta ao que está proposto na questão (resposta direta ao pedido).
8. Esta prova poderá ser realizada de forma individual ou em grupo (apenas para quem realizou a avp1) com o respeito ao Prazo final de envio: 30/04 até as 23h59m.
QUESTÕES SUBJETIVAS (DISCURSIVAS)
Questão 01 (2º. ENCONTRO - UNIDADE TEMÁTICA 1 – AXIOLOGIA DOS DIREITOS HUMANOS – VALOR: 1,5 PONTOS) – ESTADO DE COISA INCONSTITUCIONAL DECRETADO PELO STF - O Plenário concluiu o julgamento de medida cautelar em arguição de descumprimento de preceito fundamental em que discutia a configuração do chamado “Estado de coisas inconstitucional” relativamente ao sistema penitenciário brasileiro. Nessa mesma ação também se debateu a adoção de providências estruturais com objetivo de sanar as lesões a preceitos fundamentais sofridas pelos presos em decorrência de ações e omissões dos Poderes da União, dos Estados-Membros e do Distrito Federal. A dignidade da pessoa humana foi o grande vetor utilizado pelos Ministros em suas decisões. Fonte: STF Data: 09 setembro. 2015. Leia a notícia na íntegra: http://www.stf.jus.br/arquivo/informativo/documento/informativo798.htm.
O PROBLEMA NA PRÁTICA - Na prática, a Dignidade da Pessoa Humana é utilizada comumente para embasar teses, sejam elas acadêmicas ou profissionais. Como exemplo, em uma ação em que se discuta algum direito fundamental, pode-se utilizar a dignidade da pessoa humana, a fim de demonstrar para o juiz a ponderação que deve ser utilizada. Ademais, a Jurisprudência Pátria já comunga desse entendimento, tendo em vista que se apropria da dignidade humana para decidir em todos os âmbitos do direito, não se bastante somente as questões puramente constitucionais.
QUESTIONE E POSICIONE-SE: A partir da Constituição Federal de 1988, vê-se que a Dignidade Humana é um dos valores mais importantes existentes, sendo um princípio da Constituição, considerado por alguns doutrinadores mais importante que o próprio direito fundamental à vida. De acordo com a dignidade humana, disserte acerca dos seus elementos a partir da Doutrina (Teoria Geral dos Direitos Humanos) e da Jurisprudência. (Mínimo 7 e máximo 21 linhas).
Questão 02 (5º. ENCONTRO - UNIDADE TEMÁTICA 1 – AXIOLOGIA DOS DIREITOS HUMANOS – VALOR: 1,5 PONTOS) – ONU DIREITOS HUMANOS PEDE INVESTIGAÇÃO SOBRE MORTES DE ATIVISTAS “O Escritório para América do Sul do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) divulgou um comunicado em que pede investigações sobre os assassinatos dos brasileiros Dilma Ferreira da Silva, de seu marido Claudionor Amaro Costa da Silva e de Hilton Lopes. Os três pertenciam ao Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB) no Pará”. Defensora de direitos humanos e Coordenadora regional do movimento, Dilma, Claudionor e Hilton Lopes foram mortos no último dia 22 em um assentamento na área rural de Baião, no Pará. “Os investigadores trabalham para descobrir o que motivou o crime”. Fonte: R7 Data: 25 de março de 2019 Leia a notícia na íntegra: https://diaonline.r7.com/2019/03/25/onu-direitos-humanos-pede-investigacao-sobre-mortes-de-ativistas/.
O PROBLEMA NA PRÁTICA - Na prática, os Direitos Humanos acabam sendo considerados somente pela sua importância histórica, já que os Direitos Fundamentais, que são Direitos Humanos positivados na Constituição Federal de 1988, acabam sendo mais utilizados. Porém, acredita-se que a questão mencionada não passa de uma diferença de nomenclatura e local onde estão escritos, pois há a mesma intenção por trás dos dois.
QUESTIONE E POSICIONE-SE: Sabe-se que os Direitos Humanos são universais, aplicáveis assim a todos as pessoas humanas, sem qualquer discriminação. Há quem nomeie os Direitos Humanos como Direitos Naturais da pessoa, porém acredita-se que tal cognominação está ultrapassada. Explique os motivos. (Mínimo 7 e máximo 21 linhas).
Questão 03 (8º. ENCONTRO - UNIDADE TEMÁTICA 1 – AXIOLOGIA DOS DIREITOS HUMANOS – VALOR: 1,5 PONTOS) – GOMES PROPÕE PEC PARA INCLUIR PROTEÇÃO DE DADOS PESSOAIS ENTRE OS DIREITOS FUNDAMENTAIS - Tenta-se no Senado Federal a inclusão de um direito a proteção de dados pessoais no rol dos direitos fundamentais, por meio de emenda constitucional. 
