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Estácio - Politicas Publicas e Organização da Educação Básica - Tema 3 - O estado e a política pública

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DEFINIÇÃO
Conceituação de política pública, sua tipologia e trajetória histórica. Noções de povo, cidadão e Estado e
sua evolução. Apresentação das políticas educacionais como aplicação de uma política pública, abordando
tipos, processos e agendas. Análise dos modelos de Estado e das diferentes compreensões das políticas
públicas.
PROPÓSITO
Compreender a noção de política pública e sua tipologia a partir da trajetória histórica das sociedades
organizadas, bem como suas formas de regulação política e normatizações principais. Reconhecer os
modelos de Estado e seus modos de entendimento das políticas públicas, situando as políticas
educacionais no contexto governamental e estatal destas.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos um exemplar (físico ou digital) da Constituição
Federal de 1988, um dicionário de política e um dicionário de políticas públicas.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Identificar o conceito histórico de política pública e sua pluralidade
MÓDULO 2
Reconhecer tipos e processos de formulação e implementação de uma política pública
INTRODUÇÃO
Este tema volta-se para o estudo das políticas públicas e de elementos das políticas educacionais no Brasil.
Você será apresentado ao conceito de política pública e verá de que modo a evolução das sociedades e
dos modelos de Estado nos trouxeram até essa formulação, que ganhou conteúdo e importância na
segunda metade do século XX.
Para entender o conceito de política pública e suas variações, propomos um estudo histórico das diferentes
formas de organização da sociedade e seus modos de regulação e de estruturação de políticas até o
Estado moderno, passando pela consolidação do capitalismo liberal e suas variações ao longo dos séculos,
pelo Estado do bem-estar e pelo neoliberalismo contemporâneo.
Identificar o conceito de política pública, sua tipologia e seus processos de formulação é importante para
conhecer o modo como as políticas públicas são formuladas, implementadas e modificadas por diferentes
governos conforme suas propostas e intencionalidades próprias e para distinguir políticas de governo e
políticas de Estado, conhecimento fundamental para o estudo das políticas públicas.
MÓDULO 1
 Identificar o conceito histórico de política pública
e sua pluralidade
DEFINIÇÃO DE POLÍTICA PÚBLICA
A noção de política pública possui duas vertentes fundantes, ambas apoiadas em tradições europeias e
complementares:
Por Diego Grandi | Fonte: Shutterstock
Constituída por análises sobre o Estado e suas instituições.
Por Karol Moraes | Fonte: Shutterstock
Pautada no indivíduo e na sua manifestação em meio à coletividade.
Vamos entender cada vertente:
PRIMEIRA DEFINIÇÃO
A ÁREA DE POLÍTICA PÚBLICA VAI SURGIR COMO UM
DESDOBRAMENTO DOS TRABALHOS BASEADOS EM
TEORIAS EXPLICATIVAS SOBRE O ESTADO E SOBRE O
PAPEL DE UMA DAS MAIS IMPORTANTES INSTITUIÇÕES DO
ESTADO, OU SEJA, O GOVERNO, PRODUTOR, POR
EXCELÊNCIA, DE POLÍTICAS PÚBLICAS.
(SOUZA, 2006)
A NOÇÃO TRAZIDA POR SOUZA É DE EXTREMA
RELEVÂNCIA, UMA VEZ QUE INDICA IMPORTANTE
DISTINÇÃO, NEM SEMPRE CONSIDERADA, ENTRE ESTADO E
GOVERNO, FUNDAMENTAL PARA A COMPREENSÃO DESTE
TEMA.
SEGUNDA DEFINIÇÃO
Também com Souza (2006) percebemos que:
ENQUANTO ÁREA DE CONHECIMENTO E DISCIPLINA
ACADÊMICA, O CONCEITO DE POLÍTICA PÚBLICA NASCE
NOS EUA, (...) SEM ESTABELECER, CONTUDO, RELAÇÕES
COM AS BASES TEÓRICAS SOBRE O PAPEL DO ESTADO,
PASSANDO DIRETO PARA A ÊNFASE NOS ESTUDOS SOBRE
A AÇÃO DOS GOVERNOS.
(SOUZA, 2006)
Sabe-se também que não existe uma única, nem melhor, definição sobre o que seja uma política pública.
Distintos autores a abordaram e produziram, ao longo das últimas décadas, diferentes e, por vezes,
conflitantes definições.
Podemos, no entanto, estabelecer que seu estudo nos leva a compreender, mesmo que parcialmente, os
processos envolvidos na definição das ações governamentais. Da mesma maneira, colabora para o
entendimento de diferentes interesses, necessidades e possibilidades envolvidos, mostrando o quanto são
influenciados e influenciadores daquilo que engloba a vida cotidiana, com maior ou menor cooperação e
envolvimento de instâncias do Estado e da sociedade civil.
As políticas públicas conhecidas atualmente nasceram da junção de experiências de muitos séculos de
convivência social e do processo evolutivo das sociedades. De reuniões tribais para se defender dos
perigos da natureza, o homem evoluiu para a formação de grupos organizados.

Os grupos passaram a decidir coletivamente o que e como fazer o necessário para a comunidade. Antes,
portanto, da necessidade de designação de lideranças responsáveis por decidir em nome do grupo, a
humanidade já desenvolvia ações solidárias voltadas ao bem-estar comum. A partir daí, e em função de
novas necessidades advindas da complexificação da estrutura social, como novas demandas, conflitos e
interações intergrupais, surgiram outras exigências de organização.
É NA NECESSIDADE DE CANALIZAÇÃO DE ESFORÇOS
COLETIVOS PARA A ESTRUTURAÇÃO E GESTÃO DAS
DEMANDAS E EXPECTATIVAS DE UMA SOCIEDADE QUE SE
ENCONTRAM AS BASES DAS POLÍTICAS PÚBLICAS.
Como expressão intelectual dos princípios que passaram a reger o Estado moderno capitalista, no mesmo
período histórico, foram cunhadas duas noções que nos acompanham até a atualidade:
NOÇÃO DE INDIVÍDUO
A segunda noção, a de indivíduo livre, formulada por John Locke (1632-1704), complementa e corrige a
primeira.
Complementa ao se manter na perspectiva de compreensão de um Estado formado a partir do
contrato social e de que este, aceito pelos cidadãos livres, regularia as relações Estado/cidadão.
Corrige ao limitar o poder do Estado nessa relação com os indivíduos, livres e detentores de direitos
contra possíveis desmandos do Estado, receita padrão do pensamento liberal.
Fonte: Wikipedia
 John Locke
JOHN LOCKE
O pensador inglês é chamado muitas vezes de pai do liberalismo. É conhecido pela sua teoria de que
o homem é uma tábula rasa, ou seja, nasce sem predisposições e são as experiências que o
preenchem. No entanto, devemos destacar sua concepção sobre liberdade individual e ação do
sujeito como senhor de si para pensar as relações expostas no texto.
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ESTAVAM ABERTAS AS PORTAS PARA UMA TRADIÇÃO QUE
SE PAUTASSE PELA DEFESA DA LIBERDADE DO INDIVÍDUO,
LIMITANDO POLITICAMENTE OS PODERES ESTATAIS.
CHEGAVA A HORA DO LIBERALISMO E SUA DEFESA
IMPLACÁVEL DOS DIREITOS CIVIS.
(PINSKY e PINSKY, 2003)
NOÇÃO DE ESTADO
Como responsável pela proteção da propriedade e dos mais “fracos” contra a lei do mais forte, formulada
por Thomas Hobbes (1588-1679).
Hobbes parte do pressuposto de que os homens em estado de natureza, no qual nascem, seriam
excessivamente livres, o bastante para não frearem impulsos nocivos aos demais, de onde advém a
máxima: “o homem é o lobo do Homem”.
Para superar esse estado, por meio do contrato social, os homens renunciariam à sua liberdade em nome
dessa proteção oferecida pelo Estado, a quem entregariam todo o poder em nome da proteção.
Fonte: Wikipedia
 Thomas Hobbes
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O HOMEM É O LOBO DO HOMEM
A expressão cunhada por Hobbes é evidenciada em uma de suas principais obras: O Leviatã. O livro
confirma o princípio de conflito entre os indivíduos e a necessidade de formas do contrato social
garantidas pelo governo.
Considerados pais do pensamento liberal, esses autores formularam ideias centrais ao estabelecimento
das sociedades modernas europeias e do sistema capitalista ao situarem o Estado como responsável pela
segurança e os sujeitos como indivíduos livres, condição essencial para consolidar a noção de cidadania
moderna. Essa mudança de prisma configura:
OS PRIMEIROS PASSOS DAQUILO QUE CHAMAMOS
COMUMENTE DE ‘DIREITOS HUMANOS’ (...) [E] NOS ABRIU A
POSSIBILIDADE HISTÓRICA DE UM ESTADO DE DIREITO, UM
ESTADO DE CIDADÃOS, REGIDO NÃO MAIS POR UM PODER
ABSOLUTO, MAS SIM POR UMA CARTA DE DIREITOS.
(PINSKY e PINSKY, 2003)
Por Everett Collection | Fonte: Shutterstock
É esse modelode Estado que vai se consolidar com a Revolução Industrial e prevalecer ao longo do
século XIX e nas primeiras décadas do século XX, assumindo economicamente o perfil de um capitalismo
liberal, pouco regulado pelo Estado. 
