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Criminologia Critica e 13 Emenda

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Centro Universitário Unifanor Wyden 
Psicologia Jurídica 
 
 
THAIS EDUARDA BIRER DA SILVA 
202051246189 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELAÇÕES ENTRE A CRIMINOLOGIA CRITICA 
E o documentário: A 13ª Emenda 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fortaleza - CE 
2021.1 
Este trabalho tem como objetivo relacionar o Documentário “A 13ª Emenda” com alguns 
conceitos estudados em Criminologia Crítica. Os conceitos que eu vou relacionar ao 
documentário são: Controle Social; Teoria do Etiquetamento (Labeling Approach); e 
Criminalização Primária e Secundária. 
A 13ª emenda constitucional proíbe a escravidão nos Estados Unidos, mas deixa uma exceção 
que dá acesso livre a um hiper encarceramento e criminalização da população negra. Essa 
exceção se trata de punição ao negro, quando por parte dele se comete um crime, onde deve ser 
devidamente condenado. 
Controle Social 
O controle social é o conjunto de instituições e leis dentro da sociedade, que visam impor aos 
indivíduos, as normas de convivência da sociedade. Existem dois tipos de controle social, o 
formal e o informal, nesse trabalho irei apresentar apenas o controle social formal, que se trata 
dos órgãos de estado: Policia Judiciaria (investigação), Ministério Público (acusação), 
Administração Penitenciaria (julgamento), etc. Eles entram quando o controle social formal – 
aquele exercido pela sociedade, como: família, escolas e igrejas -, não é capaz de evitar o crime. 
A decima terceira emenda constitucional junto com o controle social, passaram a criminalizar 
atos insignificantes como: a vadiagem ou “vagabundagem”. O controle social, quando voltado 
para a população negra, age de forma totalmente agressiva, como o caso de Kalief Browder de 
16 anos, citado no documentário. O adolescente foi acusado de roubar uma mochila (ato 
insignificante), mas o que deixa esse caso inquieto, é o fato de não haver nenhuma prova contra 
ele, nenhuma evidencia que comprovasse seu envolvimento no “crime”. Não é só o fato da 
“vitima” ter apontado ele como criminoso, mas sim de como a política criminal agiu em relação 
a isso, se Kalief não tinha sequer uma prova que o tornasse culpado, por quê o mesmo passou 
3 anos na cadeia? Simplesmente porquê se encaixava no perfil de criminoso: jovem, negro e 
pobre. Essa é a imagem voltada para a população negra que temos do controle social, sem 
investigações profundas, eles declaram culpados, pessoas que nem sequer tinham uma virgula 
de envolvimento no caso. 
Teoria do Etiquetamento (Labeling Approach) 
A teoria do Etiquetamento social, a partir do controle social, nos apresenta que as vítimas desse 
controle, eram estigmatizadas e rotuladas como: criminosos e agressivos. Segundo essa teoria, 
a criminalidade, ela não está ligada de forma inseparável a um indivíduo, mas à uma rotulagem 
em que a sociedade apresenta como “delinquente”. Dentro dessa teoria, é possível encaixar 
perfeitamente o sistema de justiça criminal dos Estados Unidos, que desde a escravidão até 
atualmente, estruturam uma política que criminaliza, com prioridade a população negra. 
Como foi citado durante o documentário, a era Jim Crow, foi marcada por leis que definiam 
escolas, instituições, locais públicos e etc., com separações entre brancos e pretos, com o termo 
“COLORED”. Leis que negavam direitos aos negros, e que qualquer um que fosse contra essa 
ordem social, enfrentava humilhação, linchamento e até assassinato. Como dito, essa teoria nos 
revela que há essa rotulação fenotípica de pessoas – negras -, e assim, seria possível lincar com 
a Era Jim Crow, apresentada no documentário. A Era em que a política separava determinados 
grupos por conta de classe social e racial, e características físicas. 
Criminalização Primária e Secundária 
É o Estado quem define o que é crime. Com isso, vamos conceituar a criminalização primária 
e secundária. A criminalização primária, é quando se cria leis penais, que incriminam ou 
permitem a punição de determinadas pessoas. É aqui onde será dito o que é crime, e onde -
infelizmente – dá-se início ao processo de seleção do sistema penal, que atende a determinados 
interesses da classe mais dominante. 
A partir disso, é notório, que ao longo dos processos das criações de leis criminais, nos Estados 
Unidos, a definição do padrão de comportamento e do tipo de crime, atingiam de preferência a 
população negra. Essas leis, principalmente quando declarado a “Guerra as drogas” foram como 
foices passadas nas comunidades negras, de onde cortaram pessoas de suas famílias. Os Black 
Codes por exemplo, mantinham as pessoas brancas no domínio, e oprimiam os afro-americanos. 
Era como uma ampliação da lei da vadiagem, que permitia que eles fossem presos por infrações 
pequenas, ou apenas por estarem nas ruas. Onde se começa o encarceramento em massa no 
Estados Unidos. 
Junto com todo este processo de criação de leis, está a criminalização secundária, onde entra o 
Labeling Approach, que atrelado ao controle social e a rotulação, contribuíram com a criação 
desse mito da criminalidade negra. 
Conclusão 
Esses estigmas são carregados pelas pessoas negras até hoje. E movimentos como “Black Lives 
Matters” não podem – nunca puderam - mais ser vistos como ameaçadores, e sim como 
sinônimo de liberdade e direitos. Eles precisam ser ouvidos e respeitados, afinal, perante a lei 
e a dignidade humana, somos iguais e possuímos o mesmo valor. 
 
“O oposto da criminalização é a humanização” - A 13 Emenda. Netflix 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências Bibliográficas 
https://canalcienciascriminais.jusbrasil.com.br/artigos/395830599/a-13-emenda-da-escravidao-a-criminalizacao 
https://conteudojuridico.com.br/consulta/artigos/54016/a-criminologia-
crtica#:~:text=75)%2C%20as%20principais%20características%20da,tradicional”%3B%20d)%20“O 
https://www.oabgo.org.br/esa/artigo-esa-goias/os-reflexos-da-teoria-do-labelling-approach-etiquetamento-social-
na-ressocializacao-de-presos-
2#:~:text=93%2C%202012)%2C%20a%20teoria,indivíduos%20se%20tornassem%20criminosos%20habituais. 
https://youtu.be/OxU67zwdk88 
https://canalcienciascriminais.jusbrasil.com.br/artigos/729053043/kalief-browder-a-busca-pela-inocencia-
desacreditada 
 - os textos complementares da disciplina