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Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade - Aula 1 – Materiais dentários e suas propriedades - Thales Ribeiro Página 1 Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade - Aula 1 – Materiais dentários e suas propriedades mecânicas Materiais Dentários Há séculos os materiais dentários vêm buscando repor ou alterar a estrutura dentária existente, por meio de materiais biocompatíveis e duráveis para restaurações dentárias de preenchimento direto e materiais protéticos processados, indiretamente capazes de suportar as condições adversas do ecossistema oral. O material ser biocompatível significa que não vai fazer mal ao organismo e dentro dos materiais existem materiais que são mais biocompatíveis e materiais que são menos biocompatíveis, e todos eles, devido a condição do meio bucal, que é um meio úmido com bactérias, com diferença de pH, esses materiais têm que ter uma durabilidade pelo menos razoável. Tem-se materiais que podem ser utilizados de forma direta, como é o caso da resina composta, e tem materiais que são os protéticos, que são utilizados de forma indireta, como é o caso das coroas, dos pinos. Grupos: o Metais; A maioria atua de forma indireta, porém há metais como o amálgama que atua de forma direta, que é colocado na cavidade bucal; Tem coroas que são totalmente metálicas; Tem-se os pinos metálicos; Tem-se próteses também que são livres de metais. o Cerâmicas: As coroas podem ser metalocerâmicas, sendo que por dentro elas são de metal e por fora são de cerâmica; Já se tem implantes que são cerâmicos, a base de zircônia. o Polímeros: É como se fosse uma variação da resina composta; As dentaduras são feitas com polímeros, depois tem-se os elastômeros, cimento de ionômero de vidro, selante de cicatrículas e fissuras, então todos eles são agrupados em polímeros, que são materiais de polimento. o Resinas compostas Material Ideal: o Ser biocompatível; o Ter adesão permanente as estruturas dentárias e ósseas; o Ser estético; o Exibir propriedades semelhantes ao tecido que irá substituir; o Ser capaz de promover regeneração ou reparação tecidual. Classificação dos materiais: o Materiais preventivos - Usa antes de a pessoa ter um problema, logo servirá para prevenir; - Ex.: Selante de cicatrículas e fissuras Se a pessoa tem um molar com um sulco muito profundo, coloca-se um material para preencher esse sulco, o que dificulta a retenção de placa. - Materiais que diminuem a quantidade de microorganismos na boca como a clorexidina. - Flúor pode ser em formato de verniz ou gel, e são utilizados para remineralizar, então a pessoa ainda não está com cárie, então tem-se que usar esse flúor para que essa cárie, não apareça. Licenciado para - Ana Paula Oliveira da Costa - 08196778333 - Protegido por Eduzz.com Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade - Aula 1 – Materiais dentários e suas propriedades - Thales Ribeiro Página 2 o Materiais restauradores - São os materiais que vão servir para a restauração; - Ex.: Resina, amálgama, cimento de ionômero de vidro, sistema adesivo. o Materiais auxiliares - São os materiais que não vão ficar na boca do paciente de uma maneira definitiva, e sim temporariamente; - Resina acrílica, gesso... Propriedades dos materiais: o Para que estudar as propriedades dos materiais? R: Para que se consiga entender e ter uma visão de como aquele material é aplicado, quais são realmente as suas propriedades, para que eles servem, como eles são utilizados; o O estudo das propriedades dos materiais odontológicos permite ao cirurgião-dentista definir quais materiais odontológicos estarão indicados para cada tipo de procedimento, em cada situação, com o intuito de atingir o sucesso em seus procedimentos. o As propriedades dos materiais podem ser: 1- Mecânicas; 2- Físicas; 3- Elétricas; 4- Outras propriedades 1- Propriedades Mecânicas Definição: o São definidas pelas leis da mecânica, isto é, ciência física que trata de energia e forças, e seus efeitos nos corpos, então é basicamente uma força que a gente põe em cima do corpo, que vai gerar uma outra resposta sobre a gente; o O estudo das propriedades mecânicas implica no exame das relações entre um corpo e as forças que atuam sobre o mesmo, assim como as consequências dessas