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Fonte: Wikipedia
O modelo de Estado passou a ser questionado depois do colapso econômico de 1929, uma crise mundial
de superprodução – maior volume de bens disponíveis do que compradores possíveis – que foi impactante,
em especial nos Estados Unidos, e afetou toda a cadeia da economia global após a Primeira Guerra
Mundial, colocando a população numa circunstância de miserabilidade e diante da perda de direitos sociais.
Isso exigiu dos Estados nacionais mudanças de rumos em relação à gestão da economia.
Fonte: Wikipedia
Novas e relevantes reflexões no campo da teoria política levaram a mudanças de rumo promovidas por
estadistas de diferentes países (o Holocausto, por exemplo). Antes, no entanto, que se consolidassem
amplamente as novas políticas, a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) eclodiu, causando mais danos e
levando a questionamentos de ordem humanitária e a grandes mudanças geopolíticas.
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Termo histórico que define a mudança das relações de trabalho a partir do século XVIII, fruto da
mecanização e das novas formas de circulação.
É NO CENÁRIO DO PÓS-GUERRA QUE SURGE A NOÇÃO DE
ESTADO DE BEM-ESTAR SOCIAL (DO INGLÊS, WELFARE
STATE) , UM MODELO DE ORGANIZAÇÃO EM QUE O ESTADO
SE ENCARREGA DA PROMOÇÃO SOCIAL E DA REGULAÇÃO
DA ECONOMIA.
Essa concepção emerge da necessidade de resposta aos problemas do liberalismo, pensamento
econômico que prega a participação mínima do Estado na economia.
 COMENTÁRIO
Muitos defensores do Estado de bem-estar social criticam esse modelo, por sua impossibilidade de
promover justiça e bem-estar social. Defensores do liberalismo, e de sua nova versão, conhecida como
neoliberalismo, acreditam que a intervenção do Estado na economia e o investimento em políticas sociais
são gastos desnecessários que, muitas vezes, comprometem o equilíbrio das contas dos Estados.
NEOLIBERALISMO
O neoliberalismo é uma linha de estudos político-econômicos. Fundado por membros da escola de
Chicago, propõe uma revisão do papel do Estado e tem fortes críticas à intervenção econômica, a não
ser para garantir a própria liberdade econômica. A ideia é de que não é função do Estado intervir em
tudo o que é produto e possui interesse de mercado.
A crise econômica e social dos anos 1930, decorrente da Crise americana de 1929, que afetou
especialmente a Europa – dependente da economia americana e dos planos de recuperação mantidos
pelos estadunidenses –, torna-se um problema para a sociedade como um todo e, portanto, um problema
público.
AS PROPOSTAS DOS PENSADORES LIGADOS AO CONCEITO
DE ESTADO DO BEM-ESTAR SOCIAL RECONHECEM A
NECESSIDADE DE INTERVENÇÃO DO ESTADO, QUE PASSA A
SER PERCEBIDO COMO RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO DE
POLÍTICAS VOLTADAS AO BEM-ESTAR PÚBLICO, OU SEJA,
AS POLÍTICAS PÚBLICAS.
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Mesmo sob o risco de contrastarmo-nos com outras possibilidades, ensaiamos, com base em Augustinis
(2011), trazer uma definição de política pública.
MAS COMO DEFINIR O QUE SE ENTENDE POR
POLÍTICAS PÚBLICAS?
Souza (2007) afirma não existir uma única, nem melhor, definição sobre o que seja uma política pública.
UMA DEFINIÇÃO POSSÍVEL É A QUE ESTABELECE A
POLÍTICA PÚBLICA COMO A CONSTRUÇÃO DE
CONHECIMENTO QUE TEM COMO OBJETIVO VIABILIZAR AS
AÇÕES DO GOVERNO, ANALISANDO E, QUANDO
NECESSÁRIO, PROPONDO MUDANÇAS NO RUMO DESSAS
AÇÕES.
(...) A FORMULAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS CONSTITUI-
SE NO ESTÁGIO EM QUE GOVERNOS DEMOCRÁTICOS
TRADUZEM SEUS PROPÓSITOS E PLATAFORMAS
ELEITORAIS EM PROGRAMAS E AÇÕES, QUE PRODUZIRÃO
RESULTADOS OU MUDANÇAS NO MUNDO REAL.
(SOUZA, 2007)
UMA BREVE HISTÓRIA DO ESTADO
 Clique nos números.
A primeira organização de um sistema de leis data do século XVIII a.C. É o Código de Hamurábi, um
código legislativo sumério – região da Mesopotâmia – considerado um dos primeiros códigos legislativos do
mundo e uma das marcas claras de criação do Estado e do qual consta a famosa máxima da Lei de Talião,
“olho por olho, dente por dente”.
Outras civilizações antigas também se destacaram, com seus códigos e suas normas próprias, como a
egípcia, a indiana e seu sistema de castas e a chinesa. Não se pode deixar de registrar a história do povo
hebreu, com senso de predestinação divina, do qual advêm as três mais difundidas religiões monoteístas
do mundo: a judaica, a cristã e a islâmica.
 LEIA MAIS
Dentre todas as civilizações antigas, a greco-romana foi a que mais marcou presença nas atuais
civilizações. O conceito de pólis, a cidade-Estado grega, constitui o berço da concepção de política, termo
que se define como a gestão da pólis.
 LEIA MAIS
Durante a Idade Média, a Igreja e o Estado não operavam separadamente no mundo ocidental. As
concepções de poder – de forte relação pessoal – passava pela legitimidade religiosa e o reconhecimento
das duas forças presentes na liderança política.
LEIA MAIS
Todas essas religiões, em algumas de suas variações, propõem normas comportamentais que
reverberam na organização social e, em alguns casos, chegando à gestão do Estado, como ocorreu
na Europa Medieval com o cristianismo e ocorre, atualmente, em alguns países de religião
majoritariamente muçulmana.
PÓLIS
A palavra política tem origem nos tempos em que os gregos nomeavam como pólis as suas cidades-
Estados, nome do qual derivaram palavras como politiké (política em geral) e politikós (dos cidadãos,
pertencente aos cidadãos). Estenderam-se ao latim politicus e chegaram às línguas europeias
modernas através do francês politique e, em 1265, era definida nesse idioma como "ciência dos
Estados".
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Fonte: Wikipédia (adaptado).
LEIA MAIS
A civilização romana, por sua vez, herdou as tradições culturais e políticas dos gregos e construiu um
sistema político que uniu e sintetizou os modelos ateniense e espartano. Sua influência sobre as
sociedades contemporâneas se evidencia pelo fato de que o chamado “Direito romano” é ainda fonte
de inspiração do direito praticado em todas as sociedades ocidentais democráticas da atualidade.
DIREITO ROMANO
A primeira formulação romana é conhecida como “Lei das XII Tábuas”. A proposição romana passava
pela ideia de que o público deve ser administrado como e para o público. Então, lei escritas e públicas
impedem que a justiça seja feita por amizade.
A chegada da modernidade não rompe com a dinâmica do poder personalista e sua base de apoio
divinizada. Figuras como Luís XIV (1638-1715) e sua máxima “O Estado sou eu” expressam com precisão
as relações do Estado com a sociedade. Nesse período dos Estados absolutistas, o Estado se confundia
com seus gestores, percebidos como enviados de Deus e, portanto, como seres superiores ao povo sobre
o qual exerciam o poder.
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Fonte: Wikipedia
 Luis XIV
NÃO CABIA AO ESTADO PRESTAR CONTAS DE SEUS ATOS
AOS CIDADÃOS NEM A RESPONSABILIDADE EFETIVA DE
CONSTRUÇÃO DE POLÍTICAS DE ATENDIMENTO ÀS
NECESSIDADES DE SUAS POPULAÇÕES.
O Iluminismo e seus pensadores representam uma proposta de ruptura do Estado absolutista – uma
tendência à busca de dois fenômenos essenciais:
ABSOLUTISTA
Absolutismo é um sistema de governo aristocrático, no qual o rei estava no topo da hierarquia. Esse
modelo tem como maior ícone a França e ficou conhecido como Antigo Regime.
O RECONHECIMENTO COLETIVO DE PERTENCIMENTO A UM ESTADO,
NÃO MAIS À CONCEPÇÃO DE SÚDITO. A POSSIBILIDADE DA
PARTICIPAÇÃO POLÍTICA EFETIVA.
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De ideias como o poder tripartido – Legislativo, Executivo e Judiciário – de Montesquieu (1689-1755) e da
necessidade da burocracia política para garantir a representatividade coletiva, expressa na defesa dos
pensadores James Madison (1751-1836), Thomas Jefferson (1743-1826) e Alexander Hamilton (1755-
1804)nos artigos de O Federalista, nascem as bases do Estado-nação.
Ainda que filhos das concepções à crítica iluminista, a consolidação dos Estados-nação se dá em meio à
formulação e consolidação do sistema capitalista, da urbanização e, portanto, de novas formas de
organização da sociedade e do Estado, a partir das quais a política se modifica. Nesse momento, é
intensificado o sentido de noção de política pública, apartado dos princípios de caridade e benevolência,
para ações que pudessem promover aos Estados acúmulo de capital.
