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Prof. Nonato Miranda UNIDADE I Política e Organização da Educação Básica São objetivos desta unidade: Conceituar e caracterizar o Estado. Compreender o que é governo e seu papel na sociedade. Explicitar o conceito de políticas públicas e sua aplicabilidade. Explicitar o sentido das teorias econômicas (neoliberalismo e marxismo) na educação. Apresentar a LDB como política pública de educação. Objetivos Para Vieira e Albuquerque (2001), muitas são as formas de entender o significado do conceito de Estado. Estado é entendido pela noção clássica como sendo o “povo social e política e juridicamente organizado, que, dispondo de uma estrutura administrativa, de um governo próprio, tem soberania sobre determinado território” (HOUAISS, 2009, p. 341). Não é só isso, dada a complexidade do termo e o sentido político que tem, o Estado foi estudado por vários autores das mais diversas áreas do conhecimento. Estado e seu conceito O Estado pode ser compreendido como sendo: uma instituição organizada política, social e juridicamente, que ocupa um território definido e, na maioria das vezes, sua lei maior é a Constituição (DE CICCO; GONZAGA, 2013, p. 25). É dirigido por um governo soberano, reconhecido interna e externamente, sendo responsável pela organização e pelo controle social, pois detém o monopólio legítimo do uso da força e da coerção (Idem). Estado e seu conceito Segundo Bobbio (2007), os elementos do Estado são de ordem material e formal. Do ponto de vista material, temos a população e o território; do ponto de vista formal, o governo. E o que vêm a ser população e território? Para Kelsen (2000), do ponto de vista material, podemos entender por população o conjunto de todos os habitantes do território do Estado. Por povo, o conjunto dos cidadãos que mantêm vínculos políticos e jurídicos com o Estado. Território é entendido como o espaço para o qual apenas uma ordem jurídica está autorizada a prescrever atos coercitivos e onde podem ser executados. Elementos do Estado As características do Estado são a soberania, a nacionalidade e a finalidade. Soberania: a capacidade de proclamar seu próprio direito positivo de forma incontestável. Nacionalidade: é o vínculo jurídico-político de direito público interno, em que a pessoa se torna um dos elementos da dimensão pessoal do Estado (MIRANDA, 2004). Atualmente, no Direito Constitucional, nacionalidade e cidadania têm sentidos distintos. Nacionalidade está mais ligada à origem, ao local de nascimento, e cidadania às obrigações políticas e jurídicas. Características do Estado Finalidade: segundo Dallari (1990, p. 56), “é o bem comum, ou seja, o conjunto de todas as condições de vida social que consintam e favoreçam o desenvolvimento integral da pessoa humana”. O termo é escrito em letra maiúscula e representa um governo próprio que, em seu território, tem soberania. As teorias que tratam do Estado estudam as suas funções tradicionais, que estão englobadas em três grandes domínios de poder: Poder Executivo, Poder Legislativo e Poder Judiciário. As funções desempenhadas pelo Estado são as políticas, as sociais e as econômicas. Características do Estado No campo da filosofia social há duas tradições para a compreensão do papel do Estado na sociedade: liberalismo e marxismo. Liberalismo: proposta por Adam Smith, essa tradição considera que apenas a valorização da liberdade individual e a livre concorrência podem permitir que as sociedades se tornem cada vez mais avançadas, permitindo também o surgimento do bem-estar social. O Estado, por sua vez (e ao contrário do socialismo), deve ser mínimo e voltado, principalmente, para a rígida aplicação das leis, sendo todos os homens iguais perante a lei, independentemente de classe social. Se a lei não for aplicada a todos, não podemos ter esperanças nem no liberalismo e muito menos em qualquer sociedade que queira evoluir. Estado: duas vertentes Marxismo: Karl Marx realizou uma análise das sociedades capitalistas e levantou várias questões que vieram a influenciar muitos pensadores depois dele, além de motivar várias revoluções e movimentos sociais mundo afora. Entre suas ideias fundamentais está a percepção de que a história da humanidade tem sido a história da luta de classes. Após a ascensão da burguesia como classe dominante, o capitalismo tomou uma forma sofisticada de dominação abrangendo a religião e o Estado, que, basicamente, agem em favor das classes dominantes. Estado: duas vertentes Marx afirmou que “os filósofos interpretaram o mundo, mas chegou a hora de transformá-lo”. E essa transformação seria justamente a destituição da burguesia por meio de uma revolução do proletariado, que tomaria os meios de produção, fazendo surgir o socialismo e, posteriormente, como fase final, o comunismo, quando então não existiriam mais classes sociais. Estado: duas vertentes Karl Marx e Adam Smith têm