relações. Tensão e deformação: 1) Força: ação que produz ou tende a produzir alteração de movimento de um corpo ou a sua deformação. FORÇAS OCLUSAIS INCISIVOS = 150 N CANINOS = 200 N PRÉ-MOLARES = 300 N MOLARES = 400 A 800N Licenciado para - Ana Paula Oliveira da Costa - 08196778333 - Protegido por Eduzz.com Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade - Aula 1 – Materiais dentários e suas propriedades - Thales Ribeiro Página 3 OBS.: Dentes x Restaurações Não consegue-se devolver com as restaurações, a mesma força que o dente natural tem. Quanto maior a restauração, menos força esse dente vai ter, por isso que o dente vai se tornando mais frágil, conforme vai se tendo um maior volume de material restaurador. 2) Tensão o Reação interna de um corpo a uma força externa com igual intensidade e com direção oposta. o Quando a seta empurra o bloco ao lado com uma força, esse bloco vai empurrar essa seta com uma mesma força, só que com direção oposta. o Unidade de medida: N/m² o Tensão (T) = Força/Área Pa (Pascal) = 1 N/m² Mpa (MegaPascais) = 106 Pa o Tipos de tensão: 2.1) Tensão de tração: Resposta a uma força que tende a esticar ou alongar um corpo. Ao puxar o bloco (dos dois lados) para fora, tem-se uma resposta, uma tensão de tração para dentro do corpo. 2.2) Tensão de compressão: Resposta à uma força que tende a comprimir ou encurtar um corpo. 2.3) Tensão de cisalhamento: Resposta a uma força que tende a deslocar ou torcer um corpo; É uma força que “esfrega” ou é uma força que torce. Licenciado para - Ana Paula Oliveira da Costa - 08196778333 - Protegido por Eduzz.com Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade - Aula 1 – Materiais dentários e suas propriedades - Thales Ribeiro Página 4 2.4) Tensão por flexão: Aplicação de uma força concentrada sobre a porção mediana do corpo apoiado pela suas extremidades; A parte que aplica-se a força não está apoiada. Um exemplo clássico é quando se tem uma prótese fixa, quando tem-se dois dentes que tem raiz, e um dente que não tem raiz, então ele é apoiado em outros dois pilares. 3) Deformação: o Alteração do corpo pela ação da força/tensão; o Ocorre quando a reação interna (tensão) é superada pela força; o Logo, quando tem-se uma força que é maior que a força do objeto, isso tende a causar uma deformação. Licenciado para - Ana Paula Oliveira da Costa - 08196778333 - Protegido por Eduzz.com Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade - Aula 1 – Materiais dentários e suas propriedades - Thales Ribeiro Página 5 o Tipos de deformação: 1) Deformação elástica: Conceito: a deformação elástica é uma deformação reversível; Quando coloca uma força sobre o elástico vai ser esticado; Desaparece quando a força é removida 2) Deformação plástica: Conceito: a deformação plástica é uma deformação permanente; Não se recupera quando a força é removida o Lei de Hooke A intensidade da Força elástica é diretamente proporcional à deformação elástica; É utilizada para calcular a deformação causada pela força exercida sobre um corpo; Logo quanto mais aumenta o peso, mais estará aumentando a deformação elástica. Força Deformação Axial Alongamento Contração Cisalhamento Cisalhamento Torção Torção Flexão FlexãoLicenciado para - Ana Paula Oliveira da Costa - 08196778333 - Protegido por Eduzz.com Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade - Aula 1 – Materiais dentários e suas propriedades - Thales Ribeiro Página 6 o Limite Proporcional (LP) É a tensão máxima que uma estrutura pode suportar antes de começar a apresentar deformação plástica; Valor acima do qual as tensões aplicadas não mais serão proporcionais às deformações respectivas. Gráfico: Tensão/Deformação Explicação gráfico: Se colocar uma força de 400kg, suportará antes de começar a se deformar plasticamente, logo, se deformará apenas elasticamente, teve uma deformação de 0,4%, ao tirar essa força a sua deformação volta para zero, entretanto se for colocado uma força maior do que 400kg irá se deformar plasticamente. o Limite Elástico: Tensão máxima suportada por um material de modo que, removida a carga, o mesmo retorne às suas dimensões originais. Limite proporcional X Limite Elástico Limite Proporcional Tensão acima da qual não há mais proporcionalidade entre a tensão aplicada e a deformação. Limite Elástico: Tensão máxima que um material pode suportar antes de apresentar deformação plástica. OBS: O limite proporcional e o limite elástico é o mesmo ponto no gráfico. A única diferença entre eles é o conceito. o Limite de Escoamento: Valor da tensão necessária para induzir uma pequena quantidade de deformação plástica. É o primeiro ponto que vai e não volta mais, após aplicar uma força. o Limite Convencional de Escoamento (LCE) Tensão necessária para se produzir uma deformação em particular previamente escolhida; É o limite que a gente escolhe, vai-se aplicar uma força e vai ver o quanto o corpo deforma. Carga Deformação 100 Kg 0,1 % 200 Kg 0,2 % 300 Kg 0,3 % 400 kg 0,4 % 500 Kg 0,68 % 600 kg 0,83 % Licenciado para - Ana Paula Oliveira da Costa - 08196778333 - Protegido por Eduzz.com Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade - Aula 1 – Materiais dentários e suas propriedades - Thales Ribeiro Página 7 o Propriedades mecânicas nas deformações ELÁSTICAS Módulo de elasticidade, elástico ou de Young (E) Descreve a rigidez de um material dentro do LP (limite proporcional); Quanto menor o módulo de elasticidade, maior vai ser a deformação elástica, quanto maior o módulo de elasticidade, menor a deformação elástica. Contraste E = Tensão/Deformação E = Deformação elástica Flexibilidade Propriedade de ser passível a grandes deformações elásticas. Flexibilidade máxima (ᵋ) Deformação que ocorre quando o material é tensionado ao seu LP (Limite proporcional). Carga Deformação 100 Kg 0,1 % 200 Kg 0,2 % 300 Kg 0,3 % 400 kg 0,4 % 500 Kg 0,68 % 600 kg 0,83 % Licenciado para - Ana Paula Oliveira da Costa - 08196778333 - Protegido por Eduzz.com Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade - Aula 1 – Materiais dentários e suas propriedades - Thales Ribeiro Página 8 o Propriedades mecânicas nas deformações PLÁSTICAS Resiliência Energia absorvida por um material quando tensionado até o LP Friabilidade Incapacidade relativa do material de suportar uma deformação plástica; Suporta mais uma deformação elástica, em compensação quando ela chega em uma deformação plástica, ela logo para, pois aí ela quebra. Ductibilidade e Maleabilidade TRAÇÃO COMPRESSÃO Definição para ambos Capacidade do material de suportar uma deformação permanente sem ruptura A diferença entre um e outro, é que, se usa o termo dúctil quando está se falando de tração e usa-se o termo maleável quando está se falando de compressão. Explicação gráfico: No gráfico tem-se escrito ductibilidade, mas também poderia está escrito maleabilidade. Tem-se o material A, ele tem um grande limite de proporcionalidade, depois desse grande limite de proporcionalidade, ele tem uma alta deformação plástica também, então ele tem uma deformação elástica que aguenta uma grande força, mas que se deforma pouco, e depois ele vai se deformando e deformando, desde que não aumente muito a força. Tem-se um material B, que vai ter um limite de proporcionalidade, com uma força menor, então com menos força ele se deforma mais. Tem-se também o material C, que se deforma com pouca força, e se deforma mais, mas quando Licenciado para - Ana Paula Oliveira da Costa - 08196778333 - Protegido por Eduzz.com Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade - Aula 1 – Materiais dentários e suas propriedades - Thales Ribeiro Página 9 ele entra no limite de deformação plástica ele já se rompe. Agora, ao pensar em ductibilidade ou maleabilidade, tem-se que, apesar do material A aguentar bastante força sem se deformar, de maneira que ele não volte, ele também consegue se deformar bastante, sem romper, então a ductibilidade dele é maior, do que um material que vem se deformando, deformando, vem se alterando sem se deformar, e depois rompe. Então a ductibilidade vem da somatória tanto da deformação elástica, quanto da deformação plástica, então seria o quanto esse material conseguiria se deformar plasticamente. Tenacidade Quantidade de energia necessária para a fratura OBS.: RMT (Resistência Máxima de Tenacidade) Propriedades de resistência Resistência Tensão necessária para causar fratura ou deformação plástica; Vai-se observar o quanto o material suporta de força antes de se deformar ou quanto o material suporta de força antes de se romper; Resistência máxima Tensão máxima suportada antes da fratura Licenciado