Fonte: Jornal de Tocantins 
Data: 29 de março de 2019 Leia a notícia na íntegra: https://www.jornaldotocantins.com.br/editorias/politica/antena-ligada-1.1694939/gomes-prop%C3%B5e-pec-para-66.
Na Constituição de 1988, prevê Direitos Fundamentais. Acerca disso, pode-se afirmar que os Direitos fundamentais são princípios constitucionais, tendo em vista que os princípios que regem os direitos fundamentais devem ser ilimitados. Por conseguinte, avulta-se que há outros princípios universais de direitos humanos que complementam a noção do direito interno estatal acerca dos direitos fundamentais que não estão dispostos nos artigos 5º a 11º da CF/88. 
O PROBLEMA NA PRÁTICA - Na prática, os Direitos Fundamentais são a base para qualquer argumento a ser utilizado, seja para a proteção de direitos fundamentais sociais do trabalhador em uma ação judicial na justiça do trabalho com base no artigo 7º da Constituição Federal, ou, por exemplo, no âmbito penal, quando há uma prisão ilegal e se impetra um habeas corpus. 
QUESTIONE E POSICIONE-SE: Conforme a principiologia dos Direitos Humanos concretizados a partir da luta e da resistência dos Movimentos Sociais, assevera-se que tais princípios, presentes na gramática dos Direitos Humanos, podem ser classificados a partir de sua essência de universalidade, sendo possível observar as características individuais de cada um destes princípios, disserte sobre eles. (Mínimo 7 e máximo 21 linhas).
Questão 04 (12º. ENCONTRO - UNIDADE TEMÁTICA 2 - (INTER)NACIONALIZAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS – VALOR: 1,5 PONTOS) – PENA DE MORTE: BARBÁRIE E POUCOS RESULTADOS NA SEGURANÇA PÚBLICA
“Em “Reflexões sobre a guilhotina”, Albert Camus escreve que a pena de morte é o mais premeditado dos assassinatos. Para ser equivalente ao crime cometido, ela deveria punir um criminoso que tivesse avisado sua vítima sobre a data de sua horrível morte e que, por meses antes da execução, a tivesse deixado confinada. “Um monstro desses não é encontrado na vida privada”, conclui o escritor. Essa lógica, contudo, não é acompanhada por 57% dos brasileiros que, segundo pesquisa do Instituto Datafolha divulgada em janeiro, são favoráveis à aplicação desse tipo de pena no Brasil. O número é 10% maior do que era há 10 anos, quando o apoio não alcançava nem metadeda população. Mas não anda a pena de morte na contramão do que se espera da sociedade? Em artigo publicado no The Conversation, Jeffrey Howard, professor da University College London, afirma que o apoio à punição – de forma geral, não somente à pena de morte – está baseado em dois argumentos: o da dissuasão e o do retributivismo. Para os defensores da primeira linha, o sofrimento de um ser humano seria justificável se utilizado para proteger inocentes e evitar futuros crimes. “A ideia é bastante familiar: as pessoas ficam tentadas a descumprir a lei; às vezes, as exigências da moralidade e as exigências do interesse próprio parecem divergir. A possibilidade de punição inibiria tais demandas, fazendo da violação à legislação algo irracional”, diz Howard. Nesse sentido, as taxas de crimes violentos deveriam despencar. Os retributivistas, por sua vez, acreditam que, ainda que a punição não cause impacto nas taxas de crimes violentos, ela deve ser praticada porque é “a coisa certa a se fazer”. Nesses casos, a pena deveria ser proporcional ao crime cometido. Não se justificaria, portanto, executar alguém por furtar um par de sapatos ou submeter um assassino ao serviço comunitário. Nessa linha, algumas pessoas mereceriam morrer como que para pagar uma dívida pelo mal que cometeram, visto que há crimes tão hediondos que matar o ofensor seria a única resposta plausível” (Gazeta do Povo. Mariana Balan, 26/02/2018).
Fonte: Gazeta do Povo
Data: 26 de fevereiro 2018. Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/justica/pena-de-morte-barbarie-e-poucos-resultados-na-seguranca-publica-2duq9r0et7z3lavf193nz1zdk/. 
O PROBLEMA NA PRÁTICA - Entre discussões polêmicas que são recorrentes no Brasil, sempre volta à tona o tema da legalização da pena de morte para crimes hediondos cometidos com violência contra a pessoa. Em termos práticos, a inviabilidade de tal adoção, mesmo diante de uma nova Assembleia Constituinte, não se dá por conta do teor do Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos de 1966, mas sim em razão do Protocolo Facultativo a este Pacto sobre a Abolição da Pena de Morte, do qual o Brasil é signatário. Assim, o Brasil firmou o compromisso internacional pela abolição da pena de morte, não sendo possível retroagir seu ordenamento jurídico interno a um estado de permissão dela.