O FEDERALISTA
O Federalista é uma obra composta por 85 artigos defendendo a concepção de que os Estados
mantivessem sua autonomia política, ainda que fossem associados por princípios básicos e
inquestionáveis, fundando a concepção de uma Constituição direta e estreita enquanto formulação,
mas que mantivesse o preceito da ação individual de cada uma das províncias a ela associada.
 COMENTÁRIO
Existem muitas definições sobre capitalismo, mas adotamos a concepção de Adam Smith (1723-1790), o
qual entende que o capitalismo é definido pelo estabelecimento de uma economia de mercado, livre,
fundada nas livres negociações, na possibilidade de os indivíduos competirem e crescerem em busca do
acúmulo de capital. O capitalismo é a disputa para que homens busquem sua acumulação de capital,
permitindo assim gozar de forma mais efetiva sua plena liberdade.
Entre a Revolução Industrial e as revoluções burguesas dos séculos XVII e XVIII, marcos fundamentais
na história da organização do Estado e para o desenvolvimento de políticas e reconhecimento de direitos
sociais são lançados.
SERIA AÇÃO POLÍTICA, A BUSCA DE UMA GUERRA, UMA VITÓRIA
MILITAR QUE ANEXE UM NOVO ESPAÇO À NAÇÃO – DIFERENTE DA
DINÂMICA COLONIALISTA – UMA POLÍTICA PÚBLICA? 
SIM, MAS BEM DIFERENTE AINDA DAS FUNÇÕES DE ESTADO E
POLÍTICA PÚBLICA QUE CONHECEMOS.
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 EXEMPLO
A primeira dessas revoluções que nos levam à criação de Estados-nação é iniciada na Inglaterra no século
XVII. A Revolução Inglesa marca a disputa de forças antagônicas e a pressão da burguesia.
Concretamente, acabou fracassando, embora seja reconhecida por ter sido iniciada por Oliver Cromwell em
1640, que instauraria uma República no país, questionando o absolutismo, a monarquia e a proximidade
dos monarcas com Deus, concluindo com o retorno da monarquia em 1688 de modo negociado e
conciliatório e, sobretudo, constitucional e com maior relevância do Parlamento.
ESSE MOVIMENTO É ENTENDIDO POR HISTORIADORES E
ESTUDIOSOS DO CAMPO DA CIÊNCIA POLÍTICA COMO O
PRIMEIRO MOMENTO RELEVANTE NA TRANSIÇÃO DE UM
GOVERNO QUE PAUTA SUA RELAÇÃO ENTRE O ESTADO –
NÃO MAIS COMO SINÔNIMO DE UM MONARCA PODEROSO –
E A NAÇÃO, MANTIDO PELO RECONHECIMENTO DO PAPEL
DA MONARQUIA COMO UMA TRADIÇÃO LOCAL.
A negociação permite que o comando do governo passe a uma atuante classe burguesa, associada a uma
desgastada classe nobiliárquica, que opta pelo estímulo ao acúmulo de capital e à valorização do fenômeno
e mecanização, por isso chamado de primeiro Estado a ter consolidado o capitalismo industrial.
É nesse período que Thomas Hobbes e John Locke formulam suas principais ideias, ainda relevantes, que
darão a sustentação teórico-política ao desenvolvimento e à consolidação do capitalismo liberal.
É interessante notar que a primeira manifestação de União, ou seja, de divisão de poderes entre estados,
municípios e governo central se manifesta no século XVII após um grande conflito entre as casas
nobiliárquicas na região de Áustria e Alemanha quando, em um acordo para pôr fim ao conflito, foi proposto
o complexo sistema. Esse documento é conhecido como a assinatura da Paz de Westfália.
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Fonte: Wikipedia
 Ratificação do Tratado de Münster (1648), que inaugurou o moderno sistema internacional ao acatar
princípios como a soberania estatal e o Estado-nação.
WESTFÁLIA
Westfália é uma região alemã, onde foi firmado um tratado a que muitos autores atribuem o início das
relações internacionais. Paz de Westfáia não é o Tratado de Westfália. O tratado é um dos muitos
acordos que selam a paz e a estabilidade por um importante período europeu.
O caso da independência americana, por exemplo, apesar de se constituir como uma batalha contra o
inglês colonizador, assumia entre os ideais independentistas a mesma noção de cidadania como objetivo
da luta pela obtenção de igualdade para alguns – os merecedores. Da distinção sanguínea se passa à
distinção financeira.
O QUE A POLÍTICA TORNA IGUALITÁRIO, O SUCESSO
FINANCEIRO DISTINGUE.
(PINSKY e PINSKY, 2003)
Proclamada no período inicial da Revolução Francesa, em 26 de agosto de 1789, a Declaração dos Direitos
do Homem e do Cidadão e seu famoso artigo 1º, que dispõe: “os homens nascem e permanecem livres e
iguais em direitos”, simboliza para muitos o verdadeiro início do reconhecimento da cidadania e dos direitos
a ela associados: a liberdade, o direito à propriedade, a segurança e a resistência à opressão.
SEGUINDO OS PASSOS DAS FORMULAÇÕES LIBERAIS DE
HOBBES E LOCKE, A DECLARAÇÃO ENTENDE A LIBERDADE
INDIVIDUAL COMO DIREITO DE FAZER TUDO QUE NÃO
PREJUDIQUE OS OUTROS E O DIREITO À PROPRIEDADE
COMO UM DIREITO NATURAL, ENTRE MUITAS QUESTÕES
RELEVANTES E ATUALMENTE ACEITAS COMO
VERDADEIRAS.
Mesmo com os períodos complicados que enfrentou até sua consolidação em 1871, a Revolução Francesa
permanece como o símbolo da cidadania moderna, marcando uma nova relação entre Estado e cidadão,
baseada em direitos e deveres recíprocos e em valores – liberdade, igualdade e fraternidade – que
deveriam promover a justiça e o bem-estar social.
O Estado Moderno, portanto, é produto de múltiplas e diferentes ideias, de processos sociais e políticos
distintos, de conflitos e acordos entre sujeitos históricos, classes sociais, pensadores e governantes.
 ATENÇÃO
É importante lembrar que o momento político – auge do imperialismo e do domínio europeu – fez com que
os fenômenos ingleses e franceses influenciassem todo o mundo.
A consolidação dos meios urbanos, da industrialização, modifica terrivelmente as relações políticas no
início do século XX. A função do Estado e a noção de nação são postas à prova e mostram fôlego com os
conflitos da Primeira Guerra Mundial e da Segunda Guerra Mundial.
 Clique nos números.
Os ideais em ambos os conflitos passaram pelo nacionalismo, a extrema valorização da defesa do país,
materializado por símbolos e valores, tidos como individuais. Ao mesmo tempo passam a ser políticas de
Estado a consolidação de exércitos, a definição e defesa de fronteiras, os investimentos em infraestrutura e
tecnologias.
 LEIA MAIS
A própria ideia de política pública e mais ainda seu reconhecimento como necessidade social são bem mais
recentes e advêm, precisamente, do que se considera ser problemático no modelo liberal de Estado, a
saber, sua incapacidade de produzir o prometido bem-estar social, assegurando liberdade individual e
igualdade entre os cidadãos.
As cidades passam a ser marcadas pelos trabalhadores, membros da indústria, e sua própria forma de
fazer pressão nesses estados capitalistas. Seja por associações diretas, manifestações urbanas ou
exigência de mais direitos políticos, marcam uma mudança lenta e contraditória da função e do papel do
Estado.
Ao fim da Segunda Guerra Mundial, a situação é marcante: de um lado a URSS com um Estado muito forte,
tutelando todos os aspectos possíveis, do outro lado o mundo capitalista – liderado pelos Estados Unidos –
percebendo que a atuação do Estado e a execução de políticas públicas voltadas a questões sociais
poderiam apaziguar seus conflitos externos e internos.
LEIA MAIS
O Estado defende seus cidadãos, protege a soberania, incentiva a economia. A compreensão desse
fenômeno, ainda que parcialmente, é fundamental para o estudo das políticas públicas atuais, mesmo
que nessas formulações ainda não se possa perceber o que atualmente se considera que elas sejam.
A POLÍTICA PÚBLICA: CAMINHOSCONTEMPORÂNEOS
O problema identificado desde 1930 e ainda efetivo na maior parte do planeta em relação ao exercício
efetivo da cidadania com liberdade, igualdade e fraternidade a ser assegurada, ou pelo menos buscada
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pelo Estado é, certamente, um problema público, que é tudo aquilo que diz respeito aos interesses da
sociedade em geral.
Em 1945, isso se torna uma discussão mundial. A criação de órgãos internacionais aumentou a pressão
para que algumas demandas fossem tidas como universais, fato associado ao quadro interno da política
pública.
De um lado do mundo bipolar da Guerra Fria, o Estado de bem-estar social capitalista levava a cabo a
percepção de que é função do Estado cuidar e ser mantenedor de políticas públicas.
A discussão central é: 
Como é gerada uma política pública? Será uma demanda do público e o governo a mantém? Ou
uma decisão de governo para gerir o Estado? Ou ainda uma imposição internacional?
Podemos dividir as políticas públicas em dois blocos:
Ligadas a alguma carência ou excesso que existe na sociedade
O horário de pico, quando muitos carros vão na mesma direção causando congestionamentos e
prejudicando a circulação de pessoas e produtos; uma infestação do mosquito Aedes aegypti, transmissor
da dengue e de outras doenças; uma escassez de alimento, ou diversos problemas, como desmatamento,
desastres naturais e outros.