para - Ana Paula Oliveira da Costa - 08196778333 - Protegido por Eduzz.com Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade - Aula 1 – Materiais dentários e suas propriedades - Thales Ribeiro Página 10 Propriedades de resistência 1) Resistência à tração - Geralmente usa-se esses testes com materiais metálicos; - Quanto o material vai suportar se puxar ele. 2) Resistência à tração diametral -Esse teste é utilizado quando se tem materiais friáveis ; - Vai-se colocar uma força, e apesar de está escrito tração geralmente é uma força de compressão, e o objeto que é cilíndrico que vai está em estudo, tende a se romper na metade, ao meio. 3) Resistência à compressão - Vai comprimir um corpo, e esse corpo vai se deformar da maneira que ele quiser, não necessariamente vai quebrar ao meio, ele vai se quebrar de qualquer maneira. 4) Resistência à flexão - Tem-se duas bases, um material em cima e faz-se uma força no meio desse material; - Se quiser por exemplo saber quanto uma prótese vai suportar, fazer uma força entre as próteses. Licenciado para - Ana Paula Oliveira da Costa - 08196778333 - Protegido por Eduzz.com Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade - Aula 1 – Materiais dentários e suas propriedades - Thales Ribeiro Página 11 - Tem-se os implantes dentários, se pegar uma dentadura e colocar sobre esses implantes, só que o material que é feito a dentadura que é um polímero, quando a pessoa começar a mastigar, vai tender a quebrar entre um implante e outro, para tentar solucionar esse problema, pode-se colocar uma barra metálica, e quando fizer a força de flexão, vai resistir muito mais do que se só tivesse um material sem essa barra. Então a força de flexão que o metal aguenta é muito maior do que a que o acrílico aguenta. Então para conseguir fazer com que não quebre a dentadura entre um implante e outro, coloca-se uma barra metálica e vai distribuir melhor essa tensão. 5) Resistência á fadiga - É um teste que se faz para ver o quanto de ciclos aquela estruturavai suportar; - Quantos ciclos a estrutura aguenta até formar ou um defeito ou uma trinca ou uma fratura. 6) Resistência ao impacto - Coloca-se dois pilares/suportes, coloca-se uma barra, nessa barra faz-se um entalhe e depois coloca-se um pêndulo, o pêndulo pode bater apenas uma única vez, e o objeto quebrar, ou o pêndulo pode bater várias vezes até que o objeto se quebre. Licenciado para - Ana Paula Oliveira da Costa - 08196778333 - Protegido por Eduzz.com Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade - Aula 1 – Materiais dentários e suas propriedades - Thales Ribeiro Página 12 Propriedades mecânicas de superfície 1) Dureza - Resistência á endentação ou penetração na superfície; - Quanto mais o material se deformar menos duro ele é. - TESTES DE DUREZA 2) Fricção - Resistência de um material sobre o outro ao movimento. 3) Desgaste - Perda de material pela remoção e deslocamento de materiais através do contato entre eles. Licenciado para - Ana Paula Oliveira da Costa - 08196778333 - Protegido por Eduzz.com Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade - Aula 1 – Materiais dentários e suas propriedades - Thales Ribeiro Página 13 o Propriedades mecânicas nas estruturas dentárias ESMALTE E DENTINA Esmalte é um material mais rígido e mais friável, então ele demora para se deformar, tem uma resistência elástica maior, e quando ele começa a se deformar plasticamente logo ele quebra. Dentina é um material mais flexível e mais tenaz. Tem uma deformação elástica menor do que a do esmalte, mas tem uma deformação plástica maior do que a do esmalte. 2) Propriedades Físicas O que são? o São baseadas em leis da mecânica, acústica, óptica, termodinâmica, eletricidade, magnetismo, radiação, estrutura atômica ou fenômenos nucleares. Óptica; Térmica; Elétrica Propriedades ópticas o Cor A percepção de cor de um objeto é resultado de uma resposta fisiológica a um estímulo física, que é a luz. A cor pode sofrer interferência A cor ela “não é fixa”, cada pessoa vai enxergar de uma maneira. Contudo quando vai-se para a boca de um paciente, tem-se que acertar a cor, logo o aluno de Licenciado para - Ana Paula Oliveira da Costa - 08196778333 - Protegido por Eduzz.com Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade - Aula 1 – Materiais dentários