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Enzimas · Enzimas são proteínas, sendo constituídas de peptídicos. · Toda enzima é uma proteína, mas nem toda proteína é uma enzima. · São catalizadoras biológicas · Sua função é tornar viável a atividade das células, quebrando moléculas ou juntando-as para formas novos compostos. · Com exceção de um pequeno grupo de moléculas de RNA com propriedades catalíticas, chamadas de ribozimas, todas as enzimas são proteínas. · Apresentam alto grau de especificidade, interagindo apenas com seu substrato. · São produtos naturais biológicos, rápidas e seguras, altamente eficientes e econômicas. CATALIZADORES · As enzimas aceleram reações · A catalise evoluiu e adquiriu a capacidade de decompor H2O2 em dois produtos -> água e oxigênio. Haldane fez a notável suposição de que ligações fracas entre a enzima e seu substrato poderiam ser usadas para catalisar a reação. · Percebe-se a rapidez das enzimas no processo. · Enzima: catalase. · Substrato: H2O2 (Peróxido de Hidrogênio) · Enzima na formação de produtos: catalase. · Produtos: oxigênio e água. · Número de renovação = n° de moléculas de substrato convertidas em produto por uma única molécula de enzima em uma dada unidade de tempo. · Energia de ativação é a energia que o sistema precisa superar para a reação acontecer. · Para o substrato ser convertido em produto, ele precisa “subir a montanha verde”, com a enzima, a energia de ativação é drasticamente reduzida, ficando na linha vermelho, fazendo com o substrato alcance e se converta em produtos. · A reação, libera energia, já que ocorre uma variação de energia negativa, sendo uma reação exotérmica. · Abaixar a energia de ativação, é fazer com que reações que demorariam séculos para acontecer, aconteça em milésimos de segundos. · As enzimas não alteram o estado de equilíbrio. O que fazem é abaixar a energia de ativação. A variação de energia livre não é afetada pela enzima. LIGAÇÃO ENZIMA-SUBSTRATO · Em 1894, Fisher postulou que as enzimas se comportam como chaves ou fechaduras, há um certo grau de especificidade que o encaixe é perfeito, como se fosse uma chave na fechadura, que considera a enzima possuindo sítio ativo complementar ao substrato. · Conceito Chave-Fechadura: enzima e substrato se interagem de forma muito específica. · Em 1958, Koshland postulou que havia também o encaixe induzido, a enzima e o substrato sofrem conformação (precisam se dobrar) para o encaixe ser perfeito. · Conceito Encaixe-Induzido: interação específica com conformação. ATIVIDADE ENZIMÁTICA · Existe fatores que alteram a velocidade das reações enzimáticas: 1. pH. 2. Temperatura. 3. Concentração de enzimas. 4. Concentração de substratos. 5. Presença de inibidores. INFLUÊNCIA DO PH · O efeito do pH sobre a enzima deve-se às variações no estado de ionização dos componentes do sistema. · Enzimas -> grupos ionizáveis, existem em diferentes estados de ionização. · Se o pH altera muito, o tampão não funciona e as enzimas deixam de funcionar. INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA · Com aumento da temperatura, a taxa de reação aumenta, só que chega um ponto que deixam de funcionar, existe a temperatura estável para cada. · Tem-se uma temperatura máxima na qual a enzima possui uma atividade constante por um período. CINÉTICA ENZIMÁTICA · Michaelis e Menten criaram este conceito em 1913. · Cinética é movimento. · A junção de E + S possui a constante K1, é uma reação muito rápida. Sendo um processo reversível. · Existem situações que a enzima continua o processo e surge a constante Kp, em termos de tempo, essa etapa é lenta. Sendo um processo irreversível. · Assim, a enzima realiza a catálise, permitindo que o substrato seja convertido em produto. · O complexo ES, possui duas opções, se irá se tornar reversível ou irreversível. · A enzima reconhece apenas um substrato, se chega outro ela não reconhece e não se liga. · K1>Kp, por causa de ser mais rápida · Só é reversível antes de fazer os produtos. INIBIÇÃO ENZIMÁTICA · Qualquer substância que reduz a velocidade de uma reação enzimática. Substância do nosso organismo, veneno e fármacos, depende do contexto. · Captopril: inibidor enzimático, e vários outros. Terapia antiaids/hiv usam inibidores enzimáticos. · Reversíveis: pode inibir, e depois reverter o processo. 