Fazendo um paralelo entre a política pública e a ciência médica, nesses casos o problema público é como
se fosse uma doença do organismo social e a política pública a escolha do modo de tratamento desse
desajuste, sendo, portanto, uma tentativa de intervenção para o enfrentamento de um problema público.
Relacionam-se a responsabilidades comuns dos governos
Como a política econômica, de habitação, saúde, educação e outras; não se trata de resolver um problema
específico, mas de estabelecer ações apropriadas e as etapas de sua efetivação de modo a otimizar as
possibilidades de seguir os rumos considerados desejáveis para a sociedade em relação aos diferentes
temas que envolvem a gestão pública. Ou seja, um problema público pode estar relacionado com áreas
diversas, tais como, meio ambiente, economia, gestão pública, saúde, educação, habitação, circulação e
outras.
No caso dos congestionamentos no horário de pico, é possível abordar o problema de formas diferentes,
sempre pontuais, tais como: alargar a pista, fazer mãos invertidas para melhorar o fluxo, cobrar um pedágio
para inibir o uso do transporte particular e priorizar o transporte público, entre outras medidas possíveis.
Fonte: Wikipedia
Por sun ok | Fonte: Shutterstock
Em outros casos, as demandas mais complexas exigem medidas mais sofisticadas, envolvendo diferentes
agentes públicos, como no caso da infestação por Aedes aegypti, que exige a participação de múltiplos
agentes, públicos e privados, e políticas de saneamento, de gestão dos locais, de esclarecimento da
população, entre outras.
DE UM MODO OU DE OUTRO, PODE-SE DIZER QUE POLÍTICA
PÚBLICA É UMA DIRETRIZ VOLTADA PARA A RESOLUÇÃO DE UM
PROBLEMA PÚBLICO.
Mas é preciso ficar claro que uma política pública não é exclusiva de um governo, do poder público. Há
várias formas de se operacionalizar políticas públicas, envolvendo diferentes sujeitos e instâncias, de
acordo com o problema a ser enfrentado.
Precisamos, portanto, compreender os objetivos das instâncias da administração pública envolvidas na
definição dessas políticas e o modo como se dá o processo de formulação e implementação de uma
política pública.
Para tal, faz-se necessário diferenciar problemas simples de problemas complexos, compreendendo as
distinções entre eles e as exigências que colocam ao poder público e à sociedade civil.

De acordo com o tipo de problema, a política pública a ser implantada pode ser mais pontual – como
em alguns dos casos mencionados anteriormente – ou envolver diferentes agentes e conhecimentos que
produzirão, conjuntamente, orientações para a ação.
Muitas vezes pensa-se que a política pública se dá a partir da legislação e que esta expressa uma solução,
como os casos da Lei de Responsabilidade Fiscal, Lei de Licitações, Lei de Diretrizes e Bases da Educação
e do Código de Trânsito. Todas essas leis são instrumentos de políticas públicas e buscam regular a sua
implantação.
Mas existem outras formas de implementação de políticas públicas, voltadas a induzir o exercício da
cidadania responsável, estabelecendo diálogos entre o Estado e seus cidadãos. É o caso de campanhas,
como, por exemplo:
Fonte: saude.gov.br
Agasalho
Fonte: saude.gov.br
Aleitamento materno
Fonte: saude.gov.br
Doação de órgãos
Fonte: saude.gov.br
Vacinação
Ainda com relação a campanhas, algumas são definidas por e para a ação do Estado, como foram as
campanhas de alfabetização de adultos implementadas no Brasil até 1970.
Fonte: Wikipedia
 O Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL) foi um órgão do governo brasileiro, durante a
Ditadura Militar.
É importante saber a diferença entre política pública originária de:
Uma política de Estado
Uma política que independe de quem está no governo e que é amparada pela Constituição Federal e por
outras leis, configurando-se como uma política de caráter mais estrutural.

Política de governo
Aquela iniciativa que faz parte de um programa do governo que está no poder em cada momento da
sociedade e é, portanto, mais conjuntural.
 ATENÇÃO
A confusão entre uma e outra pode trazer sérios problemas à sociedade, já que pode comprometer a
continuidade de ações necessárias ao bom funcionamento geral do sistema político e social em virtude de
desacordos entre grupos de interesse em diferentes momentos históricos.
Não confundir o Estado, instituição permanente constitucionalmente regulada, com os governos, que se
sucedem na gestão da coisa pública, modificados periodicamente e dependentes das forças sociais e
políticas que os elegem e com cujos projetos e ideais têm compromisso, mas que devem, também,
assegurar o respeito às instituições e normas do Estado, no caso brasileiro, o Estado democrático de
direito.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. AS MUITAS DEFINIÇÕES DE POLÍTICA PÚBLICA NÃO MUDAM EM RELAÇÃO A
UMA QUESTÃO: A DE QUE ELAS ENVOLVEM A DEFINIÇÃO DAS AÇÕES
GOVERNAMENTAIS NA GESTÃO DA SOCIEDADE, SEUS PROBLEMAS E
CONFLITOS. AO LONGO DE DIFERENTES MOMENTOS HISTÓRICOS, AS
COMPREENSÕES DE COMO E COM BASE EM QUE ESSAS AÇÕES SERIAM
DESENVOLVIDAS MUDARAM MUITO. CITE ALGUMAS DESSAS COMPREENSÕES A
PARTIR DAS APRENDIZAGENS DESTE MÓDULO.
I - A PÓLIS GREGA E A DEMOCRACIA ILIMITADA, UMA VEZ QUE SEU
ENTENDIMENTO DE DEMOKRATIA ERA VINCULADO À IDEIA DE QUE O HOMEM É
EM SI UM SER POLÍTICO E PRECISA DESSA PARTICIPAÇÃO.
II - O SENADO ROMANO E A PARTICIPAÇÃO POLÍTICA DOS ROMANOS
FUNDAMENTAVAM-SE NA IDEIA DE PÚBLICO, ALGO QUE DEVERIA SER
ADMINISTRADO NESSE PRINCÍPIO.
III - O ABSOLUTISMO É UMA CORRENTE POLÍTICA ARISTOCRÁTICA PRESENTE
INTENSAMENTE NA EUROPA MODERNA. UM DOS SEUS PRECEITOS MAIS
IMPORTANTES ERA A TEOLOGIA POLÍTICA.
IV - O LIBERALISMO ECONÔMICO É UMA TESE POLÍTICA ELABORADA POR JOHN
SMITH E PREGA A NECESSIDADE DE POLÍTICAS INDIVIDUALISTAS E
CONTRATUALISTAS. 
ESTÃO CORRETAS SOMENTE:
A) I e II.
B) I e IV.
C) II e III.
D) III e IV.
2. A SOBERANIA, O POVO, O TERRITÓRIO E A FINALIDADE SÃO
CARACTERÍSTICAS DESCRITIVAS DO CONCEITO DE:
A) Poder político.
B) Nação.
C) Política pública.
D) Estado Moderno.
GABARITO
1. As muitas definições de política pública não mudam em relação a uma questão: a de que elas
envolvem a definição das ações governamentais na gestão da sociedade, seus problemas e
conflitos. Ao longo de diferentes momentos históricos, as compreensões de como e com base em
que essas ações seriam desenvolvidas mudaram muito. Cite algumas dessas compreensões a partir
das aprendizagens deste módulo.
I - A pólis grega e a democracia ilimitada, uma vez que seu entendimento de demokratia era
vinculado à ideia de que o homem é em si um ser políticoe precisa dessa participação.
II - O Senado romano e a participação política dos romanos fundamentavam-se na ideia de público,
algo que deveria ser administrado nesse princípio.
III - O absolutismo é uma corrente política aristocrática presente intensamente na Europa moderna.
Um dos seus preceitos mais importantes era a teologia política.
IV - O liberalismo econômico é uma tese política elaborada por John Smith e prega a necessidade de
políticas individualistas e contratualistas. 
Estão corretas somente:
A alternativa "C " está correta.
A questão é interessante para pensar sobre a história do espaço público. Repare, entre os gregos, que a
praça pública era fundamento – mas mesmo assim não era ilimitada, tinha uma cidadania de cunho
reduzido. Já os romanos – e se adotamos romanos, estamos falando em um recorte de cidadãos –
preocupavam-se em aprender sobre política e entender a lógica de que a lei era pública – atendendo
cidadãos e não cidadãos, por isso público e expresso na lei de XII Tábuas. Na modernidade, os pensadores
políticos buscavam explicar e justificar o sentido do poder – no caso o dos reis –, gerando uma explicação
coletiva e pública de sua existência. O liberalismo, em contraponto, é uma doutrina econômica, que fala da
liberdade do indivíduo, não exatamente um fundamento político.
2. A soberania, o povo, o território e a finalidade são características descritivas do conceito de:
A alternativa "D " está correta.
A partir da definição de Estado moderno, que rompe com a tradição do personalismo do poder e do Estado
do período anterior, são inaugurados os fundamentos relacionados à Revolução Francesa e às revoluções
burguesas, além da consolidação do sistema capitalista. Nesse sentido, é consolidado um novo modelo de
Estado.