QUESTIONE E POSICIONE-SE: Acerca das garantias judiciais asseguradas pela Declaração Universal dos Direitos Humanos e pelo Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos que declaram e garantem à Efetivação dos Direitos Civis e Políticos avalie a questão problema em torno da legalização da pena de morte para crimes hediondos cometidos com violência contra pessoa motivados pelo Racismo e pelo Racismo Religioso. (Mínimo 7 e máximo 21 linhas).
Questão 05 (16 ENCONTRO - UNIDADE TEMÁTICA 2 - (INTER)NACIONALIZAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS – VALOR: 1,0 PONTOS) - DIREITOS HUMANOS PARA HUMANOS DIREITOS? Os Direitos Humanos defendem a existência com dignidade durante toda a vida de um indivíduo e não se pode negar que existem inúmeras dificuldades práticas na realização deles. O maior desafio que estes direitos enfrentam hoje em dia se encontra no campo da educação em direitos humanos, tornando ostensivo o conhecimento de todas as pessoas a respeito do conteúdo destes direitos, inclusive da Declaração Universal dos Direitos Humanos e da Carta da ONU. Por conseguinte, encontram-se em Stefan Cunha Ujvari - História das Epidemais – distintas narrativas acerca do contexto do tratamento de epidemias na Grécia Antiga, as quais no remetem a compreensão do contexto: 
“Já no quarto, a mãe da criança ergueu-se da cadeira com semblante angustiado na face ladeada pelos pequenos cachos de cabelo presos atrás das orelhas Os pais, apreensivos, não imploraram aos deuses o restabelecimento da filha e, muito menos, buscaram ajuda entre os charlatões que vendiam poções mágicas. Buscaram o jovem doutor por saberem dos últimos avanços da Medicina. Agora, as esperanças estavam nos revolucionários tratamentos do século V a.C. O que foi essa revolução médica em um tempo tão remoto? Uma revolução que influenciou a medicina até cerca de 150 anos atrás e com resultados que permaneceram como referência por quase 23 séculos”. (UJVARI, 2020, online).
Desta forma, pode-se afirmar que a saúde é um fenômeno social que envolve profissionais de diversos setores e profissões. Assim, o especialista em Direitos Humanos necessita ter sensibilidade para compreender os distintos processos sociais que ocorrem em sociedade e que violam princípios fundamentais de uma vida com dignidade, seja do sujeito na sua individualidade, seja do sujeito enquanto membro de um coletivo social. Enfim, percebe-se que o caminho de uma vida com saúde leva a igualdade e a dignidade entre as pessoas, pois, a saúde é um direito natural e universal de todo Ser Humano. 
O PROBLEMA NA PRÁTICA - Uma das discussões mais recorrentes se refere aos limites da alegação de reserva do possível pelo Estado nos processos judiciais que buscam obrigá-lo à realização do direito à saúde. Tem se entendido que os Estados não podem fazer uma alegação genérica de que não há recursos disponíveis para o pagamento do tratamento, devendo comprovar a falta de recursos. Além disso, não basta a alegação genérica de que o tratamento não está disponível para o público, porque se o tratamento for considerado adequado e não se tratando de meramente experimental deverá ser fornecido. Logo, o fornecimento de tratamento médico pelo Estado para agravos à saúde pelos meios cientificamente comprovados é considerado parte do mínimo existencial. A respeito, tem se entendido no campo da responsabilização internacional dos direitos humanos que cabe a responsabilização do Estado que se omite de forma específica em fornecer determinado tratamento. 
QUESTIONE E POSICIONE-SE: Disserte a respeito da realização progressiva dos direitos econômicos, sociais e culturais com foco na obrigação do Estado em promover e realizar o direito à saúde em tempos de Covid.19. (Mínimo 7 e máximo 21 linhas).
RESPOSTAS : 
1°)
A dignidade da pessoa humana é um dos principais pilares de um Estado democrático, se referindo as necessidades essências de manutenção da vida humana dentro de uma sociedade, e apresentando princípios de garantia de direitos, segurança geral, liberdade, desenvolvimento, igualdade e justiça, findando assegurar ordem num contexto social, econômico e jurídico
A dignidade da pessoa humana é em si, um fundamento básico no nascimento de normas, afinal é dever do Estado e do Legislativo assegurar a sua garantia e prevenir sua violação quanto a criação de leis. Esse princípio age também como um guia em relação a atuação do poder jurídico, por isso é tão citado em discussões quanto aos direitos fundamentais.