visões antagônicas em relação ao papel do Estado na sociedade. Dentre as assertivas descritas, apenas uma corresponde à concepção de Adam Smith. Identifique-a: a) O proletariado seriam aqueles que, sem recursos ou riquezas, oferecem sua mão de obra para produzir os bens e os serviços necessários à sociedade em troca do salário. b) Os meios de produção pertencem à classe dominante (ou burguesia) que busca sempre o acúmulo cada vez maior de capital. c) A mais-valia, que seria a base da exploração capitalista, grosso modo, é a diferença entre o custo de produção e o preço de venda do produto. d) Se essas condições estiverem devidamente postas, o mercado iria regular-se de forma espontânea, equilibrando os preços dos produtos e gerando os bens e os serviços necessários a todos os cidadãos por um preço justo. e) Para conseguir um lucro cada vez maior, é necessário que o proletariado trabalhe cada vez mais por um salário cada vez menor, aumentando, assim, o lucro. Interatividade Karl Marx e Adam Smith têm visões antagônicas em relação ao papel do Estado na sociedade. Dentre as assertivas descritas, apenas uma corresponde à concepção de Adam Smith. Identifique-a: a) O proletariado seriam aqueles que, sem recursos ou riquezas, oferecem sua mão de obra para produzir os bens e os serviços necessários à sociedade em troca do salário. b) Os meios de produção pertencem à classe dominante (ou burguesia) que busca sempre o acúmulo cada vez maior de capital. c) A mais-valia, que seria a base da exploração capitalista, grosso modo, é a diferença entre o custo de produção e o preço de venda do produto. d) Se essas condições estiverem devidamente postas, o mercado iria regular-se de forma espontânea, equilibrando os preços dos produtos e gerando os bens e os serviços necessários a todos os cidadãos por um preço justo. e) Para conseguir um lucro cada vez maior, é necessário que o proletariado trabalhe cada vez mais por um salário cada vez menor, aumentando, assim, o lucro. Resposta De acordo com o Novo Aurélio (FERREIRA,1999, p. 1000), governo refere-se ao: “ato ou efeito de governar; administração, gestão, direção; e, ainda, administração superior, ministério, poder executivo e também sistema político pelo qual se rege um país”. Em outras palavras, o governo tem o papel de administrar o Estado, com a função executiva, e, nesse sentido, caracteriza-se como uma das instituições que compõem o Estado: o Poder Executivo. Essa administração é transitória e pode ser representada pelos diversos partidos políticos existentes. Governo O Poder Executivo de um país, estado ou município durante um período de tempo administra, chefia. Quando falamos de governo, identificamos a pessoa que o representa, o governante de uma esfera de Poder Executivo (federal, estadual ou municipal) e expressamos nossa opinião sobre seu desempenho, por exemplo, dizendo que foi alguém que governoubem no seu tempo, que provocou mudanças favoráveis para o povo, e julgando sempre de acordo com o tipo de sociedade que o Estado decidiu ser. Atualmente estamos numa sociedade democrática. Papel do Governo Por nação entendemos um povo, agrupamento ou organização de uma sociedade cujos membros compartilham uma tradição histórica e que, por isso, apresentam uma identidade, uma cultura própria que os distingue de outros e que também os une. Usamos cotidianamente as palavras Estado, governo e nação como se fossem sinônimos, porém elas representam aspectos bem diferentes da realidade social, política e econômica brasileira. Conceito de nação No Dicionário Michaelis (2009), entre outras, encontramos as seguintes definições da palavra política: “Arte ou ciência de governar. [...] Arte ou ciência da organização, direção e administração de nações ou estados. [...] Aplicação desta arte nos negócios internos (política interna) da nação ou nos negócios externos (política externa)”. Para entender melhor o sentido e as finalidades das políticas públicas, faz-se necessário compreender o sentido de público. Quando pensamos no termo política, estamos nos referindo àquilo que é próprio do homem, auxilia-o a resolver problemas, conflitos e a organizar sua vida social. Políticas públicas Para Padilha (2001), há várias definições para política, mas o sentido que está mais presente é o das ações e das relações humanas. No caso da educação escolar, em sentido específico, “pode representar a Administração do Estado pelas autoridades e especialistas governamentais, ações da coletividade em relação a tal governo” (PADILHA, 2001, p. 20). Não existe um conceito apenas, uma definição para a interpretação do conceito de políticas públicas, pois ao longo das décadas esse conceito vem sendo ressignificado. Políticas públicas A definição instituída por Thomas Dye (1984) é sempre citada como aceitável quanto ao que seria uma política pública, “o que o governo escolhe fazer ou não fazer”. A definição cunhada por