MÓDULO 2
 Reconhecer tipos e processos de formulação
e implementação de uma política pública
TIPOLOGIA
Definir uma política pública não é tarefa simples, como vimos no módulo anterior. São inúmeras variáveis e
possibilidades que devem ser consideradas.
A qualidade de uma política pública depende de sua capacidade de atingir seus objetivos, que lhe exigem,
por definição, servir a todos os cidadãos, que são diferentes em anseios e necessidades.
Buscando distinguir políticas de Estado de políticas de governo e compreender alguns dos problemas do
Brasil contemporâneo à luz dessa distinção, este módulo analisa o Brasil contemporâneo por meio de
exemplos de políticas educacionais, representativos de embates e mudanças de rumo vividos nos últimos
20 anos de nossa história.
O EXEMPLO DE ALGUMAS POLÍTICAS EDUCACIONAIS,
NOTADAMENTE A POLÍTICA DE FORMAÇÃO DOCENTE E A
INSTITUIÇÃO DE BASES NACIONAIS CURRICULARES, SERVE
DE DEMONSTRAÇÃO CONCRETA DE ALGUNS DOS
CONCEITOS E PROBLEMAS CENTRAIS AQUI TRATADOS.
Neste módulo, analisaremos, do ponto de vista das políticas educacionais, o contexto teórico de
compreensão e formulação de uma política pública, observando, em seus processos de implementação, as
dificuldades e possibilidades em relação aos conceitos estudados.
Por Maarten Zeehandelaar | Fonte: Shutterstock
São diferentes tipos de políticas, com destinações, objetivos e processos distintos. Ou seja, as políticas
públicas possuem objetivos, abrangências e metas diferentes e são, por isso, estruturadas em uma
tipologia voltada ao reconhecimento e à compreensão dessas distinções.
Como em toda definição, a validade daquela pela qual optamos não é universal, mas a tipologia formulada
por Theodore Lowi (1931-2017), aqui expressa, aparece como a mais aceita atualmente.
Fonte: Wikipedia
Theodore Lowi (1964; 1972) desenvolveu a talvez mais conhecida tipologia sobre política pública,
elaborada a partir de uma máxima: a política pública faz a política. Com isso, Lowi quis dizer que cada
tipo de política pública vai encontrar diferentes formas de apoio e de rejeição, e que disputas em torno de
sua decisão passam por arenas diferenciadas. Para Lowi, a política pública pode assumir quatro formatos.
(SOUZA, 2006)
E QUAIS SÃO ESSES 4 FORMATOS?
POLÍTICAS DISTRIBUTIVAS
Representadas notadamente por aquelas que selecionam grupos sociais específicos em detrimento do
todo.
POLÍTICAS REGULATÓRIAS
Definem normas e, em geral, expressam-se por meio de leis.
POLÍTICAS CONSTITUTIVAS
Definem regras procedimentais e organizacionais.
POLÍTICAS REDISTRIBUTIVAS
Atingem um maior número de pessoas e podem ser entendidas como políticas sociais “universais”.
DESTACAMOS ESSAS ÚLTIMAS, VOLTADAS PARA
MELHORAR O EQUILÍBRIO ENTRE CONTRIBUIÇÃO E
NECESSIDADE DOS DIFERENTES GRUPOS SOCIAIS, POIS
NELAS SE INSCREVEM AS POLÍTICAS SOCIAIS E O SISTEMA
TRIBUTÁRIO, ENTRE OUTROS, E SÃO PERCEBIDAS PELOS
ESTUDIOSOS COMO AS DE MAIS DIFÍCIL
ENCAMINHAMENTO.
Cada um desses tipos de políticas públicas encontra na sociedade críticas e apoios em grupos sociais
diferentes, atuando no sistema político de modo específico.
Esse entendimento nos leva a compreender que os diferentes tipos de política pública abrangem um amplo
universo e operam conforme diferentes necessidades e interesses sociais e governamentais.
 EXEMPLO
Um programa da prefeitura que beneficia um bairro é uma política pública de tipo distributivo; uma ação em
prol da Educação na cidade também é uma política pública do tipo redistributivo, assim como o são os
programas Bolsa Família ou Minha Casa Minha Vida.
A criação de um parque nacional, de uma zona franca, ou de um programa de aceleração do crescimento,
a recuperação de estradas, a construção de salas de aulas, de creches, de hospitais, de postos de saúde,
todos se configuram como política pública.
ISSO NOS PERMITE CONCLUIR QUE POLÍTICAS PÚBLICAS SÃO
DIRETRIZES VOLTADAS PARA O ENFRENTAMENTO DE PROBLEMA
PÚBLICOS, NAS SUAS MAIS DIVERSAS FORMAS. ESTÃO
RELACIONADAS COM O PLANEJAMENTO NO SETOR PÚBLICO, E A
QUALIDADE DESSE PLANEJAMENTO E SUA EFETIVAÇÃO PRODUZEM
EFEITOS SOBRE A QUALIDADE DE VIDA NA SOCIEDADE.
Resta envolver de modo cooperativo os diferentes atores envolvidos no problema, que, com frequência,
possuem posições antagônicas sobre as soluções a adotar, comprometendo a cooperação em rede.
Tal como o conceito de política pública em si, o conceito de redes de políticas é também plural e polêmico.
(...) DIFERENTES AUTORES VÃO COMPREENDÊ-LAS COMO
METÁFORA PARA A COMPREENSÃO DAS POLÍTICAS QUE
ENVOLVEM GRANDE NÚMERO DE ATORES – COMO AS
EDUCACIONAIS –, COMO MÉTODO, COMO CONCEITO
TEORICAMENTE RELEVANTE OU FERRAMENTA DE ANÁLISE.
(BÖRZEL, 1998 apud AUGUSTINIS, 2011)
Há ainda autores que vão formulá-las e compreendê-las de outros modos. O que podemos depreender dos
debates em torno da questão é que a formação de redes, em que a cooperação prevaleça sobre as
hierarquias, as diferentes vozes sejam ouvidas e os objetivos comuns suplantem as discordâncias pontuais,
pode potencializar o sucesso na implementação de políticas públicas.
Por jan kranendonk | Fonte: Shutterstock
A complexidade do problema educacional e, portanto, das políticas que o envolvem, para além dos
problemas referidos, envolve o fato de essas políticas se caracterizarem por sua multiplicidade. Antes de
mais nada, pode-se afirmar que as políticas educacionais se inscrevem no campo das políticas sociais, em
geral associadas ao campo das políticas redistributivas, já que buscam a equalização social necessária à
promoção da justiça social.
A POLÍTICA SOCIAL COMO AÇÃO PÚBLICA DEVE
CORRESPONDER A UM SISTEMA DE TRANSFERÊNCIA
UNILATERAL DE RECURSOS E VALORES, SOB VARIADAS
MODALIDADES, NÃO OBEDECENDO À LÓGICA DO
MERCADO QUE PRESSUPÕE TROCAS RECÍPROCAS. AS
DESIGUALDADES SOCIAIS JUSTIFICARIAM A INTERVENÇÃO
UNILATERAL DO ESTADO COMO GARANTIA CONCRETA DA
OBSERVÂNCIA DE DIREITOS SOCIAIS DOS CIDADÃOS, EM
RELAÇÃO AOS QUAIS EXISTE CLARA CONTRAPARTIDA DE
DEVERES SOCIAIS.
(HAAS, 2004)
No entanto, a complexidade do problema educacional e das diferentes políticas que o envolvem exige
perceber que outros tipos de política pública também são acionados como parte da política educacional,em
função de suas diferentes características, dimensões e objetivos.
AS POLÍTICAS EDUCACIONAIS SÃO POLÍTICAS
REDISTRIBUTIVAS, NA MEDIDA EM QUE,
CONSTITUCIONALMENTE, TÊM ORÇAMENTO DEFINIDO A
PARTIR DE VALORES DA ARRECADAÇÃO GLOBAL DO PAÍS,
SERVINDO-SE, PORTANTO, DE RECURSOS ADVINDOS DO
CONJUNTO DA SOCIEDADE PARA APLICAÇÃO EM UM
SETOR ESPECÍFICO, NO CASO A EDUCAÇÃO,
REDISTRIBUINDO A ARRECADAÇÃO GLOBAL
DESIGUALMENTE.
Ainda com relação ao uso de verbas, as políticas educacionais são redistributivas quando, por meio do
FUNDEB, usam valores arrecadados dos diferentes estados e municípios do país, redistribuindo-os a partir
de critério do número de matrículas e não de modo proporcional aos valores de contribuição.
Porém, essa não é a única dimensão dessas políticas, que são também distributivas, ou seja, voltadas ao
atendimento de grupos sociais específicos e não do conjunto da sociedade.
FUNDEB
javascript:void(0)
A ideia da criação de um Fundo Nacional para Educação Fundamental naquele momento – governo
Fernando Henrique – e sua remodelação para o FUNDEB no governo Lula, objetivava fortalecer a
Educação como política pública, com diretrizes, números e vínculos claros sobre a Educação ser um
bem público e o ente máximo tem responsabilidade sobre ele.
 EXEMPLO
As cotas educacionais para pretos, pardos, deficientes, famílias de baixa renda e, na universidade, para
egressos de escolas públicas exemplificam esse tipo de política pública no seio das políticas educacionais,
que também operam por meio de políticas constitutivas e regulatórias.
