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caso 02 redação instrumental

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DISCIPLINA: REDAÇÃO INSTRUMENTAL
ACADÊMICO: MARCUS CALDAS
Caso concreto 1
O caso ocorreu em Teresópolis, Região Serrana do Rio de Janeiro, no ano de 2005. Uma mulher de 36 anos, desempregada, estava casada com um mecânico, também desempregado. Os dois moravam em um barraco de 10 metros quadrados, junto com seus três filhos. O mais velho tinha seis anos de idade; o filho do meio, quatro; o caçula, um ano e meio. É importante mencionar que essa mulher, Marcela, estava gestando o quarto filho. No mês de fevereiro daquele ano, em decorrência das fortes chuvas, um deslizamento de terra arrastou, ladeira abaixo, o lar em que vivia essa família. A mãe conseguiu salvar os dois filhos mais velhos, entretanto o caçula, ainda aprendendo a andar, não conseguiu sair a tempo. Morreu soterrado. Por tudo o que aconteceu, Marcela entrou em trabalho de parto. Chegou ao hospital público mais próximo e foi submetida a uma cesariana. Assim que ouviu o choro do bebê, prematuro, pediu para segurá-lo um pouco no colo. A enfermeira o permitiu. Marcela beijou a criança e jogou-a para trás. O menino caiu no chão, sofreu traumatismo craniano e morreu. Perguntada por que tomara aquela atitude, disse que não gostaria que seu filho passasse por tudo o que os demais estavam passando: fome e miséria. Um exame realizado no Instituto Médico Legal apontou que Marcela se encontrava em estado puerperal no momento em que matou o próprio filho.
a) Indique os elementos da narrativa dos casos lidos.
Enrredo: Marcela jogou a criança para trás vindo a mata-la
Complicação / Desenvolvimento: 
Apesar de estar vivendo uma grande crise de desemprego com marido ainda vieram a perder a casa em decorrência de uma forte chuva, aliada a perda do filho caçula que morrera soterrado em decorrência do desastre, veio a entrar em trabalho de parto com estado psicológico arrasado.
Clímax / suspense
Após ouvir o choro do filho recém nascido, Marcela pediu para segura-lo, beijou-o e o jogou para trás, vindo o mesmo a sofrer traumatismo craniano no momento do choque ao chão.
Desfecho / conclusão
Após exame realizado no instituto médico legal, Marcela foi diagnosticada em estado puerperal no momento em que matou seu próprio filho.
b) Ao perceber que as circunstâncias como a conduta é praticada influenciam substancialmente o crime imputado ao agente, o profissional do direito deve estar atento para selecionar todas as informações que não podem deixar de constar de sua exposição dos fatos. Identifique nos dois casos concretos quais informações não podem deixar de ser narradas e as indique em tópicos.
No caso de Marcela não podemos deixar de verificar que a mesma estava vivendo um momento delicado em sua vida. Estava desempregada, marido desempregado, morando em um barraco com 3(três) filhos para criar e sem nenhuma expectativa financeira para cuidar da família, estava gestante do quarto filho e num momento de um desastre de deslizamento devido a fortes chuvas, vindo a perder o único bem que tinha a família um barraco, e no mesmo desastre perdeu a vida do filho caçula que nem sabia andar, vindo a morrer soterrado, e diante de todos esses fatos traumáticos, veio a entrar em estado de parto.
c) Quais crimes praticaram Marcela e Adriana? Defenda seus pontos de vista em um parágrafo.
No caso 01, Marcela cometeu o crime de infanticídio, forma especial de homicídio. Crime que a genitora pratica contra o próprio filho na influência do estado puerperal, aquele que se estende do início do parto, até a volta da mulher às condições pré-gravidez (puerpério), trazendo profundas alterações psíquicas e físicas, deixando a mãe sem plenas condições de entender o que está fazendo, durante ou logo após o parto, circunstância apontada pelo Instituto Médico Legal, de acordo com o caso concreto.
No caso 02, Adriana cometeu o crime de homicídio doloso e ocultação de cadáver engravidou e desde então já vinha omitindo o ocorrido; não fazendo pré-natal e consequentemente, nenhum acompanhamento médico a fim de verificar se ela ou a crianças estavam bem; fazia de tudo para esconder a gravidez com cintas e roupas largas; Adriana tinha a intenção de realizar o parto sozinha e jogar a criança no rio próximo a sua casa; ao tentar realizar o trabalho de parto sozinha teve complicações e teve de puxar a criança a força e depois matou-a afogada na bacia de água quente que havia separado para realizar o parto; para se livrar da justiça jogou a criança, já morta, no rio, enrolada num saco preto a fim de se livrar do corpo, como já havia premeditado em fazer conforme já dizia o caso concreto em tela; o diagnóstico veio a confirmar que não estava em estado puerperal.
Caso concreto 2 
Este segundo caso ocorreu em São Paulo. A secretária Adriana Alves engravidou do namorado e, sem saber explicar por qual motivo, não contou o fato para ele; também não contou para mais ninguém. Seus pais, com quem morava, não sabiam de sua gravidez. Não compartilhou esse segredo com amigas ou colegas de trabalho. Definitivamente, ninguém conhecia a gestação de Adriana. Com o passar dos meses, Adriana não recebeu qualquer tipo de acompanhamento ou cuidado pré-natal especial; escondia a barriga com cintas e usava roupas largas. No mês de dezembro de 2006, quando participava de uma festa de final de ano, no escritório em que trabalha, sentiu se mal e foi para casa. Sua intenção era realizar o parto sozinha e jogar a criança em um rio próximo à sua casa. Ocorre, porém, que o parto não transcorreu tranquilamente. Adriana teve complicações e teve de puxar à força a criança. Depois, matou-a afogada na bacia de água quente que separou para realizar o parto. Para se livrar da justiça, jogou a criança, já morta, no rio, enrolada em um saco preto. Muito debilitada, foi a um hospital buscar ajuda para si, mas não soube explicar o que aconteceu. Após breve investigação da Polícia, Adriana confessou tudo o que fizera. Exames comprovaram que ela não estava sob o estado puerperal. 
Questão 2: Objetivas. 
1. As narrativas jurídicas contêm características distintas das demais narrativas. Além disso, podem ser simples ou valoradas. Independentemente de serem simples ou valoradas, toda narrativa jurídica apresenta esta característica: 
(A) (RESPOSTA ) Ser escrita em terceira pessoa. 
(B) Apresentar a descrição dos espaços. 
(C) Ser parcial. 
(D) Conter modalizadores. 
(E) Ser imparcial.
2. Leia o trecho, analise os elementos constitutivos da narrativa e marque a alternativa correta: Trata-se de negligência ao dever de cuidar de Maria de Lurdes Silva, 27 anos, a que expôs sua filha Carla Silva de dois anos. O fato ocorreu em Botafogo, Rio de Janeiro. 
(A) Não é possível extrair do parágrafo o elemento "onde". 
(B) É possível extrair do parágrafo o elemento "quando". 
(C) (RESPOSTA)O parágrafo informa o porquê do conflito. 
(D) É desconhecido o agente da ação. 
(E) O fato gerador do conflito não se encontra identificado nesse parágrafo, somente sua valoração.

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