1. Competitivo: compete com o substrato (se ligando no mesmo lugar que ele ligaria), ele se liga e se desliga do sítio catalítico. Enquanto a enzima estiver lá, o substrato não consegue se ligar. 2. Não competitivos: inibem a enzima, se ligam nela, alteram a estrutura tridimensional, porém não competem com os substratos. 3. Incompetitivos: · Irreversíveis: as enzimas não funcionam nunca mais, assim como algumas venenos para matar mato, herbicidas. INIBIÇÃO COMPETITIVA · Competem com o S pelo sítio ativo da E livre. · O inibidor se parece com o substrato. · I -> análogo metabolizável, derivado de um substrato. · A enzima encontra com o substrato e eles se ligam, fazendo com que o substrato seja convertido em produtos. · O inibidor não vira produto, pois ele não é o substrato verdadeiro, porém se parecem tanto que ele consegue se ligar na enzima no lugar do substrato. Ele é um retardador de reação. · Os inibidores diminuem a interação de enzima-substrato, já que quando eles estão ligados, ela não consegue se ligar no substrato dela. · Como ela é reversível, a enzima ainda consegue encontrar outro substrato, após o inibidor se desligar. · Precisa-se ter mais substrato no meio para isso não ocorrer. INIBIÇÃO NÃO COMPETITIVA · Inibidor não-competitivo, não compete com o substrato, porém se liga reversivelmente, aleatória e independentemente em um sítio que lhe é próprio. · Inibidor não parece com o substrato. Porém na presença do inibidor, a velocidade da reação é diminuída. · O substrato se liga normalmente a enzima, só que como não há competição, o inibidor também se ligou a ela. Fazendo com que a reação não prossiga com liberação de produtos. Forma o complexo enzima-substrato-inibidor. · Não há preferência, a enzima pode encontrar o inibidor ou o substrato primeiro, mas o final é o mesmo -> ESI. · É uma reação difícil, mas em casos raros acontecem, sendo ela uma reação inversa, podendo ocorrer o desligamento do substrato, fazendo com que só fixe o inibidor. Porém, pode ocorrer também o desligamento do inibidor, fazendo com que aconteça a catálise e assim, se forme produtos. INIBIÇÃO INCOMPETITIVA · Inibidor incompetivio se liga reversivelmente, em um sítio próprio, ao complexo ES. · Depende muito da concentração de substrato e de inibidor, fazendo com que favoreça a ligação quando tiver maior quantidade de um ligante. · Se tiver mais inibidor no meio, favorecerá a ligação EI. · Se caso o meio possuir mais substrato, favorecerá a ligação ES, ocorrendo a catálise. INIBIÇÃO IRREVERSÍVEL · Em condições normais forma-se a ES, gerando produtos. · Quando se forma a ligação covalente, pode alterar a estrutura conformacional, distorcendo-a, contribuindo para a não formação da catálise. · Não há velocidade catalítica. · Se ocorrer a ligação da enzima ao inibidor irreversível, não é mais desfeita, a enzima fica condenada. O organismo só volta a ter função se ele voltar a expressar novas enzimas, caso contrário a atividade funcional dela está condenada. ENZIMAS REGULATÓRIAS · Se o organismo precisa de mais, elas produzem mais. Se o organismo no momento não está precisando tanto ou já possui grande quantidade, elas diminuem a produção. · São divididas em: 1. Enzimas Alostéricas: · Funcionam através de ligação não-covalente e reversível de um metabólito regulador chamado modulador; · Possuem agentes que liga e desliga ela. Quando a substância está ligada a ela, ela fica ativa e quando se desliga, fica desativa. · Moduladores podem ser inibidores ou ativadores; · São maiores e mais complexas, possuem duas ou mais cadeias polipeptídicas. 2. Enzimas Reguladas pela modificação covalente reversível: · Grupos químicos são ligados covalentemente e removidos da enzima reguladora por enzimas diferentes; · Podem ser: fosfato, adenosinamonofosfato, grupos metil, etc. · São mecanismos de controle de produção, como se fosse uma fábrica que tudo é fabricado por partes e uma enzima controla toda a fabricação.
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