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Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Meritíssima 4ª Vara Cível do Foro Regional III – Jabaquara da Comarca de São Paulo
Processo número...
Natureza do feito
Ordinária de perdas e danos materiais
... Factoring Fomento Merc. Ltda, vem, respeitosamente, à elevada presença de V. Exa., por seus, infra-assinados, Advogados, nos autos do processo epigrafado que movem em face de Banco... S/A, vem, apresentar suas
Razões Finais
Consubstanciando nas razões fático-jurídico a seguir expostas:
Capítulo 1) Da Lei Aplicável – Código Civil ou Código de Defesa do Consumidor
A = Aqui trata-se de questão mais teórica que, fundamentalmente, não traz grande diferenças aos Direitos e obrigações inerentes às partes.
A.1 = Entendemos ser possível aplicar-se o Código de Defesa do Consumidor [o que ampliaria o prazo para a propositura da ação de 3 para 5 anos], uma vez que o serviço de custódia de documentos não é mero insumo, é serviço-fim em si mesmo.
A.2 = De qualquer forma, o fato é que tanto pelo Código de Defesa do Consumidor quanto pelo Código Civil, a gama de Direitos da autora, tais como ressarcimento integral do dano [incluindo aí o que gastou, e gastará com advogados, posto tratar-se de contrato ad exitum], lucros cessantes e juros moratórios, são previstos em ambos os textos legais.
A.3 = Analisando-se, contudo, o caso concreto, temos que dada a peculiaridade da situação posta nos autos do processo, nos parece mais correta a aplicação do Código Civil ao invés da Lei Consumeirista.
Capítulo 2) Da obrigação do Banco... Em indenizar a autora em honorários contratuais e da não confusão com os honorários contratuais com as verbas de sucumbência, estabelecidas no artigo 20 do CPC e 23 e 24 da Lei 8.906/1.994
B) = Diz o artigo 404 do Código Civil que aquele que causa perdas e danos a outrem deve indenizar a parte lesada, inclusive, em honorários advocatícios contratuais.
B.1) = Em primeiro lugar, temos que ter em mente que os honorários do artigo 404 do Código Civil em hipótese alguma confundem-se com os honorários sucumbenciais, estabelecidos pelo Código de Processo Civil e pelo Estatuto da Advocacia [Lei 8.906/1.994]. Enquanto os primeiros dizem respeito a uma quantia a ser paga pelo cliente aos Advogados que lhe defendem no processo, os segundos, a sucumbência propriamente dita, diz respeito a uma verba que é destinada exclusivamente aos Advogados que venceram a demanda, e quem é devedor de sucumbência é a parte vencida, e não o cliente.
B.2) = Importante anotarmos, ainda, que os honorários contratuais[1] são totalmente razoáveis, sendo 10% [dez por cento] para a hipótese de o Banco... Não opor resistência ao cumprimento de sua obrigação[2]; de 20% [vinte por cento] para a hipótese de o Banco... Perder a ação e o processo todo resolver-se em até 18 meses a contar de sua distribuição e, na terceira e última possibilidade contratual, de 30% sobre o valor da condenação, na hipótese de o processo durar mais que 18 meses.
B.3) = E nem se diga que o requerente agiu de forma extremamente litigante antes de mover esta demanda, pois [como comprovam os documentos de fls. 31-54] a empresa autora ficou por mais de 2 anos tentando receber amigavelmente os valores que lhe eram devidos e o Banco... nada fez para solucionar o problema, não dando para a empresa-autora outra forma de resolver a questão senão com a intervenção do Estado, na figura deste Excelentíssimo Juízo de Direito.
Capítulo 3) Da revelia do Banco em relação ao pedido de ressarcimento de honorários contratuais e outras questões não respondidas/contestadas pelo Banco... Em sua Defesa[3]
Do Direito – Da Revelia 1
C) = No caso concreto, o Banco não impugna o contrato de honorários firmado entre a requerente e seu constituinte, bem como não contesta o pedido para que seja condenado em honorários, tornando-se revel nesta questão.
Do Direito – Da Revelia 2
C.1) = Em sua confusa defesa, o Banco dá a entender que está a ser cobrado pelos cheques devolvidos, o que é uma absoluta leviandade, afirmando que:
“Desta feita, resta demonstrado que o réu não é responsável pelos fatos alegados, eis que agiu em cumprimento às normas estabelecidas para a compensação interbancária de cheque, situação esta que lhe tira legitimidade para responder por eventuais equívocos cometidos pelo Banco sacado.”
C.2) = Francamente, Excelência, afirmar isso ou é má-fé ou culpa grave. A autora em momento algum cobra os cheques por serem devolvidos, ela cobra o Banco pelo fato, conforme comprovado pelo próprio Banco nas fls. 31 a 35 dos autos deste processo, ele perdeu, extraviou os cheques, tirando da autora a chance [conceito clássico da perda de uma chance] de executá-los.