É também, um princípio de extrema importância no contexto do exercício do Direito, afinal, reconhece o valor da vida humana e do estabelecimento de uma qualidade mínima para que está prospere, identificando que trata-se de um atributo característico de todo ser humano, independente de qualquer outro fator.
Mesmo que haja distinção entre direitos humanos e dignidade da pessoa humana, e mesmo que alguns autores deixem de reconhecer a última como um direito em si, é inegável a existência de uma relação entre os fundamentos, afinal, o primeiro traz a vida e põem em prática os elementos da segunda, e uma vida digna é um direito humano.
2°)
Direitos naturais são aqueles característicos da natureza humana e baseados na racionalidade, e ainda não foram positivados, já os direitos humanos, são positivados e regulamentados por tratados internacionais.
A principal diferença entre os dois encontra-se no caráter externo dos direitos humanos, pois quando uma ordem jurídica internacional protege um direito, ele se classifica como direto humano; enquanto os direitos da pessoa possuem caráter interno, significando que qualquer direito protegido pelo Estado ou pela Constituição de um país, sem interferência estrangeira, é um direito fundamental. 
Em suma,os diretos da pessoa humana são aqueles que todo ser humano sabe ter, sem que haja a necessidade de uma norma específica, enquanto os direitos humanos são aqueles presentes nos tratados internacionais e vigiados pelos países que os assinam, tendo um campo de aplicação maior, com o objetivo de auxiliar indivíduos em situações onde seu Estado é falho, abusivo ou negligente. Os diretos fundamentais são aqueles presentes na Constituição de um país.
Essa diferença em terminologia nasceu no momento em que as relações internacionais começaram a se intensificar, partindo da vontade de aplicar os direitos fundamentais num nível para além da ordem interna estatal, afim de corrigir e prevenir abusos por parte de Estados alheios para com aqueles que se encontram sub sua tutela.
4°)
A convenção americana sobre os direitos humanos reconhece o direito a vida e por isso restringiu a aplicação da pena de morte, onde toda pessoa tem direito inalienável de que se respeite sua vida, não podendo este direito ser suspenso por motivo algum.
Porém mesmo com os crimes hediondos motivados por racismo ou racismo religioso, a legalização a pena de morte vai contra o que está prescrito e o que os direitos humanos defendem. Já foi comprovado que o número de crimes de ódio não diminui com a legalização, pelo contrário tende a aumentar; também levanta-se aí, a possibilidade dos condenados se tornarem mártires para a causa dos extremistas.
Outro argumento que se pode usar nessa situação é que a pena de morte para esse tipo específico de crime pode abrir as portas para a legalização da pena para outros crimes, o que, no Brasil, teria terríveis consequências.
Em relação as condenações injustas, pode-se afirmar que a pena de morte no Brasil seria desastrosa, e acabaria condenando vários inocentes, além disso, quanto a pena de morte por crime hediondo com violência contra a pessoa resultando de racismo, nota-se a dificuldade do atual sistema judiciário brasileiro em identificar e julgar casos de racismo.
Apesar da pena de morte não ser a solução mais adequada a está situação, é inegável que os casos de crimes motivados por racismo só aumentam, e é necessário, além de penas mais pesadas, um sistema mais eficaz no julgamento desses indivíduos.
5°)
Na medida em que as sociedades se devolveram, surgiu a necessidade para de garantias como alimentação, moradia, segurança, saúde e etc., esses são os direitos econômicos, sociais e culturais, que apesar de sua realização progressiva devem, como os outros, serem obrigatoriamente promovidos.
Esses são considerados Direitos Humanos e são fundados no princípio da igualdade dos indivíduos na sociedade e perante o Estado, entretanto, no período da atual pandemia, pode-se dizer que a assistência oferecida por este á população, principalmente quanto as classes mais pobres, foi na melhor das hipóteses, mal administração de recursos, e no pior, negligência.
Essa falta de cuidado deu-se não somente em relação a saúde, mas em todos os setores; na educação por exemplo, além de várias instituições de ensino não possuírem um sistema de educação virtual, muitos se veem sem acesso a essa ferramenta por não possuírem uma conexão com a internet, já no mercado de trabalho, o número de demissões aumenta diariamente, limitando e até cortando a primária fonte de renda de uma grande porcentagem da população, forçando famílias a extrema pobreza. 
No setor da saúde em particular, nota-se os efeitos dessa falta de recursos, com a demanda no tratamento de casos esgotando leitos em hospitais por todo o país, principalmente nos públicos, onde a situação já não era boa, o que inevitavelmente levou a morte de muitas pessoas.
É preciso reiterar que mesmo que a situação seja de crise, é dever primordial e irrefutável do Estado fornecer um sistema de saúde de qualidade a sua população assim como é sua função administrar os recursos do país de maneira a garantir a qualidade de vida do povo.

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