SÃO POLÍTICAS REGULATÓRIAS AQUELAS QUE ENVOLVEM
LEIS E NORMATIVAS.
No caso das políticas educacionais, a LDB é a principal referência regulatória, mas não a única, já que,
abaixo dela, todo um conjunto de normas e leis complementares regula as políticas educacionais.
Os planos nacionais de Educação, o próprio FUNDEB, as diretrizes e bases curriculares, entre outras
normas, integram esse conjunto de regulações que compõe as políticas educacionais do país.
Por fim, temos as políticas constitutivas, que estabelecem as instâncias responsáveis pela definição das
políticas públicas, definem quem faz o que e como em relação à gestão da coisa pública e ao
enfrentamento dos problemas públicos. No caso da Educação, a definição constitucional sobre a
organização das responsabilidades municipais, estaduais e federais no que se refere à elaboração de
políticas educacionais.
FORMULAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO
A formulação e implementação de uma política pública exige o cumprimento de etapas que vão desde a
identificação do problema até a avaliação do sucesso ou não da referida política, passando por definição da
agenda, formulação de alternativas, decisão sobre o que será feito e monitoramento das ações.
 ATENÇÃO
Infelizmente, com muita frequência algumas políticas são substituídas por outras ou simplesmente
abandonadas não por não serem bem avaliadas, mas porque os sucessores do governo que as formulou e
implementou não estão de acordo com o que foi proposto.
Quando governos se sucedem sem cumprir as etapas previstas, o que se vê é a perda de esforços e
investimentos e a eterna retomada “a partir do zero” do problema inicialmente identificado, numa espécie de
“trabalho de Sísifo”, em referência ao mito grego em que Sísifo foi identificado como o mais esperto dos
mortais e punido pelos deuses por tentar ludibriá-los.
Fonte: Wikipedia
 SAIBA MAIS
Sísifo foi condenado, por toda a eternidade, a rolar uma grande pedra de mármore com suas mãos até o
cume de uma montanha, sendo que toda vez que ele estava quase alcançando o topo, a pedra rolava
novamente montanha abaixo até o ponto de partida por meio de uma força irresistível, invalidando
completamente o duro esforço despendido. Por esse motivo, a expressão "trabalho de Sísifo", em contextos
modernos, é empregada para denotar qualquer tarefa que envolva esforços longos, repetitivos e
inevitavelmente fadados ao fracasso – algo como um infinito ciclo de esforços que, além de nunca levarem
a nada útil ou proveitoso, também são totalmente desprovidos de quaisquer opções de desistência ou
recusa em fazê-lo.
Fonte: Wikipedia
A análise da política pública é percebê-la como um mecanismo e não algo que pode ser zerado e
reiniciado, a não ser que o processo gere a fragilização do próprio Estado. Um mecanismo que se
desenvolve pelo método de acúmulo, relacionado a muitas relações políticas, mas tendo em vista que a sua
implementação visaria a alcançar os objetivos previamente estabelecidos para atender ao próprio Estado.
Repare, não é uma relação meramente regular, mas coletiva, que envolve muitas forças e direções.
DESTACAMOS, PORTANTO, QUE O ENTENDIMENTO E A
FORMULAÇÃO DA POLÍTICA PÚBLICA DEVEM SER ESTUDADOS
COMO UM MECANISMO DE FORMAÇÃO EM SI.
 EXEMPLO
Podemos tratar de saneamento, saúde, educação; porém, quando nos referimos à análise de política
pública, não focamos no descritivo instrucional, ou seja, no texto de uma lei ou uma ação, mas sim no fato
de que aquele conjunto forma uma diretriz de Estado, contínua e formulada para o seu fim.
Independentemente de embates político-ideológicos, o problema educacional jamais sai da agenda do
governo, mas envolve diferentes concepções de educação e de propostas possíveis de políticas
educacionais. Temos assistido, no Brasil, a muitas rupturas e descontinuidades que obedecem a essa
lógica da mudança antes da finalização do ciclo de implementação da política e, muito provavelmente por
isso, seguimos enfrentando problemas que há muito poderiam estar equacionados.
São precisamente a disputa entre esses diferentes grupos e interesses e as oscilações que produzem na
formulação e implementação de estratégias de ação em relação às políticas públicas que estariam na
origem de alguns dos problemas enfrentados atualmente em relação à política educacional e outras de
perfil semelhante, como a política de saúde no Brasil.
Isso porque é frequente que as políticas e os seus processos de implantação sejam descontinuados com a
mudança de governo, o que evidencia certa confusão, comum, entre política de governo e política de
Estado. As descontinuidades de determinadas políticas de combate a problemas estruturais e
constitucionalmente regulados.
 EXEMPLO
O direito à educação como direito público subjetivo pode ser associado a esse tipo de confusão.
Por Natursports | Fonte: Shutterstock
O EXEMPLO DA EDUCAÇÃO
Houve, no Brasil, uma clara ruptura de política educacional ocasionada pela compreensão de uma política,
que era de Estado, como sendo de governo e que, por isso, foi modificada a partir da alternância
democrática de poder com a instalação de um governo de ideais distintos do anterior.
A interrupção da implementação dos novos currículos de formação docente produzidos nos anos de 2015 e
2019 em todas as universidades, institutos e cursos de formação do país causou espanto e chocou a
muitos.
VAMOS ENTENDER O PORQUÊ?
Formar professores capazes de enfrentar o desafio da educação básica no Brasil é, certamente, uma
necessidade da nação e transcende os diferentes governos, já que os cursos de formação docente do país
existem e seguem suas deliberações específicas antes e depois de qualquer governo.
TRATA-SE, PORTANTO, DE UMA POLÍTICA DE ESTADO.
Reconhecendo que essas especificidades precisam se inscrever em uma norma geral, que é definida por
diretrizes nacionais de formação docente, o que se coloca como fundamental nessas diretrizes, como
política de Estado, é buscar definir globalmente uma orientação geral, à qual, em diferentes locais, cursos e
momentos políticos, ou seja, diante de especificidades circunstanciais, cada normatização própria possa
ser definida e modificada, em função da conjuntura.
Em 18 de fevereiro de 2002 foi aprovada, pelo Conselho Nacional de Educação, a Resolução CNE/CP nº 1,
instituindo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em
nível superior, cursode licenciatura, de graduação plena.
Em seus dois primeiros artigos se pode ler orientações bastante amplas, a partir das quais os cursos e as
instituições poderiam e deveriam organizar seus cursos:
Art. 1º
Constituem-se de um conjunto de princípios, fundamentos e procedimentos a serem observados na
organização institucional e curricular de cada estabelecimento de ensino e aplicam-se a todas as etapas e
modalidades da educação básica.
Art. 2º
A organização curricular de cada instituição observará, além do disposto nos artigos 12 e 13 da Lei 9.394,
de 20 de dezembro de 1996, outras formas de orientação inerentes à formação para a atividade docente,
entre as quais o preparo para: I - o ensino visando à aprendizagem do aluno; II - o acolhimento e o trato da
diversidade; III - o exercício de atividades de enriquecimento cultural; IV - o aprimoramento em práticas
investigativas; V - a elaboração e a execução de projetos de desenvolvimento dos conteúdos curriculares;
VI - o uso de tecnologias da informação e da comunicação e de metodologias, estratégias e materiais de
apoio inovadores; VII - o desenvolvimento de hábitos de colaboração e de trabalho em equipe.
As diretrizes definem, de modo geral, aquilo que, conforme especificidades locais, os currículos e
processos de formação proporão e farão.
ELAS FIXAM, ALÉM DE PRINCÍPIOS GERAIS, A CARGA
HORÁRIA MÍNIMA, A DISTRIBUIÇÃO ENTRE FORMAÇÃO
TEÓRICA E PRÁTICA, ENTRE OUTRAS OBRIGATORIEDADES
ENTENDIDAS COMO NECESSÁRIAS PARA UMA FORMAÇÃO
EFETIVA DOS DOCENTES.
Embora bastante criticada por seu caráter tecnicista e praticista por numerosos peritos, elas não foram
imediatamente alteradas com a mudança de governo em 2003.
O novo governo, que se opunha a alguns desses princípios, considerados atrelados ao modelo neoliberal
de Estado e de gestão da coisa pública e, portanto, incompatíveis com a perspectiva mais social assumida,
achava necessário modificar essas diretrizes. Por entender que novas diretrizes precisavam contemplar a
nação e não apenas sua proposta de governo, promoveram-se, entre 2003 e 2015, discussões amplas
envolvendo diversos setores da sociedade, especialistas da área educacional de diferentes campos de
conhecimento; e foram analisadas as diretrizes em andamento e avaliadas em sua capacidade de atingir os
objetivos de formar, com solidez, docentes para atuar nas diferentes realidades educacionais do país.