C.3) = Nos quartos e quintos parágrafos da fls. 63 o Banco... Diz, sem afirmar categoricamente se perdeu ou não as cártulas, que a autora disporia de outros meios para cobrar seu crédito. Data máxima vênia, Excelência, é inaceitável o Banco fazer um argumento desses. Imagine então, por hipótese, que o Banco... Envie a cartório toda a documentação necessária para a retomada de um imóvel via Alienação Fiduciária e o cartório, por algum erro, a extravie. Na defesa, de um suposto processo, o cartório poderia alegar que o Banco, além do leilão previsto na lei de alienação fiduciária teria outros meios, como uma ação ordinária de cobrança, para reaver seu crédito? É óbvio que não. Bancos e construtoras optam pela alienação fiduciária exatamente porque não querem se submeter a um procedimento ordinário de cobrança. Com factorings acontece o mesmo, Excelência, elas compram os títulos que são os do rol do artigo 585 do Código de Processo Civil[4]. Não pode o Banco querer impor à factoring que altere sua sistemática de trabalho por que ele não tem competência/responsabilidade para cumprir um serviço para o qual foi pago.
C.4) = Aliás, Excelência, sendo esta a questão, o... Poderia muito bem ressarcir a cliente, quando da perda das cártulas, e sub-rogar-se nos direitos de crédito que pertenciam à empresa autora.
C.5) = ALIÁS, EXCELÊNCIA, A PETIÇÃO DO BANCO É CONFUSA E OS ADVOGADOS PROPOSITALMENTE EMBARALHAM AS PALAVRAS, MAS O QUE O BANCO ESTÁ A DIZER É QUE ELE NÃO TEM RESPONSABILIDADE ALGUMA SOBRE OS DOCUMENTOS E CHEQUES QUE ELE CUSTODIA.
Capítulo 4 – Da revelia do Banco... No momento em que deixa de responder os quesitos de “1” a “9” formulados pela autora
D) = Aqui, reiterando o quanto já dissemos em manifestação à perícia, o Banco... simplesmente ignorou os quesitos de “1” a “9” formulados pelo autor, razão pela qual outra alternativa não deve restar, senão apontar-se sua revelia nesta questão.
D.1) = Importante frisarmos que, em momento algum, o Banco... Impugnou os quesitos apresentados, bem como também não Agravou de Instrumento a decisão que deferiu os quesitos apresentados. Noutras palavras, tinha a obrigação, o ônus[5] processual de responder àqueles quesitos, não o fazendo, outra alternativa não resta em nosso ordenamento jurídico que não a pena de confesso.
D2) = No caso concreto, temos que por analogia, entendemos ser aplicável a lição do artigo 359 do CPC[6], o qual dispões que se a parte uma vez instada [e o deferimento dos quesitos do autor é prova suficiente de que teve ciência][7] não apresentar os documentos requeridos, tampouco informar em Juízo porque não o fez, presumem-se verdadeiros os fatos contra si articulados.
Capítulo 5 - Conclusões Finais
e) = Assim, ante todo o exposto e pelo que de mais dos autos consta, reiterando-se tudo o quanto já dito neste processo, é o presente para requerer:
e1) = Seja decretada a revelia do requerido-... Nas matérias retro-suscitadas;
e2) = Seja condenado o Banco... S/A a, nos termos do laudo pericial e da exordial, seja obrigado a indenizar a requerente no valor histórico dos cheques, acrescido de lucros cessantes de 3,653% (três vírgula seiscentos e cincoenta e três por cento) ao mês, valores estes que devem cumular-se sobre o capital vencido no mês anterior, mês a mês, ressaltando-se que isto, como já anotado no processo não se trata de juros, mas de estimativa concretade lucratividade da requerente.
E3) = Sobre o valor final da condenação deve ser acrescidos juros legais de 1% ao mês.
E4) = Seja condenado o requerido-... Em honorários contratuais de 30% (trinta por cento) sobre o valor da condenação [ressaltando-se que se pagar os valores que, por ventura venham a ser reconhecidos em sentença e/ou acórdão] até o dia 12 de setembro de 2016 (isto é, dezoito meses após a distribuição da exordial) os honorários contratuais ficam, automaticamente, reduzidos a 20% [vinte por cento] sobre o valor da condenação.
E5) = Seja o requerido-... Condenado, ante a complexidade dos trabalhos realizados por estes Advogados, em honorários sucumbenciais de 20% sobre o valor da condenação.
E6) = Seja o requerido-... Condenado em custas processuais desembolsadas pela autora com este processo.
E7) = Sendo o revel o Banco..., como de fato o foi, sendo julgada procedente a demanda, como acreditamos que o será, requer seja concedida a tutela antecipada na própria sentença, como já requerido às fls.
Tudo como medida de linear e lídima
JUSTITIA!
Ita sperator.
São Paulo, 6 de julho de 2.015
Paulo Antonio Papini
Advogado
OAB/SP 161.782
Guilherme Mesa Simon Di Lascio
Advogado
OAB/SP 149.520
[1] Fls. 19 e 20 dos autos do processo.
[2] Hipótese esta que não existe mais.
[3] Neste tópico específico, transcrevemos quase que literalmente a matéria posta em sede de réplica, visto amoldar-se perfeitamente às questões ora aventadas nas alegações finais.
[4] Por todas as vantagens que eles oferecem como, dentre outras, efeito apenas devolutivo de recurso de apelação, bem como a limitação da matéria a ser arguida em defesa.
[5] E se não cumpriu por desídia deve arcar com as consequências jurídicas da mesma.
[6] Que fala em exibição de documento ou coisa.
[7] A menos que o Banco... Venha argumentar em Juízo que elabora petições sem ler o conteúdo. Queremos crer que o maior Banco da América Latina assim não age, contudo, Excelência, se este for seu “modus operandi” este é um problema que, em hipótese alguma, pode prejudicar os Direitos da requerente.
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