e suas propriedades - Thales Ribeiro Página 14 odontologia deve começar a treinar o olhar, para conseguir ter semelhanças do que se está enxergando com a cor real do dente. Luz Visível Dentro do espectro visível de luz, vai-se desde o violeta até o infra-vermelho. São as cores que nós vamos conseguir enxergar. Dentro da odontologia divide-se as cores de três maneiras, que se chama de: - Matiz - Croma - Valor Matiz Determina a cor, segundo o seu comprimento de onda no espectrograma. Descreve o tipo de cor (nome) Vai definir se a cor é amarela, se é vermelho, se é azul, por exemplo. Licenciado para - Ana Paula Oliveira da Costa - 08196778333 - Protegido por Eduzz.com Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade - Aula 1 – Materiais dentários e suas propriedades - Thales Ribeiro Página 15 Croma/Saturação Mede a intensidade do matiz; Maior ou menor intensidade de saturação; Quanto maior a saturação mais escura fica, quanto menor a saturação mais claro fica. Valor/Luminosidade Brilho da cor – quantidade de pigmentos brancos ou preto, que o dente vai ter; Cada dente tem uma característica de absorver ou refletir a luz, então quanto mais ele reflete a luz, mais branco ele tende, e quanto mais esse dente absorve, mais pigmentos para o escuro se tende; Gradação de quanto essa cor reflete ou absorve luz. o Mensuração de cor - Para poder conseguir medir a cor tem-se dois métodos: Técnicas instrumentais: Espectrômetro vai avaliar a cor de acordo com equações matemáticas, então aponta a ponta para o dente e ele vai medir. Ele vai dar tanto os valores que costuma-se usar que é os que vêm na resina A1, A2, A3, como também vai-se dar valores mais específicos, que são valores de delta. Odonto – Sensor Digital de Cor Easyshade Advance 4.0 Vita – Wilcos Técnicas Visual: Usa-se a escala de cores A escala de cor que se tem na clínica da Fainor foi feita para avaliar cerâmicas, quando vai fazer uma prótese indireta. Para avaliar resina, cada resina tem um sub tom diferente, então muitas vezes o tom da resina de uma marca, muitas vezes não é o tom da resina A”x”, que seria semelhante a da outra marca. Então o ideal é sempre que se teste depois a resina na boca, para poder saber se aquele A”x” escolhido realmente condiz com o A”x” da boca do paciente. Licenciado para - Ana Paula Oliveira da Costa - 08196778333 - Protegido por Eduzz.com Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade - Aula 1 – Materiais dentários e suas propriedades - Thales Ribeiro Página 16 X = 1 ou 2 ou 3 ou... Ex.: Escala de Cores Vita Classical – Wilcos OBS.: Os “A’s” são os tipos de matiz, depois A1, A2, A3, A3/2, A4... são o nosso croma, e depois a nossa saturação a gente só consegue medir quando se tem esse tipo de escala, que é uma escala já mais completa. o Metamerismo Capacidade de uma cor ser idêntica a outra em uma mesma fonte de luz. É quando muitas vezes achamos que é uma determinada cor quando estamos sob uma luz, ou a mesma cor em diferentes luminosidades se tornem diferentes. **Pode se tornar diferente ao mudar a iluminação o Fluorescência É a emissão de energia luminosa por um material, quando um feixe de luz brilha sobre ele; É a capacidade que um material tem de refletir uma luz; As luzes azul e ultravioleta produzem uma luz fluorescente passível de ser vista; O dente tem uma fluorescência natural, tem dentes que são mais fluorescentes e tem dentes que são menos fluorescentes; As resinas compostas tem umas que são muito fluorescentes e outras que são bem menos fluorescente. Licenciado para - Ana Paula Oliveira da Costa - 08196778333 - Protegido por Eduzz.com Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade - Aula 1 – Materiais dentários e suas propriedades - Thales Ribeiro Página 17 o Opacidade | Translucidez e Transparência o Opacidade: É a propriedade dos materiais que previne/evitar a passagem da luz. o Translucidez: É a propriedade das substâncias que permite a passagem de luz, mas a dispersa, então os objetos não podem ser vistos através do material. o Transparência: Permitem a passagem de luz, de tal forma que ocorre pouca distorção e os objetos podem ser claramente visualizado através deles. Propriedades térmicas 1) Calor de fusão 2) Calor específico 3) Condutibilidade térmica 4) Coeficiente de expansão térmica 1) Calor de fusão: É o calor em calorias, ou joules, necessário para converter 1 g de material do estado sólido para o estado líquido. 