Durante doze anos, por meio de debates, diálogos com outras políticas – como o Plano Nacional de
Educação e os documentos produzidos nas Conferências Nacionais de Educação (CONAE) de 2010 e
2014 – o debate em torno do que seriam as novas diretrizes ocorreu. Dourado (2015), um dos membros do
CNE à época, apresenta os últimos momentos do processo:
A Comissão recomposta em 2014 retomou os estudos desenvolvidos pelas comissões anteriores,
aprofundou os estudos e as discussões sobre as normas gerais e as práticas curriculares vigentes
nas licenciaturas, bem como sobre a situação dos profissionais do magistério face às questões de
profissionalização, com destaque para a formação inicial e continuada, e definiu como horizonte
propositivo de sua atuação a discussão e a proposição de Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Formação Inicial e Continuada dos Profissionais do Magistério da Educação Básica. (...). [A]
Comissão prosseguiu suas atividades e submeteu nova versão de documento base e proposta de
minuta das DCNs para discussão pública, envolvendo reuniões ampliadas, debates e participação em
eventos sobre a temática. Essa rodada de discussões, ao longo de 2014, propiciou críticas e
sugestões, por meio de debates no CNE e em outros espaços em que conselheiros da Comissão
Bicameral do CNE foram convidados.
Claramente democráticas e definidas de modo articulado, negociado e envolvendo diferentes segmentos da
sociedade e do Estado, como deve ser uma política de Estado, as diretrizes ainda em implementação foram
substituídas em 2019.
Em apenas um ano de governo, sem estudos aprofundados, sem diálogos entre os diferentes setores e
profissionais envolvidos, sem o respeito, portanto, aos processos mínimos considerados necessários à
definição de uma política pública, o governo atual aprovou, não apenas novas diretrizes para a formação,
mas amarrou a elas uma Base Nacional Curricular para a Formação de Professores (BNC-FP), em uma
definição açodada de política de governo, centrada em interesses dos grupos no poder, contrariando
princípios até mesmo da definição de uma política de governo.
E isso no meio do processo de implementação da política anterior, definida em 2015 por meio da Resolução
n. 2 do CNE, publicada em 1º de julho de 2015, definindo.
DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A
FORMAÇÃO INICIAL EM NÍVEL SUPERIOR (CURSOS DE
LICENCIATURA, CURSOS DE FORMAÇÃO PEDAGÓGICA
PARA GRADUADOS E CURSOS DE SEGUNDA
LICENCIATURA) E PARA A FORMAÇÃO CONTINUADA.
AO ABORDAR ESSE TEMA NESTE MÓDULO, O QUE SE PRETENDE É
FAZER COMPREENDER POR QUE POLÍTICAS DE GOVERNO E DE
ESTADO NÃO PODEM SER CONFUNDIDAS, SOBRETUDO QUANDO SE
SABE QUE A SOCIEDADE ATUAL ENCARA, TALVEZ COMO NUNCA
ANTES, UM CONFLITO ENTRE DIFERENTES MODELOS DE ESTADO.
Até 1970, entendia-se que o Estado do bem-estar social (Welfare State) tinha se consolidado como a
melhor alternativa para o enfrentamento dos problemas sociais vividos no período anterior, de
predominância do Estado liberal. Encontramos na adesão recente ao modelo liberal de Estado e no embate
político entre ambas uma primeira questão relevante para a compreensão do problema identificado
anteriormente.
O ESTADO NEOLIBERAL
Esse modelo de Estado não tem só uma formulação, de acordo com Bobbio (1998), quando o conceito
liberal de política econômica é analisado.
A carga tributária seria, portanto, definida com base nos valores necessários ao desempenho dessas
funções.
NA PERSPECTIVA LIBERAL, A EDUCAÇÃO ESTÁ ELENCADA ENTRE
AS FUNÇÕES DO ESTADO, O QUE DE CERTA FORMA O MODELO
NEOLIBERAL VEM TENTANDO NEGAR.
Essa proposta pode ser traduzida em duas orientações diversas:
Orientação conservadora
Segundo a qual o economista não pode nem deve justificar a redistribuição da renda.

Orientação reformista
Acentua, ao contrário, o valor de uma política de redistribuição da renda como meio capaz de levar a um
mais elevado bem-estar.
É COM O ESTADO DO BEM-ESTAR QUE A EDUCAÇÃO, JÁ
RECONHECIDA COMO RESPONSABILIDADE DO ESTADO,
GANHA A CONDIÇÃO DE ÁREA RELEVANTE PARA A
FORMULAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE UMA POLÍTICA
PÚBLICA.
A própria existência do conceito de política pública só se tornou possível depois do reconhecimento
minimamente consensual sobre o direito dos cidadãos de reivindicar direitos individuais e sociais.
SÃO ESSES DIREITOS ESTABELECIDOS QUE FAZEM COM
QUE AS POLÍTICAS PÚBLICAS SE DIFERENCIEM DO
ASSISTENCIALISMO.
(BOBBIO, 1998)
Assim, podemos afirmar que os embates em torno das políticas públicas não se restringem a decisões
sobre o que fazer, mas envolvem a própria identificação das funções reconhecidas como concernentes ao
Estado e, portanto, às políticas públicas e educacionais.
Cabe, então, retornar ao debate em torno do modelo de Estado para, em seguida, prosseguirmos com o
estudo específico das políticas educacionais e de como elas se inscrevem nele.
Para promover a discussão em torno do que poderíamos chamar de “ascensão e queda” do modelo de
Estado do bem-estar social, é necessário compreender politicamente as causas de seu crescimento entre
1950 e 1960.

Com base em outros estudiosos, o processo evolutivo do próprio capitalismo industrial, gradativamente,
segue da luta pelos direitos civis, como a liberdade de pensamento e expressão, notadamente no século
XVIII.

Depois, no século XIX, passa pelo período de luta pelos direitos políticos, como os de organização, de
propaganda, de voto, que culmina na conquista do sufrágio universal.
Quando pensamos na Educação como direito social, a que se vinculam os direitos políticos, já que se
espera que ela contribuapara o desenvolvimento da consciência crítica e da capacidade de compreensão
das situações vivenciadas, faz-se necessário compreender as políticas educacionais enquanto políticas
voltadas a assegurar o exercício desse direito.
Voltamos à questão da política educacional como política pública e, mais do que isso, como direito público
subjetivo de todos os cidadãos, independentemente de raça, crença, idade, orientação sexual, capacidade
intelectual etc., conforme assinala a Constituição Cidadã de 1988.
A POLÍTICA EDUCACIONAL INCLUSIVA É UM DEVER DO
ESTADO E UM DIREITO INALIENÁVEL DE TODO CIDADÃO.
Aqui mais um destaque se faz necessário, precisamente em torno de problemas percebidos e denunciados
por educadores quanto à implantação da Base Nacional Comum Curricular nos três níveis da educação
básica: educação infantil, ensino fundamental e ensino médio.
Fonte: majorsales.rn.gov.br
Entende-se que essa política curricular e o sistema nacional de avaliação que a acompanha não atendem a
esse princípio constitucional, nem ao previsto no Estado democrático de direito.
A unificação e homogeneização promovidas pela BNCC ferem a Constituição e o princípio do direito à
educação ao trazerem de volta ao cenário da política educacional a ideia de que indivíduos mais
merecedores obtêm mais sucesso, negando as origens sociais das desigualdades.
Por Maarten Zeehandelaar | Fonte: Shutterstock
E COMO É A SITUAÇÃO ATUAL DO BRASIL?
Não poderíamos finalizar este módulo sem chegar à situação atual do Brasil, do modelo de Estado
atualmente hegemônico, o neoliberal, e do seu significado para as políticas públicas, educacionais, de
saúde, habitação, tributária, entre outras.
Há um certo consenso sobre a ideia de que o neoliberalismo retoma e renova os ideais do liberalismo
político e econômico, quais sejam, a menor intervenção do Estado na economia e a busca de eficiência,
mais do que a de justiça social.
EM SENTIDO MAIS ESTRITO DESIGNA, NAS DEMOCRACIAS
CAPITALISTAS CONTEMPORÂNEAS, AS POSIÇÕES
PRAGMÁTICAS E IDEOLOGICAMENTE POUCO DEFINIDAS
DOS DEFENSORES DA POLÍTICA DO “ESTADO MÍNIMO”, QUE
DEVE INTERFERIR O MENOS POSSÍVEL NA LIBERDADE
INDIVIDUAL E NAS ATIVIDADES ECONÔMICAS DA INICIATIVA
PRIVADA.
(FRANCA, s.d.)
Ou seja, trata-se de uma concepção de Estado ligada à crença no mercado e em sua capacidade de
regulação, à validade, portanto, da livre concorrência com a consequente rejeição da intervenção estatal na
economia.
Analisando o projeto neoliberal e seu avanço na América Latina entre 1990 e 2000, período dos governos
FHC, entendemos que:
APESAR DE PROMETER A RETOMADA DO CRESCIMENTO
ECONÔMICO, AS MEDIDAS CONSERVADORAS NEOLIBERAIS
SE MOSTRARAM UM FRACASSO, POIS, EMBORA TENHAM
CONTIDO O AUMENTO DA INFLAÇÃO, O AJUSTE FISCAL
CAUSOU DÉCADAS DE ESTAGNAÇÃO ECONÔMICA, O QUE
RESULTOU EM AUMENTO DO DESEMPREGO E DOS ÍNDICES
DE POBREZA NA REGIÃO LATINO-AMERICANA.
(PEREIRA, 2011 apud SOUZA; HOFF, 2019)
De acordo com Souza e Hoff (2019), a abertura dos mercados e a privatização de inúmeros serviços
públicos no período resultaram em perda de autonomia – coesão e ausência de estratégias de
desenvolvimento nacional.
