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GABRIELLA PACHECO – MED102 18.02.2020 PATOLOGIAS EMBRIONÁRIAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO Atresia Esofágica A obstrução (atresia) da luz do esôfago ocorre com uma incidência de 1 em cada 3.000 a 4.500 recém-nascidos. Aproximadamente 1/3 das crianças afetadas nasce prematuramente. Esse defeito está associado à fístula traqueoesofágica em mais de 90% dos casos. A salivação excessiva pode ser notada logo após o nascimento e o diagnóstico de atresia do esôfago deve ser considerado se o bebê rejeitar a alimentação oral com regurgitação imediata e tosse. Causa afogamento. Fístula Traqueoesofágica Os quatro principais tipos de variação da fístula traqueoesofágica (FTE) mostradas em ordem de frequência: A: Atresia esofágica associada à fístula traqueoesofágica na maioria dos casos. B: Fístula entre a traqueia e o esôfago. C: O ar não consegue entrar na região distal do esôfago e no estômago. D: O ar pode entrar na porção distal do esôfago e no estômago e o conteúdo esofágico e gástrico pode entrar na traqueia e nos pulmões. Estenose do Esôfago O estreitamento (estenose) da luz do esôfago pode ocorrer em qualquer lugar ao longo do esôfago, mas geralmente ocorre no seu terço distal. A estenose esofágica resulta da recanalização incompleta do esôfago durante a oitava semana ou de uma falha no desenvolvimento dos vasos sanguíneos esofágicos na área afetada. Hérnia Congênita de Hiato Esôfago curto. A herniação de parte do estômago fetal pode ocorrer através de um hiato esofágico (abertura no diafragma através da qual o esôfago e os nervos vagos passam) excessivamente largo. Uma hérnia hiatal é geralmente adquirida durante a vida adulta; um hiato esofágico congenitamente aumentado por ser faotr predisponente em alguns casos. Defeito Posterolateral do Diafragma O único defeito congênito relativamente comum do diafragma é o defeito posterolateral que ocorre em cerca de 1 a cada 2.200 recém-nascidos. Esse defeito está associado com a hérnia diafragmática congênita (HDC) que leva a herniação do conteúdo abdominal para a cavidade torácica. Dificuldades respiratórias com risco de vida podem estar associadas com a HDC devido à inibição do desenvolvimento e da insuflação dos pulmões. Além disso, a maturação pulmonar fetal pode ser retardada. Normalmente unilateral, resulta de formação e fusão defeituosa das membranas pleuroperitoneais com as outras três partes do diafragma. Esse defeito congênito (também referido como o forame de Bochdalek) ocorre no lado esquerdo em 85% a 90% dos casos, essa preponderância pode estar relacionada ao fechamento precoce da abertura pleuroperitoneal direita. Eventração do Diafragma Uma condição rara em que metade do diafragma apresenta musculatura defeituosa e forma balões para dentro da cavidade torácica como uma camada aponeurótica (membranosa), formando uma bolsa diafragmática. As vísceras abdominais são deslocadas superiormente para dentro da bolsa do diafragma. A eventração do diafragma não é uma hérnia diafragmática verdadeira; é um deslocamento superior de vísceras para uma parte sacular do diafragma, no entanto, as manifestações clínicas da eventração diafragmática podem simular a HDC. Gabriella Pacheco GABRIELLA PACHECO – MED102� Estenose Hipertrófica do Piloro Os sintomas da estenose hipertrófica do piloro tipicamente surgem entre 3 e 6 semanas de vida. Vômitos em jato (sem bile) ocorrem logo após as refeições sólidas. Até que a desidratação se instale, as crianças se alimentam avidamente e, por outro lado, aparentemente parecem estar bem, muito diferente das que vomitam por apresentarem doença sistêmica. Ondas peristálticas gástricas podem ser visíveis cruzando o epigástrio da esquerda para a direita. Uma massa pilórica semelhante a uma azeitona, discreta, firme, móvel, de 2 a 3 cm, é as vezes palpável no fundo do lado direito do epigástrio. Com a evolução da doença, as crianças não ganham peso e a desidratação se desenvolve. Mais comuns em bebês do sexo masculino. Pâncreas Anular A parte anular do pâncreas consiste em uma fina e achatada banda de tecido pancreático que envolve o duodeno. Os sintomas são de obstrução intestinal completa ou parcial. A obstrução do duodeno se desenvolve caso ocorra inflamação (pancreatite) no pâncreas anular. O defeito pode ser associado à Síndrome de Down, má rotação intestinal e defeitos cardíacos. Mulheres são afetadas com maior frequência do que homens. A intervenção cirúrgica pode ser necessária. Estenose do Duodeno Geralmente resulta da recanalização incompleta do duodeno, resultando vacuolização defeituosa. A maioria das estenoses envolve a porção horizontal (terceira) ou a porção ascendente (quarta) do duodeno. Devido à estenose, o conteúdo do estômago (geralmente contendo bile) é, frequentemente, vomitado. Gabriella Pacheco GABRIELLA PACHECO – MED102� Atresia do Duodeno A atresia duodenal não é comum. O bloqueio quase sempre ocorre na junção do ducto biliar e do ducto pancreático ou na ampola hepatopancreática (uma área dilatada dentro da papila duodenal maior que recebe o ducto biliar e o ducto biliar e o ducto pancreático principal), ocasionalmente, o bloqueio envolve a porção horizontal (terceira) do duodeno. A investigação de famílias com atresia duodenal familiar sugere um padrão de herança recessiva autossômica. Atresia Biliar Extra-Hepática É a anomalia congênita mais grave do sistema biliar extra-hepático e ocorre em 1 a cada 5.000 a 20.000 nascidos vivos. A forma mais comum é a obliteração dos ductos biliares ou sobre a porta hepática. A icterícia ocorre logo após o nascimento, as fezes são acólicas (cor de argila) e a urina de cor escura. A atresia biliar pode ser atenuada cirurgicamente na maioria dos pacientes, mas em mais de 70% dos indivíduos tratados, a doença continua a progredir. Pâncreas Ectópico O pâncreas ectópico (tecido pancreático ectópico) está localizado separado do pâncreas. O tecido pode se localizar na mucosa do estômago, no duodeno proximal, no jejuno, no antro pilórico e no divertículo ileal (de Meckel). Esse defeito geralmente é assintomático e é descoberto incidentalmente, entretanto, ele pode se apresentar co sintomas gastrointestinais, obstrução, sangramento ou até mesmo câncer. Baço Acessório Uma ou mais pequenas massas esplênicas (com cerca de 1cm de diâmetro) de tecido esplênico totalmente funcional podem existir além do corpo principal do baço em uma das dobras peritoneais, geralmente próximo ao hilo do baço, na cauda do pâncreas ou dentro do ligamento gastroesplênico. Embora os vários baços sejam de tecido funcional, a função imune da criança ainda pode estar comprometida, resultando em uma suscetibilidade aumentada à infecção. O baço acessório ocorre em aproximadamente 10% das pessoas. Gabriella Pacheco GABRIELLA PACHECO – MED102� Duplicação da Vesícula Biliar Gabriella Pacheco GABRIELLA PACHECO – MED102�
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