2) Calor específico: É a quantidade de calor necessária para elevar a temperatura de 1g da substância em 1°C. Licenciado para - Ana Paula Oliveira da Costa - 08196778333 - Protegido por Eduzz.com Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade - Aula 1 – Materiais dentários e suas propriedades - Thales Ribeiro Página 18 3) Condutibilidade térmica: É a capacidade que o material tem de conduzir o calor; É quantidade de calor, em calorias ou joules por segundo, que passa através do corpo com 1 cm de espessura, com uma secção transversal com 1cm2, quandoa diferença de temperatura for 1°C. Ao pensar no dente, por exemplo, a prata é muito mais condutora de calor do que quando se pega o esmalte e a dentina. Então quando se tem uma restauração de amálgama, que entre os componentes dele vai-se ter a prata, o amálgama conduz muito mais temperatura do que o nosso dente. Então quem tem uma restauração grande e está comendo alguma coisa que é quente, deve sentir mais nesse dente do que nos outros dentes que são naturais. Quanto de calor uma estrutura dentária comporta? Nosso corpo está a +/- 37°C, e aí ele consegue aumentar até 5,5°, indo para 42,5°C, então quando se tem uma resposta com um calor com mais de 5,5°C existe uma tendência de causar um dando irreversível à polpa, então pode causar uma necrose e assim por diante. Por isso que quando se usa a “alta rotação”, usa ela com água, para poder conseguir resfriar esse calor, pois esse calor da alta rotação aquece o dente muito mais do que 5,5°C, e ao invés dessa pessoa ganhar uma restauração ela vai ganhar um tratamento de canal. 4) Coeficiente de expansão térmica: A mudança no comprimento por unidade de comprimento do material para uma mudança de 1°C na temperatura é chamada de coeficiente linear de expansão térmica; É o quanto o material expande ou contrai com a mudança do calor. A resina tem um coeficiente de expansão parecido com a estrutura dentária, enquanto que o amálgama se expande muito mais do que o dente. Então quando se tem uma restauração de amálgama e ela está ali sofrendo calor, aí ela expandiu, aí vai para o frio e aí contrai, aí vai para o calor e expande novamente e aí volta para o frio e contrai novamente, aí pode ocorrer uma fratura do dente. Então quando se tem um dente que tem pouca estrutura e bastante amálgama, muitas vezes esse calor e esse frio pode causar uma fratura. 3) Propriedades elétricas “Dar choque” não é a única propriedade elétrica que existe O comportamento dos materiais, em resposta a um campo elétrico externo, define as suas propriedades elétricas. o Condutibilidade elétrica A capacidade de um material conduzir uma corrente elétrica; É importante quanto a avaliação do limiar de dor, resultante da aplicação de estímulo elétrico; MATERIAL CONDUTIBILIDADE TÉRMICA (cal/s/cm²/°C/cm) Prata 1,006 Cobre 0,918 Ouro 0,710 Amálgama 0,055 Resinas Compostas 0,0026 Esmalte 0,0022 Dentina 0,0015 Licenciado para - Ana Paula Oliveira da Costa - 08196778333 - Protegido por Eduzz.com Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade - Aula 1 – Materiais dentários e suas propriedades - Thales Ribeiro Página 19 Estímulo elétrico que pode passar pela estrutura do dente ou pela estrutura da restauração, e quando o material é mais condutor, a gente sente as vezes muito mais esse choque, do que quando o material é isolante. Dielétrico: Material que fornece isolamento elétrico, logo quando o material é isolante chama ele de dielétrico. o Galvanismo: Eletricidade desenvolvida pelas ações química ou pelo contato de dois metais diferentes, com um líquido interposto; Resultada da diferença de potencial entre restaurações diferentes nos dentes opostos ou adjacentes. Licenciado para - Ana Paula Oliveira da Costa - 08196778333 - Protegido por Eduzz.com Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade - Aula 1 – Materiais dentários e suas propriedades - Thales Ribeiro Página 20 4) Outras propriedades 1) Resistência à abrasão 2) Viscosidade 3) Deslustre e Descoloração 4) Sorção da água 5) Solubilidade e desintegração 6) Tempo de presa 7) Vida útil 1) Resistência à abrasão: Abrasão: perda de material da superfície pela ação mecânica, ou combinação de ações mecânicas e químicas. Depende (o que vai poder ocasionar a abrasão): Dureza do material; Força da mordida; Frequência de mastigação; Abrasividade da dieta; Composição dos líquidos; Variações de temperaturas; Aspereza de cada superfície; Propriedades físicas dos materiais. 