Lasswell, anterior à de Dye é também muito utilizada, surge em forma de provocação: quem ganha o que, por que e que diferença faz. Essas questões orientariam o estudo do que, de fato, pode ser considerada uma política pública, assim como daria um guia de orientação quanto às questões que necessitariam ser respondidas para uma análise mais elaborada (AGUM, RISCADO, MENEZES, 2015, p. 15). Cumpre destacar que nosso enfoque nesta disciplina recai sobre as políticas sociais, mais precisamente, as políticas educacionais. Políticas públicas Políticas públicas significam, usando as definições apontadas anteriormente: diretrizes, princípios norteadores de ação do poder público, regras e procedimentos que estabelecem as relações entre o poder público e a sociedade; as mediações entre a população e o Estado, ou seja, cidadãos que representam a sociedade e o Estado. Conceito de políticas públicas As políticas públicas em educação traduzem e sistematizam, em seu processo de elaboração, a definição das necessidades educacionais brasileiras e a forma de intervenção a ser adotada, a implantação e a implementação de ações, projetos, programas, qual população a ser atendida e os resultados esperados a curto, médio e longo prazo. Políticas públicas Os objetivos das políticas públicas estão voltados principalmente aos setores marginalizados da sociedade, que são considerados vulneráveis. As políticas públicas visam a efetivar os direitos da cidadania. Identificamos as políticas públicas sociais e as políticas públicas educacionais. Objetivos das políticas públicas Quanto aos impactos que podem causar nas relações sociais ou em seus beneficiários, as políticas públicas podem ser: distributivas, quando distribuem benefícios individuais; redistributivas, ao buscar equidade redistribuindo os benefícios entre os grupos sociais; e regulatórias, ao definir regras e procedimentos para atender aos interesses gerais da sociedade. Tipologia das políticas públicas Com relação às políticas públicas, é correto o que se afirma em: a) Dada a complexidade que está por trás do conceito de políticas públicas, existe um conceito único criado com o advento da sociedade burguesa. b) A definição de Thomas Dye (1984) é inaceitável porque uma política pública diz, tão somente, ao que o governo escolhe fazer. c) Uma política pública diz respeito, apenas, ao que o governo escolhe fazer para um grupo social mais privilegiado. d) A formulação de políticas públicas constitui-se no estágio em que os governos democráticos traduzem seus propósitos e plataformas eleitorais em programas e ações para produção de resultados ou mudanças no mundo real. e) O discurso em torno das políticas públicas está carente de respostas teóricas ou metodológicas, uma vez que o campo de estudo em questão comporta apenas o olhar do governo. Interatividade Com relação às políticas públicas, é correto o que se afirma em: a) Dada a complexidade que está por trás do conceito de políticas públicas, existe um conceito único criado com o advento da sociedade burguesa. b) A definição de Thomas Dye (1984) é inaceitável porque uma política pública diz, tão somente, ao que o governo escolhe fazer. c) Uma política pública diz respeito, apenas, ao que o governo escolhe fazer para um grupo social mais privilegiado. d) A formulação de políticas públicas constitui-se no estágio em que os governos democráticos traduzem seus propósitos e plataformas eleitorais em programas e ações para produção de resultados ou mudanças no mundo real. e) O discurso em torno das políticas públicas está carente de respostas teóricas ou metodológicas, uma vez que o campo de estudo em questão comporta apenas o olhar do governo. Resposta Visão liberal: a visão da política liberal tem no liberalismo seus fundamentos, que se traduzem no “conjunto de ideias e doutrinas que visam a assegurar a liberdade individual no campo da política, da moral, da religião dentro da sociedade” (FERREIRA, 1999, p. 1.209). O liberalismo político resultante da filosofia liberal, defende a liberdade política do indivíduo em relação ao Estado e à existência de oportunidades iguais para todos. Crise do Estado de Bem-Estar Social Visão social-democrata: concebe uma política de atuação com benefícios sociais que visem à proteção dos mais fracos, como uma maneira de dar igualdade de condições a todos, em decorrência das diferenças econômicas promovidas pela sociedade capitalista. O Estado de Bem-Estar Social é o sistema que representa a visão social-democrata, na qual as políticas públicas têm um papel regulador das relações econômico-sociais. Governo Esse sistema cresce e leva a uma relativa distribuição de renda e ao reconhecimento de uma série de direitos sociais. Fundos públicos são constituídos e utilizados em investimentos em áreas estratégicas para o desenvolvimento e em programas sociais, o que acarreta um controle político e burocrático da vida dos cidadãos