Depois do período mais ligado ao desenvolvimentismo dos governos Lula (2003-2006, 2007-2010) e
Dilma (2011-2014, 2015-2016), o processo de impeachment da presidente trouxe de volta a agenda
neoliberal.
DESENVOLVIMENTISMO
Muitos consideram que não houve uma efetiva ruptura do Estado neoliberal, pois apesar de investir
em desenvolvimento, os modelos econômicos ainda foram baseados em avanços e proposições
neoliberais.
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A PARTIR DE 2016, O GOVERNO TEMER ADOTOU MEDIDAS
AUSTERAS A FIM DE [...] EQUACIONAR O PROBLEMA DA
DETERIORAÇÃO DAS CONTAS PÚBLICAS [...], TAIS COMO
[...] A PEC 241/55 (PEC DO TETO DE GASTOS PÚBLICOS), A
REFORMA TRABALHISTA, A REFORMA DA PREVIDÊNCIA E
OUTRAS PROPOSTAS QUE LIMITAM OS GASTOS SOCIAIS.
(PINHO, 2017 apud SOUZA e HOFF, 2019)
A Emenda Constitucional n. 95, de dezembro de 2016, não deixa margem a dúvidas sobre a opção pela
falta de investimento público em políticas públicas relacionadas aos direitos sociais ao interditar o aumento
dos gastos públicos por 20 anos, “diminuindo o Estado e impedindo que o sistema constitucional de
proteção social (Inclui saúde, previdência e assistência sociais.) funcionasse de maneira adequada às
necessidades da população” (SOUZA e HOFF, 2019), sem deixar de comprometer os investimentos em
educação e, portanto, comprometendo as possibilidades de desenvolvimento de políticas educacionais
voltadas a assegurar o direito social de todos à educação.
O resultado das eleições de 2018 consolida a opção pelas ações neoliberais e o sentido de políticas
públicas regulatórias como centro de suas ações.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. A UTILIZAÇÃO DO IMPOSTO PARA O CUMPRIMENTO DE DEMANDAS
ENTENDIDAS COMO FUNDAMENTAIS AO TECIDO SOCIAL É ASSOCIADA A UMA
ESTRATÉGIA UTILIZADA NO PLANEJAMENTO DE QUAIS POLÍTICAS PÚBLICAS?
A) Efetivas
B) Regulatórias
C) Progressivas
D) Redistributivas
2. SEGUNDO HAM E HILL, ENTRE OUTROS AUTORES, PARA RECONHECER A
FORMAÇÃO E A IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICA PÚBLICA NA ATUALIDADE, ELA
DEVE SER ENTENDIDA COMO UM MECANISMO QUE:
A) Tem como objetivo produzir conhecimentos sobre o processo de elaboração política em si, revelando
assim uma orientação predominantemente descritiva.
B) Pode adotar o método racional-compreensivo que se liga à micropolítica e à busca de soluções para
problemas mais imediatos e prementes.
C) Desenvolve-se pelo método incremental, que se relaciona com a macropolítica e suas grandes análises
do cenário político-institucional.
D) Aplica o método incremental, em que a tomada de decisões políticas e a sua implementação visariam a
alcançar os objetivos previamente estabelecidos.
GABARITO
1. A utilização do imposto para o cumprimento de demandas entendidas como fundamentais ao
tecido social é associada a uma estratégia utilizada no planejamento de quais políticas públicas?
A alternativa "A " está correta.
Políticas públicas efetivas são definições de implementação. As regulatórias são de garantia de
funcionamento a partir de regras estabelecidas pelo Estado. Já as progressivas são situacionais, políticas
em que se apropriam de valores condensados para redistribuir e atender ao bem-estar daqueles que não
teriam condição são as definidas nessa questão.
2. Segundo Ham e Hill, entre outros autores, para reconhecer a formação e a implementação de
política pública na atualidade, ela deve ser entendida como um mecanismo que:
A alternativa "A " está correta.
A política pública não é estática. É viva e tem como seu objeto a relação e os interesses comuns
constituídos como Estado. Mal feita, ela não é incrementalista, não é relativa a aspectos político-
institucionais, mas como conceito ela é um conhecimento, a construção de um processo elaborativo,
descritivo, para só então ser implementado, discutido, relacionado.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste tema, vimos o conceito de política pública, seus desdobramentos e suas possibilidades de
entendimento. Passamos pela trajetória histórica de organização de diferentes sociedades para chegar à
tipologia das políticas públicas, suas formas, seus desenvolvimentos e sua aplicação, inclusive no Brasil
contemporâneo, objetivando entender o conceito e seu uso para a compreensão da sociedade atual.
Ressaltamos que as políticas públicas afetam todos os cidadãos e abrangem todas as áreas da sociedade.
Assim, podemos dizer que políticas públicas são o conjunto de programas, ações e decisões tomadas pelos
governos (federal, estadual e municipal), com a participação direta ou indireta de entes públicos ou
privados, que visam a assegurar determinados direitos de cidadania para diversos grupos ou segmentos da
sociedade.
Por fim, é importante perceber que uma política pública tem um viés político, uma vez que as decisões
envolvem conflitos de interesse na maioria dos casos; mas tem também um viés administrativo,pois é
fundamental para a realização de melhorias para a sociedade.
REFERÊNCIAS
AUGUSTINIS, V. F. Gestão em redes para a construção de políticas públicas: Um Estudo sobre as
Atividades de Prevenção e Repressão à Lavagem de Dinheiro no Brasil. Tese de doutorado. Rio de Janeiro:
EBAPE/FGV, 2011.
BOBBIO, N. (Org.) Dicionário de Política. 1. ed. Brasília: Editora UnB, 1998.
DOURADO, L. F. Diretrizes curriculares nacionais para a formação inicial e continuada dos
profissionais da Educação Básica: concepções e desafios. In: Revista Educação e Sociedade,
Campinas, v. 36, n. 131, p. 299-324, abr./jun. 2015.
ENTENDENDO os conceitos básicos de Políticas Públicas. 2019. In: CLP – Liderança Pública. Publicado
em: 6 fev. 2019.
FERRARI, M. Os poderes da sociedade. In: Pesquisa FAPESP, n. 245, jul. 2016, p. 76-79.
FRANCA, M. J. Neoliberalismo. In: Portal Cola da Web. Consultado em meio eletrônico em: 6 ago. 2020.
ALMEIDA, R. V. 10 Aspectos que as políticas educacionais devem considerar. In: Politize. Publicado
em: 13 dez. 2017.
HAAS, F. Política social como política pública. In: Revista da Escola Superior Dom Helder Câmara -
Veredas do Direito. v. 1, n. 3, jan./dez. 2004.
IURCONVITE, A. S. A evolução histórica dos direitos sociais: da Constituição do Império à Constituição
Cidadã. In: Revista Âmbito Jurídico. n. 74, mar. 2010.
OLIVEIRA, I. B. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC): questões políticas e curriculares. In: CRUZ,
R. E.; SILVA, S. O. (Orgs.) Gestão da política nacional de educação: desafios contemporâneos para a
garantia do direito à educação. Teresina: Editora UFPI, 2016, p. 279-300.
PEREIRA, J. M. D. Uma breve história do desenvolvimentismo no Brasil. In: Cadernos do
Desenvolvimento, 6(9), 2011, p. 121-141.
PINSKY, J.; PINSKY, C. (Orgs.) História da cidadania. São Paulo: Contexto, 2003.
SECCHI, L. Políticas Públicas: conceitos, esquemas de análises, casos práticos. São Paulo: Cengage
Learning, 2012.
SOUZA, C. Estado da Arte da Pesquisa em Políticas Públicas. In: HOCHMAN, G.; ARRETCHE, M.;
MARQUES, E. (Org.) Políticas Públicas no Brasil. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2007.
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consequências na habitação popular. In: URBE. Revista Brasileira de Gestão Urbana, 2019, p. 1-14.
SOUZA, C. Políticas Públicas: uma revisão da literatura. In: Sociologias. Porto Alegre, ano 8, n. 16,
jul./dez. 2006, p. 20-45.
EXPLORE+
Para saber mais sobre como poder e Estado se misturavam, legitimados pelo discurso religioso, leia os
seguintes livros:
Os Dois Corpos do Rei, de Ernst H. Kantorowicz.
Os Reis Taumaturgos, de Marc Bloch.
Para saber mais sobre Sísifo, leia o artigo Filosofia Grega e Democracia, de Francis Wolff, publicado na
Revista de História da USP.
Para entender mais sobre autonomia universitária, leia o artigo:
Declaração de Bolonha e internacionalização da educação superior: protagonismo dos reitores e autonomia
universitária em questão, de Lucídio Bianchetti e António Magalhães, disponível na Revista da Avaliação da
Educação Superior.
Para saber mais sobre ciência política, leia:
O Dicionário de Ciência Política, de Norberto Bobbio.
A afirmação histórica dos direitos humanos, de Fábio Konder.
Para saber mais sobre os fundamentos da política brasileira, é sempre bom ter com você:
A Constituição brasileira de 1988.
A Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação
Nacional.
Lei n. 11.494, de 20 de junho de 2007, que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento
da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB).
A Resolução CNE/CP nº 02, de 1º de julho de 2015, que define as Diretrizes Curriculares Nacionais
para a formação inicial em nível superior e para a formação continuada.
CONTEUDISTA
Inês Barbosa de Oliveira
 CURRÍCULO LATTES
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