2) Viscosidade: Propriedade dos materiais em estado líquido; É a resistência do líquido a fluir; É a medida da consistência de um fluido e sua incapacidade de escoamento; Vai ser medido de acordo com a dificuldade que o material tem de cair; Quanto mais viscoso for o líquido mais dificuldade ele tem de sair. Licenciado para - Ana Paula Oliveira da Costa - 08196778333 - Protegido por Eduzz.com Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade - Aula 1 – Materiais dentários e suas propriedades - Thales Ribeiro Página 21 Conforme diminui a viscosidade, aumenta a fluidez e vice-versa. A viscosidade da maioria dos líquidos diminui rapidamente com o aumento da temperatura; Geralmente o líquido é mais viscoso quando ele está frio, e conforme vai esquentando ele, vai se tornando mais fluido. Tixotropia: Quando um líquido se torna menos viscoso e mais fluido sob pressão; Quando pega a pasta de dente e coloca na escova ela não cai, porém se sofrer alguma agitação, ou se pressionar ela, ela tende a ficar mais fluida. 3) Deslustre e descoloração Deslustre Descoloração superficial do metal ou perda ou alteração do acabado ou brilho superficial; Descoloração: Perda, destruição ou desbotamento da cor natural; A resina composta, de acordo o tempo vai passando, ela vai sofrendo uma descoloração. Licenciado para - Ana Paula Oliveira da Costa - 08196778333 - Protegido por Eduzz.com Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade - Aula 1 – Materiais dentários e suas propriedades - Thales Ribeiro Página 22 4) Sorção de água: Adsorção: Adesão firme de um líquido ou gás a superfície, pela ligação das moléculas da superfície de um sólido ou líquido. Absorção: Uma substância absorvida penetra dentro da outra (sólido) num processo chamado difusão; A água ou líquido entra para dentro da estrutura dentária. Sorção: Representa a quantidade de água adsorvida na superfície ou absorvida para dentro do corpo do material durante a sua confecção ou em quanto a restauração está em uso. É tanto ficar na superfície quanto penetrar para dentro da estrutura dentária. Um dos materiais que acontece isso é o ionômero de vidro, por isso que quando faz- se uma restauração com ionômero tem-se que proteger depois, para evitar que esse líquido penetre na estrutura da restauração. 5) Solubilidade e Desintegração: Solubilidade: Está relacionada com a capacidade que um material, denominado de soluto, apresenta de ser dissolvido por outro, o solvente; Tem materiais que são mais solúveis e tem materiais que são menos solúveis. Desintegração: Ação ou efeito de desintegrar; condição daquilo que se encontra desintegrado, descomposto, separado; Vai se desintegrar em uma outra superfície. 6) Tempo de presa: Tempo necessário para o material reagir e endurecer; Não é necessariamente o tempo que vai demorar para terminar de reagir; O ionômero, por exemplo, vai demorar uns 8 minutos para tornar preso, mas ele continua reagindo geralmente até 48 horas; Licenciado para - Ana Paula Oliveira da Costa - 08196778333 - Protegido por Eduzz.com Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade - Aula 1 – Materiais dentários e suas propriedades - Thales Ribeiro Página 23 Não indica o termino de reação; Pode ser influenciada pela manipulação; Podem ser acompanhadas de alterações exotérmicas e de modificações de volume. 7) Vida útil: Tempo aplicado para a deterioração geral e alteração da qualidade dos materiais durante o transporte e armazenamento; É o tempo que o material vem se comportando de forma ideal; Pode ser alterada peladata de validade do material, ou pelo armazenamento dependendo da temperatura que for armazenado, umidade, tempo a quantidade de material que se tem junto, o tipo de recipiente que ele for armazenado... Temperatura, umidade tempo de armazenamento, quantidade do material, tipo de recipiente para armazenamento, são fatores significativos. Licenciado para - Ana Paula Oliveira da Costa - 08196778333 - Protegido por Eduzz.com
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