consumidores de bens públicos. A partir da década de 1970, esse modelo entrou em crise, devido aos novos padrões introduzidos pelas tecnologias nos processos de acumulação e nas relações de trabalho. Essa situação levou à falência do Estado protetor e ao agravamento da crise social, em virtude do esgotamento das possibilidades de atendimento às necessidades crescentes da população, gerando o burocratismo e a ineficiência do aparelho governamental. Visão social-democrata O neoliberalismo veio responder a essas necessidades sociais e econômicas que defendia a ação mínima do Estado. O equilíbrio social é resultante do livre funcionamento do mercado. As noções de mercados abertos e tratados de livre-comércio, redução do setor público e diminuição da intervenção estatal na economia e na regulação do mercado resultaram em programase políticas de ajuste estrutural. Nesse sistema modificam-se as formulações das políticas públicas, pois com a ação mínima do Estado é preciso que as regulamentações sejam mínimas e as políticas distributivas compensem desequilíbrios graves e passem, então, a ter um caráter seletivo de atendimento a todos, ou seja, um atendimento não universal. Visão neoliberal O fenômeno da globalização do capitalismo influencia a elaboração das políticas públicas, e os interesses internacionais aparecem com grande poder de interferência nas decisões, às vezes, ditados por organismos multilaterais. Cada país tem seu processo de formulação de políticas públicas, e esses processos vêm se tornando cada vez mais complexos. O Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional aparecem como instituições com grande poder de influência, por meio de um conjunto de programas e políticas com vistas ao ajuste estrutural necessário ao novo modelo econômico e social do Estado. Neoliberalismo e globalização O modelo de ajuste e estabilização proposto é baseado numa série de recomendações de políticas públicas que tem como premissa a redução drástica do gasto governamental, por meio da privatização das empresas estatais, da liberalização dos salários e dos preços e da reorientação das produções industrial e agrícola para exportação. Neoliberalismo e globalização É proposta a diminuição da participação financeira do Estado no fornecimento de serviços sociais, como saúde, pensões, aposentadorias, transporte público, habitação popular e educação, mediante sua transferência para o setor privado. As atividades do setor público são concebidas como improdutivas e como desperdício social. Assim também é entendida a educação e sua função social, o que incide nas concepções do papel da educação nos dias de hoje e nas políticas públicas na área educacional. Política neoliberal Educadores brasileiros, como Paulo Freire e Moacir Gadotti, criticam o pensamento e a prática neoliberal, pois consideram o neoliberalismo contrário à ética integral do ser humano, à utopia e à educação como ato democrático. O neoliberalismo naturaliza a desigualdade e sustenta a lógica do mercado. O homem é considerado como força de trabalho. Para o neoliberalismo, a globalização é considerada uma realidade definitiva, e não uma categoria histórica. Crítica ao neoliberalismo Considere o trecho: “apesar do discurso pelo livre mercado, é cada vez mais necessária a intervenção política de instituições supranacionais, tais como o FMI e o Banco Mundial, voltadas para evitar os cataclismos financeiros intrínsecos à ordem da globalização sob a égide do capital” (ALVES, 1998, p. 118). Esse pensamento está atrelado à visão: a) Marxista. b) Neoliberal. c) Social-democrata. d) Liberal. e) Comunista. Interatividade Considere o trecho: “apesar do discurso pelo livre mercado, é cada vez mais necessária a intervenção política de instituições supranacionais, tais como o FMI e o Banco Mundial, voltadas para evitar os cataclismos financeiros intrínsecos à ordem da globalização sob a égide do capital” (ALVES, 1998, p. 118). Esse pensamento está atrelado à visão: a) Marxista. b) Neoliberal. c) Social-democrata. d) Liberal. e) Comunista. Resposta A legislação se constitui numa política regulatória porque “estabelece padrões de comportamento, serviço ou produto para atores públicos e privados” (SECCHI, 2012, p. 17). Assim, tomarei como referência para tratar o assunto a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Lei Federal nº 9.394/1996. Art. 1º. A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. § 1º. Esta Lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias. § 2º. A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social (BRASIL, 1996). Legislação educacional: princípios e fins da educação Art. 2º. A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 1996). Princípios e fins da educação Art. 3º. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I. igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II. liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; III. pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; IV. respeito à liberdade e apreço à tolerância; V. coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; VI. gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; Princípios orientadores para se ministrar o ensino Art. 3º. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: VII. valorização do profissional da educação escolar; VIII.gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino; IX. garantia de padrão de qualidade; X. valorização da experiência extraescolar; XI. vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais; XII. consideração com a diversidade étnico-racial (BRASIL, 1996). Princípios orientadores para se ministrar o ensino O direito à educação e o dever do Estado estão previstos no art. 4º, da LDB 9.394/1996. Esse direito é manifestado mediante inúmeras garantias como educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, ou oferta vaga na escola pública de Educação Infantil ou de Ensino Fundamental mais próxima de sua residência a toda criança a partir do dia em que completar 4 (quatro) anos de idade (BRASIL, 1996), por exemplo. Esse artigo da LDB determina quais são os deveres do Estado na oferta da educação escolar pública, por meio de dez incisos. Sete de seus incisos estão apresentados no art. 208 da Constituição Federal e seus três parágrafos finais estão contemplados em outras partes da Lei nº 9.394/96. Direito à educação e dever do Estado Art. 5º. O acesso à educação básica obrigatória é direito público subjetivo, podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária, organização sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída e, ainda, o Ministério Público, acionar o Poder Público para exigi-lo. Educação como direito público subjetivo Escolha a alternativa que não corresponde a uma garantia de direito à educação, bem como um dever do Estado. a) Educação Infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de idade. b) Acesso público e gratuito aos Ensinos Fundamental e Médio para todos os que não os concluíram na idade própria. c) Oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando. d) Acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um. e) Acesso aos níveis mais elevados do ensino com vistas a formar uma elite pensante e responsável pela educação nacional. Interatividade Escolha a alternativa que não corresponde a uma garantia de direito à educação, bem como um dever do Estado. a) Educação Infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de idade. b) Acesso público e gratuito aos Ensinos Fundamental e Médio para todos os que não os concluíram na idade própria. c) Oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando. d) Acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um. e) Acesso aos níveis mais elevados do ensino com vistas a formar uma elite pensante e responsável pela educação nacional. Resposta AGUM, R.; RISCADO, P.; MENEZES, M. Políticas públicas: conceitos e análisesem revisão. Revista Agenda Política, vol.3 – n.2 jul. Dez. 2015. ALVES, G. Nova ofensiva do capital, crise do sindicalismo e as perspectivas do trabalho. In: TEIXEIRA, F; OLIVEIRA, M. (Orgs.). Neoliberalismo e reestruturação produtiva: as novas determinações do mundo do trabalho. São Paulo, SP: Cortez, 1998. BOBBIO, N. Estado, governo e sociedade: para uma teoria geral da política. 14. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2007. BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, 1996. DALLARI, D. O Poder Judiciário e a filosofia jurídica na nova Constituição. In: CHIARELLI, C. A. O Poder Judiciário e a nova Constituição. São Paulo: Lex, 1990. p. 9-23. Referências DYE, Thomas D. Understanding Public Policy. Englewood Cliffs, N.J.: Prentice-Hall. 1984. DE CICCO, C., GONZAGA, A. A. Teoria Geral do Estado e ciência política. 3. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2013. FERREIRA, A. B. H. Novo Aurélio século XXI: o dicionário da Língua Portuguesa. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999. HOUAISS, A. Novo Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009. KELSEN, H. Teoria Geral do Estado. São Paulo: Martins Fontes, 2000. MICHAELIS. Moderno dicionário da língua portuguesa. São Paulo: Companhia Melhoramentos, 2009. MIRANDA, P. Tratado do Direito Privado. Atualizado por Vilson Rodrigues Alves. Campinas: Bookseller, 2004. v. 49. PADILHA, P. R. Planejamento dialógico: como construir o projeto político-pedagógico da escola. In: INSTITUTO PAULO FREIRE. Guia da escola cidadã. São Paulo: Cortez; Instituto Paulo Freire, 2001. v. 7. Referências VIEIRA, S. L.; ALBUQUERQUE, M. G. M. Política e planejamento educacional. 2. ed. Fortaleza: Demócrito Rocha, 2001. SECCHI, Leonardo. Políticas Públicas: conceitos, esquemas de análises, casos práticos. São Paulo: Cengage Learning, 2012. Referências ATÉ A PRÓXIMA!
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